“Arcanista… nível seis!” Relph ficou totalmente chocado. Aos seus olhos, Beaulac de repente se tornou muito estranho para ele. Não… Ele deveria dizer que o homem parado na frente dele era agora um completo estranho. Não havia como o verdadeiro Beaulac ter se tornado um sênior, já que ele nunca havia deixado Antiffler antes.
Deveria ser que um Feiticeiro de nível sênior ou Arquimago tenha se transformado em Beaulac e usado algumas maneiras especiais para se esconder do teste de poder de sangue feito por Nuremburk. Quanto ao propósito, o Feiticeiro certamente estava lá para perseguir o segredo deixado pelo Rei Sol.
De repente, uma cena passou por sua mente: ele se lembrou do sincero agradecimento de Beaulac depois que se gabou da existência de outra câmara secreta e se exibiu dizendo a Beaulac como abrir a câmara.
“… Bem, obrigado por me contar.”
Foi o que disse Beaulac… não, o Arcanista.
Relph não podia acreditar no quão estúpido ele havia sido. Embora quisesse gritar alto para lembrar a princesa, Deniz e Arthen que este não era realmente Beaulac, ele estava claramente ciente de quão poderoso era um Arcanista de alto escalão. Em um segundo, o Arcanista poderia facilmente matá-lo com um único olhar; e mesmo que todos os nobres presentes tivessem decidido se unir, o Arcanista ainda poderia matá-los um a um em meio minuto.
A única maneira de sobreviver era ceder e esperar até que Sr. Metatron aparecesse a tempo, conforme combinado.
Relph não tinha absolutamente nenhuma ideia de como o Arcanista sênior conseguiu se infiltrar. Era como um leão ficando com um rebanho de ovelhas!
Ele não pôde deixar de tremer de grande medo e não conseguiu concentrar seu poder espiritual. No entanto, sabia que não havia necessidade de ficar concentrado, pois não tinha chance de conjurar ao lado de um Arcanista de nível sênior. Embora já estivesse muito perto de obter o segredo do Rei Sol e sonhasse em se tornar um Feiticeiro do sexto círculo, Relph estava apenas ansioso para usar seu poder para adquirir glória e alto status.
Um Arcanista de nível seis provavelmente era um Feiticeiro do sétimo ou oitavo círculo, ou mesmo um Arquimago do nono círculo! Relph havia desistido completamente da resistência.
“Inteligente.” Lucien sorriu e deu uma olhada em Relph, cujo rosto estava completamente pálido.
Relph assentiu como um golem, pois era incapaz de pensar. Olhando para os olhos azuis do falso Beaulac, Relph caiu cada vez mais fundo neles…
Com muita facilidade, Lucien assumiu o controle da mente de Relph, deixando-o em pânico.
O feitiço de ilusão do quinto círculo, Dominar Pessoa!
Ao saber que sua experiência no Castelo Bertren foi um teste de seu professor, o Senhor da Tempestade, Lucien também ficou sabendo que foi o pequeno dragão de cristal, Alferris, que interpretou o demônio Ódio. Com o Senhor da Tempestade e Alferris, Lucien aprendeu muito mais em detalhes sobre os sete misteriosos demônios do inferno e percebeu que Fábulas da Dor não era apenas uma piada.
Segundo a especulação de Fernando e Alferris, quando certas emoções negativas se acumulavam, a projeção do demônio correspondente aparecia, e esse processo não exigia o auxílio de nenhum rito especial. Os ritos em que as pessoas acreditavam eram para melhorar o poder das projeções para fazê-las crescer, e os ritos, portanto, não eram de fato ritos mágicos, mas apenas algo que convencia ainda mais as pessoas da existência do poder maligno.
Portanto, parecia que mesmo o rito mágico mais absurdo também poderia invocar um poderoso demônio.
Fábulas da Dor desempenhou um papel muito importante na coleta de emoções negativas de uma pessoa. Uma pessoa que gostava de ler as fábulas tendia a ganhar a conexão com os demônios misteriosos, incluindo Ira, Inveja, Ganância e assim por diante. Neste momento, a mente da pessoa poderia ficar distorcida, mas sem a estimulação de um acidente grave ou quaisquer ritos a seguir, a pessoa não poderia ganhar um grande poder maligno.
Em outras palavras, os passos de um rito não importavam, e o que importava era o próprio rito. Sem um rito, a projeção de um demônio não poderia ganhar seu poder. Enquanto isso, o que era mais importante do que o rito era a coleta de emoções negativas, ou não havia como um demônio lançar sua projeção na mente de alguém.
Quando Lucien estava enganando Beaulac para seguir o puro rito inventado, fez uma piada aleatória sobre os passos do rito, pois tinha certeza de que, sem a base emocional moldada pelo livro especial como Fábulas da Dor, nem Beaulac, nem Frederick poderia convocar com sucesso a projeção da ganância.
No entanto, o que estava acontecendo agora estava totalmente fora das expectativas de Lucien. Frederick convocou com sucesso a Ganância usando o ridículo rito mágico criado por Lucien e ganhou o poder de um Cavaleiro Radiante!
Embora seu poder ainda não estivesse totalmente desenvolvido, Frederick era imparável. O olhar assustador e horrível em seu rosto retorcido fez Lucien acreditar que tudo isso era uma obra-prima feita pelo Demônio Ganância!
Lucien não tinha ideia de como Frederick havia reunido um sentimento tão forte de ganância em um único mês. Foi por assistir Beaulac invocando o demônio? Ou foi por causa desse assustador palácio subterrâneo?
No entanto, não importa o que fosse, Lucien tinha que se apressar, mesmo que tivesse que usar magia! Conforme o tempo passava e mais pessoas eram mortas, o poder de Frederick como um Cavaleiro Radiante seria totalmente desenvolvido!
Dos poucos rounds da luta entre Frederick e Beyer, Lucien especulou que ainda tinha de três a quatro minutos para agir. Ele primeiro teve que ligar o círculo mágico, caso mais tarde algo inesperado acontecesse. Afinal, esse era o objetivo final de Lucien ao ir até lá.
Enquanto mantinha Relph sob controle, usando a Conexão Mental Inferior, Lucien garantiu que nem Relph, nem Metatron soubessem da existência da outra passagem secreta e da parte interna do palácio, e então examinou secretamente a câmara semelhante a um matadouro e certificou-se de que não havia ninguém lá.
Então, quando Sophia estava ocupada lançando feitiços para ajudar Beyer a derrotar Frederick, Lucien lançou Imagem Persistente e Forma Gasosa e se esgueirou para dentro da câmara onde encontraram Frederick.
Comparado ao poder de Frederick, o que preocupava muito mais Lucien era o fato de que Metatron também estava lá no palácio. Mas enquanto não estivesse na câmara secreta, as coisas seriam muito mais fáceis!
Uma vez que Lucien entrou na câmara secreta, ele foi dominado pelo cheiro forte e repugnante de sangue e carne, mas não foi afetado por isso. Caminhou até a pintura do primeiro Duque Gorse e começou a lançar um feitiço longo e estranho, com a ajuda de gestos manuais complexos.
O som de colisões de metal era alto e ninguém queria ficar perto da câmara secreta por causa do forte cheiro de sangue. Portanto, ninguém ouviu a voz baixa lançando um feitiço na câmara.
Finalmente, Lucien terminou de lançar o longo feitiço dado por Rhine. Na forma de gás, seu corpo subiu no ar e de alguma forma entrou na pintura!
Dentro da pintura, havia uma passagem que não era muito longa. Sem nenhuma barreira, Lucien havia entrado com sucesso na camada interna do palácio, que parecia exatamente igual ao salão acima do solo!
No meio do corredor, havia um altar, no qual estava a estátua do Rei Sol, Thanos.
Era um homem de meia-idade olhando para cima, como se nada mais merecesse sua atenção, exceto o infinito e misterioso céu estrelado.
O rosto de Thanos era bem caracterizado e o olhar era sério. A estátua usava uma coroa mágica incrustada com pedras preciosas mágicas e um manto de magia preto com complicados padrões vermelhos.
A estátua era muito bem construída, o que mostrava o grande porte do Rei Sol quando ainda estava vivo. Enquanto isso, a mão direita da estátua se estendeu, como se estivesse segurando algo invisível.
Lucien poderia simplesmente colocar o broche de tojo de volta na estátua e então poderia começar o rito mágico avançado, mas agora, ele franziu a testa e ficou onde estava.
Por que… Por que ele não podia sentir a existência do Mundo das Almas?
De acordo com a experiência de Lucien na tumba de Finks, ele acreditava que os três lugares que Rhine lhe disse deveriam ter alguma conexão próxima com o Mundo das Almas, mas…
Depois de alguns segundos pensando, Lucien pegou a Coroa do Sol e a colocou em volta do pescoço.
Instantaneamente, seus olhos ficaram embaçados e a estátua mudou.
Acima da mão direita estendida, havia uma bola de luz branca meio transparente. No entanto, havia outras bolas escondidas por baixo, que Lucien não poderia dizer o que eram a olho nu. A bola de luz estava passando por algumas mudanças constantes, como um coração batendo.
A bola de luz parecia muito familiar para Lucien, assim como a cor de ferrugem que Lucien viu na tumba de Finks. Embora estivesse bem ali na frente dele, ele sentiu que a bola de luz não existia neste mundo.
Na bola de luz, havia uma pequena rachadura preta, torcida e nojenta.
Lucien sentiu o cheiro fraco de morte vindo da rachadura.
A entrada do Mundo das Almas era envolta na bola de luz! Não é de admirar que Lucien não pudesse sentir sua existência!
Lucien ainda tinha mais alguns minutos, por isso não pôde deixar de ficar curioso e se perguntou o que havia na bola de luz.
Acalmando-se, ele lançou uma série de feitiços de detecção, mas todos passaram diretamente pela bola de luz.
Depois de pensar cuidadosamente, Lucien lançou algumas camadas de feitiços defensivos em si mesmo. Então, com grande determinação, ele estendeu a mão.
Seus dedos tocaram lentamente a margem da bola de luz.