Os sons das metralhadoras e os canos brilhando encheram o ar enquanto a loja era inundada de balas. Cápsulas laranja de balas caiam do carro como chuva.
Em meras frações de segundo, a lavanderia ficou parecida com uma colmeia, e o guarda-costas em frente foi despedaçado, transformando-se em uma pilha de carne queimada.
Quando as duas metralhadoras ficaram sem balas, os atacantes não saíram do carro. Em vez disso, pegaram duas granadas e as jogaram na direção do beco atrás da lavanderia.
Kieran viu tudo o que aconteceu. A velocidade do carro chamou sua atenção, pois passou rapidamente, e ele naturalmente examinou o carro por curiosidade.
Embora Kieran mal tivesse conseguido vislumbrar o interior do carro, sua Percepção C- lhe permitiu ver claramente o que tinha dentro.
Metralhadoras e granadas.
Aqueles homens não pareciam estar lá para um negócio. Kieran parou e virou-se rapidamente, voltando para o beco. Embora ele não se importasse com a vida de Larry, o potencial de desbloquear uma Missão Secundária fez com que ele voltasse e tentasse evitar um incidente.
Como Kieran esperava, as pessoas no carro não estavam lá para conversar. Os atacantes pareciam estar bastante familiarizados com o lugar. Eles sabiam que suas metralhadoras não podiam perfurar a parede frontal da lavanderia, então eles jogaram duas granadas dentro da loja.
*Boom!* *Boom!*
As duas explosões causaram ainda mais danos à lavanderia, que já estava meio arrasada e cheia de fumaça depois do tiroteio. As granadas transformaram a loja em ruínas após as duas explosões.
Quando a lavanderia explodiu em pedaços, os atacantes abriram as portas do carro e saíram.
*Bang!* *Bang!*
Quando saíram do carro, suas cabeças foram explodidas por dois tiros e seus corpos caíram no chão. O homem restante saiu do lado do motorista e olhou em volta, em pânico, depois que seus camaradas foram mortos.
As granadas que os atacantes jogaram produziram uma onda espessa de fumaça. A fumaça bloqueava a visão do atacante restante, impedindo-o de localizar a pessoa que matou seus companheiros.
Quando um cano frio e duro foi empurrado contra a parte de trás de sua cabeça, o homem congelou em pânico.
— Abaixe sua arma e não se mova! Se você valoriza sua vida, você não vai tentar fazer nenhum truque! — Kieran disse friamente atrás do atacante.
Considerando que seus dois companheiros estavam mortos e ele atualmente tinha uma arma pressionada contra a cabeça, o homem sabia que Kieran não estava brincando.
Ele seguiu as ordens de Kieran, abaixando a arma e levantando as mãos.
— Eu…
Antes que a palavra pudesse ser proferida, Kieran o recompensou por seu espírito cooperativo com um duro golpe no pescoço. O atacante caiu no chão, desmaiando.
Depois de confirmar que o homem estava desmaiado, Kieran voltou sua atenção para a lavanderia.
— Larry? Se você ainda estiver vivo, faça algum barulho, por favor! — Kieran gritou em direção à loja.
— Eu não estou morto ainda! Mas eu também não estou longe disso! Porra, Kieran! Tem certeza de que isso não foi você?
A voz de Larry veio de dentro dos destroços da lavanderia. Depois de tal ataque, ele não ousou mostrar seu rosto. Ele apenas continuou se escondendo lá.
— Eu o quê? Por quê? Os 10 mil que paguei a você agora ou aos 100 mil que paguei antes? Não me faça rir, Larry. Contratar esses caras me custaria mais do que isso! — Kieran respondeu com um riso alto e zombeteiro.
— Se você não está disposto a mostrar seu rosto, eu vou deixar você aqui! A polícia não vai ignorar esse incidente, mesmo que sua loja seja considerada uma terra de ninguém! — Kieran continuou em um tom ligeiramente impaciente.
— Não, não, não! Espere! Somos amigos! Como você pode me deixar em um momento como este?
Larry saiu mancando das ruínas, com medo de que Kieran fosse embora de verdade.
— Amigos? Você dá um nome ruim à amizade, Larry.
Kieran olhou atentamente para os ferimentos de Larry. Seus braços e pernas estavam feridos e havia sangue no lado esquerdo. Não era nada sério, apesar do fato de ele parecer machucado pra caralhos.
Suas feridas eram apenas feridas de raspão, então Larry ainda foi capaz de ir até os corpos dos atacantes e dar uma olhada.
— Puta merda, são os Irmãos Marrocos! Maldito seja Deus! Quem os contratou para me matar? — Ele perguntou em um tom irritado depois de reconhecer o rosto do último homem, que estava sendo mantido em cativeiro por Kieran.
Ele rapidamente reuniu seus pensamentos e se acalmou.
— Kieran, eu preciso que você me faça um favor. Leve-me para o meu esconderijo e entregue esse filho da puta para mim! Eu vou descobrir quem está por trás disso!
Larry implorou a Kieran com os olhos.
[Missão secundária descoberta: Ajudando o informante]
[Ajudando o informante: Larry se meteu em problemas, e ele precisa que você o leve para seu esconderijo segura e entregue o prisioneiro]
A única razão pela qual Kieran tinha voltado até a lavanderia do Larry foi para desbloquear uma Missão Secundária em potencial, então ele aceitou de bom grado a oferta de Larry.
— Tudo bem, mas só porque você me ajudou antes! — Kieran assentiu em concordância.
— Relaxe, meu parceiro, você não vai se arrepender de ajudar Larry! De agora em diante, se você quiser alguma informação, eu lhe darei um desconto de 10%! — Larry sorriu ao abrir a porta do carro dos atacantes.
— Eu fico pensando o quão barata sua vida é. — Kieran bateu no prisioneiro mais uma vez e jogou-o no banco de trás.
Kieran entrou no banco do motorista, apesar do fato de não ter experiência de direção, ele conhecia o procedimento padrão de dirigir um carro, mas como órfão ele estava destinado a nunca chegar perto de um.
Ele só tinha ouvido falar em dirigir de seu colega de trabalho quando trabalhava no ferreiro. Ainda assim, a situação diante dele o forçou a ser o motorista. Não havia mais ninguém disponível para o trabalho.
Quando o motor do carro ligou, um barulho começou a sair do capô do carro. Embora Kieran tenha começado com cuidado, o carro só se moveu um pouco antes de frear com força.
*Boom!*
O súbito freio de emergência fez Larry bater a cabeça no painel do banco do passageiro e gritar de dor ao falar sobre as habilidades de condução de Kieran.
— Você dirige pior do que você luta! — Ele disse, zombando de Kieran em um tom similar ao que Sem-lei costumava usar. — Suas habilidades de luta são realmente estranhas para um repórter! Você estava querendo se tornar um correspondente de guerra antes disso? Não, deixa pra lá. Esqueça o que eu perguntei. Todo mundo tem seus segredos.
Comparado a Sem-lei, Larry era muito mais observador. Ele rapidamente calou a boca quando notou a expressão fria de Kieran.
O esconderijo de Larry ficava a 20 quilômetros da Rua Falcão. Assim que Kieran se familiarizou em dirigir o carro, os dois chegaram até o esconderijo na periferia da área comercial e residencial.
O esconderijo de Larry era uma fábrica abandonada que parecia bastante semelhante ao lado de fora da casa de Kieran no jogo. Havia uma cerca com fio extra ao redor. Embora a cerca estivesse toda enferrujada e algumas partes no chão, parecia que ninguém ia até lá há muito tempo.
— É velho, eu sei, mas é muito seguro! Venha comigo! — Larry disse com a maior confiança quando saiu do carro.
Larry não andou até a frente da fábrica trancada. Em vez disso, ele se dirigiu para trás da instalação e foi direto para uma tampa de esgoto.
Ele levantou a tampa do esgoto com todas as suas forças e entrou. Parecia que o esconderijo de que ele tanto se orgulhava não estava na superfície do solo.
Kieran o seguiu, instintivamente examinando o ambiente em busca de qualquer perigo. Quando teve certeza de que estava tudo limpo, ele agarrou o prisioneiro e começou a descer a escada de ferro.
Depois de descer cerca de três a quatro metros de escada, uma ampla sala subterrânea apareceu diante dele. A sala guardava toneladas de comida, medicamentos e armas, atendendo a todos os critérios de um esconderijo.
Kieran voltou sua atenção para as armas e notou que elas eram suficientes para armar totalmente pelo menos 10 homens. Embora fossem apenas revólveres, o fato de as armas existirem era prova de que Larry mentiu quando disse que nunca havia tocado em algum outro tipo de negócio.
Kieran não tinha acreditado nas palavras de Larry, mas ele ainda examinou o lugar todo antes de finalmente olhar para ele.
Larry tirou um celular pesado da gaveta e ligou o aparelho. A julgar pelo seu design volumoso, tinha que ser um telefone feito sob encomenda.
— Bem, parece que você chegou ao seu destino. Qualquer coisa que acontecer daqui em diante não é da minha conta. Estou indo embora! — Kieran disse para Larry depois de soltar o prisioneiro.
Ele só foi até o esconderijo por causa da Missão Secundária. Ele não tinha intenção de participar das atividades ilegais de Larry, a menos que elas dessem outra Missão Secundária.
As chances eram pequenas, considerando que Larry parecia estar preparado para isso. Ele tinha armas e mão de obra, e um telefone para ligar de backup, se quisesse se vingar.
— Claro, claro! Você fez o que um amigo deveria fazer. Obrigado novamente por salvar minha vida! — Larry disse enquanto telefonava.
[Missão secundária: Ajudando o informante (Completada)]
Kieran estava se sentindo muito bem em terminar sua primeira Missão Secundária com tanta facilidade. Acenando para Larry, ele se virou e foi embora.
No entanto, antes que ele pudesse alcançar a superfície do solo, uma presença fria e congelante o assaltou de cima. Quando ele olhou, não havia nada na frente dele.
Kieran sentiu uma imensa sensação de perigo. Sem pensar duas vezes, ele desceu a escada.
*Bang!*
Assim que Kieran saltou de volta para baixo, um grande pedaço de concreto foi arrancado por uma força imensa, e um buraco profundo foi perfurado ao lado da entrada.
Era um atirador de elite!