— Chega de besteira.
Kran encarou Gullard.
— Por que estamos aqui? Este é o lugar que você escolheu para ser seu túmulo?
— Hahaha. Como esperado. Mesmo estando em uma situação como esta, você não vai calar essa sua boca. Eu me pergunto se você vai ficar quieto se eu puxar sua língua.
Gullard falou com uma voz alegre. Ele até colocou as asas de lado.
— É um hobby seu ficar aqui e admirar essas estátuas porcarias? Você realmente é um homem lamentável.
Foi uma resposta grosseira, mas desta vez, ele obteve uma resposta.
— Retire o que disse.
A expressão de Gullard tornou-se solene.
Não havia como Kran parar depois de ver isso. Em vez disso, seus lábios se torceram no sorriso mais irritante que ele conseguiu formar.
As estátuas. Parecia que ele tinha algum tipo de conexão com elas.
“E talvez elas sejam a chave para a raiva dele…”
Kran sacou uma pistola e a girou no dedo por um momento.
Bang!
Uma Bala Matadora de Demônios perfurou uma das estátuas. A estátua que ficava no meio.
Isso foi intencional. Afinal, foi essa estátua no meio que lhe deu a sensação mais estranha.
— Uh-, ah-, ah…
Era realmente possível ficar com tanta raiva que sua mente ficou em branco e você esqueceu como falar.
O rosto contorcido de Gullard era prova disso.
— V-Você! Atreve-se! Seu lixo que não sabe de nada! Você se atreve a danificar a estátua do Rei!
Sua expressão distorcida lentamente se transformou em algo que era distintamente desumano.
A impressão de um verdadeiro cavalheiro de meia-idade desapareceu lentamente, transformando-se em um rosto terrível que era uma mistura entre um humano e um morcego.
Não, em primeiro lugar, ele nunca foi humano. Esta era sua verdadeira aparência.
— Eu vou te rasgar em pedaços! Eu vou te matar das piores maneiras imagináveis! Eu vou rasgar você e dar de comer aos meus morcegos!
— Você está dizendo que quer me comer, Batman?
A voz sarcástica e completamente sem remorso de Kran elevou a raiva de Gullard a alturas ainda maiores.
Gullard não tentou mais conversar com ele. Em vez disso, ele correu em direção a Kran com um rugido.
E pouco depois, todo o seu corpo desabou no chão.
Crack!
— ?!
Em um instante, Gullard estava meio enterrado no chão com uma expressão confusa no rosto. Então, ele percebeu que não podia se mover.
— Não mova um músculo.
— !
Kran virou a cabeça para essa voz repentina.
No ombro de uma das estátuas, um homem estava de pé calmamente.
Lukas.
Naquele momento, ele teve uma sensação estranha.
“Que diabos…”
O homem grisalho e a estátua tinham feições e características completamente diferentes.
Mas de alguma forma, eles pareciam semelhantes. Não, eles não eram semelhantes.
*Era como se fossem a mesma pessoa.*
— Roar!
Gullard gritou e se debateu. Mas ele não conseguia se livrar da pressão que mantinha todo o seu corpo para baixo.
Então Lukas desceu.
A suspeita apareceu nos olhos de Kran.
“O que está acontecendo?”
Que diabos era o poder que aquele homem estava usando agora?
Não era magia.
— Você… O que diabos você fez para…
Kran fechou a boca no meio da frase. Isso porque ele sentiu um poder de Lukas que ele não havia sentido antes.
Ignorando Kran, Lukas caminhou até Gullard e pisou em suas costas.
— Urgh!
— Eu quero perguntar. Essa estátua no meio, é esse o seu rei?
Lukas falou com uma voz fria.
Kran olhou de lado com uma expressão tensa. Ele pensou que este homem era alguém que não mostrava suas emoções facilmente. Ele acreditava nisso. Afinal, em todo o tempo que o conhecia, ele nunca tinha visto sua expressão mudar nem uma vez.
E, no entanto, era o mesmo homem que estava praticamente transbordando de emoção agora.
Ele parecia calmo, mas Kran podia dizer. Este homem já estava à beira de explodir.
Então ele apontou para uma estátua.
Foi porque era a estátua que Kran tinha acabado de colocar uma bala?
“Existe apenas uma [Estátua do Demônio].”
Era verdade.
Das cinco estátuas que estavam ali, apenas a do centro era um demônio, enquanto as outras quatro eram humanos.
— U-Urgh!
— Me diga.
Lukas aplicou mais força no pé.
Gullard gritou.
— Ahhh!
— Me diga.
Kran agarrou o ombro de Lukas.
— Você não está tentando extrair informações dele?
— …
— Ele está morrendo.
Essas palavras pareciam atingi-lo.
Lukas parou de pressionar e Gullard, que estava com dor, não pôde deixar de olhar para ele com uma expressão vazia.
— Esse, esse poder… Como esperado… Eu não pude derrotar você. Verdade. Aquela mulher te chamou de Lukas. Você não é realmente “Lukas Trawman”, é?
Trawman.
Lukas nunca revelou seu sobrenome neste mundo.
Para saber disso…
Lukas assentiu silenciosamente.
— Eu sou o Grande Mago.
— !
Os olhos de Gullard se arregalaram e Kran também olhou profundamente para as costas de Lukas.
“Esse cara é o Grande Mago?”
Ele tinha ouvido de Ringo.
Sobre o ser divino, o Deus da Magia, ou o Grande Mago, ou qualquer outra coisa. Ele pensou que era apenas um boato entre os magos, mas não apenas ele era aparentemente real; ele estava bem na sua frente.
— Como isso é pos—
— Me diga quem é aquele.
Desta vez, Gullard não hesitou em responder. Em vez disso, ele o fez em voz baixa.
— Ele é… Nosso Rei.
— Absurdo. Esse cara não pode ser seu rei.
— He, hehe… Você está tentando me insultar antes de eu morrer?
Gullard riu, sua visão começando a desaparecer.
— Rei. Ele é nosso Rei… O único governante do Mundo dos Demônios… Que nunca vai parar de treinar mesmo quando ficar sem rivais…
Essas palavras reverberaram na cabeça de Lukas, mas foram seguidas pelo nome de alguém.
Não. Não podia. Não podia ser verdade.
Ele estava morto.
No entanto…
Lukas cambaleou para trás, incapaz de resistir ao choque.
Todas as perguntas e suspeitas que ele tinha neste universo pareciam convergir em sua cabeça antes que a resposta se revelasse.
Alguém que nunca desistiu de seu treinamento, mesmo quando não tinha mais rivais.
Um homem que gostava da palavra rei mais do que qualquer outro.
É por isso que ele se chamava de Rei Guerreiro e afirmava que sua arte marcial era a melhor entre todas as artes marciais.
“Há alguém do seu mundo natal neste universo.”
Assim que Lukas se lembrou das palavras de Deus, Gullard cuspiu um bocado de sangue.
— Viva… O Rei Demônio Kasajin…
Ao mesmo tempo.
De volta à Irlanda do Norte, Sedi se sentiu pouco à vontade.
— Saia.
Assim que ela falou com uma carranca, uma pessoa pálida apareceu na frente dela.
Sedi imediatamente sentiu a energia demoníaca desagradavelmente forte circulando seu corpo.
— Quem diabos é você?
— Você matou os Demônios e Bestas Demoníacas neste lugar.
— E?
— Este é o fim para você.
— Você quer me matar? Hmm. Seria impossível para você sozinho.
O homem riu dessas palavras.
— Claro, eu não sou páreo para você. Eu posso dizer a diferença entre nós.
De repente, o homem curvou-se educadamente.
Então, outro ser apareceu.
— !
Não.
Ele estava parado ali desde o início. Era só que ele “revelou sua presença” apenas naquele momento.
Em outras palavras, Sedi não percebeu que ele estava lá até que ele se revelou.
Apesar de seu espírito de luta avassalador e personalidade inflexível, Sedi ficou sem palavras por um momento.
— Você…
[Sedi Glaston.]
— Como você sabe meu nome…?
[Você vai morrer hoje.]
Paak!
— Urgh, Ugh?!
Seu coração foi destruído.
Que engraçado. Esta foi a primeira coisa que Sedi percebeu em vez do fato de que ela foi enviada voando, seu sangue espirrando em todas as direções.
Ela liberou todo o seu poder. Este universo não seria capaz de lidar com a força contida em seu corpo, mas ela não se importava.
Seu acordo com Lukas? Isso não era tão importante quanto sua vida.
Sedi engasgou e levantou a cabeça.
“Você vai morrer, Sedi Glaston.”
— Droga.
Aquela voz irritante soou em sua cabeça mais uma vez.
Letip previu isso?
Sedi ficou de pé, tropeçando um pouco. Então, ela pegou sua arma de alma e apontou para o ser gigante, que era quase tão alto quanto um prédio.
— Rei demônio.
Certo. Este ser provavelmente era o Rei Demônio.
Isso era o que seus instintos lhe diziam.
Rei demônio…
Ele tinha pretensiosamente assumido tal nome.
Ela não conseguia entender.
Limpando o sangue de seus lábios, Sedi murmurou.
— Eu entendo agora que eu vi você por mim mesma. Você é um dos homens dele.
[…]
Ele, o Deus Demônio de Chifres Negros.
Sedi estava se referindo ao Governante que ela seguia.
Além disso, ele era um posto mais alto do que ela.
Um Lorde?
Não… Ele parecia diferente de qualquer Lorde que ela já conheceu. Mas ele certamente não era um Governante.
Certo. Ela podia ver agora por que Gullard não se submeteu a ela antes. Em primeiro lugar, ele servia a alguém que era uma “posição mais alta” do que ela.
“Mas ele é realmente um Demônio?”
Ela tinha muitas perguntas para as quais não conseguia encontrar as respostas.
Mas havia uma que estava acima de todas as outras.
— Você… Também é seu subordinado… Então por que você se atreve a reivindicar o título, Rei Demônio? Você é muito arrogante.
[Essas são suas últimas palavras?]
— Hahaha! Você realmente acha que pode matar Sedi Glaston tão facilmente?
[Claro que eu posso.]
O Rei Demônio Kasajin cerrou o punho.
[Porque eu sou atualmente o ser mais forte neste universo.]
— Hahaha!
Letip soltou uma risada alegre.
Ele podia sentir a aura de seres transcendentes liberando seu poder por todo o mundo ao mesmo tempo. Nodiesop provavelmente podia sentir isso também.
— Verdade. Era impossível desde o início.
Colocar um grande número de seres transcendentes em um universo e esperar que eles não liberem seu poder?
Isso era impossível.
Era como colocar vários predadores em uma pequena jaula.
O acordo de Lukas e Sedi era inútil desde o início.
Bem, a pobre e vulnerável Sedi morreria esta noite de qualquer jeito.
— Estou ansioso para isso.
Como Lukas reagiria quando descobrisse a verdade?
Como Nodiesop responderia?
O que o Rei Demônio faria a seguir?
Letip estremeceu de animação.
— Finalmente… Finalmente começa!
O Grande Jogo, o prelúdio da batalha final.
CARALHO, tava pra dropar e o autor me manda um plot desse