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The Great Mage Returns After 4000 Years – Volume 2 – Capítulo 397

Capítulo 397

Ele teve que ir a um riacho próximo para lavar o rosto. Talvez porque o outono se aproximava, a brisa da floresta estava bastante fria.

Splash—

Quando a água fria atingiu seu rosto, sua sonolência foi completamente eliminada.

Lukas olhou para a água corrente. Era assim que ele era quando tinha doze anos.

Embora o rosto fosse o mesmo, sua expressão não tinha a fofura de uma criança de sua idade. Seria melhor para ele agir um pouco como uma criança? Não, não havia necessidade de agir, já que este era apenas um mundo falso, para começar.

— …

Sem se preocupar em enxugar as gotas de água em seu rosto, ele olhou ao redor da floresta. A oeste havia uma cidade.

No futuro, depois de partir para a cidade, Lukas enfrentaria muitos incidentes grandes e pequenos. Isso era tudo o que lhe vinha à mente.

Não conseguia se lembrar exatamente quando foi para a cidade, ou quais foram os incidentes que ele encontrou.

“Eu deveria aprender?”

Foi o que ‘Lukas’ disse.

Ele precisava aprender sobre o próprio ‘Lukas’ e sobre sua vida.

Mas esse fenômeno atual estava mais próximo de uma experiência.

Se ele simplesmente queria contar a ele sobre sua vida, não havia necessidade de passar por tantos problemas. O mesmo acontecia mesmo que a informação lhe fosse dada na forma de possessão.

Lukas agora tinha que mover este corpo por conta própria. Também não parecia haver um limite para o que ele poderia dizer.

Nesse caso, o que ‘Lukas’ queria dele?

[Você não pode deixar esta floresta.]

Seus pensamentos pararam.

Uma voz apareceu diretamente em sua mente. A imagem que estava sendo refletida no riacho também mudou.

Antes que ele percebesse, um homem estava parado atrás dele. Era ‘Lukas’. No entanto, sua figura estava fraca, como um fantasma, e sua parte inferior do corpo simplesmente não existia. Em outras palavras, ele estava flutuando no ar.

‘Lukas’ falou…

[A materialização não se estende tanto. O alcance desta Imagem do Vazio é muito pequeno. Existem apenas cerca de cem personagens e o campo tem um raio de cerca de cinco quilômetros centrado no orfanato. Não há nada além disso.]

— …

[Por que você acha que estou mostrando as memórias dessa época?]

Este ponto.

Lukas não respondeu imediatamente e, em vez disso, refez lentamente suas memórias.

No outono, quando ele tinha doze anos…

Por causa de quanto tempo tinha passado, não era fácil lembrar.

O riacho escorria e ele podia facilmente ver os peixes nadando nele. Quando a água em seu rosto secou, Lukas disse…

— O incidente do desaparecimento que ocorreu nesta época.

[Então você não esqueceu.]

‘Lukas’ assentiu.

[Se eu tivesse que escolher um grande momento decisivo em minha vida, para mim, seria o incidente do desaparecimento que ocorreu nesta época.]

— …

[A escolha que fiz depois daquele incidente… Naquela época, eu não achava que tinha escolha. Foi só depois disso que percebi que não era o caso. É por isso que estou curioso. Você é basicamente o mesmo que eu. Lukas… Como você agiu?]

A voz gradualmente sumiu e, com ela, a figura de ‘Lukas’ desapareceu.

Lukas permaneceu onde estava. As palavras que ‘Lukas’ deixou para trás ficaram presas em sua mente.

—Como você agiu?

O incidente do desaparecimento…

Como ele agiu naquela época? Não conseguia se lembrar.


Quando voltou ao orfanato, foi saudado por movimento. As outras crianças foram acordando lentamente. Todos esfregaram os olhos, tropeçando como zumbis.

— Bom dia, Lukas.

Uma voz clara.

Era uma garota com cabelo trançado. Ela tinha cabelo laranja e um rosto alegre.

Lukas conseguiu lembrar o nome dela com relativa rapidez.

— Ellie.

— Wah, olha como seu rosto está brilhando. Você foi sozinho de novo?

Ellie falou de modo repressivo com um olhar de desaprovação no rosto.

— Hmm.

— Você não me ouviu quando eu disse que queria ir com você na próxima vez. Humpf.

— Procurei por você antes de partir, mas não consegui encontrá-la.

— Eu fui ao banheiro.

Ellie resmungou quando começou a arrumar as roupas de cama. Olhando para o rosto dela, Lukas ajudou.

Ellie Trawman.

Ela tinha treze ou quatorze anos. Mesmo que não pudesse se lembrar exatamente, estava claro que ela era mais velha que Lukas. A imagem dela mandando nele e dizendo-lhe para chamá-la de irmã mais velha apareceu em sua mente.

— O que tem para o café da manhã hoje?

Tuktuk.

Ellie tirou a poeira do travesseiro.

“Ensopado.”

— Sério? Urgh. Eu odeio ensopado. Não vou me sentir satisfeita nem mesmo se comer algumas tigelas.

— Isso porque não há muitos ingredientes sólidos.

Então Ellie disse…

— Pensando bem, eu vi algo em um livro antes. Dizia que é comum ensopados normais terem carne. Você acredita nisso? Com tanta carne preciosa…

Como era comum nos orfanatos, o Orfanato Trawman não estava muito bem. No café da manhã, geralmente era um ensopado que consistia em vegetais de raiz, vegetais de caule e miudezas fervidos em água pura. Para o almoço, eram dois ou três pães secos, embora o jantar fosse um pouco mais luxuoso.

Era por isso que as crianças do orfanato ansiavam pelo jantar.

— Ufa… Terminado.

— Bom trabalho.

— Ung. Devemos fechar a janela? Acho que já tivemos ventilação suficiente.

— Vou fechar.

— Obrigada.

Quando a janela foi fechada, a porta se abriu e Sophia entrou.

— Ellie, Lukas, desçam para o café da manhã.

— Já vamos.

— Vocês dois limparam tudo de novo?

— Ahaha. Bem…

Sophia franziu a testa.

— Esses pestinhas não têm intenção de ajudar seu irmão e irmã mais velhos.

— Tudo bem. Vamos logo, a comida está esfriando.

Ellie sorriu calorosamente e gentilmente empurrou Sophia para fora do quarto.

Lukas as seguiu.

O refeitório estava barulhento. Isso era natural considerando que havia dezenas de crianças em um espaço. Mas, apesar de serem barulhentas, as crianças não eram desordenadas. Mais importante, todos esperavam pacientemente sem tocar na comida.

Era uma das regras estritas do orfanato que Sophia assegurava que fosse cumprida. Isso mostrava que eles estavam seguindo corretamente a regra ‘todos comem juntos e começam ao mesmo tempo’.

— Parece que todo mundo está aqui, Al, Liz.

— Sim.

As crianças, Al e Liz, iam e vinham ao longo da mesa distribuindo as refeições, e logo começou o barulhento café da manhã.


Depois do café da manhã, eles tinham ‘trabalho’. O Orfanato Trawman era basicamente autossuficiente. Claro, eles recebiam subsídios da cidade, mas era apenas uma quantia minúscula. Era impossível alimentar dezenas de crianças contando apenas com subsídios.

Era por esta razão que produziam a maior parte de seus próprios ingredientes alimentares e necessidades diárias, bem como roupas.

As crianças com boa visão eram responsáveis por colher ervas comestíveis ou procurar frutas, enquanto as crianças corajosas procuravam lenha.

Algumas crianças lavavam a roupa ou pescavam no riacho.

O trabalho de Lukas era cuidar e monitorar as crianças.

Isso pode parecer uma tarefa fácil à primeira vista, mas não era. Isso porque as crianças estavam espalhadas pela floresta. Lukas tinha que dar uma volta de vez em quando para verificar se alguém estava ferido ou foi pego em uma situação inesperada.

— Luther, não toque naquela árvore.

Luther, que estava prestes a subir em uma árvore alta para colher frutas, congelou.

— O quê? Por quê?

— Tem uma colmeia.

— Colmeia? Ah!

Foi só então que Luther notou a colmeia pendurada. Claro, o nível de atividade das abelhas caiu significativamente desde o início do outono, mas o fato de serem perigosas não mudou.

— Como você viu isso?

A localização da colmeia era tão excelente que estava quase invisível entre as folhas. Havia uma grande chance dele não ter notado mesmo depois de subir na árvore.

— Eu sou muito maior do que você.

— Tsc. Você é tão exibido… De qualquer forma, obrigado!

Ele acenou com a cabeça para Luther antes de gesticular com o queixo.

— Volte primeiro. Está quase na hora do almoço.

— E você, Lukas?

— Vou olhar em volta para ver se há outras crianças por perto.

— Certo! Até mais!

Luther saiu correndo com um grito.

Lukas, que foi deixado sozinho, olhou para a colmeia e murmurou.

— Míssil Mágico.

Ele conjurou a magia de uma estrela mais básica. Olhou para a esfera instável de energia fluindo por um momento.

Lukas sentiu mana quando era mais jovem. E depois de vasculhar alguns tomos mágicos que estavam mais próximos dos livros de conhecimento geral, aprendeu a usar algumas magias.

Isso teria sido impossível sem seu talento natural, mas as magias que podia conjurar mostravam claramente sua falta de habilidade.

Ele fechou os olhos e verificou o núcleo de mana em seu corpo.

Pequeno e descoberto… Seu núcleo de mana era no máximo do tamanho da palma de sua mão. A mana que continha era menos de meio copo.

No entanto, com o conhecimento que Lukas agora tinha, era possível usar magias de três estrelas ou até mesmo de quatro estrelas com esse tanto de mana.

Esticando a mão em direção à colmeia, ele falou a frase de ativação.

— Jato d’água.

Uma magia de ataque que borrifava um jato de água comprimido. O alcance era curto, mas a potência era alta. A magia cortaria não apenas a colmeia, mas também a bela árvore atrás dela.

— …

Mas a magia não se manifestou. Lukas baixou a mão estendida.

Algo dentro de seu corpo estava envolvendo sua mana e impedindo que sua magia se manifestasse.

Naturalmente, não havia problema com a fórmula. Também não era porque ele não tinha mana. Em teoria, tudo estava perfeito.

Foi isso que tornou a razão fácil de adivinhar.

A razão pela qual ele não podia usar o Jato d’água era simples.

Neste ponto no passado, Lukas não podia usar magias de quatro estrelas.

“Não vai me permitir usar poder suficiente para mudar as coisas.”

Seria correto entender assim.

Em outras palavras, as magias que Lukas poderia usar naquele momento provavelmente estavam limitadas as que o ‘Lukas de doze anos’ poderia usar.

Magias de uma e duas estrelas.

Então lembrou as palavras de ‘Lukas’… Ele chamou isso de um momento decisivo. Lukas tinha uma ideia do que queria dele.

O incidente do desaparecimento.

Ele provavelmente queria saber o que Lukas pensava e como ele agiria diante daquele incidente.

Ele compararia e analisaria as diferenças em suas ações e, então, provavelmente contaria a Lukas o que havia feito.

Provavelmente terminaria por aí.

Este mundo da Imagem do Vazio desapareceria e Lukas retornaria ao ‘lixão’ cheio de cadáveres.

Então, obteria a possibilidade do outro Lukas e ficaria mais forte.

— Ah, aí está você, Lukas.

Era a voz de Ellie. Ofegante, ela colocou a mão na árvore e tentou recuperar o fôlego.

Parecia que havia andando procurando por Lukas.

— Desculpe. Você estava procurando por mim?

— Aham. Mas…

Ela estreitou os olhos para ele.

Então falou em um tom ligeiramente acusatório.

— Você… Estava praticando magia aqui de novo?

— Bem…

Agora que pensou sobre isso, no passado, Lukas usava o patrulhamento como uma desculpa para ir mais fundo na floresta para praticar magia. A única pessoa que sabia disso era… Provavelmente Ellie.

— Você não está sendo muito relaxado? Sabe o quão importante é o nosso papel! Se alguma das outras crianças se machucarem…

— Isso não vai acontecer. Não há mais crianças na floresta. Luther deveria ter sido o último e já voltou.

Ellie se encolheu um pouco e perguntou com uma voz tímida.

— Mesmo?

— E quanto a você?

Ellie tinha as mesmas funções de Lukas, só que a área que ela comandava era diferente. Lukas cuidava das clareiras e da floresta ao redor, enquanto Ellie cuidava dos riachos ao redor do orfanato.

— Estou quase terminando minha parte.

— Então você veio me buscar de propósito. Obrigado.

— Porque eu sou a irmã mais velha.

Ellie empinou o nariz ao dizer isso.

— Enfim, Lukas, você esqueceu sua promessa de novo?

— Que promessa?

— Você disse que mostraria sua magia.

— …

Claro, Lukas não se lembraria de uma promessa tão pequena.

— Desculpe.

No entanto, foi rápido em se desculpar.

Era fácil ver que Ellie não estava mentindo.

— Viiiiu, você é tão mau! Você não cumpriu, mesmo que eu não tenha contado a ninguém por um mês!

Ellie pisou no chão como se estivesse desapontada. Isso refrescou um pouco sua memória.

Naquela época, Lukas escondia o fato de poder usar magia. Ele não esperava que Ellie descobrisse. Estava praticando ao lado do riacho ao amanhecer e foi pego.

— Desculpe.

Lukas se desculpou novamente.

Então olhou para Ellie por um momento antes de dizer.

— Em troca, vou te ensinar como usar magia da próxima vez.

— Hã? Sério?

— Aham. Sério.

O rosto de Ellie se iluminou.

— Mesmo? Você promete? Se você quebrar esta também…

— Eu não vou quebrá-la. Mas você não pode ficar com raiva de mim se não conseguir.

— Claro! Essa irmã mais velha parece tão mesquinha?

Ellie sorriu maliciosamente.

— Huhu! Bom. Quando eu aprender a usar magia… Hmm… Quero usar a magia da água primeiro.

— Logo de cara? Por quê?

— Por que mais! Você não acha que ajudaria muito com a lavanderia e a limpeza?

— Se bem usado, é possível…

Lukas concordou vaziamente com suas palavras.

Infelizmente, Ellie não tinha talento para magia. Ela nasceu com uma constituição que não podia sentir mana. Dizer a ela que ele a ensinaria, apesar de saber disso, era enganá-la.

No entanto, era a coisa certa a dizer neste momento. Por enquanto, seria melhor para ele ficar com Ellie.

Porque Ellie foi a primeira vítima do incidente do desaparecimento.

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