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The Zombie Knight Saga – Capítulo 17

Segure a ti prezado…

Hector continuou com sua viagem, apesar do cruiser estar agora com um pé de apoio torto, um amassado sujo de grama no tanque de gasolina e faltando um retrovisor. Seu capacete quebrou que nem um ovo e agora ele conseguia sentir o vento no topo de sua cabeça.

Ele parou para abastecer. Ele procurou um capacete novo na loja, mas não havia nenhum

Por que você não só usa o seu elmo. — O ceifador sugeriu.

Hector pôs a mão em sua mochila sobre o pneu traseiro e pegou seu elmo. A ranhura gigante na parte direita, em cima de sua têmpora abruptamente o lembrou de sua luta com Geoffrey.

E de novo, talvez melhor não.

Hector franziu seus lábios para um lado. Eu acho que… hmm… Ele pressionou sua palma no metal e lentamente a moveu pelo corte. No caminho de sua mão, o metal separado foi preenchido. Quando ele terminou, ele o pegou para ver seu trabalho. Seu ferro era claramente mais escuro do que o resto da folha de metal do elmo, então parecia um tipo de cicatriz disforme com partículas de ferro espalhadas para fora.

Garovel inclinou sua cabeça.

Ei. Desde quando você consegue fazer isso?

Uh… desde agora, eu acho. Eu não achei muito que funcionaria, sinceramente.

Ele cutucou o elmo com um dedo e o metal chacoalhou.

Ah, mas está meio frouxo. Não consegui fazer ele caber perfeitamente…

Oh, por que você só não cobre a coisa toda?

Quê?

Em vez de só preencher o buraco, adicione uma camada inteira de ferro.

Ele piscou. Essa é uma ideia ótima. Ele respirou fundo e moveu sua mão por todo o elmo até ele ficar completamente enegrecido. Os amassados do molde original não estavam mais visíveis. A nova camada grudou rápido, um bloco sólido.

Uou… está muito mais pesado agora, mas está muito mais forte também…

E não parece uma merda mais.

Hector deu uma risadinha. Ele pensou em passar uma camada na parte de dentro do elmo também, mas ele achava que o elmo era justo o bastante. Mas ele deu uma suavizada nos cantos da mandíbula.

Hmm. O que mais você consegue fazer com seu ferro?

Uh… não tenho certeza na verdade…

Tente criar algo do nada. Como uma réplica do seu elmo.

Suas sobrancelhas subiram com a ideia, mas ele assentiu e colocou o elmo em sua mochila de novo. Ele esfregou suas mãos uma na outra por um momento, então lentamente as separou até ele sentir como se estivesse segurando uma bola invisível  entre elas.

Gradualmente, ele conseguia ver a poeira aparecer em sua pele, se juntando em pedaços de poeira maior, então um de maior massa, como grãos de areia formando uma pequena colina e escalando.

Mas ele não tomou forma apropriadamente. Hector apertou os olhos conforme a massa se tranformava em um pedaço de ferro amorfo, pequeno demais e nada como a imagem que ele tinha na cabeça. Ele franziu o cenho com seu trabalho.

Uou. Garovel disse. — Você realmente está começando a cagar toletes de metal.

Não parece com… — Sua testa franziu mais. Na verdade, meio que parece… — Ele deixou o tolete cair de sua mão e o fez desintegrar antes dele tocar no chão. Formas específicas são muito difíceis. — Ele disse. Só dar as coisas uma camada fina é bem mais fácil.

Eu imagino que era o esperado. — Garovel disse. É como a diferença entre copiar um desenho e fazer um totalmente novo. Mas suas habilidades estão com certeza crescendo. E revestir as coisas com ferro pode se provar imensamente útil. Quanto revestimento você consegue criar.

Deixe me ver.

Hector esticou seus braços como se estivesse abraçando o ar na sua frente. Ele se concentrou e o metal começou a rodopiar entre a ponta de seus dedos. Pó de ferro se juntava, cobrindo suas mãos completamente em metal lustroso, indo até seus pulsos, chegando em seus cotovelos. Mas parando em seus ombros e ele fechou seus olhos, balançando sua cabeça.

Acho que é o máximo que eu consigo…

Bom. Estou impressionado Hector.

— Sé-sério?

Sim. A menos que você tenha preso seus braços no seu próprio metal, é isso.

Ele sorriu e aniquilou o ferro. Ele esticou seus braços e estalou as juntas de seus punhos.

A propósito, aquelas pessoas estão te encarando.

Garovel apontou para trás de Hector, onde uma família de quatro estavam boquiabertos com graus diferentes de confusão.

Hector ficou vermelho.

— Uh… eu estava, uh… isso… mgh…

Hora de ir?

Si-sim.

Ele colocou  seu elmo e acenou hesitoso para a família antes de ir embora do posto.

Seu elmo não tinha uma viseira como o capacete, então ele tinha que se acostumar a apertar os olhos contra o vento que passava.

Ele chegou em um parque de diversões com um letreiro verde gigante escrito Serpente do Mundo em letras rodopiantes. Ele esqueceu da existência desse lugar. Este era famoso por suas montanhas russas e exibições de cobras. Ele se lembrou de querer ir lá quando criança.

Ver o parque significava que eles estavam próximos da capital, ele se lembrou e, sem erro, menos de dez minutos depois, ele conseguia ver os arranha-céus de Sescoria ao longe. Algumas cidades suburbanas ainda estavam no caminho, mas elas logo ficaram para trás.

O tráfego começou quando ele entrou na cidade e ele enrijeceu sua postura, tentando se focar na estrada ainda mais. Ele desacelerou até parar no primeiro cruzamento.

Então, como eu chego no palácio real? — Ele perguntou conforme esperava a luz do farol ficar verde.

A Rainha não vive no palácio. — Garovel disse. Ela vive no Castelo de Belgrant.

Oh… então pra que o palácio?

Cerimônias, recepções internacionais, esse tipo de coisa. Porém, estou certo que ela pode viver no palácio se ela quiser. Alguns parentes dela provavelmente vivem lá.

Huh…

Você realmente sabe muito do seu país Hector.

Eu, ah… sim, certo…

Só continue reto até você ver a Avenida Belgrant e vire a direita. Deve nos levar até lá.

Hector só veio para Sescoria uma vez no passado, anos atrás para uma visita de campo do primário e ele não lembrava de muita coisa – só um museu, um monumento de cavaleiro velho e o palácio em si que era uma coisa gigante, com um monte de pessoas andando por aí. O centro da cidade, ele descobriu, era estranhamente similar nesse sentido. Pedestres e veículos enchiam as ruas e os prédios eram com frequências arredondados, às vezes até perfeitamente cilíndricos, com tetos planos e janelas arqueadas.

Outra coisa que ele notou era que azul era uma cor frequente. Tijolos azul céu aqui, madeira azul clara lá, até uma calada era de um azul bem claro enquanto ele continuava seu caminho até o Castelo de Belgrant.

Para os olhos de Hector, o Castelo de Belgrant era certamente tão impressionante quanto um palácio. Pelos espaços entre as cercas grossas, barras brancas, ele conseguia ver um jardim verdejante que se alastrava por um bloco de cidade inteiro e uma fonte dividindo a passagem central até a entrada principal. O castelo em si possuía várias torres, se elevando até quatro andares e bandeiras de Atreya no topo de cada um deles. Ele também ouviu que os fundos do castelo se estendiam até um laguinho, mas ele não conseguia ver de onde ele estava.

Passageiros estavam começando a olhar para ele engraçado, então ele tirou seu elmo e o colocou debaixo do braço. Ele viu duas filas na frente da portaria: uma para veículos e a outro para pedestres.

Ele olhou para Garovel.

Qual o plano?

Você espera aqui, enquanto eu faço uma escolta para ver qual a situação.

Esse plano é um lixo.

Sem discutir. Eu vou te falar se precisar de você.

Como eu entraria a tempo? Só escalar a cerca em plena luz do dia?

Sim. — Garovel agarrou o ombro de Hector. Eu não ligaria mesmo se você tivesse que invadir ao vivo na televisão. Você vai levantar essa bunda daí e ir lá me proteger.

Hector sentiu o vigor passar por seu corpo. Ele inalou profundamente e soltou uma risada.

— Tá bom, eu vou. — Ele disse, atraindo mais olhares estranhos. A energia súbita fazia com que cada músculo em seu corpo ficasse ansioso.

Quanto tempo esse efeito dura?

Deve durar umas meia hora antes de eu precisar renová-lo. Então, eu não vou demorar.

Ele olhou pela cerca mais uma vez e viu vários guardas patrulhando o local.

Me mantenha informado.

Claro.


Os guardas encontraram o corpo dentro de um armário. Eles disseram que era um jovem chamado Mark Stockton. Ela se lembrava dele. Ele era um serviçal, tinha uns dezessete no máximo. Ele com frequência trazia suas refeições. Ela duvidava que era uma coincidência.

Helen decidiu cancelar o resto das reuniões silenciosas. Ela percebeu que o tempo não era mais aliado dela. E além disso, Mehlsanz se recusava a deixá-la, aparentemente com medo de encontrar o assassino sem Helen para protegê-la.

Ela encontrou seu marido do lado de fora dos aposentos deles. Ela dispensou o atendente que ele estava conversando e o empurrou para o quarto, fechando a porta atrás dela.

— Eu preciso saber de uma coisa e preciso saber agora. — Ela disse.

O Rei se endireitou e a olhou nos olhos.

— O que seria?

— Foi você que tentou me matar?

Sua expressão ficou confusa. Ele piscou e abriu sua boca, mas hesitou. Depois de um momento, ele estreitou seus olhos.

— É por isso que você estava tão distante esses dias? Você suspeitava que eu tinha algo a ver com isso?

— Sim.

Ele franziu o cenho e riu um pouco.

— Eu sempre gostei da sua candura.

— Eu não vejo qual é a graça. — Ela disse. — Céus, William, se você matou aquele menino por causa de algum rancor secreto contra mim, então eu…

— Eu não fiz tal coisa! Helen! Como você pode pensar que eu?! — Ele se parou pensativo. Ele respirou fundo e coçou sua testa. — Não. Eu entendo. Isso é como você é, não? Suspeitando de todos. E como você deveria, eu imagino. Mas eu prometo, eu não tive nada a ver com isso. Nada disso.

— Me convença. — Ela disse.

Sua expressão endureceu.

— Certo. Quais são suas razões para suspeitar de mim, então?

Ela ficou relutante.

 — Bom, para começo de conversa… você não queria casar comigo.

— Helen, isso foi a eras atrás…

— Qual era o motivo? Ou motivos. Me diga a verdade, William.

Ele olhou brevemente para o chão, franzindo o cenho enquanto olhava para ela de novo.

— Eu tinha sentimentos por outra mulher quando nos conhecemos. Ela era uma plebeia. Meus pais não aprovavam e, então, organizaram meu casamento com você.

Uma história familiar. Seu irmão David experimentou algo similar, mas ele não chegou a se casar – ou melhor, ele fez a mulher odiar tanto ele que ela se recusou a casar com ele. Quanto a William, Helen conseguia acreditar nele. Ela se lembrava do quão tímido ele era naqueles dias, especialmente perto de sua família.

— Eu nunca guardei rancor de você. — Ele disse. Ele respirou fundo. — Na verdade, eu… eu nunca amei mais alguém em toda minha vida.

Seus olhos se arregalaram e ela ficou vermelha.

Espera, o que? — Mehlsanz flutuou ao redor dos dois. Por que caralhos você está corando? Vocês estão casados a anos já.

Helen lutou para achar as palavras certas.

— Eu não percebi que você se sentia assim…

— É com frequência que acho difícil te contar meus sentimentos…

Tá de zoeira com a minha cara?

— William, eu também… te amo.

Espera ae, isso é um truque, não é? Você tá tentando enganar ele de algum jeito.

O Rei sorriu.

A Rainha sorriu.

Puta mera isso não é um truque.

O sorriso dela enfraqueceu.

— Eu também achava que você guardava mágoa de mim por nunca querer filhos.

— Sinceramente, eu nunca quis também. — Ele disse. — Minha família queria um herdeiro, claro, mas eu estava feliz em poder irritar eles com isso.

Mas que porra tá rolando aqui? — Mehlsanz disse. Você lembra que tem um assassino a solta no prédio, não lembra? Mais de um, se você contar o Nathaniel.

Isso trouxe a atenção de Helen de volta para o presente e ela olhou para William de novo.

— Se você não é o responsável, então o suspeito mais provável é o Gabriel.

O Rei piscou para ela.

— Gabriel?

— Nathaniel envenenou meu vinho. — Ela disse. — Eu sei a muito tempo que ele era o assassino, mas não sabia ainda quem o convenceu a me matar. — Ela conseguia ver as engrenagens rodando na cabeça de William.

Ele pressionou uma mão em sua testa.

— Gabriel… sim… ele está tentando me convencer de apoiar o movimento expansionista a meses agora. Ele queria que eu falasse com você sobre isso. Ele acha que você não o escuta.

— É porque não escuto.

— Seu nacionalismo deve ser mais forte do que eu havia imaginado se ele queria ir ao ponto de ter que te matar. Sua própria irmã… — Ele se endireitou. — Isso muda as coisas. Eu preciso me encontrar com minha tia de novo. Ela provavelmente sabe mais sobre ele do que eu. — Ele foi até a porta.

Helen se aproximou.

— Antes de você ir, pode encontrar com a guarda de nome Lynnette Edith e pedir para ela vir me ver?

— Lynnette Edith?

— Eu não quero ver ela em público, mas eu preciso alterar as ordens que dei para ela.

Ele assentiu.

— Muito bem.

Eles pausaram por um momento, de pé na porta juntos, ambos abruptamente que a conversa terminou. Então, o Rei a beijou e eles deixaram-no prolongar.

— Por favor tome cuidado. — Ela disse.

— Você também. — E ele se foi.

Helen se virou de costas para a porta, esfregando seu rosto corado e tentando não olhar para Mehlsanz.

Bom, olha quem é uma fofura.

Ela enrijeceu.

Eu estava meramente tentando garantir a cooperação dele

Não, não estava.

Nó-nós estamos separados com frequência, viajando fora do país. Nosso relacionamento tem – tem sido – aí, por que estou me justificando para você para começo de conversa?

Mehlsanz só riu.

Com licença. — Veio outra voz.

Ambas se viraram para ver o segundo ceifador pairando pela janela.

Sinto muito por interromper, mas eu gostaria de perguntar… espera. Você não é a Mehlsanz?

Eu sou. — Ela inclinou sua cabeça. Garovel?

Você se lembra de mim. Então, foi você que reviveu a Rainha então?

Foi.

Eu não achei que a Vanguarda tinha o hábito de reviver realeza. Não havia uma regra quanto a isso? Afetar o mundo dos vivos excessivamente ou algo do tipo?

Eu saí da Vanguarda. — Mehlsanz disse.

Garovel se aproximou.

Por que?

É uma longa história. Reviver a Rainha foi minha tentativa de parar a Vanguarda de me caçar.

Eles querem te matar?

Eles não te deixam ir embora mais. Não é como na época que você estava lá Garovel. Eu me liguei a ela porque agora, me matar significa matar ela.

Ah. — Garovel olhou para a Rainha. Um prazer te conhecer, Vossa Majestade.

Helen assentiu.

— Igualmente.

O que você está fazendo aqui? — Mehlsanz disse.

Eu estava preocupado que o ceifador que tivesse revivido a Rainha abusaria de sua influência. Eu estou aliviado de ver que não é o caso. Ou é?

Claro que não. Você trouxe um servo?

Sim.

Quão poderoso?

Por que a pergunta?

Mehlsanz hesitou. Ela olhou entre Garovel e a Rainha.

Eu estava encurralada. Eles iam me matar. Você entende?

Não. Aonde você quer chegar?

A Vanguarda não vai vir atrás de mim. — Ela disse. Mas agora… Abolir pensa que a Vanguarda está tentando tomar Atreya.

— Dê um prêmio para a dama. — A voz disse além da porta do quarto. Um homem entrou, vestido como um mordomo. Ele tinha um ceifador com ele. — É exatamente por isso que nós viemos.

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