Trash of the Count’s Family – Capítulo 376

Flafla flafla.

Uma folha desmoronou sob os pés de Cale.

— Para que tal lugar realmente exista…

O Rei Mercenário Bud olhou em volta, incrédulo, e não conseguiu esconder seu choque.

O grupo que desceu lentamente com a magia de voo de Raon teve emoções diferentes enquanto olhava ao redor.

— É ainda maior que a Cidade Subterrânea!

— É realmente! Uau! Uau!

On e Hong ficaram de queixo caído enquanto olhavam ao redor.

— Eu esperava que fosse semelhante à Cidade Subterrânea…

Choi Han murmurou enquanto olhava em volta.

A Cidade Subterrânea dos Elfos Negros também tinha muitas árvores. Havia até um rio artificial.

Era tudo graças à magia e aos Elementais.

Choi Han olhou para aquela cidade subterrânea e achou que era uma cidade legal.

Era uma bela cidade onde Elfos Negros e humanos podiam viver juntos.

“Mas este lugar é diferente.”

Esta vila que tinha várias vezes o tamanho da Cidade da Vida poderia ser chamada de natural.

Não dava nenhuma sensação de ter sido criada.

Tudo nesta região cercada por estas grandes falésias por todos os lados parecia natural.

— É livre…

Choi Han acenou com a cabeça ao ouvir a descrição de Bud e ergueu os olhos.

Havia um pequeno orbe que brilhava como o sol no topo daquela grande área subterrânea.

As árvores cresciam livremente embaixo dela.

Flores e outras vegetações também cresciam livremente.

Nem tudo era lindo.

Havia algumas plantas e frutas mortas e apodrecidas.

No entanto, foi isso que fez com que parecesse tão natural.

Choi Han lentamente deu uma volta completa.

Aquele lugar era tranquilo, mas cheio de vida e liberdade.

Paraíso era definitivamente uma palavra adequada para este lugar.

Não parecia o lugar para haver guerras nem nada do tipo.

— Cale-nim.

Choi Han continuou se virando até fazer contato visual com Cale. Ele subconscientemente começou a compartilhar seus sentimentos sobre o lugar.

— Este lugar é lindo.

— Você se sente assim mesmo depois de ver isso aí?

— Perdão…?

No entanto, Choi Han percebeu a expressão rígida de Cale.

Ele olhou para o lugar que Cale apontou.

Cale estava apontando para um local próximo à caverna de onde o grupo acabara de sair.

Choi Han olhou para o penhasco com a caverna.

Sua expressão endureceu depois de olhar para ele.

Ele não percebeu isso quando desceram perto do penhasco.

Tinha acabado de pensar que era um penhasco acidentado.

Porque todos os outros lados do penhasco pareciam normais.

Bud, que também olhou para o penhasco, começou a franzir a testa.

— Isso são letras?

Havia grandes linhas no penhasco.

As linhas pareciam tão claras que pareciam que nunca iriam desaparecer.

— Então…

Bud começou a recuar.

Só um pouco mais longe.

Ele precisava se afastar mais do penhasco.

Seria capaz de dizer o que essas linhas retratavam se recuasse.

— Ah.

Bud deu muitos passos para trás antes de poder ver as palavras escritas no penhasco.

Elas eram escritas na língua comum do continente oriental.

Bud leu as palavras da linha superior.

— Torne-se forte. Então salve o mundo.

Era uma espada.

Ele tinha certeza de que uma espada foi usada para escrever essas palavras no penhasco.

A pessoa que fez isso tinha que ser pelo menos um mestre espadachim.

Não, esqueça se eles poderiam usar aura ou não, essa pessoa era extremamente habilidosa em artes de esgrima.

Bud bebeu um pouco de álcool para molhar a garganta seca.

Não tinha o que fazer.

Abaixo da primeira linha que ele leu…

Havia outras palavras que ele ainda não tinha lido.

— Parece que foram escritas por outra pessoa.

O estilo e a caligrafia das palavras abaixo eram diferentes.

Essas pessoas conseguiam escrever nas falésias com espadas, como se estivessem usando canetas.

Eles precisavam ser extremamente habilidosos para poder fazer isso.

Então olhou para os outros.

Todos conseguiram ler o diretório da Guilda dos Mercenários usando a magia de tradução de Eruhaben.

Eles deveriam ter visto essas palavras também.

No entanto, Bud ainda leu as outras palavras escritas no penhasco.

— Eu governarei o mundo. Não fique ressentido comigo.

A primeira linha.

<Torne-se forte. Então salve o mundo.>

A linha abaixo dela.

<Eu governarei o mundo. Não fique ressentido comigo.>

Bud não sabia quem escreveu a primeira linha.

No entanto, ele sentiu como se pudesse dizer quem escreveu a segunda linha.

— A Estrela Branca.

Ele tinha certeza de que a Estrela Branca, o último Assassino de Dragões, escreveu essas palavras.

Ele provavelmente escreveu para os aldeões pouco antes de destruir o castelo de Sheritt.

— Isso é lindo?

Bud pôde ouvir a voz de desaprovação de Cale.

— Não consigo ouvir pássaros nem insetos. Tudo o que vejo é vegetação, um sol falso e estas falésias sufocantes.

Bud fez contato visual com Cale.

Cale comentou casualmente com uma expressão estóica.

— As pessoas mais fortes do mundo devem ter ficado frustradas por terem que morar aqui.

Ele começou a andar enquanto acrescentava.

— Deve ter parecido uma prisão.

Prisão.

Bud não pôde dizer nada sobre isso.

— O gato comeu sua língua?

— Hã…? Não, eu só—!

Bud coçou a cabeça enquanto olhava para Cale passando por ele.

No entanto, Cale não estava conversando com Bud.

Ele estava falando com o gigante assustador, Cobblestone.

No entanto, não ouviu uma resposta.

Os poderes antigos ficaram quietos desde que ele bloqueou os ataques da Estrela Branca.

Porém, Cale precisava da Super Rocha.

O primeiro Assassino de Dragões que a Super Rocha protegeu. Ele precisava de informações sobre o primeiro Assassino de Dragões.

— Ahem. Cale, em resposta aos seus pensamentos de que este lugar poderia parecer uma prisão… Eu…

— Cale-se.

Cale fez Bud calar a boca.

Bud olhou para Cale com tristeza, mas Cale apenas acenou para Raon.

— Vamos para o centro.

Cale olhou para cima da floresta exuberante.

Ele podia ver um alto edifício de pedra entre as árvores.

Estava cercado por vinhas, mas ainda sabia que era um prédio.

— É onde a vila deveria estar localizada.

Swoooooooosh—

O Som do Vento se reuniu ao redor dos pés de Cale.

Ele deu um pontapé no chão.

Os outros seguiram atrás dele.

Shhhhhh—

Cale avançou enquanto afastava as folhas.

Este lugar que ninguém tocou durante mil anos parecia uma selva.

— Cale-nim.

Choi Han apontou na frente dele.

On e Hong, que estavam pulando por entre as árvores, gritaram também.

— Acho que tem uma vila lá em cima!

— Posso ver edifícios!

— Humano! Está ali!

Cale já estava olhando para o lugar que Raon apontava com as duas patas.

Ele podia ver uma grande área aberta.

Era o centro da floresta.

Podia ver edifícios feitos de pedra ou madeira.

Os edifícios eram tão antigos que estavam em ruínas ou cobertos de vegetação.

Havia duas grandes estátuas na entrada desta aldeia.

— São espadachins.

As grandes estátuas eram de espadachins ajoelhados sobre um joelho.

Clang!

Choi Han sacou sua espada.

Paat!

Os olhos das duas estátuas brilharam.

—Existem guardiões que criei na entrada da aldeia. Eles estão lá para proteger a aldeia.

Todos se lembraram de uma das coisas que Lorde Sheritt havia dito.

Boooom—!

Boom!

Os dois guardiões estátuas ergueram seus corpos cobertos de vinhas depois de terem sido abandonados por mil anos.

Crack!

Crack!

As vinhas que cercavam seus corpos começaram a se desfazer.

Os dois espadachins-estátua sacaram suas grandes espadas de pedra ao mesmo tempo.

As pontas dessas espadas apontavam para o grupo de Cale.

No entanto, o grupo de Cale não diminuiu o ritmo. Na verdade, começaram a acelerar à medida que se aproximavam da aldeia.

Boom! Boom!

Os guardiões começaram a se mover. Eles se posicionaram para defender a aldeia.

Esses guardiões eram três vezes mais altos que Choi Han.

Ergueram suas espadas bem alto para o céu.

Enquanto suas espadas voltavam para baixo…

— Vejo você mais tarde.

Cale avançou.

A espada de Choi Han desceu verticalmente em resposta.

Slaaaaaash!

As vinhas que bloqueavam o caminho de Cale foram destruídas pela aura de Choi Han.

Não havia mais nada no caminho dele.

Boooooong!

Uma espada de pedra golpeou Cale.

E então…

Boom!

Boom!

As espadas de pedra caíram no chão.

Os guardiões começaram a se mover ao mesmo tempo.

Boom! Boom!

Os dois joelhos dos grandes guardiões criaram crateras no chão.

Os espadachins se ajoelharam.

Suas espadas de pedra foram cravadas no chão.

Shaaaaaaaaaa—

Entre os dois guardiões.

Cale, que estava cercado pelo vento, pousou facilmente no chão.

Lorde Sheritt disse o seguinte.

“Assim que os guardiões aparecerem.”

A coroa branca estava na cabeça de Cale enquanto ele descia ao chão.

—Cale Henituse, torne-se um rei.

Os dois guardiões baixaram a cabeça na direção de Cale.

—Essa vila é um lugar para Assassinos de Dragões. Todas as coisas lá darão as boas-vindas ao retorno do rei.

Cale olhou além das estátuas ajoelhadas.

O edifício de pedra que podia ver à distância estava agora totalmente visível à sua frente.

—Há um edifício de pedra no centro da aldeia.

Cale começou a caminhar em direção ao prédio de pedra.

—Há uma barreira em torno daquele prédio. O primeiro Assassino de Dragões e eu a criamos juntos.

Havia uma barreira semitransparente em torno do edifício de pedra coberto de vinhas.

—As plantas e a água podem aproximar-se livremente desse edifício, mas os humanos e os animais não conseguem ultrapassar a barreira.

Cale caminhou direto.

Nada estava atrapalhando seu caminho.

Ele deu um passo em direção à barreira.

Ooooooong—

A coroa branca em sua cabeça começou a tremer.

Paat!

A barreira que cercava o edifício de pedra desapareceu ao mesmo tempo.

Ele olhou para trás para ter certeza de que os outros o seguiam antes de entrar no edifício de pedra onde ninguém entrava há mil anos.

—Aquele edifício de pedra foi a casa do primeiro Assassino de Dragões.

Era um edifício onde apenas a pessoa com a coroa do Assassino de Dragões poderia entrar geração após geração.

— Que interessante…

Os outros olharam para suas costas depois de ouvi-lo murmurar.

No entanto, Cale não olhou para eles ao passar pelas escadas antigas e se dirigir ao centro do edifício.

Havia um altar no centro do corredor vazio do primeiro andar.

Cale caminhou em direção ao altar e começou a falar novamente.

— Os vestígios das pessoas não desapareceram mesmo depois de mil anos.

A expressão de Bud endureceu depois de ouvir isso.

Eles não tinham visto nenhum esqueleto desde que desceram da caverna. Pode-se dizer que todos voltaram ao pó depois de tanto tempo, porém, havia vestígios de roupas.

Também havia vestígios de brinquedos infantis na praça.

Não havia pessoas, mas seus vestígios permaneceram.

Vestígios que mostravam que deviam estar cheios de vida.

Era como se as pessoas que viviam em paz tivessem subitamente encontrado o seu fim e tudo o que restasse durante mil anos fossem os seus pertences e vestígios deles.

Bud começou a pensar que o que ele descreveu poderia ter sido realmente como aconteceu.

Rapidamente se recuperou e seguiu Cale até o altar.

Lorde Sheritt havia contado a eles sobre isso.

Ela havia dito que haveria um livro de registros criado pelo primeiro Assassino de Dragões.

Ela havia dito que tudo estaria escrito dentro dele.

—Olhe o livro de registros no topo do altar.

Ela disse que eles seriam capazes de encontrar a fraqueza da Estrela Branca no livro.

—Esse livro é algo que só alguém que consegue colocar a coroa na cabeça pode pegar.

Bud olhou para a coroa no topo da cabeça de Cale.

Cale era o único ali que conseguiria pegar o livro de registros.

Bud pôde ver um livro muito grosso quando se aproximou do altar.

O livro coberto por uma barreira espessa parecia bom, apesar de dez mil anos terem se passado desde o primeiro Assassino de Dragões.

Logo chegou a hora deste livro acabar nas mãos de Cale.

Bud podia sentir seu coração batendo descontroladamente.

Era de empolgação.

— Cale-nim…?

— Humano?

No entanto, a expressão de Bud endureceu ao ouvir o grupo chamando por Cale.

— Ei, o que há de errado?

Cale estava parado em frente ao altar com uma expressão estranha.

Bud nunca tinha visto tal expressão em Cale antes.

O rosto de Cale estava completamente pálido.

Cale cerrou os punhos.

As pontas dos dedos tremiam. Ele esfregou o rosto com os dedos trêmulos.

Podia ver o livro no topo do altar.

Este livro de registros sobreviveu por dez mil anos sob esta barreira.

Ele podia ver o título e o autor escritos nele.

“O nascimento de um herói. Nelan Barrow.”

Tinha o mesmo título e autor do livro do qual Kim Rok Soo riu e leu até o volume cinco.