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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 155

Capítulo 155

— Do que está falando? — Ele inclinou a cabeça. — Não estou almejando nada. As minhas ações são baseadas apenas em boas intenções e uma vontade pura. Ah, você abriu os olhos para ajudar os outros também? Então, acho que posso ajudá-lo.

— Não me faça rir. Se alguém como eu disser que vou ajudar as pessoas por boa vontade, acreditaria?

— Já que não te conheço bem, não chegarei a uma resposta definitiva. Mas se formos pelo curto espaço de tempo que te vi, não.

— Essa é a minha resposta.

— Idiota, o que você quer dizer? Eu sou diferente. Eu estou mesmo praticando o bem agora.

— Buscar um tesouro é uma ação boa?

— Claro. Quer se juntar a mim?

— Pensei que você estava planejando enganar uma ingênua e vendê-la por um preço alto. É o que as outras pessoas pensavam também, mas é incompreensível por que você esperaria tanto tempo para fazer isso. Pensando bem, de que adianta perder mais tempo depois de já ter acumulado tanto da confiança dela? Você deveria tê-la arrastado antes que algo inesperado acontecesse, mas não fez isso.

Zich apenas balançou o queixo, como estivesse dizendo a Midas para continuar.

— Então, pensei que você tinha algo mais para extorquir da elfa.

— Não há nada. Ela tinha algum dinheiro, mas eu não queria algo como moedas de ouro.

— Deve ser a Lágrima do Lago. — Os seus olhos brilharam — Ou você deve pensar que ela tem um bem de valor semelhante em posse.

— Desculpe desapontar, mas nem sei o que a Lágrima do Lago é.

— Mesmo quando você persuadiu a elfa a deixar você ajudá-la?

— Sim. Tudo o que quis fazer foi ajudá-la a encontrar o tesouro de seu clã. Não tem por que eu querer saber o que é.

Fora que era uma joia azul, ele não sabia de mais nada. Contudo, como esperado, o homem não podia acreditar nele.

— Suponho que você não tem intenção de cooperar.

— Eu não menti, mas também é verdade que não tenho pensamentos de cooperar com você. Como acreditaria em você?

— Não é legal ouvir isso de um golpista que nem você, ainda mais um de classe baixa e podre.

— Não sei de quem você está falando, mas deveria se comportar mais para não ser xingado. Se você continuar ouvindo isso de pessoas honestas como eu e até mesmo de seus “parceiros de trabalho”, é óbvio que o problema está em você — disse, empurrando o ouro na mesa — Entendeu? Isso é seu, não é? Você é suspeito justamente por sair jogando coisas do tipo pros outros.

— Não preciso disso. Dei à elfa por ter me feito rir. Dê a ela.

— Sério? Não vou recusar. Já que me deu algo tão valioso, pagarei o drinque por nós — disse, a caminho do balcão. — Não quero troco.

Então, ele saiu da loja com Hans e Snoc. O caixa olhou para frente e para trás com olhos atordoados. Enquanto isso, Midas ficou em silêncio.


— Demorei?

Lyla e Leona estavam conversando do lado de fora do saguão.

— Foi bem? — perguntou Lyla.

— Não é questão de se sair bem. Coloquei um pouco de juízo na cabeça de um irresponsável. A propósito, tem alguém extravagante de verdade ali.

— Também percebemos. Aquela carruagem é toda banhada em ouro.

Até as rodas do veículo brilhavam com uma luz dourada. Se gastaram tanto no exterior, ele pensou que o interior seria igual.

— E aí? Não é linda? — perguntou Midas, do nada.

— É sua?

Ele sabia que Midas detinha grande riqueza pela maneira como distribuía barras de ouro, mas não achava que o homem fosse louco o bastante para banhar a carruagem em ouro.

— É algo que um cara como você não pode nem sonhar em ter.

— Concordo.

Zich achou que não seria corajoso o suficiente para puxar aquela carruagem nem nos dias em que ele era temido por muitos como um Lorde Demônio.

“Não, calma aí… Não tinha alguém que andava por aí fazendo coisas malucas assim?”

Embora a escala de Midas fosse menor do que a pessoa na qual Zich estava pensando, não havia mais ninguém tão louco quanto ele.

— Qual é o seu nome, mesmo?

— Eu sou Wips Midas. — Estufou o peito — Pense com cuidado de novo. A minha oferta não é ruim.

— Entendi. Não, não preciso pensar mais. Não quero.

A expressão do homem endureceu. Ele não disse nada por um tempo olhando para o rosto de Zich.

— Tudo bem. Se essa é sua decisão final, acho que não posso fazer mais nada.

Sem esconder o seu desagrado, ele se virou para a carruagem, na qual o cocheiro já havia aberto a porta. Como esperado, o interior também era dourado.

— Vai se arrepender disso — falou Midas da janela, já sentado.

— Arrependimento? Isso é algo que quero experimentar. — Sorriu — Por que não tenta fazer eu me arrepender?

Tum!

A porta da carruagem foi fechada. O cocheiro puxou as rédeas, atraindo a atenção de todos ao veículo.

— Não posso acreditar que uma pessoa banhou toda a carruagem a ouro. De fato, tem todos os tipos de pessoas neste mundo — falou Zich.

— Não é banhada.

— Não? De jeito nenhum. Se não é ouro, o que é?

— É ouro. Só não é banhada.

— Você está falando sério que ela inteira é feita de ouro?

Ouro era flexível e pesado, ou seja, não era um ingrediente bom para fazer uma carruagem. Mesmo que fosse, os cavalos não poderiam de puxá-la por muito tempo, e havia uma grande chance de que ela fosse destruída com um empurrãozinho.

— Ela toda é de ouro.

— Mas ela se move tão bem.

— É porque uma pessoa que pode fazê-la se mover bem está nela.

“Wips Midas” era um nome que ele se lembrava de antes de regredir.

“Ele deve ter estado aqui durante esse tempo, o demônio do Áureo Castelo.”


No dia seguinte, foram encontrar o tesouro. Além do objetivo de recuperar a Lágrima do Lago, Leona, Lyla, Hans e Snoc estavam empolgados com o que poderiam achar.Quando saíram de Tungel, caminharam pela rua deserta e, depois, partiram em direção a uma pequena colina. Até que…

— Zich!

— Eu sei.

Ao aviso de Lyla, Zich tirou a Windur e Leona puxou o seu arco e uma flecha. Hans e Snoc assumiram posturas de combate e se concentraram nos arredores.

— Não perca tempo e saia — disse Zich, imbuindo mana na voz.

Algo saiu dos arbustos circundantes.

— Uau, eles têm mesmo o próprio senso de estilo.

Fiel às palavras dele, as pessoas que saíram dos arbustos não eram ladrões ou bandidos comuns. Todos usavam armaduras resistentes e pesadas da cabeça aos pés. Era difícil ver os seus rostos. Pela maneira como se vestiam, se assemelhavam a cavaleiros. E mesmo que ainda estivessem seguindo um caminho, não era uma tarefa fácil se mover em uma montanha com tanta lataria.

Clank!

Como se não estivessem interessados em conversar, os doze partiram para atacar o grupo. Zich ergueu Windur na horizontal, Lyla começou a murmurar feitiços. Contudo, quem primeiro atacou foi Leona.

Swish!

Ela disparou uma flecha, tão rápida que era difícil rastreá-las com olhos com mana. Ela atingiu um deles na cabeça. A força do tiro fez com que caísse, no entanto, surpreendentemente, o ser se levantou no segundo seguinte e voltou a correr.

— Não parecem humanos comuns — disse Lyla — Não sinto magia.

“São aqueles caras.” pensou Zich

Quanto mais pensava nisso, mais certo ficava. Vendo que a flecha não matou o ser blindado, Leona ergueu a sobrancelha e atirou outra diferente da aljava. Um barulho explosivo ecoou, e a flecha atingiu o estômago do inimigo.

Crek!

A flecha giratória rasgou a armadura, destruindo a sua lateral. Deveria ter tirado a vida de um ser humano, contudo, os inimigos de agora continuaram a se mover.

— Eles são golens?

Lyla estreitou os olhos. Não havia ninguém dentro da armadura. As poderosas flechas de Leona extinguiram até os corpos? Mesmo que fosse verdade, pelo menos deveria haver sangue derramado.

A elfa, lançando ataques um após o outro, ficou surpresa. Foi a sua primeira vez encontrando oponentes não afetados pelas flechas.

— Uhm, o que faremos? Eu… não tenho tanta experiência.

— Não se preocupe. Em vez disso, devemos aproveitar o momento — respondeu Zich, dando um passo à frente.

Embora o alvo dele tenha sido cortado em dois, continuou se movendo. A metade superior estava se rastejando no chão, e a parte inferior ainda corria. Mas isso não abalou Zich, que chutou a parte inferior e perfurou a superior com a Windur. Olhando para as peças de armadura que ainda se moviam, abriu um pequeno sorriso.

— Bem, vamos descobrir como matar esses caras juntos.

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