Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Sword Pilgrim – Capítulo 63

Capítulo 63

O corpo se desintegrou, como se fosse feito de cinzas.

A matéria que flutuava começou a se condensar em uma única forma, iluminada por uma profunda luz prateada.

Estou com um bom pressentimento.’

O poder divino puro a cobriu por inteiro.

Até que sua aura começou a se manifestar, como uma tempestade.

O vento intenso esvoaçou seus cabelos e machucou seus olhos, mas Callius não desviou o olhar nem mesmo por um segundo.

Durante os três dias que passou dentro do santuário, sempre que teve uma chance, reuniu o poder sagrado do santuário e o infundiu na carcaça do senhor da guerra.

Por isso a transformação da carcaça tinha uma reação tão deslumbrante.

A espada flutuou no ar, coberta por um brilho intenso.

Sem hesitar, Callius agarrou a espada que estava envolta em luz prateada.

Cheok.

O poder divino prateado desapareceu aos poucos, e uma espada graciosa foi revelada.

Era uma espada maior do que a média.

Porém, não tanto quanto a Espada Forte.

Apesar de ter dois gumes, era pequena o suficiente para ser empunhada com uma mão.

Seu peso e sua aderência não eram ruins.

Era uma espada longa com um bom equilíbrio.

A sela da espada era elegante, porém não combinava um pouco com o padrão simples gravado na espada, mas, ainda assim, tinha seu charme.

— Valeu a pena minha antecipação.

Um tom vermelho sútil cobria a lâmina.

Um vermelho um pouco desbotado.

Infelizmente, a carcaça do senhor da guerra gerou apenas uma espada espiritual.

No entanto, o padrão estranhamente sinuoso que se assemelhava a uma chama parecia muito legal.

Dizem que quanto mais complexo o padrão de uma espada, maior é a sua classe.

◈◈◈◈◈

『Espada Tirana – Karaktu』

Classe: Espiritual

Alma Infundida: Karaktu

Habilidade Única: Gravidade

◈◈◈◈◈

O modificador em anexo era “Tirana”.

E a habilidade única era “Gravidade””!

— Vou tentar infundir gravidade na espada espiritual.

O rosto de Callius resplandeceu de alegria como uma criança ganhando um pirulito.

— Espada Tirana, hein. Vamos ver se a habilidade faz jus nome.

Callius, correndo para fora do santuário como uma criança animada, parou por um momento enquanto segurava a espada.

Cortando a palma da mão com a Espada Tirana, Karaktu, ele deixou pingar umas gotas de sangue.

-Krrr.

Os carniceiros do abismo começaram a se reunir. Olhos vermelhos apareceram um por um, brilhando na escuridão, e a saliva viscosa começava a pingar no chão com o cheiro de sangue.

— Lobisomens.

E muitas outras bestas sem nome.

Apenas algumas gotas de sangue foram derramadas, mas eles já estavam se reunindo em bandos.

Provavelmente porque Callius estava usando a pulseira de Vivi, então sua presença parecia fraca por fora.

Todas essas criaturas nem ousariam se aproximar se pudessem sentir sua verdadeira aura, mas agora vieram correndo.

Os chamados carniceiros do abismo.

Dez, vinte, trinta.’

Logo, mais de quarenta o cercaram.

Normalmente, Callius teria se aborrecido com a situação, mas não agora.

Porque queria testar o desempenho da espada.

— Venham.

Logo, um brilho prateado envolveu a forma do Callius, e a Espada Tirana brilhou.

Kuuung!

O espaço ao seu redor desmoronou.

Thump.

— Está bem?

— Sim.

Bruns inclinou a cabeça enquanto seguia, quando viu a expressão do Callius assim que ele saiu da Floresta Afundando.

— Aconteceu alguma coisa?

— Sim. Algo muito bom.

Bruns ficou surpreso ao ver Callius sorrindo.

Era raro Callius ficar tão feliz, então se perguntou do que se tratava.

— O que está acontecendo? Você não disse que estava indo para as profundezas da Floresta Afundando… Por acaso tem uma amante escondida lá?

— Bruns.

— Sim, Mestre?

— Como você ainda está vivo?

— Como vou responder uma pergunta assim do nada…

— Você de alguma forma conseguiu sobreviver à guerra.

— Não é tudo por causa dos ensinamentos do mestre? E a espada que você me deu.

Ele guardou aquilo?

Callius deu uma adaga que não precisava enquanto lutava contra os orcs, mas agora brilhava na luz do sol como se estivesse bem cuidada.

— Você tem maior proficiência com a arte dos punhos do que com lâminas.

— Hehehe, sabia que quando eu era jovem até consegui capturar uma gostosa com esses punhos?

— Então você é um agressor sexual?

— O quê?! Claro que não! Dei uma surra num babaca de merda! Quando a gostosa foi me agradecer, bem, por que não me agradece com seu corpo?! Naquela hora, senti que foi muito legal. ‘Você não vai se arrepender, viu?’ Foi o que ela disse.

— Então… como foi?

— Bem… hehe.

Vendo aquele sorriso sinistro, tinha que ser uma história que só apodreceria seus ouvidos se a ouvisse.

Que azar.

Havia algo de errado com esse cara.

— De qualquer forma, nem chego aos seus pés, mestre. Alguém poderia ao menos se comparar com seu rosto e seu valor? Hein, se eu estivesse no seu lugar, teria tantas mulheres aos meus pés que teriam sido suficientes para cobrir o castelo Jevariano.

— Você está sendo vulgar, Bruns.

Mulheres, hein.

Callius lembrou do passado por um momento.

Ele nunca teve uma boa experiência com mulheres neste mundo.

Era sempre uma situação de vida ou morte.

Quando começou sua peregrinação, havia algumas pessoas que queriam matar Callius.

Tinha muitos homens, é claro, mas as mulheres eram a maioria.

Como convinha à pessoa com o atributo “Filho Pródigo da Igreja”, elas vinham até ele, rangendo os dentes, para matá-lo por qualquer coisa que tivesse feito às mulheres da Igreja.

Atpe mesmo a calma e serena Esther não veio atrás dele para matar?

Teve uma vez que quase morri envenenado.’

Ele foi recebido com uma refeição, recusou-se a comer, então disseram para comer pelo menos uma fatia do pão antes de partir, assim, comeu e quase foi dessa para melhor.

Naquela época, não tinha força e não sabia o quão cruel o mundo era, e ele realmente teria morrido sem a ajuda “dela”.

Me pergunto o que ela está fazendo agora.’

Enquanto todas aquelas mulheres tentavam matá-lo…

Havia uma única mulher que ajudou Callius.

— Hehe, mas qual foi a coisa boa que aconteceu no final?

— Quer mesmo saber? Você vai se arrepender.

— Você não vai me cortar, vai?

— Não vou.

— Então sem arrependimentos!

Callius desembainhou a espada.

Era a Espada Tirana – Karaktu.

— Oh! Você conseguiu uma nova espada? Parece mesmo poderosa… Kuh!

Bruns, que estava prestes a tocar a espada, desabou no chão.

— Ca… llius… O quê?!

— Eu disse que você se arrependeria.

Espada Tirana – Karaktu.

Sua habilidade única era gravidade, ou seja, pode manipular a gravidade ao redor do Callius em um raio de dez metros.

Espadas de manipulação são raras.’

Por exemplo, a Espada Relâmpago Azul é uma espada elementar.

Só porque a espada dispara raios não significa que os raios disparados possam ser controlados.

No entanto, as espadas de manipulação são diferentes.

Se a habilidade única da Espada Tirana fosse um raio, já que era uma espada do tipo manipulação, ela teria sido capaz de controlar livremente os raios que desciam do céu.

Claro, uma espada de manipulação com atributo relâmpago só seria útil em um dia tempestuoso.’

Ao contrário do tipo elementar, as armas de manipulação não podem criar o que controlam.

Portanto, essa espada de manipulação com atributo “gravidade” estava fadada a ser um item raro.

Porque a gravidade era onipresente.

— Não acha que é uma espada maravilhosa?!

— Mas tem desvantagens também.

— Sério? Tipo o quê?

— A desvantagem é que é uma espada espiritual.

Era realmente uma boa espada.

No entanto, sua falha fatal era ser uma espada espiritual.

Se fosse uma espada da visão, não teria nenhuma fraqueza aos olhos dele.

— Sua classe é espiritual, mas sua habilidade e tipo fazem dela similar a uma espada da visão.

Portanto, inevitavelmente, sua tão poderosa habilidade era restrita no uso.

Primeiro, é claro, o consumo do poder divino era enorme.

Só que era natural, e normalmente não haveria problema em usá-la quando precisasse, já que a energia estava armazenada na pulseira.

O problema principal…

— A gravidade é mais fraca do que o esperado.

O alcance poderia ser ignorado. Mas o fato da força da gravidade não ser tão forte, não podia.

— Isso é fraco?

— Você só tem um corpo um pouco mais treinado do que a média. Já estaria morto se tivesse enfrentado alguém com habilidades adequadas.

— Mas que…?! Você acredita em mim tão pouco assim?!

— …

Bruns ficou chocado.

Porém, Callius não se importou com isso.

— Por que é chamada de Espada Tirana?

Sua habilidade não era o suficiente para ser chamada assim caso entrasse em conflito com cavaleiros da mesma categoria.

Tirana…’

Era algo a se considerar.

— Mas então, mestre…

— O quê?

— Por que você estava de bom humor?

A história até agora não parecia ser suficiente para deixá-lo alegre.

Quão insuportável era o fato que a espada feita do cadáver do senhor da guerra, um inimigo derrotado com tanto esforço e dificuldade, tinha habilidades tão insignificantes.

Era mais do que natural ficar com raiva.

No entanto, a expressão do Callius saindo da floresta não refletia a situação.

Era isso que intrigava Bruns.

— Se essa fosse a única habilidade da Espada Tirana, você estaria certo.

Quando usou nos carniceiros do abismo, ele ficou desapontadíssimo.

No entanto, quando empunhou a espada com a gravidade vinculada àqueles que o atacaram, Callius se encheu de alegria.

Espada Tirana.

Surpreendentemente, esta espada era capaz de manipular a gravidade de qualquer um que ela cortasse.

Mesmo que fosse uma ferida trivial, desde que a aquela espada a tivesse feito, a gravidade da área ferida estaria sob o controle do Callius.

Claro, havia um limite para a força da gravidade.

É inevitável, mas qualquer um é pego de desprevenido numa batalha acirrada quando a perna ou braço fica pesado por um instante.’

E ser pego de desprevenido em uma batalha significa a morte.

Não era algo ruim.

Pelo contrário, era excelente.

E se ele usasse essa espada junto da Onda de Flor Furiosa?

Ou até mesmo a Névoa Branca?

Se fosse capaz de criar algumas feridas, mesmo que muito pequenas, o corpo do oponente se tornaria várias vezes mais pesado, e quanto mais longa a luta, mais inevitável seria sua vitória.

— Posso mostrar se quiser ver.

— Não, não!! Tudo bem, já entendi!!!

— Não, você tem que experimentar por si mesmo para saber o quão maravilhosa esta espada é…

Quando Callius estava prestes a cortar a perna do Bruns com a espada…

— Me-mestre…! Tem alguém ali!

Callius também ficou surpreso com o grito apressado do Bruns e olhou para a pessoa de pé sob a sombra da árvore.

— Callius. Quanto tempo.

— Quem é você?

Como estava sob a sombra das árvores, ele não conseguiu ver o rosto de quem falou.

— Já se esqueceu de mim? Que triste. Logo você que me deve tanto.

— Devo a você?

As sobrancelhas do Callius franziram com essas palavras. E então um pequeno gemido escapou de sua garganta.

— Ah.

A mulher saiu da sombra com o cabelo brilhando à luz do sol.

Cabelos cor de vermelho-vinho vintage, amarrados por uma trança graciosa.

Armadura leve e um par de espadas cruzadas nas costas.

Era Helena de Bolivian.

— Estou aqui para cobrar o que você me deve, Callius.

A Peregrina Helena.

A filha da família Bolivian, que um dia sacrificou todas as riquezas e espada no altar de Carpe, até o fim no caminho das ruínas.

‘Helena de Bolivian.’

Três anos atrás, a mulher, que resgatou Callius e foi roubada em troca, agora veio pessoalmente atrás dele.

Faça uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo! Conheça nossa Assinatura VIP e seus benefícios!!

Comentários

0 0 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar