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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 18

Capítulo 18

— Senhor Z-Zich? — A voz de Lubella tremeu quando gritou o nome de Zich.

A sua aparência ainda era cegante. No entanto, parecia diferente por completo de alguns dias atrás e não se assemelhava a uma sacerdotisa renomada de forma alguma.

O cabelo loiro brilhante era cinza de poeira, e a pele limpa estava agora coberta de sujeira e lama. As roupas, que a faziam parecer uma deidade antes, foram rasgadas e estragadas, estava um pouco melhor que as roupas de um mendigo.

— Puta que pariu, você tá uma merda.

— Ugh!

Com as palavras dele, ela mordeu os lábios.

Lubella lentamente se levantou e entregou algo a ele. Era um cajado branco com uma joia azul semitransparente, provavelmente uma ferramenta que ajudava a aumentar a chiqueza dela; mas, como a dona, também estava sujo. 

— Pela sua reação, já deve saber que tá sendo procurada agora.

— Como você foi capaz de me encontrar…?

— Tenho confiança em meus sentidos. Senti uma presença semelhante à sua, senhorita Lubella, tremendo dentro deste beco, então vim checar.

Zich era incrível na detecção. Ela e até o servo, Hans, ficaram chocados. Ele olhou para Zich como se fosse um monstro. Por outro lado, ela logo acalmou as emoções. 

— Vai me entregar? — Não havia força na sua voz, porém a luz em seus olhos indicava que não seria arrastada para fora sem lutar.

— Você vai acreditar em mim se eu disser que não entregaria?

Ela não foi capaz de responder.

Uma tensão silenciosa passou entre eles e, de repente…

Ruuuuur!

Um som enorme saiu do estômago dela. Já que ninguém estava falando, o barulho pareceu um trovão, fazendo-a corar.

— Acho melhor a gente ir comer primeiro.

Ela ficou em silêncio por um tempo e logo depois acenou com a cabeça.


Embora Zich tenha decidido trazê-la com eles, isso ainda não mudou o fato de que ela era alguém acusada de crimes graves, como o “assassinato do vice-prefeito” e “lançar uma grande maldição em Porti”. 

Ele ordenou que Hans voltasse antes dele. 

Hans olhou para frente e para trás entre Lubella e Zich com preocupação em seus olhos, mas não demorou muito até sair, carregando uma tocha. Os dois esperaram mais alguns minutos passar e o silêncio se estabeleceu entre eles antes de ela comentar:

— Você não tá me perguntando nada…

— Eu vou perguntar, mas só depois de sairmos desta situação primeiro.

Ele levantou a cabeça e olhou para o céu. Felizmente, a lua e as estrelas estavam cobertas por nuvens como nos últimos dias.

— Vamos começar.

— Já? Não é melhor esperar um pouco mais?

— Tudo bem, porque não há muitas pessoas andando por aí hoje à noite. Tudo graças à bruxa Aine Lubella.

Ela olhou para ele, fazendo-o encolher os ombros em resposta. Com cuidado pisaram para fora do beco, ela, nervosa, procurando as pessoas nas redondezas. 

— Não consigo ver nada…

A cidade estava tão escura que era impossível perceber até mesmo objetos próximos. Nesta situação, era difícil ver o caminho ao destino e fácil se machucar por esbarrar em edifícios ou objetos aleatórios. Normalmente, teria usado os poderes sagrados para melhorar a visão, contudo não tinha energia o suficiente, pois esteve morrendo de fome e sem dormir nos últimos dias.

Agarra!

Algo de repente agarrou a mão dela. Era áspera e grande, mas uma outra mão quente. 

— Eu vou guiar na maioria. Por favor, tenha cuidado ao me seguir.

Calma, ela olhou à mão dele e respondeu:

— Tudo bem.

Ele concentrou mana nos olhos. Com este controle, o olhar opaco ao todo à frente tornou-se visível, e ambos começaram a seguir o caminho. Felizmente, o vento estava soprando forte, então não precisavam tomar cuidado com o andar. Entretanto, como ela estava quase que cega no breu, os seus passos eram lentos.

— Você colocou mana nos olhos?

— Como sabe?

— Eu vi os Cavaleiros Sagrados usarem uma habilidade semelhante.

Com esta declaração, ela fechou a boca de novo. Devia estar pensando nos Cavaleiros Sagrados que a protegeram. A julgar pela sua reação, provavelmente não estavam em uma boa situação.

“Talvez devem estar todos mortos.”

Ele não respondeu à frase anterior, e continuou a guiar a santa bruxa.

— Shh! — sussurrou.

Ela, por instinto, colocou as mãos sobre a boca, e ele cuidadosamente se moveu enquanto a guiava. Depois que foram ao redor do beco algumas vezes, se aproximaram na direção da parede.

Clanc, clanc, clanc!

Os olhos dela se abriram ao som de metal chacoalhado, talvez de um dos seguranças da cidade. De longe, luzes fracas iluminavam o beco. Pareciam lanternas procurando por seu paradeiro, então ela, com cautela, se moveu um passo por vez para uma área longe da luz. A luz brilhante começou a escurecer conforme se afastou, lenta. O barulho do metal também desapareceu.

Ufa!

Quando todas as luzes e sons desapareceram, soltou um suspiro de alívio.

— Vamos.

— Vamos.

Ele a agarrou de novo e começou a liderá-la.


O lugar o qual chegaram foi a hospedagem de Zich. Por dentro, uma luz fraca estava vazando, e ele podia sentir a presença de alguém no primeiro andar; significava que não podiam usar a porta da frente.

Ele olhou ao redor do prédio. 

A hospedagem de Zich e Hans estava no terceiro andar.

— Ali — sussurrou quando viu uma janela de madeira fechada no terceiro andar.

— Por favor, aguarde um momento.

Depois de dizer isso a Lubella, jogou uma pequena pedra que encontrou no chão.

Clack!

Depois de alguns momentos, a janela se abriu e Hans apareceu à vista.

— Por favor, se segure bem.

— O quê?

Ele ignorou a pergunta e a levantou.

— Kyaa!

Ela soltou um grito silencioso, mas agarrou firmemente o pescoço dele. Neste estado, ele começou a caminhar em direção aos muros do edifício, então deslocou a mana em suas pernas e colocou força.

Zoom!

Tudo aconteceu em um momento. Com facilidade, saltou para o seu quarto. Do outro lado da janela, viu o rosto surpreso de Hans.

Bum!

Enquanto segurava o parapeito da janela, empurrou a si mesmo e Lubella para dentro.

— Está tudo bem? Vocês dois.

— Estou bem — respondeu à pergunta.

— E-eu também estou bem. — Sentindo-se um pouco mais aliviada agora, falou um pouco mais confortável.

Hans também se sentiu depois de ouvir ambas as respostas:

— Isso é bom ouvir. Por enquanto, por favor, sente-se em qual…

Não conseguiu terminar a frase porque estava assustado com a ferocidade nos olhos de Lubella, como os de um lunático. Felizmente, não estava olhando para ele, e sim para uma tigela de comida colocada em uma pequena mesa no canto da sala. 

— Hah! Acho que não dá pra evitar o fato de a Sacerdotisa Sagrada estar com fome.

— O quê? N-Não, não…!

Ela corou em um vermelho brilhante e começou a inventar desculpas, fechou a boca e ficou inquieta. Zich pensou que ela parecia envergonhada pelo comportamento, mas mesmo assim, ela não conseguia parar de lançar olhares à comida. Como um golpe final, o estômago dela soltou outro rosnado de novo, e ela caiu no chão.

— Come. Preparamos a comida para você de qualquer maneira. Você não deve ter tido tempo para comer enquanto estava em fuga.

— Obrigada…

Mesmo que quisesse recusar, estava tão faminta que quase parecia oca. Enquanto tremia, se movia em direção ao alimento.

— Bem, vou embora mais uma vez.

— O quê? Aonde você está indo? — Hans perguntou a Zich, que já estava do lado de fora da janela.

— Por via das dúvidas, eu deveria deixar um álibi passando pela entrada da frente. Eu tenho que fazer o dono da loja e outras pessoas pensarem que eu entrei no quarto sozinho.

Colocou os dois pés fora da janela e, em seguida, virou a cabeça para trás.

— Quando eu pular, certifique-se de fechar a janela.

E saltou para fora.


Depois de ter certeza que o dono da loja o viu, caminhou até o quarto como se nada estivesse acontecendo.

Toc, toc!

— Sou eu.

Depois de bater na porta e falar, ela se abriu. Hans certificou-se de que era Zich, e só então abriu a porta toda.

A primeira coisa que Zich viu foi Lubella, comendo. Nada muito foi preparado para ela — uma sopa simples, pão e alguns legumes. Contudo ela comeu feito uma esfomeada, e depois de alguns momentos, nem resquícios sobraram dos recipientes.

Tin, tin!

Ela soltou a colher apenas depois de raspar o fundo de sua tigela de sopa, soltou um pequeno arroto e logo fechou a boca. Hans parecia ter tido a sua fantasia ideal ou qualquer outra coisa despedaçada, mas Zich o ignorou e caminhou em direção a ela.

— Pode dizer o que aconteceu?

— Antes disso, você pode me falar sobre os rumores que estão se espalhando sobre mim na cidade?

— Não é difícil para eu dizer a você. Na cidade, rumores de que você assassinou o vice-prefeito e lançou uma maldição sobre Porti se espalharam. Tem até um cartaz bem desenhado de você. Quer vê-lo?

De suas roupas, tirou um pedaço de papel. Lubella pegou o cartaz de procurado e olhou para ele como se fosse rasgá-lo em pedaços.

— Onde você conseguiu isso…?

— Eu peguei porque pensei que você poderia estar curiosa sobre o seu retrato.

Era difícil entender o estado mental dele.

O servo balançou a cabeça por conta das falas de Zich e Lubella colocou força em suas mãos para que as bordas do cartaz enrugado sob suas mãos.

— Não é verdade — murmurou, calma — Eu não sou uma bruxa.

— Vamos primeiro ouvir o que aconteceu com você.

Zich sentou-se na cadeira em frente a ela e cruzou os braços. Ela, por sua vez, começou a falar de pouco em pouco.

— Depois de ouvir o que aconteceu com Sude na loja, fomos ao prefeito de imediato.

Pessoas aleatórias não podiam conhecer o prefeito, mas uma sacerdotisa karuwiman não era uma “pessoa aleatória”. Ela poderia, óbvio, o encontrar se tivesse uma preocupação. Como dizem os rumores, pode-se dizer que ele parecia ganancioso com apenas um olhar.

A gordura debaixo do rosto dificultava decifrar a posição do pescoço, e seus olhos castanhos se moviam com fervor, parecendo que estava tentando farejar dinheiro. 

Por outro lado, o seu vice-prefeito parecia mais adequado: o cabelo meio branco era puxado para trás de maneira elegante, e o seu corpo em forma indicou que ele era excelente em autogestão. Sob as sobrancelhas afiadas, os olhos conscientes pareciam ser capazes de ver através de qualquer coisa.

— Dissemos nossas queixas com base nas palavras do sr. Sude. Dissemos a ele que nesta cidade, uma apreensão ilegal e imoral estava acontecendo. Também dissemos que alguém da família do prefeito estava envolvido nisso, e que também há suspeitas de que o próprio prefeito recebeu alguns subornos.

Ela também incluiu que o prefeito foi muito levado de volta por suas declarações. No entanto, o vice não mostrou isso e pareceu olhar para o superior com desdém.

Felizmente, não importa o quão ganancioso o prefeito era, ele não foi capaz de ignorar um aviso de um seguidor de alto escalão de Karuwiman. Ele disse que começaria rápido uma investigação e tentaria resolver esse problema. Entretanto, negou com todas as forças as alegações sobre receber subornos de qualquer um.

Era muito difícil confiar nele, todavia como disse que resolveria esse problema imediatamente, ela não teve escolha a não ser recuar. Ela e seus guardas decidiram voltar aos alojamentos por ora e ver como a situação iria se desenrolar, só que o prefeito os impediu no caminho e fez um convite formal a eles para irem à sua casa durante a estadia na cidade. 

— Durante esse tempo, eu pensei que ele só queria estar do lado bom dos Karuwiman e da Igreja.

Após um momento de reflexão, aceitou o convite dele. O objetivo dessa viagem era ver o sustento de diferentes tipos de pessoas e ouvir uma variedade diversificada de pontos de vista. Até agora, passou a maior parte do tempo ouvindo os pobres, os plebeus ou as pessoas da classe baixa; então, pensou que esta poderia ser uma excelente chance de ouvir as pessoas de classe alta. Além disso, também podia espionar as ações dele.

— Assim, acabamos ficando na mansão do prefeito por dois dias. Nada aconteceu durante esse tempo, contudo histórias estranhas começaram a surgir.

O brilho em seus olhos aguçou.

— Os mortos-vivos estavam começando a aparecer na cidade.

Como uma seguidora do deus divino Karuna, os mortos-vivos eram uma existência que não podiam tolerar. Assim que soube deles, foi direto ao prefeito. Ainda se sentia desconfortável perto e pensava mal dele, mas não era o momento para sentimentos pessoais. Lubella e os Cavaleiros Sagrados disseram-lhe que ajudariam a patrulhar a cidade, proteger os cidadãos e expulsar os zumbis.

— O prefeito concordou com nosso pedido. Ele realmente saudou nosso envolvimento e nos disse que ele iria designar uma seção para nós patrulharmos. Então, nos disse para vir para seu quarto em torno do pôr do sol.

Pensando bem, suas ações eram suspeitas. Ela deveria saber então.

— Estávamos sem armas porque teria sido uma demonstração de hostilidade a ele enquanto estávamos hospedados em sua mansão. Mas isso era uma armadilha, na verdade.

Quando foram ao seu quarto na hora certa, viram o vice-prefeito no chão e o prefeito segurando um livro estranho em suas mãos. E do nada, um grupo de mortos-vivos começou a sitiá-los.

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Gustavo200AD
Membro
Gustavo200A
6 meses atrás

Vou dizer uma teoria minha, eu espero que ela nao seja verdade, na verdade sao duas teorias e uma anula a outra, e uma delas quero que seja verdade e a outra nao, a primeira que quero que seja verdade que o Heroi tambem tenha regressado, e tenha as memorias, seria bem foda dois herois (por mais que ele seja extremamente infantil) e a outra é que o Gleen (Heroi) vai se tornar o lorde demonio, se isso acontecer vai… Ler mais »

abajurpobreD
Membro
abajurpobre
9 meses atrás

Mas foi burra viu.

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