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The Zombie Knight Saga – Capítulo 18

Ó, pira falha… !

Ela não reconhecia seu rosto. Ele era um jovem ruivo, atarracado e o uniforme de mordomo mal cabia nele. Ela conseguia ver o sangue em suas mangas assim como um guarda no chão do corredor.

— Finalmente — O homem disse, nem se incomodando em fechar a porta atrás dele. — Nós esperamos o dia inteiro para uma chance de falar contigo a sós.

Menos sozinho do que nós esperávamos. Disse o ceifador, olhando para Garovel. E apenas quem é você? Você não se identificou como um membro da Vanguarda também.

Garovel escolheu não responder.

— Talvez nós estejamos sendo rudes. — O homem pressionou uma mão em seu peito. — Meu nome é Desmond. — Ele disse. — E esse aqui é meu amigo Esmortig.

Francamente — Ezmortig disse. nós estamos aliviados em ouvir que você não está com a Vanguarda. E ainda, depois de vir até aqui para Atreya, seria um desperdício só ir embora agora.

— O que você quer? — Helen disse.

Ezmortig olhou para Mehlsanz.

Sua cooperação, claro. Ter a Rainha Helen do nosso lado facilitaria a transição.

— Transição para o que?

Guerra.

— Mehlsanz disse.

A testa de Helen se franziu.

— Eu acho que não.

— Calma, calma Vossa Majestade. Nos ouça.

Nós estamos ouvindo. — Garovel disse.

Desmond foi a frente.

— Sabe, seu irmão, Príncipe Gabriel, ele pensa que nos contratou. Ele não percebeu que nós encontramos ele. E ao passo que ele parece um homem astuto, eu acho que todos aqui podemos concordar que ele não está entendendo direito sua situação.

Nós não ligamos para quem está no trono, — Ezmortig disse. Contanto que ele seja um dos nossos.

— O Príncipe queria que nós entrássemos aqui, te matassemos e fim de papo. — Disse Desmond. — O que, certamente, eu ainda estou mais do que feliz em fazer, mas meu amigo aqui diz que matar a Rainha causaria um pouco de agitação – ambas política e publicamente. E eu estou inclinado a concordar, porque se tratando de uma luta, eu posso acabar destruindo metade desse lugar. Então, nós pensamos que deveríamos pelo menos te dar uma chance de tornar as coisas mais fáceis para todos nós. E, ei, a melhor parte é que você vai conseguir ficar viva.

Ela viu Garovel e Mehlsanz trocarem olhares.

Muito bem. — Garovel disse. O que exatamente vocês querem que a Rainha faça?

Helen estava prestes a protestar quando a voz de Mehlsanz a silenciou.

Ouça. Só você pode me ouvir. — Ela disse. Nós estamos meramente enrolando, então  não lute. Esse homem pode matar todos nós.

— Bom, o movimento expansionista é um bom começo. — Desmond disse. — Um esforço militar maior seria –

Pare. — Ezmortig disse. Isso foi fácil demais. Eu não sei quanto a esse Garovel aí, mas Mehlsanz era da Vanguarda. Ela não cooperaria tão fácil.

Desmond franziu o cenho.

— Do que você tá falando?

Eles estão armando algo. Mate eles agora.

Desmond sorriu.

— Claro.

Espera um pouco. — Mehlsanz disse. Nós reconhecemos que nós não somos páreos para o seu servo. Nós estamos simplesmente…

Você está mentindo. — Ezmortig disse.

Desmond se aproximou e Helen se colocou na frente dos ceifadores.

Mehlsanz tocou no ombro de Helen.

Não está ajudando.

Desmond apontou um dedo para ela.

— Você nem tem uma habilidade ainda, tem?

Helen pegou o dedo, querendo quebrá-lo, mas ele soltou na hora. Ele escureceu em sua mão e começou a borbulhar enquanto Desmond se afastava.

Se livre disso! — Mehlsanz gritou.

Ela o jogou. O dedo explodiu no meio do ar. Helen cambaleou para trás, metade da carne de seu rosto se foi.

Ele tem uma habilidade de transfiguração! — Garovel disse.

— Acertou. — Desmond estava lá e ele pegou a Rainha pelo pescoço, levantando ela do chão. — Você não é mesmo do tipo lutadora, é, Vossa Majestade?

Tonta, Helen só conseguia ver com um olho, o outro era uma ferida sangrenta, lentamente recrescendo.

Atrás de você Desmond.

A espada de Lynnette decepou o braço do homem. Desmond se virou para balançar seu outro braço em direção a mulher espadachim e ela decepou seu outro braço também.

Ele olhou para seus dois cotocos.

— Impressionante. Mas você não tem habilidade pra isso aqui garota.

Lynnette brandiu sua espada de duas mãos. Desmond desviou do próximo golpe suavemente e tentou derrubá-la com um chute, mas ela estava pronta, dando um passo para trás e cortando seu pé.

Mas o pé já estava borbulhando conforme ele rolou até parar na frente do olhar confuso de Lynnette. Helen a jogou no chão e a explosão abalou o quarto todo.

As costas e pernas de Helen arderam, os músculos se despedaçaram e ossos quebraram sob a roupa estraçalhada, mas Lynnette ficou segura debaixo dela, intacta e confusa.

— Por favor se afaste Lynnette — Ela disse levemente.

Desmond a tirou de cima de Lynnette com um de seus braços já crescidos.

— Eu pensei que os guardas deveriam proteger a Rainha, não o contrário.

Um baque pesado fez as paredes tremerem.

— O que foi isso? — Desmond disse.

Helen deu uma cotovelada em seu nariz, o fazendo soltá-la e ela acertou o chão de cara.

Desmond balançou sua cabeça e fez careta, mas outro baque fez ele pausar. Ele olhou para Ezmortig. Mais um baque e o teto em cima dele desabou.

Dos escombros, uma placa de mármore grosso caiu em direção a Desmond. Ele levantou seus braços sem mangas e o pegou, o que fez o chão embaixo dele rachar.

Uma figura escura estava ajoelhada em cima da placa, agarrada em sua borda larga com ambas as mãos e encarando Desmond através de seu elmo.

— Você deve ser o servo do outro ceifador. — Desmond sorriu para ele, ainda segurando o mármore. — Bela entrada.


Desmond jogou a placa pelo quarto.

Hector pulou dela, revestiu um sapato de ferro e bicou Desmond até a parede oposta, preso até a cintura.

Mate o ceifador agora! — Garovel gritou.

Hector pulou até Ezmortig, batendo nele com dedos com pontas de ferro, mas o ceifador afundou no chão primeiro.

Boa tentativa maldito.

Hector rosnou e olhou de volta para os outros.

Lynnette estava ajudando a Rainha a se levantar, ensanguentando seu uniforme no processo. Helen se firmou e viu Hector lá.

Era a primeira vez que Hector deu uma boa olhada na Rainha. Mesmo na televisão, ele só teve um vislumbre dela. Mas talvez agora não era a representação mais precisa também. Ela não parecia estar tendo o melhor dos dias, com suas calças azul-acinzentadas em frangalhos e sua maquiagem borrada com sangue.

Introduções depois. — Garovel disse preventivamente. Nós devíamos ir embora.

Seu servo não consegue derrotar Desmond?  — Mehlsanz disse.

Não sei, mas eu dúvido que ele consegue matar o ceifador antes do Desmond demolir esse prédio.

Hector assentiu.

— Tá bom, nós vamos te encontrar na moto.

Não. — Garovel disse. Pode haver mais servos inimigos. Nós ficamos juntos.

— Com quem ele está falando? — Lynnette disse.

Desmond saiu da parede.

Vão agora! — Garovel disse.

A Rainha incitou Lynnette para fora do quarto e Hector ficou na retaguarda, vendo Desmond correr na direção deles.

Que habilidade você disse que ele tinha? — Hector perguntou enquanto eles corriam.

Transfiguração. Ele consegue fazer partes do corpo dele explodir. Eu vou explicar se nós conseguirmos sair dessa vivos.

Um enxame de guardas estavam esperando no saguão.

Fale para eles se afastarem! — Mehlsanz disse.

— Não ataquem! — Helen gritou enquanto eles passavam. — Eu ordeno que todos saiam daqui!

Hector olhou de volta e viu o braço decepado de Desmond voando em direção a eles.

Isso vai matar todo mundo aqui! — Garovel gritou. Hector!

Ele entendeu e pulou. Ele pegou o braço pelo pulso e o apertou forte contra seu peito. A carne escurecida já rachando, queimando. Hector correu para cobrir seu torso com metal.

A explosão arrancou seu braços e pernas. Seu metal rasgou como papel. Ele voou por cima da multidão de guardas e acertou um candelabro. Vidro se quebrou e começou a chover nos azulejos de mármore enquanto ele caía no chão e chegou até um pilar de calcário.

Tudo estava vermelho, presumivelmente, do sangue em seus olhos. Ele não conseguia respirar e estava bem certo que ambos seus pulmões romperam. Ele sabia que seus membros iriam crescer de volta, mas ele não conseguia não entrar em pânico por não conseguir sentir eles. Não ser capaz de se mexer. Não ser capaz de falar. Mal conseguir ver ou escutar.

Mas depois de um momento, ele sentiu alguém pegá-lo. A dormência em seus ouvidos diminuiu rapidamente e ele levantou seu olhar para ver o rosto da Rainha lá.

— Eu odeio você jovem cavaleiro.

— Como ele ainda está vivo?! E falando nisso, como você está, Vossa Alteza?!

Eles conseguiram chegar no pátio. Mais guardas estavam lá e a Rainha gritou para eles dispersarem conforme eles passavam.

Desmond os alcançou logo depois. Entretanto, ele parou, como fez todos os outros, quando eles viram a portaria ruir na frente deles.

— Ahhh, — Desmond disse. — Eu que queria destruir aquilo.

Um homem de barriga grande saiu dos escombros, braços como troncos de árvore. Seu cabelo ruivo era um pouco mais escuro do que o de Desmond e não tinha como ele ter menos de dois metros de altura. Um ceifador o seguia.

Vocês realmente tinham que destruir a portaria? — Ezmortig disse, vendo a cena do céu.

Você que fez uma bagunça primeiro. — O novo ceifador disse.

Desmond riu.

— Ei, eu tentei falar para eles que a gente não era as pessoas certas para esse serviço.

O cara grandão não parecia ter nada a dizer. Ao olhar para seu rosto indiferente, ele mal parecia ciente do que estava acontecendo.

Hector ainda precisava de mais tempo para se regenerar. Ele mal recuperou os joelhos e cotovelos.

Além de Lynnette, um dos guardas ainda não fugiu como ordenado. Ele era um homem de óculos e ele foi a em direção ao gigante, brincando com a aba preta de seu chapéu de oficial.

— Eu realmente odeio vocês caras da Abolir. — Ele disse. — Sempre recrutando esses idiotas como servos. Já não tem cuzões idiotas como aquele cara lá o bastante nesse mundo?

Quem caralhos é você?

— Eu sou Roman. E malditos como vocês não são bem-vindos no meu país.

E eu sou  Voreese. — Mais um ceifador apareceu, direto do chão. Essa é a nossa terra seus merdas.

— Ah, cala a boca — Roman disse. — Ninguém liga para o que você tem a dizer.

Moleque do caralho! Eu sou a importante aqui! Você só é meu servo!

— Você estaria morta se não fosse por mim!

Não, você que estaria! Eu teria encontrado um servo diferente! Um que não me respondesse tanto, seu retardado quatro-olhos.

— Vadia imaginária!

A Rainha soltou Hector visto que suas mãos e pés começaram a se formar, ossos emergindo antes da carne ao redor deles.

Desmond estalou seu pescoço e as juntas de seu punhos.

— Estamos mais do que felizes de matar vocês recém-chegados junto com todo o resto.

O homem grande avançou em direção a Voreese.

Roman bateu seu pé no chão. O chão se levantou e jogou o homem grande em direção a Desmond como uma panqueca.

Desmond só saiu do caminho.

Roman jogou seu casaco branco para Hector.

— Vamos lá garoto Agora não é a hora de ficar de bobeira sem calças.

Hector ficou vermelho que nem pimentão e rapidamente amarrou o casaco em seu quadril. Ele o manteve preso lá com uma faixa de ferro.

Outro braço borbulhante voou até o grupo.

Roman o jogou para cima no ar e ele explodiu inofensivamente. A barriga do cara grande se inchou e um segundo depois ele vomitou ácido.

O lado esquerdo do rosto e torso de Roman derreteram, revelando seus ossos e músculo gosmento, borbulhando. Despreocupado, ele levantou um punho. Este tremeu e começou a crepitar com uma cor vermelha, criando fumaça visível. Chamas laranja jorraram de sua mão.

Os oponentes deles se dividiram para evitar o fogo e Roman perseguiu o cara grande.

Que tipo de habilidade aquele cara tem? — Hector estava de volta no jogo.

Algum tipo de vibração. Mantenha seus olhos em Desmond.

Hector viu ele se aproximando pelo lado. Desmond ainda estava recrescendo seu braço.

— Eu vou atrair a atenção dele. — Hector sussurrou para as damas. — Tentem dar a volta por ele e cortar sua cabeça.

— Bem dito. — Helen disse.

Lynnette assentiu e preparou sua espada.

Hector se moveu primeiro, um ataque frontal. Desmond desviou do soco e deu um seu na barriga, fazendo Hector dar uns passos para trás.

Hector continuou pressionando. Ele revestiu ambas suas mãos de ferro e começou a golpear. Desmond pegou sua mão esquerda e a arrancou na altura do pulso. Ele bateu Hector no concreto, criando uma pequena cratera.

Abruptamente, Lynnette estava lá. Mas Desmond viu ela e bateu no lado chato da lâmina antes que ela encostasse em seu pescoço. Desequilibrada, ela lutou para manter sua pegada e dessa vez, Desmond conseguiu derrubar ela com um chute. Ela caiu de costas e Desmond deixou uma mão decepada na frente de seu rosto. Por um instante, Lynnette e Hector ambos conseguiam ver ela escurecer.

Ela não tinha tempo para se afastar. Ela ia morrer. Hector sabia disso. Mais uma pessoa morreria na frente dele.

A memória das palavras de Garovel passaram por sua mente.

Responda ficando melhor.

Hector flexionou uma mão. Ele focou em Lynnette, desesperadamente exigindo mais de si, mais ferro, mais concentração, mais tudo e por um momento, todo a dor em seu corpo não estava mais entorpecida mais. Agonia o acertou como uma onda. Mas o ferro respondeu.

Pó se materializou em seu corpo, pontos cinza se reunindo e dentro de segundos a mulher estava totalmente coberta.

A mão de Desmond explodiu. Lynnette foi jogada longe e caiu no caminho de concreto. Hector acertou a fonte central, tornando as águas vermelhas com seu sangue.

Seu corpo rasgado de novo, ele saiu da piscina e se agarrou no lado da fonte. Ele viu Lynnette e soltou o metal. Ela não se mexeu.

Desmond e Helen estavam lutando agora. Com ambos os braços de volta e apenas uma mão faltando, ele estava vencendo ela. Ele esmagou seu crânio no chão. Seu corpo ficou imóvel.

Desmond se virou para Mehlsanz e Garovel.

— Fujam! — Hector gritou para os ceifadores. Ele se puxou para fora da fonte, ensopado e rastejando.

— Eles não vão correr. — Desmond disse. — O que você acha que vai acontecer se eles te abandonarem aqui? Eventualmente, você vai parar de voltar  vida por conta própria e eles não vão conseguir encontrar servos novos, porque ainda vão estar ligados a vocês. Eu vou colocar seus cérebros em jarras bacanas e, então, caçar os ceifadores no meu tempo. E além disso, tenho uma coisinha para fujões. — Ele puxou seu coração, a carne vermelha começando a escurecer.

Mehlsanz e Garovel foram para o subterrâneo.

— Isso não vai salvar vocês! — Desmon riu, esticando seu braço para trás.

Hector cerrou seus dentes e pressionou os punhos com força ao lado do corpo.

O arremesso de Desmond tinha a força de um canhão. Mas o coração não saiu de sua mão. Ele olhou para sua mão e viu ela coberta em metal.

— Ahhh, seu filha d- !

O metal virou pouco antes do coração explodir. O corpo de Desmond explodiu como uma melância amarrada em dinamite.

Hector rolou e ficou de costas.

Peguei ele…

Sério? Garovel enfiou sua cabeça para fora do chão.

Uou Hector… achei que estávamos mortos com certeza.

Ele respirou fundo. A cabeça da Rainha estava se regenerando e Lynnette ainda estava inconsciente.

Mas você matou o Ezmortig?

Não. — Ele viu Ezmortig no céu. E eu não consigo alcançar ele também…

Então, nós só temos uns minutos. — Garovel disse. Nós devíamos ir embora enquanto podemos.

Talvez aquele outro cara possa alcançar…

Roman veio rolando, quicando no caminho e derrapando até bater numa árvore. Tanto de sua pele e músculo derreteram que metade de seu esqueleto estava visível. Fumaça verde e amarela chiava por seu corpo. Porém, ele ainda conseguia se mover e tinha uma carranca no que restava de seu rosto.

Que porra você tá fazendo? — Voreese disse. Aquele cara tá chutando sua bunda!

— Cala a boca! — Os pulmões de Roman convulsionaram em seu peito. — É o ácido! É muito difícil se mover quando eu não tenho uma caralha de músculo algum!

Não seja um maricas Roman!

— Vai se foder!

O homem grande foi em direção a eles. Roman pisou com seu pé esquelético no chão e ele caiu em um buraco que apareceu de repente no concreto. Até sua barriga, ele lutou por um momento, então  se arrancou do chão, preparando outra rodada de ácido em sua barriga.

Hector cobriu a boca do homem com ferro.

Ácido jorrou e comeu o metal, mas não antes de voltar para seu rosto. Seus olhos derretaram em sua cabeça.

Roman piscou.

— Essa foi boa garo…

O homem avançou mesmo assim e vomitou mais ácido nele.

— Puta que pariu. — Roman lutou para levantar uma mão fumegando enquanto o homem se aproximava.

A espada de Lynnette saiu da testa do gigante. Ela se agarrou as suas costas enquanto ele caia de cara no chão. Todos olharam para a cena enquanto ela limpava sua lâmina na camisa do homem morto.

— Onde está o outro cara? — Roman disse. — Se nós conseguirmos os cérebros deles, nós podemos impedir que eles se regenerem.

— Ele explodiu. — Hector disse. — Estou bem certo que o cérebro dele não tá mais inteiro…

— Merda. Então, seu ceifador pode refazer ele em qualquer lugar.

Se Desmond vier atrás de nós novamente, então nós devíamos nos preparar para receber ele num local melhor. Disse Garovel.

Concordo. — Voreese disse. Roman?

— Certo, todos me sigam. Carregue a Rainha, garoto.

O nome dele é Hector. E o meu é Garovel.

Hector se arrastou até a Rainha conforme o último dos seus ossos quebrados se recuperava. Lynnette ofereceu ajuda, mas ele era forte o bastante para carregar Helen sozinho.

— Merda. — Roman estava em cima do cadáver do cara grande. — O ácido entrou e derreteu o cérebro dele. Esse aí vai ser refeito em outro lugar também.

Roman levou eles pelas ruínas da Portaria Belgrant. Carros abandonados faziam filas nas ruas, portas deixadas abertas. Sem dúvidas todos começaram a fugir ao ver a portaria ruir e ouvir as explosões que se seguiram. Sirenes ao longe avisavam que a polícia logo chegaria.

Roman foi mancando em direção a um ônibus no fim do engarrafamento. Ele ainda estava sem um quarto de sua carne. Ele não estava mais de chapéu e sua camisa de dentro se foi salve sua manga esquerda.

— Ah, nem vou ter que fazer uma ligação direta. — Roman disse. — As chaves ainda estão na ignição. Você dirige garota da espada. Eu vou te falar para onde ir.

Lynnette o encarou, talvez se perguntando se ele ainda era humano.

— Por que você não dirige? — Foi tudo que ela perguntou.

Ele balançou uma mão na frente de seu rosto.

— Não estou com meus óculos. Eles derreteram.

A Rainha se mexeu nos braços de Hector e ele a sentou em um assento atrás do assento do motorista. Ela balançou sua cabeça, piscando algumas vezes.

Bem-vinda. — Mehlsanz disse.

Hector se sentou do lado oposto conforme Lynnette dava partida no motor.

— O que aconteceu? — A Rainha perguntou.

— Nós sobrevivemos. — Roman disse. — Mas o inimigo vai voltar. Nós vamos para a garagem do meu associado. Nós vamos ficar em condições de luta melhores com a ajuda dele.

Quem são vocês? — Garovel disse. Vanguarda?

Não. — Voreese disse. Você é?

Não.

Então todos aqui são independentes.

Pelo que parece.

O ônibus acertou um passeio e todos olharam para a motorista.

— … eu nunca dirigi um ônibus antes. — Ela disse mais que o barulho.

— Só vire a direita quando chegar na Rua Willard.

Mehlsanz inclinou sua cabeça.

Essa garota está estranhamente compreensiva, considerando que ela não consegue ver nós três.

— Ela é uma boa soldada. — Helen disse.

Estou certa de que você vai se divertir explicando a situação para ela depois. — Mehlsanz disse.

— Ainda não estou certa se eu mesma entendo.

A jornada foi curta. O ônibus parou em um mecânico de carro e todos saíram. Totalmente regenerado, Roman levou o grupo para dentro.

Havia pessoas esperando na sala de espera. Eles olharam os recém chegados desconfortavelmente.

Roman tocou no sino na mesa da frente.

— Gerald! Traz sua bunda velha e enrugada para cá!

Todos os outros trocaram olhares.

A porta de trás do galpão se abriu e um mecânico velho saiu dela. Ele deu um olhar para Roman e suspirou.

— Certo. — Gerald disse. — Sinto muito a todos que estão esperando, mas vamos fechar agora. Eu preciso que todos saiam.

— O que? — Um homem se levantando. — Mas você está com meu carro. Eu preciso dele amanhã…

Roman foi a frente, sorrindo.

— Eu sei que é inconveniente, mas confie em mim cara. Isso é para o seu próprio bem. — Ele pegou um papel e caneta do balcão e escreveu uma nota rápida, entregando-o para o cliente. — Aqui. Vá até esse endereço e dê essa nota para a garota loira, fofa lá. Ela vai te providenciar com um veículo novo, de grátis.

A expressão do homem vacilou e ele leu a nota.

— Mas esse endereço não é nem em Sescoria. Isso fica a 100 km de distância!

O sorriso de Roman diminuiu.

— Então, eu acho que é melhor você já ir.

— Isso é ridículo!

Helen interviu e o estranho olhou para ela duas vezes.

 — Por favor escute ele. — Ela disse. — Umas pessoas bem ruins estão vindo até aqui. Eles vão te matar se você ficar.

Não precisou de muito mais convencimento depois disso. Os clientes saíram do prédio.

— Então, quem está vindo nos matar? — Gerald perguntou.

— Abolir. — Roman disse. — Dois membros, bem fortes, mas nada que nós não consigamos lidar.

A expressão de Gerald escureceu e ele olhou para o grupo de novo.

Roman coçou seu peito desnudo.

— A propósito, você tem uma muda de roupas sobrando?

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