Trash of the Count’s Family – Capítulo 428

— Hmpf, você parece tão sensível para alguém que não tem mais arrependimentos pelo seu antigo nome.

O Rei Urso Sayeru sorriu para o olhar da Estrela Branca. A Estrela Branca o encarou antes de se virar para o oceano e fazer um comentário indiferente.

— Sensível? Isso não é verdade.

— Então por que você ameaça me matar por dizer seu antigo nome?

Sayeru se aproximou e ficou ao lado da Estrela Branca com um sorriso relaxado no rosto. Ele também olhou para o oceano antes de lançar um gancho de comentário.

“É porque o nome dele é igual ao seu?”

A Estrela Branca olhou para Sayeru novamente.

— Estou falando de Cale Henituse. Ele é estranhamente parecido com você, mas o oposto completo. É bem divertido.

O sorriso distorcido no rosto pálido parecia cheio de travessura.

Os olhos de Sayeru observavam a Estrela Branca enquanto ele fazia isso.

Trevas e luz.

Esses dois precisavam trabalhar com o céu; no entanto, Sayeru não queria um relacionamento em que precisasse se tornar submisso e se submeter à Estrela Branca.

— Eu vi desta vez, até você—

O sorriso distorcido ficou ainda mais largo.

— Provavelmente teve um momento em que você estava tão emocional e disposto a se sacrificar, certo?

Cento e noventa e oito anos.

Sayeru esteve com a Estrela Branca por três vidas da Estrela Branca. A Estrela Branca olhou para Sayeru e falou com voz estoica.

— Sacrifício. Essa é uma palavra que não me convém.

Seria correto se Sayeru estivesse falando sobre sacrificar os outros por suas necessidades em vez de se sacrificar. A Estrela Branca não mencionou essa última parte. Por quê?

— Você é igual a mim.

Sayeru não negou essa afirmação. Na verdade, ele sorriu e assentiu com a cabeça.

— Claro. Eu odeio mais pessoas do tipo de Cale Henituse. Esses malditos que agem como heróis me fazem querer vomitar.

Coff, coff.

Sayeru cobriu a boca enquanto soltava uma leve tosse. O lenço em sua mão estava sujo de sangue. Sayeru olhou friamente para ele por um momento antes de começar a falar.

— Quando você vai atacar?

A terra da tribo das Baleias.

Quando eles irão para lá?

— Já se passaram mais de três semanas desde que vim de Mogoru.

O plano original era se encontrar com o mago Becrock para fazer reconhecimento e então atacar a terra da tribo das Baleias imediatamente. No entanto, Becrock foi capturado pelos inimigos e o plano teve que mudar.

Foi por isso que Sayeru enviou Dorph para o continente Oriental e veio para cá sozinho.

— Algo está estranho…

A Estrela Branca comentou enquanto olhava para o glaciar distante com um olhar suspeito.

Não, não estava tão longe se você realmente pensasse sobre isso.

Eles estavam em um canto isolado da costa que não era visível do Posto da Guarda Costeira do Norte com metade de suas tropas na costa e metade nos navios.

— Você está dizendo que a tribo das Baleias está agindo estranho?

— Correto.

A Estrela Branca assentiu com a cabeça com o comentário de Sayeru enquanto Sayeru respondia com uma expressão irritada.

— Basicamente, você está dizendo que é suspeito a tribo das Baleias deixar os magos negros os espionarem. Você acha que algo pode estar acontecendo.

— Sim.

— Você é quem está sendo estranho.

— O que quer dizer?

Sayeru apontou para a Estrela Branca.

— Isso é o que você normalmente teria dito. ‘Vamos derrubar as baleias conforme o planejado. Vamos confirmar os detalhes suspeitos depois de capturá-las.’

Os olhos da Estrela Branca tinham uma luz estranha neles.

— Parece que eu estava pensando muito nisso sem motivo…

— Exatamente! Se as baleias estão suspeitas, invada e descubra o que diabos elas estão planejando.

Os olhos de Sayeru estavam cheios de uma sensação estranha de loucura.

— Você tem medo da morte? Você, a Estrela Branca, tem medo da morte?

A firme crença de que a Estrela Branca não temia a morte estava no olhar alucinado de Sayeru. Ele começou a falar com a Estrela Branca como se estivesse o alertando ou sugerindo algo a ele.

— Loucos deveriam agir como loucos. Eu nunca vi ninguém mais louco do que você.

Apenas o Rei Leão Dorph e o Rei Urso Sayeru tinham as qualificações para dizer tais coisas para a Estrela Branca.

— Não podemos falhar como fizeram durante os tempos antigos.

A Estrela Branca antiga acabou morrendo. A Estrela Branca atual, Sayeru e Dorph, não tinham planos de enfrentar o mesmo destino. Foi por isso que eles prepararam muitas coisas por tanto tempo.

— Você tem muitas coisas na cabeça por causa de Cale Henituse? Hmm?

A Estrela Branca podia ver o sorriso de Sayeru.

— Você está com inveja porque ele conseguiu fazer algo que você precisou de mil anos para fazer em apenas alguns anos? Ou está com medo de que tudo o que você construiu desmorone? É porque tudo o que você tentou fazer nos últimos um ou dois anos acabou em fracasso? Hmm?

Sayeru era o chefe da organização. O dedo que apontava para a Estrela Branca, que era o cérebro desta organização agora, tocou o pescoço da Estrela Branca.

— As coisas que construímos não são coisas que desmoronariam por causa de alguns anos de fracasso. A grande quantidade de poder que reunimos ao longo do tempo, experiência e talento—

— Sua boca.

A Estrela Branca cortou Sayeru.

— Cale a boca e mova o dedo.

— Você está me dizendo para parar se eu não quiser morrer?

— Sayeru, você parece estar entendendo algo errado.

Sayeru então pôde ver que a Estrela Branca estava sorrindo.

— Só há uma coisa com a qual me preocupo. Uma vez que esse tempo chato de preparação acabar e eu finalmente colocar minhas mãos naquele último poder antigo de terra…

O pensamento que ele teve enquanto olhava para a terra da tribo das Baleias. Se ele pudesse reunir aquele último poder antigo de terra…

— O que caçar primeiro. Como governar sobre tudo.

O olhar alucinado nos olhos de Sayeru diminuiu um pouco. Ele podia sentir que a Estrela Branca, Cale Barrow à sua frente, tinha um olhar violentamente alucinado que não era comparável ao seu próprio olhar alucinado.

O homem com os olhos cheios de loucura continuou a falar.

— Acho que vou ficar ainda mais louco do que estou agora. Isso é o que torna tão divertido.

Ele estava ansioso por isso.

Ele queria saber o que seria capaz de fazer quando finalmente se tornasse um deus, quando finalmente se tornasse natureza.

— Eu sabia que não havia ninguém tão louco quanto você…

Sayeru finalmente teve um sorriso satisfeito no rosto. A Estrela Branca começou a falar como se estivesse respondendo a ele.

— Lance os navios. Estamos indo para a terra da tribo das Baleias.

Os navios que estavam ancorados na costa, escondidos por magia de furtividade, ergueram seus mastros e começaram a se mover.

— Estamos indo para a terra da tribo das Baleias!

— Nosso objetivo é o glaciar! Comecem a remar!

Vozes gritavam ao redor deles. A Estrela Branca havia se movido para o convés do maior navio em algum momento antes de começar a falar novamente.

— Remova o feitiço de furtividade.

Foi nesse momento.

Clang!

Houve um ruído agudo antes que uma barreira semelhante a vidro transparente fosse destruída. O feitiço de furtividade foi removido.

A tribo das Baleias seria capaz de ver claramente as tropas da Estrela Branca agora.

Sayeru começou a ficar animado enquanto se aproximava da Estrela Branca. Ele levantou a mão antes de soltá-la.

— Vá.

Essa foi a sinalização.

Vá!

Todos os navios começaram a se dirigir para o glaciar localizado no extremo norte do mundo.

— Vamos caçar algumas baleias.

Sayeru segurou-se ao parapeito do convés com um coração satisfeito.

* * *

Splaaaaaaash— Splaaaaaaaaaash—

Os navios cortaram rapidamente a água. A magia negra estava ajudando os navios a se moverem rapidamente, mesmo que o vento estivesse soprando na direção oposta.

— Parece que precisamos passar por alguns glaciares.

O glaciar onde a tribo das Baleias vivia. Esse grande glaciar estava localizado após um grupo de glaciares menores.

Os navios de movimento rápido agora estavam quase chegando perto desses glaciares menores.

— Sayeru-nim, os navios vão se mover mais devagar a partir daqui.

— Não importa. Vá devagar, se necessário.

Eles precisavam manobrar com cuidado se quisessem passar por esse caminho estreito sem colidir com nenhum glaciar.

Sayeru não achava que importaria se se movessem devagar. Ele também ficou certo de algo.

— Estrela Branca.

— O que foi?

— Definitivamente parece que há algo com a tribo das Baleias. Embora eu não saiba se é uma armadilha para nós ou um tesouro que eles estão tentando esconder…

As Baleias não estavam mostrando nenhuma reação mesmo que estivessem avançando abertamente assim.

Foi nesse momento.

— Olhe para trás de você.

— Hã?

Sayeru perguntou confuso antes de sentir calafrios nas costas. Ele estava sentido perigo. Virou-se para olhar para trás.

Baaaaaaaaaang!

Baaaaang! Baaaaaang!

Ele ouviu múltiplas explosões altas ao longe.

— A-Aquele é—

“Aquele é o nosso acampamento.”

O lugar onde estavam escondidos sob o feitiço de magia furtiva. A localização estava explodindo.

— Sayeru, parece que o inimigo também estava nos esperando.

Eles podiam ver pessoas correndo descontroladamente através das explosões. Algumas figuras com formato humano estavam destruindo a base em que tinham ficado por quase um mês.

As únicas pessoas que poderiam fazer tal coisa…

Ugh.

Sayeru olhou para a água além do parapeito.

O grande navio em que ele estava atualmente… Havia uma grande figura debaixo dele. Era uma forma de vida grande que fazia até mesmo este grande navio parecer pequeno.

Crack!

Sayeru esmagou o parapeito enquanto começava a franzir a testa.

— Baleias…

Embora ainda fosse verão, o oceano de verão do Norte estava tão espesso e escuro quanto durante o inverno. No momento em que Sayeru disse essa palavra… Muitas figuras grandes se ergueram do fundo daquele oceano profundo e escuro.

Eram baleias.

O fato de tantas baleias estarem reunidas ali só podia significar uma coisa.

“A tribo das Baleias está aqui…!”

Havia baleias tanto na base quanto ali no oceano.

Tap.

Sayeru ergueu a cabeça quando a Estrela Branca pulou no parapeito para ver alguém.

No primeiro glaciar em seu caminho para a terra da tribo das Baleias… Uma mulher estava de pé no glaciar.

— Witira…

Era um nome que Sayeru conhecia também. Witira, a futura Rainha das Baleias.

Witira tinha pulado para aquele glaciar sem que ele percebesse. A Estrela Branca que pulou no parapeito parecia ter notado a aparição de Witira. Isso significava que Sayeru não era tão bom quanto Witira em detectar presenças.

A expressão de Sayeru se endureceu antes de voltar ao normal. Detectar presenças não era a única coisa que ele sabia fazer. Ele começou a falar com um sorriso no rosto.

— Você ficou parada o tempo todo enquanto espiávamos você, mas finalmente saiu porque começamos a nos mover?

O olhar de Witira estava focado em Sayeru. Sayeru começou a zombar enquanto continuava a falar.

— Há algo que você está escondendo? Hmm? Ou você estava com medo de fazer alguma coisa?

Ele achou que isso seria o suficiente para provocá-la. Esta era a orgulhosa tribo das Baleias que estavam mencionando. Sayeru pôde ver Witira imediatamente começar a responder.

— Estávamos esperando. Estávamos esperando até vocês saírem para o oceano.

“O quê?”

No momento em que Sayeru se sobressaltou com sua voz inesperadamente calma…

Shhhhhhh—

Um chicote instantaneamente apareceu na mão de Witira e ela deu um impulso no chão. O chicote foi acenado em direção ao glaciar.

Baaaaaaaaaang!

O glaciar se quebrou em pedaços e destroços foram arremessados. Enquanto os olhos de Sayeru se abriram amplamente em choque… Ele sentiu o chão sob ele começar a balançar.

— Eles estão subindo! As baleias estão subindo!

— Mova os navios para trás!

Ele podia ouvir pessoas gritando ao seu redor, forçando Sayeru a olhar para baixo mais uma vez.

As baleias estavam se lançando em direção aos navios. Dezenas de grandes baleias se movendo de uma vez estavam fazendo a água se remexer. Sayeru ergueu a cabeça.

— Isso…

Ele pôde ver Witira de pé em outro glaciar e apontando seu chicote para a Estrela Branca. Inúmeras baleias apareceram atrás dela.

Era como se todos os indivíduos fortes da vila da tribo das Baleias tivessem aparecido. Cada uma dessas baleias seria tão forte quanto os humanos mais fortes. Todas estavam olhando para Sayeru e os inimigos com expressões de raiva em seus rostos.

Era a raiva silenciosa de permitir silenciosamente que os inimigos as espionassem por cerca de um mês. Na verdade, não era muito silenciosa.

Chhhhhhh! Baaaaang!

Witira golpeou o chicote na água, lançando água para o ar. Witira então apontou o chicote para a Estrela Branca novamente.

— Venha.

Ela continuou a falar com a Estrela Branca com uma expressão estoica no rosto.

— Eu vou te matar.

O oceano Norte rugiu naquele momento. Os gritos das baleias cobriam a área enquanto os guerreiros da tribo das Baleias chutavam o glaciar e avançavam.

A batalha entre a tribo das Baleias e a Estrela Branca havia começado.

“Humano, o campo finalmente foi preparado!”

Cale ouviu a voz de Raon em sua cabeça e começou a sorrir, permanecendo tranquilamente escondido.