Hector se mexeu em sua mesa.
Uh… tá… então, o que eu faço?
Hmm.
Garovel?
Estou pensando. Ele parece perfeitamente saudável, então provavelmente não é uma doença. Eu consigo ver a aura ao seu redor – a propósito, ele é o Oficial Mallory – mas o perigo não parece ser imediato. Ele ESTÁ no meio de uma delegacia policial no final das contas. Eu suspeito que a natureza exata da ameaça não se tornará aparente até ele ir embora.
Você quer que eu vá para aí agora?
Parece que o turno dele não vai acabar até daqui algumas horas. Você tem tempo. Venha para cá depois da escola.
Tem certeza…? Quero dizer, é a vida de um homem que está em jogo e eu realmente não ligo de faltar aula…
Eu vou te informar se a situação mudar. Durante isso, você devia tomar providências para esconder sua identidade. Se você acabar levando um tiro por esse cara, seria bom se o seu rosto não estivesse à mostra na hora.
Tá-tá bom, mas… eu não tenho exatamente uma máscara ou… algo do tipo…
Pense em alguma coisa. Pegue emprestado de alguma loja no caminho se você precisar.
Eu não acho que isso seja pegar emprestado.
Se você não conseguir achar uma máscara a tempo. Bom. Você só vai ter que se arriscar. Obviamente esconder sua identidade não é mais importante do que a vida de alguém.
Hector pausou por um momento e, então, suspirou silenciosamente.
Eu… acho que sei onde eu posso pegar emprestado uma máscara…
Esplêndido.
Mas talvez, uh, ela pareça um pouco estranha…
Oh. Bom. Esqueça então. Não queremos que você pareça estranho.
Você não precisa ser malvado…
É amor severo Hector. Amor severo.
Alguns minutos antes do sino tocar, ele saiu da sala. Ele conseguiu ouvir o professor gritar com ele por sair mais cedo, mas ele ignorou e prosseguiu até o térreo. Ele estava esperando conseguir entrar na sala do clube da carpintaria antes de alguns dos membros chegarem. Hector ficou num canto, tentando parecer invisível, o que foi surpreendentemente fácil com tantos alunos e quando ele e avistou a máscara de solda que alguém ainda não devolveu para o armazém, ele se acalmou e esticou sua mão. Ele a pegou, mas também outra pessoa.
— Ei, mas o que – ? Solte is – Hector?
Hector se encolheu, percebendo que era Lance Alexander, o tesoureiro do clube de carpintaria e uma das pessoas que ele estava tentando evitar.
— O que você está fazendo aqui, Hector? Não me diga que quer voltar para o clube.
— Não. — Ele disse, puxando a máscara de Lance. — Eu só… preciso pegar isso emprestado por um tempo.
— Ninguém pode tirar equipamentos da sala.
— Eu vou devolver depois.
— Esse não é o problema. — Lance era maior do que Hector, maior do que a maioria das pessoas e bem intimidante, mas naquele momento, Hector tinha todo o motivo no mundo para cagar para o que ele estava falando.
— Me reporte então. — Ele fugiu sem esperar a resposta de Lance.
Hector sabia que Lance não era um cara mal. Ele sabia que Lance estava só seguindo as regras e sabia que isso o faria ganhar uma detenção de uma semana ou duas, mas não via outro jeito. Talvez, o clube de drama tivesse máscaras que pudesse pegar emprestado, mas ele não conhecia ninguém daquele lugar e vendo como a escola nem tinha seu próprio auditório, Hector pensou que não seria um lugar fácil de chegar.
Ele enfiou a máscara de solda preta em sua bolsa e saiu do campus a pé. Ele pediu as direções para Garovel e ele as deu, descobrindo que não era uma jornada curta, mas com o tempo, ele chegou e o ceifador o encontrou na esquina da rua na frente da delegacia.
Hector se sentou em um banco de madeira.
Então, uh… você descobriu algo a mais sobre ele?
Ele não parece se dar bem com seu parceiro ou qualquer um de seus companheiros aqui. Todos parecem pensar que ele é um cuzão.
Ele é?
Talvez. Eu só o observei por uma tarde.
Acho que não importa muito.
Ele parece ter uma filha. Diferente dele, ela é uma morena que usa óculos. Ela parece bem jovem, porém a foto em sua mesa pode ser de vários anos atrás. Nenhuma informação sobre a mãe ainda.
Uou… quão observador.
Você se impressiona fácil demais. Não há muito para notar. Mallory não parece estar trabalhando num caso agora. Eu só vi ele fazendo papelada de acompanhamento, mas descobri que está marcado para ele ir a corte em alguns dias.
Pelo que?
Incerto, mas não há muitos motivos para um policial ir para a corte. Se ele estiver sendo acusado de algo sério, duvido que ainda permitiriam ele vir trabalhar. Pode ser que retiraram ele de casos, mas acho que ele vai aparecer lá como testemunha.
Então… alguém quer matá-lo antes dele testemunhar?
Parece provável. Mas então, matar um policial bem antes da data do tribunal não é algo exatamente fácil de acobertar. Se eu estou certo, então a pessoa ou é muito burra ou…
Muito influente.
Sim.
Garovel olhou para Hector e sorriu.
Heh.
Qual o motivo do sorriso?
Cê sabe, para alguém burro o bastante para se matar, você é mais esperto do que pensei.
O rosto de Hector ficou sério.
Vai se foder também, Esqueletão.
Garovel só riu.
A propósito como vão as dores?
Ele gemeu um pouco.
Muito dolorosas… mas… estou começando a me acostumar… eu acho.
Provavelmente, vai ficar bem pior depois de hoje.
— Aff…
Ambos avistaram uma viatura de polícia saindo da garagem da delegacia, um oficial uniformizado no banco do motorista.
Ali está ele. Garovel disse, agarrando o ombro de Hector. Fique pronto. Eu vou seguir ele e te dar as direções. Quando eu te falar, você começa a correr o mais rápido que puder.
Hector sentiu uma chama de vigor correr em seu corpo. A dor sumiu e ele respirou fundo. — Uou… ! — Ele conseguia sentir seus músculos pulsarem, seu sangue correr e uma onda de tanta energia que ele pensava que ficaria insano se não a expelisse.
Pode não ser necessário, mas coloque sua máscara por precaução. E se certifique de não atropelar ninguém. Isso é mais importante do que nos alcançar.
Ele colocou a máscara em seu rosto. Ele teve que puxar a pequena viseira preta para conseguir ver. O pedaço retangular de plástico tinha alguns arranhões, mas não era o bastante para obstruir sua visão.
A viatura estava se afastando. Garovel voou atrás dele e Hector esperou. Eles saíram de vista e ele continuou esperando. Pessoas na rua davam olhares desconfortáveis em sua direção enquanto ele ficava lá parado com sua máscara, tremendo em antecipação.
Siga em frente cinco quarteirões e vire a direita. Me diga quando você chegar.
Hector voou para frente. Seus pés pisando no asfalto com mais força do que esperava, mas ele conseguia dizer que nem chegou perto de seu limite ainda. Ele desviava largamente de pedestres, ainda acumulando momento, mas quando viu uma interseção cheia de veículos passando, ele percebeu que não conseguiria parar a tempo. Então, ele não parou. Hector correu pelo tráfego. Um carro branco buzinou alto conforme ele pulava sobre seu teto e caía na rua ainda correndo pela calçada.
Correr era tão fácil, como senão precisasse de qualquer esforço, como se fosse mais natural correr do que andar. Alguém saiu de uma loja na frente dele e ele passou bem ao seu lado. Ele desacelerou um pouco para garantir seu controle e quando a curva chegou, virou para direita.
Cheguei. — Ele falou para Garovel.
Continue indo para frente até você ver o declive na rodovia e pegue ela.
Pessoas estavam se tornando borrão, então ele desacelerou de novo. Uma multidão encheu a calçada a frente. Hector conseguia ver a si quase mantendo o passo dos carros, então começou a correr na estrada. Passando pelas linhas brancas das faixas e sem sentir um pingo de cansaço, ele não conseguia não rir dentro de sua máscara enquanto buscava uma placa de velocidade na estrada. Ele viu uma que dizia: “40 km/h.”
Quando ele entrou na rodovia, entretanto, os carros começaram a passar por ele de novo. Ele forçou suas pernas o máximo que conseguia e ele estava certo de que estava correndo mais rápido do que antes, mas os carros ainda passavam por ele, o fazendo ficar grudado no canto da estrada. A próxima placa que ele viu dizia “110 km/h.”
Ainda, depois do que deve ter sido meia hora de corrida, ele saiu da rodovia, pelas instruções de Garovel e se achou respirando ofegante, mas não arfando. Ele pensou que seu sangue ainda precisava de mais ar, mas seus músculos não doiam ou estavam cansados.
Ele logo chegou numa vizinhança mais quieta. Ele conseguia ver a viatura de polícia estacionada em uma entrada de garagem. Quando ele viu o ceifador se aproximando, desacelerou até andar num passo calmo.
— Quão rápido – — Ele pausou para tirar a máscara — – quão rápido eu estava correndo? — Enquanto ficava parado, ele conseguia sentir seu coração batendo mais rápido do que já bateu em toda sua vida.
Garovel deu de ombros.
Quão rápido seu corpo consegue correr sem se rasgar?
Ele coçou sua cabeça e voltou com sua mão molhada. Ele secou o suor em sua camisa, mas ela estava similarmente molhada. Ele a secou em suas calças em vez disso.
Oficial Mallory está em sua casa. Você devia manter sua distância até… — Garovel parou de falar quando ele viu uma van preta parar na frente da casa. Cinco homens saíram. Dois começaram a ir até a porta da frente, três foram para os fundos. É melhor você colocar a máscara de volta.
Certo.
Correndo até a casa, ele os viu batendo na porta.
Lide com os caras no fundo primeiro.
Tá bom.
Ele se esgueirou pela cerca do vizinho e pulou para o quintal. Os três caras de antes o notaram imediatamente e endureceram seus corpos, mãos em seus casacos.
— Mas quem caralhos é você? — O mais próximo disse, mais jovem do que os outros e com mandíbula quadrada. — E essa porra de máscara?
— Uh… eu-eu ouvi que havia alguns canos vazando?
— Vaza daqui antes que a gente…
Você não tem tempo para conversar. — Garovel tocou em seu ombro e aquela dor familiar cintilou por seu corpo. Vá.
Ele correu até o cara mais jovem, que puxou uma arma, mas Hector esmagou ele antes dele poder atirar. O homem ficou no chão. Os outros dois puxaram suas armas e Hector levou dois tiros no peito antes de alcançar o próximo cara, dando um murro em seu rosto e chutando sua arma para longe. O último atirou mais cinco vezes, três dos tiros erraram completamente e ele acabou sendo derrotado com um chute no saco e uma cotovelada na testa.
Som de tiros ecoaram de dentro da casa.
Ele derrubou a porta e encontrou Mallory agachado atrás da ilha da cozinha, agarrando seu lado com um braço, tentando recarregar sua arma com o outro e encarando Hector. Um atirador com rabo de cavalo estava na sala e Hector foi direto até ele. Um tiro passou por sua máscara e perfurou seu pescoço. Hector arrancou a arma do homem e deu uma porrada em seu rosto com ela. Alguns dentes voaram de sua boca e acertaram o chão de madeira junto com ele.
Um som de tiro fez ele correr de volta para a cozinha. O último assassino estava apoiado na outra porta, com sua cabeça explodida. O Oficial Mallory respirou com dificuldade e olhou para Hector, sem sombra de dúvidas querendo perguntar o óbvio, mas ele pegou um telefone em vez disso e discou. Ele tentou se levantar mas escorregou de novo apoiado contra o balcão, sangrando quase tanto quanto o homem morto.
— Eu vou assumir – guh – que você não veio aqui para me matar. — O oficial disse. Ele colocou o telefone em sua orelha. — Sim, eu preciso de uma ambulância. — Dando seu endereço e olhando para Hector, ele adicionou, — E há alguém aqui num estado pior que o meu… eu acho.
Ele tentou falar, mas o tiro em sua laringe não permitia. Garovel invocou a recuperação. Nenhuma das feridas doía, mas Hector conseguia sentir a carne se contraindo e expandindo, ossos fraturados tremendo enquanto se religavam e projéteis sendo expulsos de seu corpo e caindo no chão.
— Quem é você? — O oficial finalmente perguntou.
O que você vai contar para ele? — Garovel perguntou.
Hector ficou abruptamente grato que seu rosto envergonhado estava escondido e decidiu fazer o que vinha mais naturalmente a ele. Ou seja, não falar nada.
— Bom… — Mallory pausou com uma careta. — …obrigado pela ajuda, porém não consigo imaginar o porquê você fez isso.
Pergunte a ele quem enviou esses homens.
— Que-quem enviou esses homens para te matar?
Mallory cerrou seus olhos.
— Quantos anos você tem? Você soa como uma criança. — Com o silêncio de Hector, ele disse, — Rofal. Joseph Rofal.
— Porque você vai testemunhar con-contra ele na corte?
— Não contra ele. Contra o merdinha do sobrinho dele. Eu estava lá. Eu vi ele matar aquele menino. O menino só tinha uns dez anos. Deixou cair um bloco de concreto na cabeça da criança. E, então, ele riu. Maldito do caralho… — Ele estremeceu e começou a tossir dolorosamente. Sua pele ficou pálida. Suor cobria seu rosto. — E agora eu estou morrendo por causa daquele merdinha? Eu devia ter… eu só devia ter atirado naquele pedaço… pedaço de merda idiota. — O olhar sombrio em seus olhos parecia sugerir que ele havia esquecido o que estava dizendo. Ou que não ligava.
Pergunte sobre sua família.
— Sua família. — Hector disse. — Você… você acha que eles estão em perigo também?
Mallory só ficou parado lá, respirando lentamente e encarando vagamente as prateleiras amarelas em sua frente. Sirenes ao longe diziam a Hector que estava na hora de ir.
— Oficial Mallory, su-sua família… eu posso ajudar.
Eu acho que você devia ir, Hector.
Mas nós precisamos de informações.
Eu não acho que ele consiga te ouvir.
Sangue escorria do canto de sua boca.
— Oficial Mallory… diga algo. Acene se você conseguir me ouvir. Pisque se você consegue…
Hector…
— Ele está… ? Ele não está… você – você sabe, certo?
Ele não está morto ainda, — Garovel disse. mas ele provavelmente não vai sobreviver.
— Você não pode… fazer nada? Nada mesmo… ?
Sinto muito.
Hector fechou seus olhos e suspirou.
— Eu falhei em salvá-lo… ?
Nós falhamos, Hector. — As sirenes estavam altas o bastante para encher o lugar. E se você não sair agora, nossas falhas só vão aumentar.
Ele correu. Para os fundos, pelo quintal e por cima da cerca. Ele cortou caminho entre as casas para evitar as ruas.
Você devia tirar sua camisa.
Ele parou atrás da esquina de uma casa. Hector olhou para sua camisa cheia com furos de tiros e ensopada de sangue. — Isso é… — Ele suspirou. — Isso vai virar rotina, né… ?
Provavelmente.
— Ma-mas… uh… eu não estou certo… um cara negro correndo sem camisa pela vizinhança vai, uh… provavelmente dar merda…
Melhor do que um cara negro correndo pela rua coberto de sangue. De uma cena de crime ainda por cima.
— Mas eu… eu não sei se… uh…
Agora não é hora para ser tímido, Hector.
— Você diz isso como se fosse fazer diferença…
Tira a porra da camisa!
Ele tirou. E conforme olhava para a camisa ensopada, ele percebeu que suas mãos estavam tremendo. Braços também, o caminho todo até seu peito. Era leve, mal dava para notar a menos que ele ficasse parado, mas estava lá.
Ah. Seu corpo entrou em choque. Eu tentei suprimir os efeitos, mas isso é o esperado.
— O que… ? Por que eu estou em choque… ?
Sério mesmo? Você acabou de levar cinco tiros, Hector. Sem mencionar que você viu o cérebro de um cara escorrer pela sua cabeça. E, então, tem o Mallory também. Eu estou surpreso que isso não aconteceu quando você foi esfaqueado noite passada. Só relaxe por um momento. Se sente. Você vai ficar bem.
As sirenes pararam. Os policiais alcançaram a casa. Se sentando na grama com suas pernas dobradas, ele só respirou e tentou pensar. Hector franziu o cenho e tirou sua máscara também. Ele tocou no buraco de tiro com seu dedão.
— O que eu fiz de errado, Garovel? — Ele sussurrou. — Eu poderia ter salvo ele… não podia? Eu ferrei com tudo… mas… agh..
O ceifador flutuou ao seu redor.
Você se lembra do que eu disse antes? Às vezes, não sobram boas opções para escolher.
— … isso era para me confortar?
Não. Porque nós não devemos ficar confortáveis. Ficar confortável nos faz complacentes. Desleixados.
— Então… o que você está falando?
Eu estou dizendo que demos nosso melhor. E nós não respondemos a falha com depressão. Nós respondemos ficando melhores. Até nosso melhor ser o bastante.
Hector hesitou, mas deu um aceno solene. depois de outro momento, ele perguntou.
— O que fazemos agora?
No mínimo, precisamos de uma muda de roupas. Você sabe como chegar em casa?
— Um… na verdade, não. Não faço ideia…
Então, eu vou te guiar para casa e voltar para observar mais. Esperançosamente, eu vou conseguir encontrar onde a mãe e a filha estão. Guarde sua máscara. Só vai atrair atenção. Está um pouco frio, mas sem sua camisa, você pode se disfarçar como um corredor
Ele guardou a máscara e a camisa e começou a correr, ficando na calçada sempre que possível.
Hector continuou repassando a cena em sua mente. Ele continuou questionando suas decisões durante a luta. Talvez tenha sido um erro lutar um contra três, primeiro. Talvez os tiros alertaram os outros dois homens na frente e fizeram com que eles começassem a atirar no Mallory mais cedo. Mas se ele tivesse ido atrás dos dois na frente primeiro, então Mallory teria enfrentado os outros três sozinhos. E mesmo se tivesse conseguido de alguma forma encontrar o Mallory antes deles, não havia como convencer o oficial de que ele não estava lá para matá-lo. Porém, talvez ele não tivesse precisado convencê-lo. Talvez se tivesse… Talvez pudesse… Talvez…
Quando ele chegou em casa, se encontrou sozinho novamente. Seus pais ainda estavam fora, provavelmente em um restaurante, considerando a hora. Garovel saiu assim que Hector começou a reconhecer os prédios.
Ele subiu as escadas e jogou sua bolsa na cama. Ele se perguntava se teria tempo para relaxar. Ele não estava cansado exatamente, mas sentia que deveria estar. Ele se sentou para tirar seus sapatos. Um pouco de sangue caiu em sua meia direita.
Estou em casa. — Ele disse para Garovel. Vou me trocar logo.
Estou na cena.
O que você descobriu?
Aparentemente, a filha estava lá em cima o tempo todo.
Puta merda… — Hector franziu o cenho e coçou sua cabeça. E-ela… ela ouviu o sons dos tiros e tudo mais… ?
Estou buscando ela agora. Mas o fato é que ela viu um homem negro numa camisa vermelha e com uma máscara estranha fugindo da cena do crime.
Claro…
Houve uma pausa longa.
Merda.
Qual o problema?
Eu achei ela. Ela tem a aura. Rofal colocou ela na lista também.