Trash of the Count’s Family – Capítulo 331

O Dragão de Ossos Brancos estava lentamente se revelando no céu noturno.

— D-Dragão—

O Cavaleiro Gato, Sir Rex, olhou para Cale em choque.

“São realmente os ossos de um dragão? Onde você encontrou os ossos de um dragão?”

Ele não tinha ouvido falar sobre isso.

Claro, também tinha visto a filmagem do Dragão de Ossos durante a batalha no território Henituse, no entanto, era um Dragão de Ossos Negros.

Além disso, aquele Dragão foi destruído.

“Ele tinha outro conjunto de ossos de dragão?”

Cale observou o olhar chocado de Rex por um momento antes de se virar. Ele podia ver os cidadãos ansiosos e chocados do Império.

E ouviu a voz de Raon naquele momento.

“É falso! Todo mundo está ficando chocado com essa farsa!”

“Pois é, né?”

Os cantos dos lábios de Cale subiram sob o capuz.

Estes eram todos ossos de wyvern.

No entanto, foram montados como um dragão por Mary, que tinha o maior conhecimento do mundo sobre ossos e corpos e havia controlado um conjunto de verdadeiros ossos de dragão no passado.

Por isso que parecia um dragão para todos.

Essa era a parte importante.

— Ha, haha—

Sir Bernard, não, o Mestre do Campanário Bernard, começou a rir.

— Que divertido.

As únicas coisas em que ele estava se concentrando agora eram as coisas brancas à sua frente: a necromante de manto branco, o Dragão de Ossos Brancos, os sacerdotes, os wyverns e os Cavaleiros Sagrados.

Seu olhar voltou-se para Mary no final.

— Você ficou um pouco mais forte do que da última vez.

“O quê?”

A expressão de Cale ficou estranha.

Mary absorveu uma quantidade significativa de mana morta na Seção sete e ficou mais forte.

Ela era forte o suficiente para derrotar Choi Han seis em cada dez vezes.

Mas ficar tão mais forte era apenas ficar ‘um pouco’ mais forte?

Ele ouviu a resposta de Mary.

— Estou ciente disso. Fiquei um pouco mais forte.

Cale começou a franzir a testa.

A própria Mary estava se referindo ao seu crescimento como ‘um pouco’. Seu olhar estava direcionado para o Mestre do Campanário Bernard.

— É só um pouquinho comparado a você.

As pessoas olharam para o céu naquele momento.

Screeeech—

O Dragão de Ossos Brancos começou a mover suas asas.

— Porém, eu serei a vencedora.

A voz confiante de Mary chegou aos ouvidos de Bernard. O Mestre do Campanário começou a rir enquanto respondia.

— Hahaha, haha— Esses necromantes são sempre, haha—

Então parou de rir.

— Que idiotas.

Ele se lembrou da última necromante, a Rainha da Morte, de muito tempo atrás.

Os cantos dos lábios de Bernard começaram a torcer.

Necromantes eram mais fracos que magos negros.

Essa era a verdade.

No entanto, houve alguém que destruiu essa verdade e proclamou que precisava ser criado um lugar para formas de vida com o atributo trevas viverem.

Ela estava viajando sozinha pelo continente ocidental e alcançando diferentes raças com o atributo trevas, enquanto dizia que a escuridão também fazia parte da natureza.

Ela se movia abertamente pelo continente ocidental enquanto dizia às pessoas para se misturarem com o mundo e não viverem escondidas.

—Bernard, você precisa liderar o caminho para os magos negros. Venha comigo. Tenho certeza de que também existe uma maneira da magia negra se misturar com a natureza.

—Há uma razão para tudo o que existe no mundo. Tem que haver uma maneira da magia negra não ser má.

Ela havia dito isso a ele com seu rosto velho e enrugado, coberto de nojentas veias negras semelhantes a teias de aranha.

Seu corpo estava extremamente magro por ter vivido com dor durante toda a sua vida e suas costas estavam curvadas para a frente devido a todos os tipos de doenças diferentes.

A Rainha da Morte era provavelmente a pessoa de aparência mais miserável do mundo.

Aquela velha maltrapilha disse o seguinte.

—Bernard, volte para a natureza depois de cuidar de tudo isso.

—Vamos nos livrar da sua obsessão pela vida agora.

Bernard pôde ver Hannah, que estava coberta pelas mesmas veias negras, gritando para ele.

— Você não apenas se tornou um Lich, mas também quer controlar as pessoas agora?!

Ele também ouviu a voz da Rainha da Morte em sua mente.

—Livre-se da sua obsessão. Pare de viver como um Lich. Dê a si mesmo os meios para acabar com sua vida em seus próprios termos. Caso contrário, terei que matá-lo eu mesma, Bernard.

Bernard começou a sorrir antes de se transformar em uma gargalhada alta.

— Hahahaha—!

No final, a última necromante que alegou poder derrotar os magos negros morreu.

Quem viveu foi o próprio Bernard.

Os vivos são os vitoriosos.

O Mestre do Campanário Bernard ergueu lentamente a mão.

Baaaaang!

A aura negra e dourada colidiu com o orbe de mana negro de Bernard e causou uma explosão.

Bernard afastou facilmente a aura de Hannah antes de zombar da pessoa que o atacou.

— Você parece estar com raiva.

Bernard estava nervoso com o ataque furtivo de Hannah agora há pouco, no entanto, não havia necessidade de ficar nervoso com qualquer confronto frontal.

— Por que está zangada?

O Mestre do Campanário Bernard olhou para Hannah, que estava respirando pesadamente e olhando para ele.

— Você realmente não sabe por quê?

Seus olhos furiosos passaram de Bernard para as pessoas reunidas atrás dele.

Essas pessoas que estavam se reunindo no exército de Bernard tinham olhos roxos e nenhuma emoção visível em seus rostos, como se tivessem perdido todo o livre arbítrio.

Eles estavam sendo controlados.

Estavam sendo usados.

Essa era uma das coisas que Hannah mais odiava.

Ela teve que viver uma vida falsa quando era mais jovem, porque foi usada pela Igreja do Deus Sol e pelo Papa.

Ela foi então enganada pelo Arm e esfaqueada pelas costas.

— Posso ser uma pessoa má, porém…

Screeech, screeech.

Os braços de Hannah caíram sem qualquer força. Sua espada estava arrastando no chão.

O irmão dela e o grupo de Cale eram todos boas pessoas.

No entanto, ela era uma pessoa má.

Não, ela estava além do mal, era uma pessoa terrível.

Ela era má.

— Não. Não sou apenas má, sou extremamente terrível.

Screeeeech—

A espada moveu-se rapidamente pelo chão.

A espada de Hannah balançou mais uma vez.

— É por isso que só me sinto bem quando desgraçados como você morrem!

Sua aura colidiu com a mana morta e causou outra explosão.

Baaaaaang—

Ela ouviu a voz de Bernard enquanto a poeira da explosão cobria a área.

— Às vezes, o lado com menos pessoas pode vencer uma batalha se tiver indivíduos mais fortes.

Mary teve um mau pressentimento e fez uma aura negra vagar por seus dedos.

Hannah se aproximou de Mary e colocou um pouco de força em seus pés.

Foi naquele momento.

Bang! Bang! Bang!

Eles ouviram alguns barulhos.

Era o som de algumas coisas batendo umas nas outras e quebrando.

— Merda!

Cale virou a cabeça e começou a franzir a testa.

Ele olhou para a entrada principal aberta do Campanário dos Alquimistas.

Ele pôde ver Tasha chocada, os Elfos Negros e Choi Han parados ali.

Havia outras pessoas também.

Havia magos negros que estavam amarrados, alquimistas que não haviam se tornado magos negros e até mesmo pessoas responsáveis por tarefas estranhas dentro do Campanário dos Alquimistas.

E por último, havia as pessoas que foram sequestradas e trazidas para o Império como escravas.

Ele podia ver todo mundo.

— Uuuuuuuuuugh.

— Ugh!

Todos tinham olhos roxos e se debatiam na tentativa de sair Campanário, mesmo enquanto os Elfos Negros tentavam segurá-los.

Alguns deles nem se importaram com o fato de seus braços serem torcidos de maneira estranha pelos Elfos Negros que os seguravam.

Eles queriam sair e seguir em direção ao Mestre do Campanário Bernard.

Fariam qualquer coisa para chegar até ele.

— Isso é…! Essas pessoas parecem estar sendo controladas também!

Cale podia ouvir a voz ansiosa de Rex.

Ele também ouviu a voz de Bernard ao mesmo tempo.

— No entanto, existe uma maneira de derrotar o lado menor com os indivíduos fortes.

Eles puderam ver Bernard novamente enquanto a explosão diminuía e a nuvem de poeira se dispersava.

Bernard estava sorrindo para Cale. Era um lindo sorriso que parecia sair direto de uma pintura.

— Você só precisa se tornar cruel e malvado. É difícil vencer uma batalha quando você está tentando ser bom.

Foi naquele momento.

“Humano!”

“Cale! É uma presença grande.”

Foi o momento em que ele ouviu dois Dragões falando em sua mente.

— Coff!

A pessoa que estava ao lado do Mestre do Campanário Bernard começou a se sufocar com as duas mãos. Era a pessoa que fingia ser o Mestre, a pessoa que chamava Bernard de seu mestre.

Bernard começou a rir enquanto as pessoas olhavam para ele por causa da situação repentina.

— Eles podem até se matar quando os controlo.

Foi naquele momento.

— N-Nãããããão!

As pessoas viraram a cabeça em direção ao grito desesperado.

— P-Pai!

Um dos cavaleiros que se dirigia a Bernard depois de impedir que os cidadãos deixassem a capital arrastava uma criança pelo pulso.

— Cavaleiro-nim! Não! Você pode, ugh!

O pai da criança, que tentava impedir o cavaleiro, foi empurrado pelo cavaleiro. Enquanto todos ficaram ansiosos com esse desenvolvimento repentino…

— Pessoas que eu controlo podem até matar pessoas inocentes sem problemas.

Bernard riu enquanto continuava a falar.

— Eu não ataco os fortes. Eu ataco os inocentes. Essa é a maneira de derrotar as pessoas estupidamente boas e fortes.

— Ugh! Coff!

Bernard acariciou gentilmente a cabeça de seu discípulo moribundo.

— Este não é um ótimo método de destruição?

Apenas matar não contaria como destruição.

Destruição era observar a mente de uma pessoa desaparecendo de dor.

Essa era a única maneira da mana morta que fluía deles ficar cheia de desespero.

Seria benéfico para seu soberano.

— E então?

Bernard olhou para os indivíduos fortes que estavam congelados.

Foi naquele momento.

— É um absurdo total. Meus ouvidos ficaram sujos de ouvir essas bobagens.

“O quê?”

Foi o momento em que a voz mecânica e rígida de Mary respondeu.

Clang!

— Ugh! Ugh!

Algo branco voou pelo ar e bateu na armadura do cavaleiro.

— Papai!

— Ah, ah—

O pai estava tremendo enquanto corria em direção à criança e a abraçava.

Ele podia ver o cavaleiro de olhos negros se dirigindo novamente para seu filho.

Bang!

No entanto, ele foi bloqueado.

— Sam!

— Heh, chefe.

O pai da criança, que era um lojista, pôde ver Sam, seu empregado da favela, defendendo-se do cavaleiro com um pequeno escudo.

Um dos moradores da favela pegou algo que estava rolando no chão e jogou.

Clack!

Alguém pegou esse item.

Era um escudo.

Era um grande escudo prateado.

A pessoa que segurava o escudo começou a gritar.

— Protejam os cidadãos do Império!

As pessoas da favela com malas rapidamente tiraram pequenos escudos ao ouvir o grito de Rex.

Esta era a única ‘arma’ em suas malas.

Rex gritou mais uma vez.

— Todos, fujam!

Os olhos de Rex se voltaram para Cale.

Rex fez contato visual com os olhos de Cale que estavam escondidos sob o manto.

Proteção.

Essa era a tarefa de Rex e seus amigos.

— Estou indo.

Outra pessoa começou a gritar quando Rex passou correndo por Cale e disse que estava se movendo para fazer seu trabalho.

— Protejam o Sir Rex!

A mulher de meia-idade vestindo o manto branco de sacerdotisa tirou o capuz e sacou algumas armas das mangas enquanto gritava.

— Seu maluco, você se atreve a fazer mal às crianças?

Esta era Freesia, a líder da rede de informação de Cale.

A assassina que matou seu ex-líder, que lhe dissera para sequestrar uma criança no passado, começou a se afastar da praça com seus subordinados.

— Torne todos os cavaleiros incapazes de lutar!

— Sim, senhora!

Todos os assassinos que fingiam ser sacerdotes começaram a se mover.

Os escudos e as armas da operação começaram a se movimentar para cumprir suas funções.

“Humano!”

— Eu sei.

Cale começou a falar depois de pensar nas funções restantes.

— Santo-nim.

Cale deu um tapinha no ombro de Jack, que murmurava constantemente ‘purifique, purifique’. Ele olhou para as pupilas trêmulas de Jack e começou a falar.

— As pessoas aqui estão todas determinadas. Eles também são extremamente fortes. São fortes o suficiente para garantir que os inocentes não sejam feridos.

— Ah.

Jack soltou um suspiro.

Ele podia ver as pessoas passando por Cale e por ele próprio.

Choi Han e os Elfos Negros.

Essas pessoas que usavam túnicas brancas estavam saindo da escuridão dentro do Campanário dos Alquimistas.

Jack ouviu alguém rir também.

— Pwahahahaha, bom? Quem é bom?

A pessoa estava rindo com os ombros subindo e descendo como loucos.

“Minha pequena irmã.”

Jack podia ver sua irmã mais nova, Hannah.

Hannah, cujos olhos estavam cheios de raiva, continuou a falar.

— Bom? Você acha que sou uma boa pessoa? Pwaha, hahahahaha!

Ela começou a rir novamente enquanto acrescentava.

— Bernard, tudo isso não vai acabar se te matarmos?

Tudo isso acabaria se eles matassem a pessoa que controlava os outros.

Hannah continuou a rir enquanto fazia uma pergunta casualmente.

— Ele é meu, certo?

A pessoa ao lado dela respondeu de volta.

— Exatamente.

Era uma voz rígida e mecânica.

Porém, era a voz da pessoa que melhor conhecia Hannah depois do Santo Jack.

Era Mary quem tinha que enfrentar a mesma dor pelo resto da vida. Sua voz calma chegou aos ouvidos de Hannah.

“Isso dói.”

Hannah estava sofrendo com pequenas dores em todo o corpo.

Ela ainda colocou um pouco de força nos pés enquanto comentava com Mary.

— Eu realmente gosto mais do Dragão de Ossos Brancos do que do preto.

Ela então começou a correr.

Seus pés saíram do chão em um momento.

Ela pulou no ar.

Seus pés logo encontraram um lugar para pousar.

Era a cabeça do Dragão de Ossos Brancos.

Hannah pousou na cabeça do Dragão de Ossos Brancos ao dar a ordem.

— Vamos.

Os wyverns de ossos brancos e os Cavaleiros Sagrados seguiram atrás de Hannah no ar.

Choi Han e os Elfos Negros passaram correndo por Mary em direção a Bernard no chão.

Cale começou a falar com o Santo Jack novamente.

— Está na hora.

Jack começou a pensar no que precisava fazer.

Ele agora podia sentir o estrondo em seu peito. Havia algo em seu bolso interno que fazia barulho.

Cale sussurrou no ouvido de Jack quando os olhos de Jack pararam de tremer.

— Condene o mal.

O Santo Jack pegou o pequeno espelho compacto que fazia barulho em seu bolso.

O item divino do Deus Sol, a Condenação do Sol.

Estava chorando.