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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 161

Capítulo 161

Cem milhões. Eram duas palavras facilmente ditas por crianças brincando, mas carregavam um enorme peso, ainda mais levando em conta do que se tratava.

— Você sabe o que está dizendo? O que você quer dizer com cem milhões de moedas de ouro!? Além de ser um número insano, você não poderá carregar tudo com só uma ou duas carruagens!

“O que ele está planejando?” pensou Midas. “Ele quer é me falir!”

— Só cenzinho, .

— Seu…!

Midas, o seu rosto vermelho, estava prestes a xingar, quando Zich empurrou um pedaço de papel a ele.

“‘Cem mil’…? O que ele está fazendo?” Então, Zich empurrou outro papel. “‘A elfa está lá fora’.”

O homem enfim entendeu o comportamento estranho de Zich.

“Achei que ele tinha se livrado dela. Ele quer me enganar? Mas não importa. O importante é que ele não está mesmo pedindo aquela quantia ridícula. Ainda assim… cem mil é muito. Não é como se eu não pudesse dar tudo isso, também.”

— Cem milhões de moedas de ouro é demais.

— Não há negociação. Apenas me diga se você vai me dar o dinheiro ou não.

Discutiram por um bom tempo possíveis cortes no preço falso a fim de dar credibilidade ao diálogo. Mesmo que fosse tudo encenado, rugas se formaram nos olhos de Midas, nervoso. A Lágrima da Terra era perigosíssima para ele.

— Não posso simplesmente comprar? Te dou quinhentos mil.

— Não — respondeu Zich, escrevendo com a caneta em um pedaço de papel próximo.

“‘Não estrague tudo. Pegue e seja discreto ao levar através do leilão’? Deve ser por causa da elfa. Merda! Mesmo que ele tenha dito que roubou o item! Ele falhou? Ou algo se meteu no meio?”

Não havia mais nada que ele pudesse fazer. Se recusasse mais uma vez, talvez Zich fosse mesmo se levantar para ir embora.

— Tudo bem… Aceito o preço que pediu.


O dia do leilão estava brilhante. O mercado negro abriu no mesmo dia que a casa de leilões central; como se esperava da sua natureza secreta, apenas à noite. No dia da abertura do leilão central, a maioria dos menores se encerrou. Aquele lugar emanava uma aura que afastava qualquer pessoa de classe mais ou menos inferior dali.

O grupo de Zich entrou de manhã. O saguão parecia o de sempre, porém, as pessoas eram diferentes. Sempre usavam roupas luxuosas, entretanto, agora, subiram de nível. Os tecidos de todas as roupas luxuosas brilhavam suave, e as joias refletiam a luz do sol que entrava pelas janelas.

O grupo continuou a caminhar com confiança usando as mesmas roupas casuais, os destacando em meio à multidão e atraindo olhares. Sem se importarem, se dirigiram ao balcão de informações.

— Precisa de alguma coisa, senhor?

O recepcionista se dirigiu a Zich como “senhor”, contudo, sem um traço sequer de boas-vindas ou simpatia. Ele expulsava quem não estava em pé de igualdade no dia, e a equipe com certeza não aparentava ter nem um pouco de dinheiro.

“Agora que penso nisso, foi ele que falou com Leona no dia que nos encontramos.”

O funcionário reconheceu Zich, e o seu olhar ficou mais aguçado, já gesticulando para os seguranças, que se aproximaram mais armados do que o normal. O pessoal assistiu à cena com entusiasmo, aguardando pelo desenrolar dos eventos. Ver a plebe sem ouro sofrer era incrível. Pobres.

— Vim aqui para participar do leilão central.

— Há uma taxa. São pelo menos duzentas moedas de ouro — respondeu o funcionário de braços cruzados, querendo rir com o restante das pessoas.

— Quero a área VIP. — Sorriu.

Com essas palavras, Zich jogou na mesa dois sacos do bolso, cujos cordões se soltaram, deixando sair moedas de ouro.

— Hã…?

— Estou errado? A área VIP não é mil?

Com uma expressão perplexa, o balconista fez contato visual com os guardas e começaram a contar. Após um tempo, contaram exatas mil moedas.

— Tem certeza agora? Me guie até o quarto.

Desnorteado, o empregado de imediato mudou a postura para uma mais humilde. Ele logo apontou para os guardas e os fez se retirar. Na casa de leilões central, o dinheiro era tudo. Se alguém tivesse o suficiente, mesmo um aparente sem-teto era um cliente valioso.

— P-peço sinceras desculpas, caro cliente. Para ter acesso ao VIP, você precisa reservar…

— Ah, esqueci de te dar isso.

Ele tirou um pedaço de papel dos bolsos, que voou e pousou nos pés do funcionário. Eram um documento de reserva. O balconista se enrijeceu ainda mais. Aquele documento não poderia ser obtido apenas por ter muito dinheiro.

“Ainda bem que peguei isso com o Midas. A Lágrima da Terra é tão importante para ele que ele deu de mãos beijadas! Haha, idiota!”

— O que está fazendo? Não vai me guiar? Isso, isso. A propósito… — Antes de ele ir à área VIP com o guia chamado, olhou para o balconista e pôs no seu peito, como se fosse empurrá-lo — Preste mais atenção ao seu serviço, imbecil. É a primeira vez que vejo um empregado com uma atitude tão bosta — falou, batendo no seu rosto umas vezes. Não doía muito, mas era muito humilhante ser tratado assim — Eu não iria tão longe a ponto de pedir que você seja legal com quem não vai frequentar, mas tente pelo menos ter um olho bom para os clientes. Esses teus dois são só decoração? Está tudo bem para um amador se envolver em uma casa de leilões tão grande como esta?

— P-profundamente peço desculpas! — Inclinou a cabeça, constrangido.

— Faça bem a partir de agora.

Os únicos ficaram para trás foram o funcionário tremendo, os outros membros da equipe, que estavam a poucos passos de distância, e as pessoas murmurando ao redor.

— Realmente tinha que ir tão longe? Ele só estava tentando fazer o trabalho dele. — disse Lyla, um pouco desconfortável.

— Não faz parte do trabalho humilhar Leona.

— Oh, sim! — exclamou, surpresa por não ter percebido antes.Como uma elfa, Leona possuía uma audição aguda e pôde ouvir toda a conversa, tocada. Claro, Zich não fez aquilo por simples e inocente amor ao próximo.


— Uaaaau!

Chegando à área VIP, os quatro companheiros de Zich abriram a boca, admirados. O quarto era grande e havia um tapete macio no chão, fora as decorações luxuosas nas paredes. A parede em frente à porta estava aberta. Se segurassem o corrimão na parede e olhassem para baixo, a casa de leilões central viria à vista.

— Acho que valeu a pena o gasto de dinheiro — contou Zich, se sentando ao lado da parede e enchendo uma taça de vinho

— Se quiserem comer algo, é só pegar uma dessas frutas ou pedir no cardápio.

Hans e Snoc correram na mesma hora para as coisas ditas por Zich. Ele não era o tipo de pessoa que economizaria dinheiro nesses tipos de assuntos. Além do mais, todos sabiam a quantia que ele detinha agora.

Os dois — não, três, incluindo Nowem — começaram a contemplar o que deveriam pedir. Em comparação, ficou olhando para baixo no corrimão, séria e determinada.

— Não se preocupe muito com isso. — Ele entregou a ela uma taça de vinho — Com certeza acharemos a Lágrima do Lago.


Depois de um tempo, uma alta voz deu início à festa.

— Senhoras e senhores, comecemos o leilão!

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