O grupo caiu em silêncio.
A Orca, Archie, e a Baleia mestiça, Paseton, pareciam estar sem palavras, enquanto Rosalyn e Choi Han pareciam estar contemplando algo.
A gata prateada On evitou o olhar de Cale com uma expressão que parecia dizer que ela esperava o mesmo dele.
No entanto, Cale não teve tempo de prestar atenção a esse silêncio, pois havia uma voz alta ecoando em sua mente.
“Humano! Você realmente é nosso humano! Não podemos deixar que as pessoas se machuquem durante nosso show de fogos de artifício!”
Raon parecia muito animado. Como poderia existir uma criança de seis anos tão perversa? Cale balançou a cabeça e olhou para Choi Han e Rosalyn.
Choi Han olhou calmamente para Cale antes de começar a falar.
— O que preciso fazer?
Choi Han ouviu o que Cale disse.
“Não queremos machucar ninguém.”
Choi Han não hesitou, porque Cale sempre pensava assim, mesmo quando agia como um vilão.
— Vamos descobrir juntos.
Ele então sorriu com a resposta de Cale. Juntos. Para alguém como Choi Han, que viveu dezenas de anos na solidão para sobreviver, uma palavra como ‘juntos’ era sempre agradável de ouvir.
Cale então fez contato visual com Rosalyn, que também estava sorrindo.
— Parece um plano muito eficaz e o momento perfeito para fazê-lo.
— Eu sabia que você diria isso, senhorita Rosalyn.
As duas baleias pareciam ainda mais confusas, mas Cale não se importou ao dar uma ordem a Paseton.
— Paseton, vamos arrumar um lugar para ficar primeiro.
— Ah, sim, senhor!
— Então vamos passear ao redor do lago.
Lago.
Essa palavra fez Paseton engolir em seco enquanto guiava o grupo de Cale para a capital do Reino de Paerun.
As pessoas não podiam deixar de espiá-los.
O grupo deles usava túnicas típicas de viajantes que tornavam difícil ver seus rostos. Isso não era estranho.
No entanto, havia alguém que esses viajantes vestidos estavam cercando como se o estivessem protegendo.
O sacerdote de cabelos brancos era quem as pessoas estavam olhando.
Cale sentiu seus olhares e começou a sorrir.
“Você está sorrindo daquele jeito de novo, mesmo não falando com o príncipe herdeiro!”
Quanto ao comentário de Raon, ele apenas o ignorou como sempre.
Croc, croc.
Seus passos eram calmos enquanto caminhava pela neve. Cale olhou em volta.
Ele não viu muitas pessoas. As pessoas que passavam por eles de vez em quando conversavam em voz baixa, mas todos pareciam felizes.
Era tranquilo, mas não solene.
Cale caminhava casualmente como se estivesse passeando pelo parque. Raon começou a falar em sua mente.
“Humano, tem muitos soldados patrulhando além dos guardas na entrada!”
Ele é muito bom em fazer coisas sem ser mandado hoje em dia.
Cale estava satisfeito com Raon, que estava tomando a iniciativa de fazer as coisas agora que era um ano mais velho. Choi Han se aproximou dele e sussurrou em seu ouvido.
— Eles disseram que não podemos ir para a parte norte do lago, porque estão se preparando para a oferenda, mas devemos forçar nossa entrada em qualquer lugar se quisermos.
Choi Han era bom em relatar as coisas agora também.
Cale estava muito satisfeito com o crescimento de Raon e Choi Han.
O Dragão Negro que costumava deixar javalis para ele e o menino que o seguia em busca de comida cresceram muito. Cale olhou para frente com o coração orgulhoso.
Pat. Pat.
Hong deu uns tapinhas em seu braço. Ele apontou para a frente com as patas assim que Cale olhou para baixo. Hong parecia estar chocado.
— Miaaaaaaaaaau!
Hong miou e perguntou com o olhar, pois não podia dizer nada agora.
“Você não disse que este é o lugar que vamos incendiar?”
Cale rapidamente entendeu o que Hong estava tentando dizer.
— Sim, este é o lugar.
A gata, On, e Rosalyn, que olhavam para Cale, não conseguiram dizer nada. Rosalyn virou a cabeça. Ela podia ver as duas baleias que ficaram sem palavras por um tempo.
Rosalyn entendeu o que eles estavam pensando.
“É tão grande…”
Ela podia ver o lago das Lágrimas de Deus à sua frente.
O fundo do lago completamente seco estava cheio de rachaduras. Ela se aproximou lentamente de Cale.
O canto norte da capital do Reino de Paerun.
O grande lago aparecia assim que você seguia o caminho largo da praça.
O tamanho daquele lago seco fazia com que todos parassem por um momento ao chegar.
Rosalyn perguntou cautelosamente a Cale.
— Jovem mestre Cale, isso não é quase um terço da cidade de Bago?
— Parece que sim. É menor do que eu esperava.
“Menor?”
Rosalyn se encolheu, mas Cale não se importou quando colocou On e Hong no chão e começou a andar seguindo a margem do lago.
— Vamos nos separar e apreciar a vista antes de nos reunirmos novamente.
Cale disse essa declaração antes de se afastar das outras pessoas. Apenas o invisível Raon estava com ele.
Lágrimas de Deus.
Cale havia feito muitas pesquisas sobre esse lago.
Havia um templo e um altar na parte norte do lago. Aquele local seria fechado para o festival, mas o restante do lago permaneceria aberto.
Cale dirigiu-se para um local com poucas pessoas e parou em frente a uma placa de informações.
<Lágrimas de Deus>
<Existe uma lenda sobre este lago. Um deus sentiu pena do Reino de Paerun que estava sempre congelado e criou este lago que não congelava.>
<Os humanos inicialmente comemoraram por causa deste lago que não podia congelar. No entanto, rapidamente começaram a se tornar gananciosos por mais e, eventualmente, cobiçaram algo que não deveriam ter tocado. Isso fez o deus derramar algumas lágrimas enquanto tirava a água do lago.>
Cale ficou lá e continuou a ler.
<Os humanos finalmente perceberam sua ganância e protegeram o lago. Eles continuam a rezar para que esse deus mais uma vez abençoe o lago com água.>
Cale ficou curioso depois de ler essa informação que já conhecia.
“Quem é esse?”
“Que deus é esse?’
Cale ficava curioso cada vez que lia.
<Quando a água retorna ao lago é o momento em que o deus retorna do sul.>
— O sul.
Cale concentrou-se na palavra ‘sul’ e virou a cabeça. Ele então ficou ansioso.
“Humano, por que você parece tão surpreso?”
Raon chamou Cale em estado de choque, mas Cale rapidamente desviou o olhar e começou a pensar.
“Por que aquele desgraçado está aqui?”
Cale rapidamente relembrou as informações de ‘O Nascimento de um Herói’.
<Clopeh olhou para o cabelo branco que era um símbolo de sua família e firmou sua decisão de tornar a lenda realidade.>
Havia um homem de cabelos brancos olhando para o fundo do lago seco. Cale olhou para ele e confirmou seus pensamentos. Ao mesmo tempo, relembrou mais algumas informações de ‘O Nascimento de um Herói’.
<A Brigada dos Cavaleiros Wyvern. Ele tornaria essa lenda uma realidade. Clopeh, o sucessor da casa do Cavaleiro Guardião Sekka, havia se decidido.>
Clopeh Sekka.
O Cavaleiro Guardião do Reino de Paerun.
O líder da Brigada dos Cavaleiros Wyvern.
O ponto focal da Aliança do Norte.
— Uau…
Cale não pôde deixar de ficar chocado.
“Nunca esperei ver o Cavaleiro Guardião Clopeh aqui.”
Ele não esperava isso.
No entanto, era realmente uma coisa boa ele estar ali.
“Humano, você está chocado por causa daquele humano ali? Hmm, ele é realmente um pouco forte.”
“Um pouco forte?”
Cale se encolheu com a avaliação de Raon.
Clopeh. Ele havia aparecido nos primeiros cinco volumes de ‘O Nascimento de um Herói’, ainda menos que o Príncipe Imperial Adin. Era por isso que Cale não tinha muitas informações sobre ele.
Tinha uma informação útil, mas nada além disso.
“Ele é tão forte quanto Mary.”
“Ele é tão forte quanto a necromante Mary?”
Mary estava entre Choi Han e Rosalyn em força. Isso significava que o Cavaleiro Guardião Clopeh era muito forte.
“Humano, Choi Han está vindo!”
Cale virou a cabeça.
Choi Han estava caminhando em direção a eles com uma expressão rígida. Ele provavelmente notou a força de Clopeh e estava andando até ali por precaução.
Cale acenou com a mão e Choi Han parou de andar. Cale disse a Choi Han para manter sua posição enquanto começava a andar lentamente.
Ele estava naturalmente caminhando em direção a Clopeh.
“Humano! Há dois ou três cavaleiros ao redor daquele cavaleiro de cabelos brancos.”
Cale relembrou as informações de ‘O Nascimento de um Herói’, enquanto ouvia Raon, o maravilhoso detector de perigo.
<Clopeh acreditava na lenda. Ele era do tipo que acreditava em lendas, fábulas e superstições.>
Os cantos dos lábios de Cale tremiam.
Por que veio aqui com cabelos brancos e vestindo uma túnica de sacerdote?
Por que estava planejando criar um pilar de fogo no lago das Lágrimas de Deus e chamando isso de fúria de deus?
“Humano, você está sorrindo demais como uma boa pessoa. Não, mas você é uma boa pessoa!”
Cale ouviu a voz caótica de Raon como se fosse música de fundo enquanto olhava para o lago com um sorriso.
Shaaaaaaa—
Clopeh Sekka. Ele colocou o cabelo para trás depois de sentir a brisa suave, mas fria do inverno, antes de se virar na direção do vento.
Porque sentiu alguém parado ali.
“É um dos nossos cidadãos?”
Ele acreditava que a pessoa que estava ali era um dos cidadãos que vieram ali para o festival.
Clopeh não se revelou por um tempo.
Sua hora de se revelar novamente era quando a Brigada dos Cavaleiros Wyvern tornaria sua presença conhecida no mundo. O Reino Paerun seguiria em direção a portos e terras descongelados naquele momento.
No entanto, não escondeu seus cabelos brancos. Isso porque era o símbolo da casa do Cavaleiro Guardião Sekka do qual era extremamente orgulhoso.
Era por isso que havia cidadãos que vinham até ele de vez em quando.
A casa do Cavaleiro Guardião era um forte escudo e lança para os cidadãos.
O deus deixou cair uma gota d’água enquanto recolhia a água do lago.
Essa gota d’água caiu sobre uma pessoa e o cabelo dessa pessoa ficou branco. Dizem que ele se tornou um cavaleiro e protegeu as terras do norte da escuridão.
Ele era conhecido como a pessoa que recebeu a vontade do deus.
Clopeh acreditava que era descendente dessa pessoa.
Por isso que os olhos de Clopeh se arregalaram quando virou a cabeça.
Ele viu outra pessoa com cabelos brancos.
Além disso, viu uma túnica de sacerdote que era branca como a neve. Embora não houvesse nenhum símbolo no manto para mostrar a qual deus o sacerdote servia, sentiu uma aura que tornava difícil abordá-lo facilmente.
Swoooooooosh—
O vento passou por aquele sacerdote de cabelos brancos.
Ele murmurou para si mesmo como se não tivesse notado o olhar de Clopeh.
— Serei capaz de vê-lo se for para o sul?
Clopeh se encolheu.
Essas palavras perfuraram seu coração.
<Quando a água voltar ao lago. Esse é o momento em que o deus retorna do sul.>
Ele se lembrou das declarações escritas no templo e também no quadro de informações.
Aquele sacerdote estava pensando no deus que foi para o sul?
Cavaleiro Guardião Clopeh. Ele logo seguiria para o sul.
Procurou assumir o controle de terras, mares e lagos descongelados para transformar o atual Reino de Paerun em uma lenda.
“Quem é esse? Quem é essa pessoa formidável?”
Clopeh começou a caminhar lentamente em direção ao sacerdote de cabelos brancos.
Cale ouviu um farfalhar, assim como a voz de alguém.
— Você poderá encontrá-lo no sul.
“Te peguei.”
Cale tirou o sorriso malicioso do rosto e lentamente virou a cabeça.
Clopeh começou a se sentir estranho depois de ver Cale parecendo extremamente calmo, mesmo depois de ver seu cabelo branco.
Clopeh pensou que, embora essa pessoa não fosse forte, havia uma fonte inexplicável de pressão vindo dela.
O sacerdote começou a falar.
— O estimado deus reuniu seu presente para os humanos e partiu por causa da ganância humana. Ele nunca ficou zangado com eles e, em vez disso, apenas chorou lágrimas de tristeza. Eu me pergunto o que ele estav—
O sacerdote parou de falar por um momento.
Então olhou para o lago com uma expressão triste.
— Me pergunto como ele estava se sentindo. Me pergunto o quão triste ele estava naquele momento.
— Você é alguém que serve a um deus?
O olhar sincero de Clopeh foi direcionado para Cale.
Clopeh era como um cavaleiro tradicional de uma novel de fantasia com cabelos brancos e uma aparência bonita.
“Isso está me deixando louco.”
No entanto, Cale não se importava com isso.
Swoooooooosh—
O vento começou a soprar novamente e criou uma atmosfera misteriosa entre Cale e Clopeh.
No entanto, Cale ficou ansioso depois de sentir o som do vento que o fez parar de falar.
“Por que você está se agitando olhando para esse maldito?”
O Som do Vento. O ladrão que roubou um item divino estava ficando agitado enquanto olhava para o Cavaleiro Guardião, Clopeh.
“Ele tem as Lágrimas de Deus? Ou talvez seja na casa dele? Será que roubo?”
Clopeh perguntou mais uma vez enquanto Cale pensava no que fazer.
— Você não pode me dizer a qual deus você serve?
Porém, Cale estava sendo perturbado pelo Som do Vento que estava agitado, assim como a Super Rocha.
-Você está tentando se sacrificar?
Ele teve que acalmar essa colaboração entre os dois poderes antigos, então apenas disse o que lhe veio à mente.
Clopeh não pôde deixar de se encolher ao ver o olhar do sacerdote subitamente endurecer. Ele começou a falar naquele momento.
— Tudo ficará visível no devido tempo.
A boca de Cale sempre sabia a coisa certa a dizer.
Plop, plop.
O vento estava ficando forte o suficiente para agitar as mangas do sacerdote. Clopeh olhou para o farfalhar das árvores antes de sentir as maravilhas desse vento que ficava mais forte.
— Rezo para que o lago volte a encher logo.
Clopeh podia ver os olhos do sacerdote.
Em vez de rezar por isso, ele parecia ter certeza disso.
Boom! Boom!
O coração de Clopeh começou a bater mais forte.
O lago vai voltar a se encher.
Isso era um sinal.
Um sinal de que a lenda iria recomeçar.
Claro, Cale estava planejando encher o lago com uma coluna de fogo em vez de água.
Clopeh sentiu como se precisasse fazer essa pergunta naquele momento.
— Quem é você?
Ele sentiu como se precisasse saber a identidade dessa pessoa.
Nesse momento, Clopeh viu o sacerdote apontando para o fundo do lago seco.
“Talvez?”
Clopeh estava cheio de um sentimento desconhecido.
Essa pessoa tinha um carisma que nem o rei tinha. O sacerdote sorriu misteriosamente ao passar por Clopeh e respondeu.
— Apenas um andarilho de passagem.
Embora ele definitivamente não parecesse um andarilho, Cale respondeu dessa forma antes de ir embora.
Clopeh apenas observou Cale ir embora, sem expressão.
“Humano, ele está olhando para você.”
Cale ouviu o relato de Raon e começou a pensar.
Eu coloquei a isca.
Ele então sussurrou baixinho para que apenas Raon pudesse ouvi-lo.
— Raon, diga aos outros para não se aproximarem de mim.
“Tudo bem. Mas eu ainda estarei ao seu lado.”
— E pergunte a Paseton onde fica a residência do duque Sekka.
A voz inocente de Raon ecoou em sua mente.
“Humano, vamos saquear lá depois?”
“Ele definitivamente ficou mais esperto.”
Cale acenou com a cabeça com satisfação enquanto respondia.
— Vamos dar uma olhada primeiro.
O louco apareceu 😐
Que comece o Calenismo
O início da Lenda do Clopeh JJJJJJJJKKKKKK 😍 que grata surpresa ele vai ter
cale nosso próprio jesus cristo andando com ladrões, assassinos, mendigos, animais e crianças 🙏
Namoral Esse comentário ficou muito bom kkkkkk
Padre Cale em ação
Cale estava se sentindo muito satisfeito com o crescimento de Raon e Choi Han.
Cale pai de familia
Ta na hora do roubo kkkk
Qualquer sinal: a
Cale: hora do saque
Vish mais um inimigo foi fisgado pelo falso carisma do Cale
((PR: Eu nem consigo ler os lábios, mas o jovem mestre Silver Light pode entender os animais!)
Kkkk,o cale tem tanta afinidade com feras,que já consegue entender-las.