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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 36

Capítulo 36

Com passos firmes, Lubella caminhou pelos corredores do Grande Templo. Seus ombros estavam elevados e não havia hesitação no andar. Era difícil encontrar qualquer vestígio de seu eu tímido passado em seus movimentos. Weig a seguiu em silêncio. Foi só depois que ela foi longe o suficiente de Windne que soltou um suspiro de alívio.

— Ufa~! — Abaixou os ombros e afrouxou o corpo. Então, se virou com um giro — Como me saí? Tentei agir de acordo com o conselho do senhor Zich.

— Foi perfeito. — Ficou preocupado que Zich pudesse tê-la influenciado demais — Aqueles dois não serão mais capazes de te incomodar.

Não estavam na mesma situação que ela, em primeiro lugar; mesmo que ambas fossem candidatas, nem todas eram iguais.

Determinação firme, disse:

— Seria ótimo, mas não vai importar para mim. Planejo revidar agora, especialmente se continuarem a me insultar.

— Mas eu ainda não acredito que você realmente deu um tapa nela. Esse foi o conselho dele, certo?

— Sim.

Quando confidenciou a Zich sobre a atitude de Windne em relação a ela, ele falou para tentar revidar um tapa. Segundo a dica dele, embora fosse importante sempre considerar a situação, a pessoa e a condição em um conflito, deveria se defender caso seja tratada assim.

Vendo a incerteza em seu rosto em resposta ao conselho dele, Zich afirmou que também seria uma boa ideia reconsiderar várias vezes antes de recorrer à violência. Mas se não houvesse outra maneira de resolver o conflito depois de debater por um longo tempo, deveria tomar isso como um sinal para agredir os outros.

Estalou a língua por repetir o conselho à lá Zich, no entanto, era ele; ela gravou as palavras no coração.

— Se devo dizer, essa não foi sua primeira vez fazendo isso? Como se sente?

— Sinto-me culpada por machucar alguém e lamento não ter conseguido encontrar uma solução diferente; temo me tornar uma pessoa que recorre facilmente às agressões. — Olhou a mão usada.

Era natural que se sentisse assim. Durante toda a vida, foi mantida longe de violência, e se sentia culpada por infligir a menor quantidade de violência. Contudo, apesar de todas essas emoções complicadas, continuou:

— … É, mas definitivamente foi gratificante.

— Eu acho que você está pronta para ir numa batalha como a Santa Karuwiman. —Explodiu em gargalhadas.

— Eu ainda não sou uma.

— É questão de tempo. Peço que tome cuidado. Para proteger as pessoas e a justiça, somos forçados a usar nossos poderes, mas não podemos ser engolidos por eles. Se isso acontecer, você não só perderá as qualificações do cargo, mas também as de um ser humano.

— Eu vou manter isto em mente.

— Bem, a reunião do papa deve ter acabado. Vamos nos reportar.

Os dois se dirigiram ao encontro.


Após o longo relatório, se separou de Weig. Os seus passos ficaram leves quando enfim se dirigiu ao quarto depois de uma longa e árdua jornada.

— Boa-tarde. — Um homem alto e bonito com um corpo bem equilibrado estava à frente dela; não um Karuwiman, pois o broche no peito indicava que era um Cavaleiro Sagrado Honorário.

— Vejo que você é um Cavaleiro Sagrado Honorário. Como uma Karuwiman, expresso meus agradecimentos a você. — Era o broche que oferecera a Zich antes.

— Não, é minha honra poder servir aos Karuwiman sendo um estranho. — Sorriu — Me chamo Glen Zenard. Através da recomendação do sacerdote Luce, tive a sorte de ganhar o título.

— Oh, o sacerdote Luce recomendou você. Entendo.

Uruwon Luce. Ainda não era um sumo sacerdote, mas era famoso pelo mérito e fé. Houve até conversas de que se tornaria o próximo sumo. Por ser alguém recomendado por Luce, ela pensou que Glen deveria ser de confiança.

— Se você não se importa que eu pergunte, você é senhorita Aine Lubella, uma das poucas escolhidas para ser a possível santa?

— Sim. Mesmo que eu esteja faltando de muitas maneiras, tenho a sorte de ter sido escolhida.

— Entendo.

Ela não tinha certeza, porém ele parecia um pouco em conflito olhando para ela. No entanto, quando tentou se aproximar, não havia tal emoção em seu rosto.

“Devo ter me enganado.”

Não havia razão para continuar a conversa com ele. Estava prestes a se despedir e voltar ao quarto, quando ele a parou, dizendo:

— Você teve que passar por uma experiência dolorosa desta vez?

— Como?

— É porque você parece muito perturbada.

“O quê? Pareço mesmo?” Tocou no rosto. Não era boa em controlar as expressões e não tinha nada com que estivesse particularmente preocupada. “Ainda estou ansiosa com o que aconteceu aos Cavaleiros Sagrados que tentaram me proteger?”

A situação já fora resolvida. Ia liderar o serviço fúnebre e orar pelas mortes. Além disso, honraria o sacrifício e gravaria os rostos no coração para sempre. Essa foi a resolução que propôs.

— Se possível, você seria poderia de me contar sobre? Talvez consiga ajudar. — Seu rosto era puro e desprovido de todo o interesse próprio, mas ela negou.

— Não, está tudo bem. Agradeço a ideia, mas não tenho preocupações.

— Certeza? — Como se estivesse arrependido, decidiu se retirar — Senhorita Lubella, peço desculpas. Eu devo estar errado, entretanto o meu desejo de ajudá-la é genuíno, então se tiver alguma preocupação mais tarde, por favor, me encontre.

— Você é muito gentil e atencioso. Consigo ver por que Luce o recomendou. Não vou esquecer o que disse.

Após uma pequena reverência a ele, ela continuou a ir em direção ao quarto. Mesmo quando estava se afastando, ele não tirou o sorriso. Todavia, logo quando ela desapareceu da vista, a expressão dele ficou rígida de imediato.

— Tive algum avanço.

O comportamento amável e gentil até pareceu ter sido um ato, e o rosto ficou torcido e frio. Após olhar a direção a qual ela foi por um longo tempo, virou e desapareceu na escuridão.


Como a maior cidade mineradora, Suol produziu mais de cinquenta por cento do ferro consumido pelo reino. Os mineiros acrescentavam vitalidade à cidade enquanto se moviam em direção à mina ao raiar do dia. Com uma única lanterna e uma picareta, tinham de cavar numa caverna suja e escura. Era perigoso, mas devido às condições péssimas, muitos veteranos excelentes e ferozes estavam presentes.

A maioria das pessoas em Suol fazia trabalhos relacionados à mineração, porém nem todos eram mineiros. Um trabalho não relacionado era o de caçador de monstros. Não era um exagero dizer que neste mundo todos os lugares eram ameaçados por monstros de uma forma ou de outra. Existia as diferenças de gravidade entre as diferentes áreas, mas mesmo a capital do reino tinha que lidar com eles.

No entanto, também era crucial para o reino ter um fornecimento estável de ferro. Por esse motivo, fez sua principal prioridade realizar varreduras deles em grande escala em torno de Suol pelo menos duas vezes por ano. Portanto, ela estava mais segura do que a maioria das aldeias e cidades contra monstros.

Tudo isso era em termos relativos. Mesmo ela não estava a salvo de ataques por completo. Enquanto existirem neste mundo, nenhuma cidade ou vila estará segura completamente. E para compensar a lacuna na proteção, o reino criou um sistema complementar, que era encontrar caçadores.

Era um sistema simples que dava uma quantia definida de dinheiro àqueles que se voluntariavam. Apesar da simplicidade, foi uma solução um tanto eficaz. Não estava nem perto da eficácia das varreduras em grande escala, mas ajudou a conter o número até a próxima limpa. Fora que era muito mais barato do que mobilizar um exército inteiro, além de ser uma boa maneira para lutadores qualificados ganharem dinheiro.

Assim, muitos tipos diferentes de pessoas se tornaram caçadores. Alguns eram mercenários aposentados, outros eram aventureiros que procuravam angariar dinheiro para as viagens, e o restante era formado por agricultores que procuravam formas de pagar as dívidas. Contanto que pudessem lutar, não havia pré-requisitos.

Encostado em uma árvore e sentado em uma grossa raiz, Zich falou:

— É realmente o melhor trabalho possível para nós.

Mas Hans, o único que podia ouvi-lo, não teve o prazer de sequer responder.

Kweckkkkk!

O orc gritou e balançou o machado enferrujado. O cheiro horrível vindo dele atacou o nariz do criado. Todavia, ele não perdeu o foco dos movimentos do orc. Se fosse atingido pelo bruto machado sem sentido de direção ou lógica, seria fatalmente ferido.

Orghhhh!

O orc pulou em direção a ele. Enquanto segurava o cabo meio apodrecido, balançou a arma com toda a força para dividir o inimigo em dois.

— Hup!

Hans estava observando em silêncio o monstro antes de entrar em ação. Ele moveu amplo os pés e ergueu a espada.

“Não importa quanta força e treino de mana eu tenho feito, ainda sou apenas um iniciante. Eu não serei capaz de bloquear um orc através da força bruta. Tenho que desviar suavemente dos golpes e deixar o resto da força fluir.” Lembrou do conselho de Zich. O treinamento duro que passou e todas as experiências passadas permitiram que o corpo se movesse de acordo com as palavras.

Zing!

O machado enferrujado e a espada curta se encontraram no ar.

— Ugh! — gritou de dor pela força do poderoso ataque. Mas mesmo assim, não largou a lâmina.

Screeeech!

O machado começou a deslizar pela espada inclinada, e o corpo do orc foi caindo para frente.

— Huuuuup! —gritou alto e flexionou os antebraços. Colocou o pé à frente e se moveu um passo ao lado do orc. Então, como se a espada estivesse passando pelo machado, a deslizou pro lado e empurrou o machado longe.

Whish!

Com nada mais bloqueando seu caminho, fez um excelente semicírculo e perfurou o pescoço do monstro.

Puck!

Só conseguiu cortar metade do pescoço duro do orc, mas agora estava acostumado a esse tipo de situação. Moveu rápido o corpo para o lado e jogou a espada para trás.

Swing!

O orc balançou onde estava havia pouco.

— Esses desgraçados resistentes!

Um ser humano teria caído em um estado de pânico depois de ter o pescoço cortado no meio do caminho, mas esses orcs atacavam sem parar e sem se preocupar com o mundo. Antes que soubesse o modo de agir deles, houve algumas vezes em que Hans quase morreu; foi capaz de usar essas experiências para melhorar, contudo.

Glurg!

O sangue jorrou do pescoço do orc. Qualquer um podia ver que Hans tinha acabado de acertar um golpe crítico, mas mesmo com esse ferimento, o monstro continuou lutando.

Hans quase fez xixi nas calças, vendo como o orc segurava sua metade, sangrando severamente, apoiando o pescoço com uma mão e um machado com a outra. Todavia mesmo o mais durão não podia ir por muito tempo nessa condição.

Plop!

Desabou no chão depois de alguns passos. Hans cuidadosamente se moveu em direção ao caído.

Pierce!

Para ter certeza, perfurou a cabeça. O corpo não mexeu nem um pouco.

Enfim acabou, e pôde relaxar.

— Terminou? — Entediado, Zich soltou um bocejo. Por mais que o comportamento fosse além de irritante, o empregado não podia dizer nada. Zich era o mais assustador de todos.

— Sim — respondeu sem força na voz.

Zich se levantou e caminhou preguiçosamente em direção ao corpo morto. Levantou o cadáver, fazendo-o parecer tão leve quanto uma bola de algodão, e o levou a um trenó ao lado deles. Já havia cinco empilhados ordenados um em cima do outro.

Thud!

Agora, seis.

— É bom o suficiente por enquanto. Vamos voltar.

As palavras que Hans estava esperando finalmente saíram da boca de Zich.

— Sim, senhor! — respondeu com mais energia do que qualquer coisa dita por ele até agora.

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Gustavo200AD
Membro
Gustavo200A
6 meses atrás

Eu acho que minha teoria do Gleen ter regressado é verdade

abajurpobreD
Membro
abajurpobre
9 meses atrás

Eita, esse Zenard é bem suspeito viu

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