Trash of the Count’s Family – Capítulo 116

Cale caminhou em direção a Pendrick, que estava parado ali sem poder dizer nada.

— Você decidiu o que vai fazer com Balbud?

— Então…

— Difícil decidir?

Pendrick assentiu com a cabeça.

A filosofia élfica ditava que eles deveriam executar Balbud e o resto dos prisioneiros. No entanto, seria decepcionante executá-los imediatamente sem coletar nenhuma informação de antemão.

— Gostaria de fazer uma sugestão.

— Uma sugestão?

Cale começou a sorrir para Pendrick, que estava confuso, mas também tinha algumas expectativas em relação ao que Cale diria. Pendrick definitivamente se lembrava de como Cale mencionou ‘Arm’ e ‘Continente Oriental’. Como essa era uma informação nova que Cale não compartilhou na frente da chefe, Pendrick gostaria de reunir mais informações como essa, se possível.

“Não há outras raças como os elfos que são tão meticulosas em se vingar.”

Os Elfos se consideravam uma raça elegante que era melhor do que outras raças. Essa era a razão pela qual não eram materialistas. Acreditavam que viver na natureza sem ganância materialista os tornava melhores do que outras raças, como os humanos. Talvez fosse por isso, mas os elfos eram meticulosos em garantir a vingança de qualquer inimigo que escolhesse provocá-los. Nesse aspecto, os Elfos provavelmente se assemelhavam mais aos Dragões do que aos Elfos Negros. Afinal, os Dragões eram uma raça ainda mais arrogante do que os Elfos.

Cale voltou o olhar para Balbud. Beacrox estava apertando completamente as correntes em seus braços e pernas.

— Que tal passar Balbud para outra pessoa?

A expressão de Pendrick ficou estranha. Este não parecia ser o resultado que ele queria.

— Você quer dizer passá-lo para você, jovem mestre-nim?

Os Elfos sabiam que já haviam pedido muito a Cale, mas esperavam que Cale agisse.

A Vila dos Elfos atualmente não tinha Elementais suficientes para restaurar o vale. Além disso, precisavam estar preparados caso a organização voltasse a atacar novamente. Embora não tivessem mão de obra, eles também queriam se vingar.

Pendrick conteve suas expectativas e esperou a resposta de Cale. Ele achou que seria bom se Cale agisse. Você não poderia encontrar uma pessoa tão justa em nenhum lugar do mundo.

— Não.

— Perdão?

No entanto, uma resposta completamente inesperada saiu da boca de Cale. Se ele não ia levar Balbud, quem o faria?

A confusão era claramente visível no rosto de Pendrick.

— Quero que você primeiro discuta minha sugestão com a Chefe-nim. Darei os detalhes se todos decidirem seguir minha sugestão.

— Será com uma pessoa de confiança?

Pendrick viu Cale acenar com a cabeça sem hesitar.

— Sim, é uma pessoa confiável.

Era porque Cale tinha a fraqueza da pessoa em suas mãos. Ele lembrou-se do dispositivo de comunicação por vídeo que estava preso no fundo de sua bolsa mágica. Não teve que pensar sobre isso por muito tempo. Estava irritado com a organização secreta e os odiava. No entanto, não queria se esforçar para lidar com eles. Era óbvio que isso levaria a muitas dores de cabeça.

— Então, pense nisso e me dê uma resposta até esta noite. Vou embora amanhã, porque ainda há coisas que preciso fazer.

Pendrick observou as costas de Cale quando ele começou a se afastar depois de dar um tapinha em seu ombro.

“Se é alguém que uma pessoa tão justa pode confiar, não estaria tudo bem?”

Ele não podia ter certeza disso, mas Pendrick sentiu que podia confiar em Cale, porque havia interferido mais uma vez em uma situação em que não tinha nada a ganhar.

— Ah, mais uma coisa.

— Sim?

Cale se virou e começou a falar.

— Você vai para o Reino Whipper sozinho?

— Ah, sim, senhor. Acredito que será assim.

— Então vamos juntos.

— Perdão?

Cale sorriu gentilmente para Pendrick.

Ele pensou que seria melhor ter um Elfo da Vila dos Elfos que tivesse uma conexão com o Dragão Dourado quando fossem ao seu encontro. Se possível, queria levar todos que pudesse. Claro, ele estaria bem atrás do grupo, talvez até se escondendo atrás de Choi Han.

— O Reino Whipper é atualmente um lugar perigoso para se movimentar sozinho. Você estará seguro se for conosco. Temos coisas para fazer lá de qualquer maneira.

O atual Reino Whipper estava uma bagunça.

O Reino Whipper está em um trem com passagem só de ida para o inferno desde que Toonka se tornou o Comandante Chefe no outono anterior. Claro, nenhum dos moradores do Reino Whipper sabia que estavam caminhando para o desespero.

Cale olhou para Pendrick, que tinha um olhar de desculpas no rosto.

— Eu não posso te sobrecarregar tanto—

— Nada disso. Pare de pensar nessas coisas inúteis. Provavelmente será melhor, para que você saiba para onde o prisioneiro vai, também. Basta pensar sobre isso.

— Muito obrigado.

— Não precisa me agradecer. Não deveríamos todos ajudar uns aos outros?

Pendrick começou a sorrir. Parecia ainda mais puro e brilhante, porque seu rosto era tão bonito. Claro, Cale estava prestando mais atenção em Beacrox, que olhava para ele com uma expressão suspeita no rosto.

— Você está certo. Jovem mestre-nim, está definitivamente certo.

— Sim, tudo o que digo está certo.

Cale jogou junto de Pendrick usando um tom de brincadeira antes de sair da prisão subterrânea. Ele podia ouvir Pendrick falando enquanto caminhava.

— Vou discutir isso com a Chefe o mais rápido possível.

Era exatamente isso que Cale queria.

Cale começou a andar mais rápido. Havia alguém com quem ele precisava discutir isso também.

Para ser mais específico, precisava dizer à pessoa que planejava despejar Balbud.

***

Cale, que voltou para a casa da Chefe, ordenou imediatamente a Raon que verificasse os arredores.

Não havia escutas, nem magia de gravação na casa, provavelmente porque sabiam que Cale estava com um dragão.

Cale entrou no quarto de hóspedes que a Chefe havia criado para ele e fez com que seu grupo guardasse a porta.

— Raon.

— Certo, humano.

Raon se revelou no ar.

Cale colocou o dispositivo de comunicação de vídeo na mesa e sentou-se no sofá. Raon começou a conectar o dispositivo de comunicação de vídeo ao sinal de Cale.

O rosto de uma pessoa apareceu no dispositivo depois de um momento.

[Há quanto tempo.]

Era o príncipe herdeiro Alberu. Os olhos dele mostraram apenas um pouco de felicidade ao ver Cale.

— Vossa Alteza, você ainda continua sendo a estrela vibrante no coração dos cidadãos.

No entanto, Alberu imediatamente começou a franzir a testa depois de ouvir a saudação de Cale.

[O que você quer de mim agora?]

— Você realmente me entende agora. Estou cheio de admi—.

[Já chega].

Cale fechou a boca e começou a sorrir. Alberu começou a franzir a testa, como se achasse o sorriso de Cale repugnante.

Os dois não se viam há cerca de três meses. Eles não tinham nada para discutir um com o outro desde que conversaram sobre o Reino Whipper três meses antes.

[Você está me contatando para falar sobre viajar para o Reino Whipper?]

Ao contrário da carranca em seu rosto, os olhos de Alberu estavam cheios de curiosidade. Era porque ele sabia o que Cale estava planejando vender no Reino Whipper, e também como faria isso.

— Não. Infelizmente, não é por isso.

[Então?]

— Consegui capturar um dos membros da organização que causou o Incidente Terrorista da Praça. Este espadachim parece ocupar uma posição de nível médio a baixo na organização.

Alberu piscou algumas vezes para pensar se ouviu Cale corretamente. No entanto, seus olhos logo se encheram de choque.

[Como? Não, não importa. Isso não é importante.]

— O ‘como’ é importante. Nós o capturamos no Reino Roan.

A expressão de Alberu rapidamente endureceu. Cale olhou para aquela feição e começou a pensar.

“Ele mordeu a isca.”

Alberu tinha descoberto essa informação.

Cale esperava não ter mais que lidar com a organização secreta. Ao mesmo tempo, ele não queria ser aquele a lidar com eles. Como poderia o filho de um conde lutar contra uma organização que poderia abalar todo o continente?

Seria difícil, mesmo com um dragão ao seu lado.

Foi por isso que Cale pensou nessa pessoa.

Era alguém que nem a organização secreta nem os Elfos podiam tocar facilmente, bem como alguém que cuidaria disso ainda mais cuidadosamente do que ele. Era alguém que tinha sentimentos negativos pela organização e queria se livrar deles. Ao mesmo tempo, era alguém cuja fraqueza estava nas mãos de Cale.

Não poderia ser outro senão nosso querido príncipe herdeiro.

— Posso contar os detalhes depois que as discussões forem concluídas, no entanto, conseguimos pegar essa pessoa nas Montanhas dos Dez Dedos do Reino Roan.

[E por que você está me contando tudo isso?]

Cale sorriu em vez de responder, enquanto Alberu estalou a língua e continuou a falar.

[Entregue-o para mim.]

— Sim, senhor.

Alberu continuou franzindo a testa como se achasse irritante a maneira como Cale respondia.

[Você parece passar todas as coisas chatas para mim.]

— Você não gosta?

[Não, é ótimo. Muuuuuito ótimo.]

Ao contrário do rosto carrancudo de Alberu, seus olhos estavam claros. O Reino Roan não conseguiu descobrir a identidade da organização. Não ser capaz de encontrar respostas após um ano de investigação foi humilhante para o reino.

Era por isso que Cale sabia que Alberu faria qualquer coisa para obter informações de Balbud. Alberu também usaria Balbud a seu favor.

— Vossa Alteza.

[Sim.]

— Você vai fazê-lo ser útil, não é?

Alberu começou a sorrir quando perguntou.

[Para quê?]

“Ele perguntou mesmo sabendo exatamente do que estou falando.”

— Naturalmente, para o Império.

[Ha, haha. Sim. Definitivamente irei.]

O Império ainda não havia capturado a organização secreta e os Gêmeos Santos que mataram o Papa. Esse fato não caia bem para Cale.

O Império alegou que eles estavam procurando fervorosamente pelos gêmeos, no entanto, ter que lidar com o Reino Whipper tornou difícil para eles concentrarem toda a sua atenção na busca. À primeira vista, pode parecer que o Império estava demorando na busca com a esperança de que o poder da Igreja do Deus Sol diminuísse ainda mais com o passar do tempo, no entanto, este foi um incidente em que centenas de seus cidadãos também foram mortos.

“É estranho, porque o Príncipe Imperial é alguém que se preocupa muito em salvar sua pele.”

Não fazia sentido que o Império não tivesse descoberto nada sobre o incidente. O Império até rejeitou a oferta do Reino Roan de trabalhar juntos várias vezes.

Era por isso que até Alberu estava curioso sobre o que o Império estava fazendo. Ao mesmo tempo, a linha de pensamento de Cale era diferente.

“O Príncipe Imperial é alguém que incendiaria a selva para ganhar o controle. Ele também sabe que o Norte descerá para invadir, mas está esperando que o Reino Roan e o Reino Breck percam força enquanto lutam contra o Norte.”

Mas tal pessoa estava deixando a organização secreta em paz?

Isso não fazia sentido.

Tinha que ser uma das duas razões.

“Ou o Império quer encontrar a organização por conta própria para provar que são melhores do que todos os outros.”

“Ou têm um relacionamento secreto com Arm.”

Havia algo em que Cale havia prestado atenção enquanto estava descansando na Vila Harris. Bem, ‘prestando atenção’, quer dizer que ele deu algumas ordens para que outros fizessem o trabalho. De qualquer forma, o que Cale fez foi fazer com que Ron recrutasse Freesia, a assassina se passando por escultora, assim como outros e criasse uma brigada de informações.

“Toonka do Reino Whipper em breve irá para o Império.”

Cale sabia que o conteúdo do volume cinco chegaria ao fim em breve. Claro, a história mudou de muitas maneiras graças à sua interferência.

Toonka, que já deveria estar em guerra, adiou, enquanto a selva estava rapidamente se unificando sob o governo da rainha Litana.

“Ainda tenho que fazer o que tenho que fazer.”

Cale ainda planejava voltar ao Reino Whipper para lucrar. Havia muitas coisas para fazer quando chegasse lá.

[Entregue o prisioneiro para minha tia. Relate tudo o que acontecer também.]

Cale acenou com a cabeça como se isso fosse óbvio antes de continuar calmamente.

— Sim, senhor. Ah, também estou vendendo mana morta.

[O quê?]

— Há uma grande quantidade, então acho que precisarei vendê-la na Cidade dos Elfos Negros.

[……]

— Não há desconto. Vou vendê-la ao preço de mercado. Também só aceito dinheiro.

Alberu, que estava olhando para Cale incrédulo, lentamente começou a falar com uma expressão séria no rosto.

[Quanto custa?]

— Vou vendê-la a um preço justo, vossa alteza.

Cale concluiu com segurança seu acordo de mana morta, bem como a questão de Balbud com Alberu, que ainda estava cheio de descrença. Eles discutiram tudo por um bom tempo, mas os resultados foram satisfatórios.

Talvez fosse por isso, mas ele não se importava de ter uma longa discussão com a chefe Canaria sobre Balbud mais tarde naquela noite.

Na manhã seguinte, Cale estava na frente do ainda inconsciente Balbud. Cale se sentou em uma cadeira e cruzou as pernas enquanto olhava para ele. Beacrox se aproximou do homem e perguntou.

— Devo acordá-lo, jovem mestre-nim?

— Sim.

Beacrox agarrou o cabelo de Balbud e jogou um balde de água nele. Pendrick e o Cavaleiro Guardião que estavam atrás de Cale perguntaram cautelosamente depois de ver as ações de Beacrox.

— Você vai contar a ele o que vai acontecer? Não seria melhor levá-lo enquanto ainda está inconsciente?

— Não tenho certeza. Acho que será melhor contar a ele pelo menos um pouco.

Pendrick parou de falar depois de ouvir a resposta relaxada de Cale. Balbud estava gemendo quando começou a cair em si. A água fria fez seu trabalho em acordá-lo. Cale se levantou e deu um passo para trás enquanto observava silenciosamente.

Lembrou-se da conversa que teve com a Chefe Canaria na noite passada.

“Jovem mestre-nim, o reino não saberia sobre nossa vila se trabalhássemos com o príncipe herdeiro?”

“Uma das condições para o príncipe herdeiro será manter esta vila em segredo. Além disso, não é difícil sozinha? Nenhuma das outras vilas élficas irá ajudá-la. Eles vão se concentrar apenas em proteger seu próprio galho da Árvore do Mundo, especialmente se você explicar o que aconteceu.”

Pendrick ficou chocado com o que Cale havia dito. Cale estava ciente do fato de que os Elfos eram egoístas e não tinham noção de relações raciais. Pendrick notou Balbud abrindo os olhos e olhando para Cale enquanto fechava a boca.

—Ugh, que diabos—

A voz de Balbud estava péssima, graças ao veneno do outro dia. Cale começou a sorrir para Balbud, que mal conseguiu perceber o que estava acontecendo.

Balbud mordeu os lábios e olhou para Cale.

— Não gosto desse seu olhar.

Cale parecia muito calmo enquanto franzia a testa diante do olhar de Balbud. Essa calma deixou Balbud ainda mais ansioso quando começou a falar.

— O-O que você fez comigo?

— Nada ainda. Mas há muito planejado a partir de agora.

A frase ‘a partir de agora’ fez os ombros de Balbud tremerem levemente. No entanto, o homem olhando para ele, Cale, continuou a falar em seu tom casual.

— Você vai deixar esta Vila dos Elfos comigo. Sua vida estará em minhas mãos.

Pendrick, que estava atrás de Cale, fez contato visual com o Cavaleiro Guardião. Ele não sabia que Cale compartilharia tais detalhes com o prisioneiro. No entanto, as próximas palavras de Cale fizeram Pendrick abruptamente voltar seu olhar para Cale.

— É por isso que vou compartilhar meu itinerário com você.

Cale, que estava sentado mais uma vez, descruzou as pernas e abaixou a cabeça para fazer contato visual com Balbud.

— Qual você acha que é a raça mais forte depois dos Dragões? Hein? Adivinhe.

“Raça mais forte depois dos Dragões?”

Cale viu as pupilas de Balbud começarem a tremer. Ele podia ver seu rosto sorridente nos olhos de Balbud.

“Caramba, você fica tão legal quando sorri.”

Após aquele momento de reflexão narcisista, Cale percebeu que o rosto de Balbud estava cheio de caos e medo enquanto continuava a falar.

— Pretendo me encontrar com a tribo das Baleias.

“A mesma tribo de Baleias que odeia a organização secreta e quer matar todos vocês.”

— Na verdade, vou me encontrar com a realeza da tribo das Baleias.

Cale ouviu o relato de Raon enquanto olhava para o rosto pálido de Balbud.

“Humano, este espadachim não possui nenhum tipo de magia de vigilância nele. Aquele dispositivo da última vez era o único.”

Isso significava que nada do que Cale dissesse vazaria para a organização secreta.

— Depois disso, pretendo ir ao encontro de um dragão. Você sabe sobre dragões, certo?

A escuridão desceu sobre o rosto de Balbud. Ele claramente se lembrava de Cale dizendo que iriam se mover juntos. Cale parou de sorrir enquanto continuava.

— Eles são bastante famosos por serem egoístas e violentos.

A voz chocada de Raon disparou na cabeça de Cale.

“E-Ei! Nada a ver!”

— Claro, existem alguns Dragões que não são assim.

“Isso mesmo! Eu sou um dragão muito bom que gosta de salvar as coisas!”

Cale segurou o suspiro com a resposta de Raon antes de fazer contato visual com Balbud, que o encarava ferozmente.

— Este é um Dragão Ancião que aprecia bastante a Árvore do Mundo e os Elfos.

Cale se levantou da cadeira. Balbud, que estava ficando pálido por vários motivos, podia ver Cale olhando para ele com uma expressão gentil. Cale arrumou suas roupas antes de dizer uma última coisa para Balbud.

— Estou ansioso para isso.

As próximas palavras foram dirigidas a Beacrox.

— Cubra os olhos dele e deixe-o inconsciente.

— Devo paralisá-lo também?

— Sim.

Os olhos de Balbud foram lentamente cobertos com um pano preto. Balbud refletiu se deveria se debater ou gritar, no entanto, o olhar indiferente de Cale o fez ficar parado. Ele não podia mais morrer por vontade própria. Podia ouvir o torturador perguntando outra coisa a Cale assim que terminou de colocar a venda nos olhos.

— Que tal uma mordaça?

— Isso também.

— Sim, senhor.

— Você cuida de tudo. Apenas certifique-se de que ele não possa se matar, mas que também não esteja relaxado. Não exagere. Entendido?

— Sim, senhor.

Uma mordaça foi colocada dentro da boca de Balbud. Cale espiou Beacrox cuidando do homem enquanto se virava.

— Vamos lá?

Pendrick e o Cavaleiro Guardião acenaram lentamente com a cabeça para a pergunta casual de Cale. Os dois Elfos olhavam para ele como se fosse um alienígena, mas Cale apenas deu de ombros.

Tudo o que fez foi assustar Balbud o suficiente para que pudesse ter uma jornada tranquila até que se encontrassem com a tia de Alberu, a Elfa Negra, Tasha.

Além disso, não era como se estivesse mentindo.

Cale perguntou a Pendrick, que estava ali com uma expressão vazia, até que fizeram contato visual.

— Você fez as malas?

— Sim, senhor.

— Então acho que podemos ir.

O verdadeiro novo membro do grupo de Cale era Pendrick, não Balbud.

No entanto, havia pessoas impedindo o grupo de Cale de sair. Eram os outros Elfos da vila que Cale conseguiu evitar durante sua estadia.

— V-Você realmente tem a proteção de um Dragão-nim?

Oooooong—

Os Elementais semitransparentes estavam causando tumulto enquanto voavam na frente dos olhos de Cale.

Cale olhou para quem lhe fez a pergunta.

Havia muitos outros atrás daquele Elfo com a mesma expressão cheia de expectativa.

“Que saco.”

Cale podia sentir uma dor de cabeça se formando.