Os experimentos biológicos do Rogeris Juan.
Assim que vi o nome do artesão espiritual desconhecido que eu tinha transformado em uma Carcaça, lembranças do passado inundaram minha mente.
Uma referência no jogo.
Uma masmorra secreta e uma peça oculta.
Um item secreto.
— Mestre, está tudo bem?
— Sim, está.
Callius não estava em bom estado.
Ele não tinha nenhuma ferida, mas ficou exausto mental e fisicamente de batalha muito intensa.
A quimera dentro do tubo de vidro, Loas.
A cobaia de Rogeris quebrou o tubo e correu solto no momento em que Callius ergueu a espada.
Ele não tinha medo da espada do Callius, e mesmo quando seus membros foram cortados, devorou os monstros dormindo nos outros tubos e se regenerou.
Não tinha tempo para pensar se era realmente um humano ou um monstro.
Callius usou a Espada de Onda da Flor Prateada e o cortou em dois pedaços.
『Cobaia de Rogeris – Completo』
『Força + 2』
A carcaça de Rogeris se transformou em luz e desapareceu, deixando duas espadas para Callius.
A primeira era Lucen, a Espada da Vida deixada por Esther.
Outra…
『Espada Predadora – Loas』
Classe:Espada da Vida.
Alma Infundida: Uma alma mista.
- A cobaia que foi o pico da pesquisa de Rogeris.
- Embora tenha sido a última quimera criada por Rogeris, foi transformada em uma espada por Callius von Jervain.
Habilidade Única: Predador.
Contagem de presas:0.
『Espada Predadora – Loas』
Uma espada com uma lâmina serrilhada, como os dentes de um animal.
A lâmina parecia ter sido deliberadamente quebrada e pulsava com uma ganância por carne e sangue.
A Espada Predadora usava a forma de uma espada de um só gume e tinha habilidades únicas, apesar de ser apenas uma Espada da Vida.
Tinha uma habilidade única, que apenas Espadas Espirituais ou espadas de nível ainda mais alto deveriam ter.
Predador.
O nome da habilidade única literalmente descrevia a qualidade de um predador, algo que caçava e se alimentava da presa.
Embora fosse apenas uma Espada da Vida de acordo com o seu rank, se a contagem de predação excedesse cem, a espada poderia evoluir, e de novo se ultrapassasse mil.
Uma que poderia se tornar uma Espada Espiritual ou até mesmo uma Espada da Visão.
Era a Espada Predadora, Loas.
Uma suposta espada do tipo “crescimento”.
— Mas por que tem uma bainha? Pelo que sei, uma carcaça nunca tem uma bainha.
— Na verdade, era assim que deveria ser.
Uma carcaça não tem bainha.
Até Lucen era mantida em uma bainha temporária.
Isso ocorre porque uma Espada de Carcaça se destina a finalmente retornar a Deus, então uma bainha não fazia sentido.
No entanto, para a Espada Predadora que foi feita de um cadáver de algo nem humano nem monstro, uma bainha veio incluída. A alma de uma existência mista era um cenário que Deus rejeitava.
Essa é a razão por trás da bainha.
Espada Predadora – Loas, uma espada que não descansará.
Em seguida, envolta em uma bainha, apareceu na frente de seus olhos.
— Tch.
Callius estalou a língua.
‘Uma espada diferente teria sido melhor.’
A Espada Predadora é literalmente do tipo crescimento.
É uma que tem a vantagem de poder evoluir para uma classe superior, mas, na segunda metade do jogo, ela só vai se tornar um obstáculo. Porque mesmo que evolua, a habilidade única não mudará.
Embora a força da habilidade única também fique mais forte, em comparação com outras Espadas Espirituais e Espadas Visuais, é bastante ordinária.
Devorando sua presa e ficando mais forte.
Apenas isso. Em comparação com as espadas de primeira linha que podem lançar fogo e causar desastres naturais, essa habilidade deixava a desejar.
Cheok.
Com a Espada Predadora de volta na bainha, Callius ajeitou os cabelos e olhou para Bruns.
— Você encontrou a saída?
— Sim! Fica logo acima.
Ele me guiou direto para a saída.
‘Claro, por enquanto ainda era um pouco útil.’
Só que era um pouco triste.
Há muitas masmorras ocultas em Carpe.
Existem até muitas pessoas, não apenas Rogeris, que realizam experimentos proibidos pela Igreja, incluindo experimentos biológicos.
Entre os cães do Império, há um monte de Artesãos Espirituais que fazem experimentos complexos. Se encontrar e derrotar tais masmorras ocultas, poderá conseguir espadas melhores, mas o problema é que…
‘Elas são difíceis de encontrar.’
As masmorras não foram feitas por ele, então o próprio Calius não tinha conhecimento das localizações.
A ideia das Masmorras dos Alquimistas veio de outra pessoa.
Foi uma parte que o diretor do jogo colocou aleatoriamente durante uma reunião, em que ele não estava envolvido, então só ouviu sobre isso mais tarde de um colega da empresa. Se não fosse por Bruns, até o laboratório de Rogeris teria sido ignorado desta vez.
— Você estava procurando por algo ou coisa do tipo?
— Não?
Então, achar a masmorra foi realmente questão de sorte.
Mas é por isso que foi ainda mais decepcionante.
‘Espada Predadora Loas’
Para Callius, que nem sequer tinha uma Espada Espiritual, era óbvio que era melhor ter a Espada Predadora do que não, mas o coração humano é inconstante e ganancioso.
Foi um pouco decepcionante pensar que perdeu uma oportunidade de obter outras espadas melhores, mas não podia fazer nada até encontrar sua própria espada como um peregrino…
Quanto mais espadas, melhor.
A maior diferença entre espadas de maior nível para as espadas de baixo nível é que elas não quebram com frequência.
Pensando dessa forma, a Espada Predadora é boa.
Mesmo que quebre, ela vai se regenerar se for alimentada com sangue.
— Agora que isso aconteceu, preciso fazer algumas coisas como um Peregrino.
— Oi?
Bruns, que não entendeu o que estava acontecendo, mostrou confusão no rosto, mas manteve a boca fechada quando viu o rosto de Callius com um sorriso estranho.
Um mês depois, nas montanhas nevadas perto do Norte.
Uma colônia impressionante composta por cercas e cabanas de madeira aninhadas no meio das montanhas. Era um refúgio para bandidos infames.
Estava frio e coberto de neve, tão frio que a respiração fumegava no ar e era fácil se perder na paisagem branca congelada.
Um notório grupo de bandidos residia na montanha nevada, Anavati.
Os Bandidos do Machado Duplo.
O líder do grupo de bandidos, Yurmati, estava descansando todo bêbado, em plena luz do dia. Ele ficou agitado quando um subordinado o chamou.
— Chefe! Chefe.
— Que merda, o que quer a essa hora da manhã!
— Já é dia, acorde, chefe! Temos um problema.
— Que diabos, minha cabeça está doendo, então pare de gritar! Minha cabeça tá explodindo.
Quando ele colocou a mão no machado duplo ao seu lado, a voz do subordinado mostrou um tom desconfortável.
— Sabe aquelas crianças que moram ao lado?
— O que tem esses malditos bandidinhos? Estão invadindo nosso território de novo? Vamos dar outra lição neles?
— Não! Não é isso, eles estão todos mortos!
— Hã? Todos?
— Sim!
— Como?
— Bem, não sei. Não são só eles. Sanguinário, Kalis e os Bandidos de Frutas morreram todos!
— Todos… eles?
— Sim, todos!
Todos os bandidos da área foram aniquilados.
Quando ouviu que todos morreram de uma causa desconhecida, Yurmati, o líder dos Bandidos do Machado Duplo, também ficou muito confuso.
— O Exército Real invadiu ou o quê? Ou é a Igreja? Que se dane. Não, por que eles iriam aniquilar do nada todos bandidos depois de nos deixar impune por tanto tempo! O que fizemos de errado?! Somos inocentes!
— É… não somos inocentes, chefe.
— Ah, é mesmo.
Intimidando os aldeões, roubando comida, dinheiro e outras coisas e sequestrando mulheres… pensando bem, aquelas coisas malignas, eles fizeram de tudo.
Kwaaang!!
O líder estava coçando a cabeça de vergonha, só que, neste momento, ele ouviu uma barulheira vinda de fora.
A montanha nevada, Anavati.
Um homem com um manto vermelho e duas espadas apareceu de repente na fortaleza dos Bandidos do Machado Duplo.
— O quê? Quem abriu o portão?
— Nós não abrimos o portão! Ele quebrou a cerca e entrou!
— O quê? Que merda está falando…
Como a montanha nevada era um lugar onde os animais selvagens corriam desenfreadamente, a cerca resistente era constantemente reparada e não tinha nem mesmo um buraco para um rato passar.
Não tinha como ser destruído pelo mero poder humano.
Foi então que…
Puhak!
— Mas que merda é essa!
De repente, o intruso desembainhou sua espada e começou a cortar os bandidos.
— Peguem ele! Na real, matem ele! O que vocês estão fazendo parados!
O líder bandido, Yurmati, gritou como uma baleia enfurecida.
Os bandidos todos sacaram seus machados duplos e avançaram no intruso empunhando a espada.
Os Bandidos de Machado Duplo eram bastante famosos, além de serem o maior grupo de ladrões da área.
Graças a isso, seus números excediam uma centena, e até incluía mercenários com origens diversas em suas fileiras.
Se alguém contasse o número de pessoas, passava de cem.
Além disso, era um grupo de pessoas talentosas, não um bando de bandidos aleatórios.
O chefe, Yurmati, bufou e cruzou os braços.
Ele não sabia que tipo de louco era esse cara, mas logo se ajoelharia diante dele encharcado de sangue, e isso era tudo o que importava.
Depois de um tempo…
Cerca de um minuto depois, Yurmati descruzou os braços.
Após cinco minutos, sua pele ficou pálida.
Dez minutos depois, inconscientemente agarrou o machado duplo que pendia nas costas.
— Porra…
Dez minutos.
Depois de apenas dez minutos, o lugar ficou quieto.
Não era apenas força de expressão, porque os bandidos estavam todos mortos.
Centenas de cadáveres empilhados como uma montanha no campo, e na frente deles estava um único espadachim com um manto vermelho esvoaçante.
Sua esgrima era suave e bonita, mas não havia misericórdia nela.
O bandido chefe viu o rosário pendurado no pescoço do visitante e viu que era um Peregrino.
Ele era um Peregrino da Espada, um enviado dos Deuses.
— Por quê? Por que tá fazendo isso comigo? Vá procurar sua espada, seu louco!
Ele gritou de raiva, mas o líder bandido logo se arrependeu das palavras.
E esse arrependimento foi acompanhado pela sua morte.
Após um tempo…
O Peregrino podia ser ouvido murmurando, parado onde a cabeça do chefe bandido tinha caído.
— Não é o suficiente.
『Espada Predadora – Loas』
Classe: Espada da Vida.
Alma Infundida: Uma alma mista.
Habilidade Única: Predador.
Contagem de presas:494.
— Mas já que consegui esse tanto… Agora, só preciso matar algumas bestas para chegar a quinhentos.
O nome do Peregrino era Callius.
Ele estava alimentando a Espada Loas com sangue, porque era necessário alimentar Espada Predadora moderadamente com o sangue de monstros e humanos, a fim de aumentar o seu nível.
Assim, enquanto seguia para o norte no último mês, Callius massacrou os bandidos que se escondiam sob os olhos de Carpe.
Como a parte norte do Reino era sempre estéril e a neve era tão pesada que ficara fora do alcance do Exército do Reino, muitos grupos criminosos se escondiam lá.
Ficava ao longo da estrada para o Norte de qualquer maneira.
Dessa forma, no caminho, Callius encontrou os bandidos famosos e matou todos eles.
Afinal, eram como câncer para a sociedade, então não tinha que pensar duas vezes.
As circunstâncias de cada indivíduo para se tornar um bandido?
Se alguém não consegue empunhar uma espada porque liga para isso, é melhor desistir e se tornar um Artesão Espiritual.
— Arf! Arf! Mestre! To aqui também. Por favor, não me deixe para trás!
— Bruns.
Callius estalou a língua e colocou a Espada Predadora de volta na bainha.
Estava pingando sangue, mas não tinha necessidade de limpá-la, porque vai devorar o sangue restante de qualquer forma.
— Eu pensei que você tinha um pouco de resistência quando começamos a viajar. É a sua primeira vez no Norte?
— Brrr, é a minha primeira vez nas áreas do norte! Mestre! Também é por que bolsa está pesada.
— Hmm.
Ultimamente, ganhei muito eliminando os bandidos.
Porque os aldeões gratos me deram comida como agradecimento, e moedas de ouro e riquezas vieram dos covis dos bandidos.
A bolsa chamada “Bolsa de Pano de Eldora”, um artefato comprado em Tristar, não aguentava o peso, então Bruns teve que escalar a montanha com um fardo bastante pesado.
‘Cerca de cem quilos ou mais.’
É por isso que o físico de Bruns melhorou muito.
Os músculos da parte superior e inferior do corpo foram rasgados e reconstruídos, de modo que ganhou um corpo bonito.
‘Honestamente, pensei que já tivesse fugido…’
Para um valentão da cidade, ele tinha um pouco de coragem.
— Aonde vai?
— Antes, verifique a área. Um lugar deste tamanho deve estar cheio de moedas de ouro e riqueza! Não posso simplesmente sair e deixar tudo para trás.
— Mas vai ficar mais pesado.
A bolsa ficaria mais pesada.
— Mesmo que eu morra cedo, tenho que morrer com dinheiro!
Embora fosse muito diferente de quando o vi pela primeira vez em Tristar…
‘Não tem mudança quando o assunto é dinheiro.’
Agora, ou naquela época.
Quando as moedas de ouro estavam em jogo, ele ainda era o mesmo.
Callius, que esperava silenciosamente por Bruns, organizou seus pensamentos e desembainhou a espada novamente.
— Eles sentiram o cheiro do sangue?
Eram os animais das montanhas nevadas.
Além disso, o Norte era o Norte, afinal.
Mesmo nestas montanhas, como se fosse natural, havia bestas mágicas.
Primeiro, apareceu um leopardo polar, branco como a neve.
Claro, a estatura era maior do que o leopardo polar comum, e tinha garras muito mais afiadas.
— Está bem.
Era hora de alimentar sua espada com o sangue das bestas mágicas.
Como se aproximaram dele sozinhos, ele só podia se sentir grato.
Mais uma vez, a Espada Predadora de Callius foi brandida indiscriminadamente.
Um, dois, dez.
Mesmo com o número crescente de cadáveres, estranhamente, as bestas mágicas não recuaram.
‘É um pouco aterrorizante.’
Callius olhou para a Espada Predadora, Loas.
Loas, pulsando com uma antecipação aterrorizante, estava devorando o sangue das bestas demoníacas na sua lâmina.
— É como uma espada demoníaca.
Esta espada ameaçadora provavelmente estava atraindo as bestas mágicas de alguma forma.
Callius cortou e cortou, evitando as garras e os dentes das bestas mágicas que atacavam.
E após um tempo…
— Mestre! Eu acho que você deveria vir aqui! Eeek!
Bruns saiu correndo de uma cabana e tomou um susto.
Pois, ao lado dos cadáveres de bandidos, outra montanha composta de cadáveres de grandes bestas mágicas se formou.
— Como que… te deixei só por uns segundos e você acabou coberto de sangue.
— O que foi?
Callius, que estava encharcado de sangue, enxugou o rosto com o Manto do Crepúsculo e se aproximou de Bruns.
— Tem alguém aqui, acho que você precisa ver.
— Por que todo esse alvoroço?
— É que…
Callius seguiu Bruns até a cabana dos bandidos.
Na verdade, era uma prisão, onde havia várias mulheres, que pareciam ser servas, e uma criança.
— Uma nobre?!
A criança estava vestindo roupas feitas de um tecido luxuoso e parecia descendente de um aristocrata.
Callius, que não tinha interesse, tentou repreender Bruns por chamá-lo por algo assim, mas, depois de um momento, ele olhou assustado para a criança nobre.
Cabelo preto que parecia fazer parte da noite escura e olhos cinzentos que não pareciam pertencer a um humano.
Os que estavam ali tremiam quando viram a forma ensanguentada de Callius, mas a criança nobre estava olhando para ele com os dois olhos claros e abertos, como se estivesse completamente sem medo.
— Qu-qual é o seu nome?
Quando perguntada, a garota se levantou do assento com os olhos brilhantes e disse com confiança:
— Emily, Emily von Jervain.
Uma criança descendente da grande família nobre do Norte.
A família que governa com supremacia o Norte.
Da mesma família de Callius, uma famosa família de espadachins.
Ela era uma criança nobre que tinha o sangue dos Jervain.