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The Zombie Knight Saga – Capítulo 31

A dança da sombra e da escuridão…

Hector teve que destruir seu metal. Eles o faziam vergar com seu peso e Geoffrey já era mais rápido, capaz de montar em sua sombra vermelha como uma onda passando pelos corredores enquanto carregava Jenny ao seu lado.

Eles alcançaram a entrada da frente da escola e Geoffrey não hesitou para passar pelas portas a fim de encontrar a força policial lá.

Ainda lá dentro, Hector conseguia ver os oficiais pegando suas armas atrapalhadamente ao ver a massa vermelha de Geoffrey. Suas balas não fariam nada claro. Ele tinha que protegê-los.

Hector bateu nos azulejos do piso com sua mão e uma parede de ferro apareceu na frente de Geoffrey, se curvando por cima de sua cabeça como uma onda imóvel. Cortado da polícia, Geoffrey tentou dar a volta na parede, mas Hector continuava adicionando mais metal até este encontrar a parede de tijolos pálidos da escola. E, abruptamente, não havia mais lugar algum para a aberração ir além de passar por Hector.

Geoffrey voltou para entrada, Jenny logo atrás.

Hector reforjou sua espada e escudo.

— Sempre estragando a diversão das outras pessoas. — Geoffrey disse. — Achei que tinha te criado para ser melhor do que isso. — Metal prontamente envolveu seu rosto, o que a sombra imediatamente rasgou, mas quando Geoffrey conseguiu ver de novo, Hector estava quase em cima dele. A espada na direção do peito de Geoffrey. Ele desviou, mas não completamente.

A espada de Hector cortou a caixa toráxica de Geoffrey, levando carne com ela. Os vermelhos se misturaram, não dava para distinguir sangue e sombra.

Geoffrey se afastou e ordenou que Jenny atacasse Hector, mas ele a cobriu com ferro antes dela conseguir dar três passos. A sombra vermelha atacou novamente, quebrando ao chegar no escudo de Hector antes de ser cortada por sua espada.

— Isso não está muito divertido. — Geoffrey reclamou. — Eu não acho que você tá sendo muito… — Ele teve de parar e fugir quando viu que Hector não ia esperar ele terminar de falar.

Antes de Geoffrey conseguir chegar no corredor oeste, uma parede de metal apareceu no seu caminho. Ele pulou para longe da espada de Hector, acertando a mesa de recepção e correndo para o corredor leste, mas outra barreira o cortou de repente. Até as janelas do lugar foram fechadas com ferro.

— Tô vendo que você está determinado a terminar com isso agora. — Geoffrey saiu do alcance de Hector. — Então, posso muito bem obedecer. — Metal tapou sua visão de novo, mas Geoffrey estava preparado. A sombra o rasgou enquanto outros dois tentáculos avançavam para Hector por duas direções diferentes.

Hector rolou para o lado e aparou um tentáculo com seu escudo. A outro foi para suas costas e ele cortou horizontalmente, mas errou. A sombra pegou ele na parte de baixo de seu braço. Ele tinha uma camada fina de metal lá, mas o impacto o derrubou e ele sentiu uma costela estalar. A sombra envolveu seu torso, fazendo ele gemer enquanto ela apertava e ele conseguia ver mais cobras vermelhas mirando nele.

Ele de novo teve que recorrer a defesa total. Espinhos dispararam por todo seu corpo, alcançando ainda mais longe do que antes e rasgando cada sombra que se aproximava demais. Ele conseguia ouvir a risada de Geoffrey enquanto elas se encolhiam de volta para ele.

 — Bom! Não facilita demais para mim! — A sombra se espalhou ao seu redor, se reunindo em um agrupamento rodopiante quase como um tipo de hidra. Ele mandou todas de uma vez.

Hector fez uma parede na sua frente. As sombras bateram nela, amassando a parede e empurrando a massa inteiro de ferro para trás. Fazendo uma careta contra a parede, Hector bateu sua mão no maior amassado. Um pilar disparou do outro lado e abriu um caminho pelo vermelho.

Geoffrey o evitou facilmente e, então, deu uma volta ao redor de Hector.

O problema era a mobilidade de Geoffrey, Hector sabia disso. Um mero revestimento de ferro se mostrou inútil, mas barreiras grossas não, então foi isso que ele fez quando viu mais cobras vermelhas chegando perto dele. E com outra parede no caminho, ele não conseguia ver Geoffrey, mas não precisava. Ele só queria limitar as opções da aberração. Ele colocou constantemente barreiras ao redor do local, logo criando um pequeno labirinto e cada vez que as sombras conseguiam alcançá-lo de novo, ele as cortava.

— Eu vi o que você tá tentando fazer! — Geoffrey disse no outro lado de alguma parede. — Não vai funcionar! — Um pilar de ferro disparou em sua direção e ele saiu do caminho por pouco, indo para direita. Outro pilar apareceu, dessa vez bloqueando o caminho em vez de atacar e Geoffrey passou por baixo, só para encontrar mais uma viga de ferro lá. Ele se virou e, abruptamente, Hector estava ao seu lado, substituindo a parede que estava lá a um instante atrás.

Geoffrey se cambaleou para trás e por pouco evitou a espada. — Você vai se prender antes de me prender. — Ele disse, mirando suas sombras. Um agrupamento vermelho rodopiou ao seu lado, formando uma broca giratória. Ele cavou na parede perto de si, expandindo o buraco rapidamente.

Hector tinha que lidar com um grupo diferente de sombras. Enquanto as rasgava, ele meramente tentava manter Geoffrey no seu campo de visão, eliminando paredes conforme ele corria e fazendo novas para Geoffrey fazer um buraco.

— Você vai ficar cansado antes de mim, você sabe!

Hector colocou uma parede extra, não caminho de Geoffrey, mas sim bem ao lado, aparentemente insignificante. E quando a perseguição deles completou um círculo, Hector estava pronto. Ele levou seu punho para seu ombro e um bloco de ferro disparou da parede conforme Geoffrey passava. Ele o arremessou na direção de Hector.

Os olhos de Geoffrey se arregalaram conforme ele via a espada se aproximando, enquanto ele percebia que estava desequilibrado, que não conseguiria desviar dessa. Sombras correram para sua defesa. Mas elas podiam muito bem ter sido feitas de papel que o resultado seria o mesmo.

Hector perfurou seu estômago.

Geoffrey não estava sorrindo. Embasbacado, ele tentou falar e só conseguiu tossir sangue. Suas sombras todas tremeram conforme Hector arrancava sua espada do peito de Geoffrey, levando carne consigo. Geoffrey cambaleou para trás.

Hector encarou seu trabalho, ainda tenso ao ponto de tremer. Ele quase não conseguia acreditar no que via.

— Que descuido… — A sombra de Geoffrey o pegou enquanto ele caia e o levantou. — Esse corpo já deu o que tinha que dar…

Hector levantou três paredes ao redor da aberração, o encaixotando. Só o espaço entre os dois estava aberto.

Geoffrey deu um olhar para as paredes. — Ha… você não estaria disposto a me deixar achar um corpo novo, estaria? — Uma nuvem vermelho saiu do rosto de Geoffrey.

Hector a partiu em duas.

O vermelho tremeu e se encolheu de volta para ele, fazendo com que Geoffrey tivesse espasmos violentos. E mesmo agora, ele ainda conseguia dar um sorriso sangrento. — Merda… eu queria ter visto meu poder crescer mais.  Desmond… — Ele parou para tossir mais sangue. — Desmond me contou — ele disse… que um dia eu conseguiria transformar meus escravos em monstros. Eu realmente estava ansioso para ver isso, você sabia…

Estava quase terminado, Hector sabia. Geoffrey estava vencido. A sombra estava contida. Ele não estava certo se aberrações podiam morrer por perda de sangue como uma pessoa normal, mas ele não pretendia esperar por tanto tempo. E ainda assim, a visão do corpo de seu pai, do rosto de seu pai, o fez hesitar. E apesar dele saber o que tinha que ser feito, uma pequena parte dele não queria dar o golpe final.

— Seu maldito. — Geoffrey esbravejou. — Você não vai falar nada? Depois de tudo que nós passamos juntos?

Ele não tinha desejo de responder. Parecia respeitoso demais.

Geoffrey riu roucamente. — E se eu falasse… que não machucaria mais ninguém? Na verdade, e se eu concordasse em te ajudar? Eu iria… eu iria escutar, fazer tudo que você dissesse.

 Os olhos de Hector se arregalaram e sua boca se contorceu por baixo do elmo. Ele mal conseguia acreditar no quanto aquelas palavras o enfureceram. Ele tentou permanecer calmo durante toda a luta, não deixar nada que Geoffrey dissesse afetá-lo, mas isso, isso era ridículo. Um apelo para sua natureza boa? Como se existisse qualquer coisa que o convenceria. Depois de todas os assassinatos. Todas as vidas arruinadas. Todas as famílias.

A arrogância desse filho da puta.

Ira voltou a tona para ele, tão forte que o cegou. Ele quase não conseguiu ouvir as próximas palavras de Geoffrey.

— Se você só… kagh… só poupar minha vida… eu faria isso. Sim? O que você me diz?

— Nem fodendo. — Hector levantou uma parede entre eles, completando a caixa. Ele tocou no metal com ambas as mãos. Ele conseguia ouvir os gritos de Geoffrey lá de dentro.

Hector criou uma dúzia de pilares dentro da caixa, todos focados com o poder de sua alma. Os gritos agonizantes de Geoffrey ainda ecoavam. Ele adicionou mais uma dúzia. O barulho parou.

Ele abriu a caixa. Lá jazia Geoffrey. Um amontoado com barras de metais saindo deste, perfurando várias vezes seu peito, pescoço, crânio, estômago, e cada membro. O último pedaço de sombra vermelha murchou e evaporou se tornando nada.

Ele encarou o corpo, esperando, meio que esperando que ele voltasse a vida e o atacasse de novo. Ele continuou esperando.

Geoffrey estava morto. Finalmente.

Hector suspirou. Ele se sentia tão aliviado. Mas essa não era só a prova da morte de Geoffrey. Era também a prova da morte de seu pai. E conforme sua mente processava isso, conforme a urgência e adrenalina da batalha desapareciam, Hector lentamente quebrou em lágrimas.

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