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Swordmaster’s Youngest Son – Capítulo 280

A Primeira Tumba de Temar (1)

Fin aprendeu tudo o que aconteceu imediatamente após a manifestação porque sua memória estava ativa durante o breve momento da encarnação de Picon.

– Uau! É incrível. Picon Minche, o lendário ferreiro! Nunca imaginei que eu seria da linhagem de alguém tão grande. E pensar que era a voz de um deus. Pensei que fosse apenas um espírito maligno. Haha.

Fin soltou uma risada alta enquanto esfregava vigorosamente o queixo inchado. Ele só tinha conseguido resistir ao soco de Jin porque Picon estava se manifestando dentro dele.

Ele parecia encarar tudo o que acontecia com calma, inclusive o fato de que ele e seus ancestrais haviam sido privados das vantagens de serem contratantes divinos.

– Fin Blanche?

– Sim, senhor Jin. Peço desculpas por não tê-lo cumprimentado adequadamente antes devido à surpresa. Também perdi o controle do meu corpo antes.

– Você não está com raiva?

– Por quê?

– Você e seus ancestrais foram forçados a um sacrifício que nunca quiseram, tudo por minha causa.

Fin arregalou os olhos de espanto e acenou com as mãos.

– Ah, não, de que sacrifício está falando, senhor? Eu nunca soube que era um empreiteiro e nunca me beneficiei disso, mas também não me prejudicou. Pelo menos não no meu caso. Além disso, se estou propenso a me tornar um escravo dos Zipples só porque sou o contratado do deus dos ferreiros, então, obviamente, eu viveria escondido para sempre. Não acho que seja nenhum sacrifício.

Ele nunca se beneficiou disso, mas também não foi prejudicado por isso.

Foi assim que ele se sentiu de verdade.

– É claro que se eu tivesse sabido antes que era um contratado divino, minha vida poderia ter sido diferente. Não, com certeza teria sido diferente. Eu poderia ter me tornado o ferreiro do clã Runcandel e, se tivesse me juntado à guilda de ferreiros de Minche, sem dúvida teria vivido uma vida mais abundante do que agora.

– É isso mesmo.

– Mas isso garantiria uma vida mais feliz do que a que tenho agora?.

Dessa vez, foram os olhos de Jin que se arregalaram.

– Ninguém pode ter certeza sobre essas coisas. Se eu tivesse me tornado o ferreiro de Runcandel, talvez ganhasse mais. Mas eu poderia ter sofrido o escrutínio da elite. Runcandel é um lugar bastante aterrorizante, não é? Quem sabe? Talvez na guilda de ferreiros de Minche, eu também teria sido alvo de inveja e ciúme.

Fin fez uma pausa. Depois, deu de ombros e continuou.

– Por outro lado, adoro minha vida atual. Embora viver sob o comando de um senhor terrivelmente pobre tenha feito com que eu fosse sequestrado, tive a experiência de ser salvo por você, Sir Jin. E mesmo que o senhor a quem sirvo tenha sofrido alguns infortúnios, ele é um bom homem.

– Vá em frente. Continue.

– Isso é tudo o que eu tinha a dizer.

– De agora em diante, Picon usará seu corpo para reforçar Bradamante para o meu bem. Para você, isso não seria justo. Se houver algo que queira em troca, me avise. Farei o que puder. E mesmo que você se recuse, não vou puni-lo nem prejudicá-lo por isso.

– Senhor Jin, o que você quer dizer com isso? Tanto você quanto eu encontramos Picon inesperadamente hoje. Deixando de lado o fato de eu ser o contratado do deus dos ferreiros, você salvou minha vida, lembra-se?.

Fin acenou com as mãos mais uma vez.

– Portanto, não tenho nada a reclamar. Na verdade, isso me daria uma maneira de recompensá-lo por salvar minha vida, e isso me deixa feliz, senhor.

– Obrigado por dizer isso.

– Talvez eu também saiba por que você veio me ver, Sir Jin. Suponho que o senhor queria ver a pessoa responsável para perguntar sobre a situação das terras, já que o clã Volta foi o único que não enviou nenhum presente. Mas, senhor Jin, quero que saiba que o senhor a quem sirvo nunca desviou nenhum imposto.

Fin estava muito enganado sobre algo.

Do seu ponto de vista, seu encontro com Picon foi uma coincidência inesperada, mas a visita de Jin era uma certeza.

Na verdade, Aleta estava sempre preocupado com o fato de não poder enviar presentes depois que Jin se tornou porta-bandeira.

Ele não achava que Jin fosse tão mesquinho a ponto de dar importância aos presentes, pois também havia lido sobre as coisas que Jin fez no reino sagrado durante seu tempo como porta-bandeira provisório.

Portanto, Fin deduziu que Jin deve ter suspeitado que o patriarca de Volta havia desviado fundos. Por mais pobre que fosse o clã, ele ainda era um clã nobre. Não faria sentido que eles não pudessem enviar um presente.

Todos os clãs de Hufester, com exceção de Volta, onde ele servia como mordomo, teriam enviado um presente para Jin. Fin achava que Jin tinha um bom motivo para estar desconfiado.

– O patriarca chegou a vender seus bens particulares para ajudar os pobres. A terra é estéril e estamos enfrentando a fome. Com os bandidos causando problemas, além de tudo isso, não conseguimos nem mesmo encontrar uma página decente para escrever uma carta, muito menos presentes.

A defesa abrupta de Fin em relação ao seu senhor surpreendeu Jin.

Mas ele não achou necessário corrigir seu mal-entendido.

– Eu não suspeitava que o patriarca de Volta tivesse desviado fundos. Mas, como você disse, eu queria saber qual era a situação. Queria oferecer meu apoio se as coisas ficassem difíceis.

Suas palavras foram recebidas com muita alegria. Fin assentiu com entusiasmo.

– Eu sabia que minhas preocupações eram infundadas! Senhor Jin, muito obrigado por sua preocupação! Você se preocupa até com terras sem valor como a nossa e até me salvou de bandidos. Jamais esquecerei essa honra, mesmo em minha morte.

Jin pensou consigo mesmo: ‘De alguma forma, sinto que estou apenas alimentando o mal-entendido desse cara.’

Não, talvez não seja um mal-entendido, afinal. De qualquer forma, ele pretendia dar amplo apoio ao clã Volta, desde que pudesse garantir o deus dos ferreiros antes de qualquer outra pessoa.

Ele não apenas garantiu o deus, mas também descobriu que o deus dos ferreiros havia sido mudado como parte dos preparativos que Solderet havia feito para ele, e até lhe foi prometido que poderia reforçar Bradamante.

Não poderia ser mais ideal para Jin.

– Muito bem. Então, por favor, cuide bem de minha espada.

Fin levantou Bradamante com cuidado.

– Não sei nada sobre ferraria, então meu antepassado cuidará disso. Quanto a mim, se ao menos eu pudesse garantir um lugar onde meu ancestral pudesse trabalhar na espada sem que ninguém descobrisse…

– É meu trabalho descobrir isso. Tomarei várias medidas para garantir que você não tenha problemas enquanto o deus dos ferreiros trabalha nisso. Também darei apoio em termos de fundos, incluindo o conserto da mansão e o fornecimento de alimentos para assistência.

– Oh, obrigado, senhor. Muito obrigado.

Fin abaixou tanto a cabeça que estava prestes a se ajoelhar e tocar o chão com a cabeça. Jin sorriu sem jeito.

– Há mais alguma coisa que você queira de mim?

– Nada, senhor. O que você me prometeu é mais do que suficiente, senhor Jin.

– Se desejar, também posso lhe dar muito apoio. Tenho certeza de que você se lembra da minha conversa anterior com Picon. Eu disse a ele para não me impedir de dar apoio.

– Haha, estou tão honrado com suas palavras que não sei o que dizer. Mas Sir Jin, como mencionei antes, estou satisfeito com minha vida. Estas terras e a mansão Volta são meu lar. E o fato de essa terra se erguer em meio às dificuldades atuais não é diferente do meu próprio sonho realizado.

Foi um encontro muito breve, mas aquele homem chamado Fin agradou Jin.

Ele poderia ter pedido mais. Na verdade, ele poderia ter gritado e exigido uma compensação por seus próprios sacrifícios e os de seu antepassado.

Mas Fin não fez isso.

– Obrigado. Agora, vamos voltar para sua casa.

Quando Jin retornou ao Jardim das Espadas, ele procurou Petrow.

– Vá para as terras do clã Volta amanhã de manhã e dê amplo apoio ao clã sem exagerar. Dê a eles apoio na forma de moedas de ouro e alimentos, e não envie tropas. Certifique-se de que isso não se destaque muito aos olhos de meus irmãos.

– Entendido, senhor.

– E entre em contato com a Tikan para enviar cerca de cinco guardas de defesa disfarçados de civis para residir nas terras do clã Volta.

– Sim, jovem mestre.

Depois que Petrow saiu, Gilly e Murakan, que estavam bebendo juntos, se aproximaram.

– Jovem mestre, onde você esteve? – perguntou Gilly.

– O clã Volta foi o único que não enviou nenhum presente, então fui ver o que estava acontecendo.

– Bem, agora que você é um porta-bandeira, está ostentando sua autoridade? Olhe para você, garoto. Eu realmente não imaginava que você fosse desse tipo, sabe? Os clãs nobres caídos devem ter uma vida difícil. Você os está assediando por dinheiro e coisas assim?

– Murakan, tenho certeza de que o jovem mestre Jin foi até lá para verificar os assuntos deles, não porque estava com raiva por não ter recebido presentes -, disse Gilly.

– Suas terras estavam em ruínas. Eu lhes prometi apoio. Mas, mais importante, encontrei inesperadamente o contratante do deus dos ferreiros lá.

– O quê?

– O que você disse?

Jin explicou tudo o que havia acontecido com Picon. Ambos demonstraram intrigas, mas logo aceitaram.

– Então, garoto. O que você está dizendo é que Growler morreu por algum motivo desconhecido, e Solderet colocou Picon como o novo deus dos ferreiros como parte de seus preparativos para você, é isso? E ainda por cima a primeira tumba de Temar? Dá para acreditar? -, exclamou Murakan.

– Parece que você encontra figuras incríveis onde quer que vá, jovem mestre.

– Não posso acreditar que desta vez você encontrou um deus em uma cidade rural.

– No entanto, nenhum de vocês parece muito surpreso -, disse Jin.

– Não é a primeira vez que algo assim acontece, é por isso. Você encontrou aquele estranho deus Klam ou algo assim em Kollon e recebeu o espelho, que era algo que Solderet também havia preparado para você. Quando você lutou por seu fã obstinado na ilha deserta de Vermont, , havia aquela pedra do deus demônio. Comparada a ela, o deus dos ferreiros parece quase normal. E parece que isso também fazia parte dos planos de Solderet.

Gilly assentiu em silêncio.

– A propósito, você mencionou que Picon Minche usou um poder semelhante ao usado pelo líder dos Kinzelo, certo? – perguntou Murakan.

– Sim, por alguma razão, o líder dos Kinzelo parecia ter um poder superior ao de Picon. No entanto, Picon podia forjar e controlar metais como ele. Esse é um poder exercido pelo deus dos ferreiros?

– Também não tenho a menor ideia sobre isso. Growler, o antecessor, era um deus bastante indiferente.

– Se o poder pertence aos deuses dos ferreiros, então a morte de Growler estaria intimamente relacionada ao líder dos Kinzelo. Você ainda não tem nenhuma conjectura sobre ele, tem?

É claro que Murakan havia conversado com o líder dos Kinzelo em Old Oterium sobre esse mesmo assunto:

+

– Quando Temar tentou matá-lo depois que você perdeu o controle devido à sobrecarga, fui eu quem o deteve. Murakan, você não se lembra de quem eu sou?

– Seu desgraçado, de quem é o nome que você está tentando dizer aqui? Você parece ser um demônio antigo, mas de forma alguma Temar se associaria a pessoas como você. E uma sobrecarga? Você deve ter ouvido alguma coisa, não é? Quem perdeu o controle naquele dia foi…

– Não é você, mas Temar? É isso que está tentando dizer?

+

Desde aquele dia, Murakan estava mexendo em sua memória. Mas, por mais que tentasse, não se lembrava de ter tido nenhum contato com o líder dos Kinzelo.

– Não, eu não me lembro. Que droga. Estou tão curioso para saber quem é esse bastardo. Estou prestes a enlouquecer.

– Kinzelo está exposto ao mundo de qualquer forma, então sua identidade será revelada eventualmente. Nós não seremos os únicos curiosos sobre sua identidade agora.

Murakan demonstrou sua frustração, então Gilly mudou de assunto.

– Estou ansiosa para que Picón melhore Bradamante, mas já estou preocupada com sua ida ao primeiro túmulo do primeiro patriarca, jovem mestre. Sinto que seria de alguma forma perigoso, especialmente aquele testamento que ele mencionou.

– Não se preocupe, Gilly. Eu vou com Murakan.

– Pensando que o deus dos ferreiros está ciente de algo que nem mesmo sua mãe sabe. No entanto, como a tumba foi movida, não poderei cumprimentar Temar mesmo se chegarmos lá. Ugh, a primeira tumba de Temar, hein.

Murakan sorriu amargamente.

Na verdade, ele estava reprimindo uma emoção dolorosa desde que Jin mencionou o tópico da tumba de Temar.

– Tudo bem, então. Onde ele disse que estava? Seu túmulo, quero dizer.

– As Grandes Planícies de Anz, a terra que já esteve sob o domínio de Chukon Tolderer -, respondeu Jin ao mostrar a chave que havia recebido de Picon.

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