— O que acha que foi implantado no corpo da irmãzona? — Schnee perguntou enquanto Remia arrumava seu cabelo.
À esquerda de Schnee estava sua irmã alada, cujo cabelo também foi arrumado por Alex. Numa competição justa, pedra, papel ou tesoura, as posições foram decididas.
Schnee não podia reclamar e Remia era melhor em arrumar cabelo que Alex, pois tinha muitas irmãs.
Alex, Remia e Stella ponderaram.
Stella sussurrou primeiro: — Responsabilidade.
Alex acrescentou: — Bem, também foi a primeira coisa que me veio a mente.
Schnee murmurou: — Talvez.
E enquanto Alex e Remia arrumavam seus cabelos, Schnee e Stella olhavam pela janela. Elas viram casas diferentes, carros e pessoas usando roupas desconhecidas. É claro, Schnee e as garotas vestiam roupas similares no Castelo Deathwill. Porém, por algum motivo, todos usavam as roupas da moda mais recente.
Até Alex ficou surpreso pela maneira que as pessoas pareciam. Ele então pensou alto: — Ah, a escola terminou para a maioria, então as pessoas estão se divertindo agora.
Esse foi o motivo de não ver ninguém usando uniforme. Ele sorriu e explicou algumas coisas para suas garotas
Alex também mostrou o computador e fotos com os amigos. É claro, as garotas já havia os visto, mas ainda foi uma experiência legal.
Elas também deram uma olhada nas fotos de Olivia e Alex.
Alex então olhou entrou no último site que visitou antes de entrar no Mundo de Avander. Seu coração tremeu quando percebeu que a ideia dos residentes sobre os jogadores era… bem diferente.
Nenhum residente pensou em si como pessoas falsas.
E isso era verdade.
Contudo, os jogadores eram diferentes. Os vilões matavam abertamente por exp, dizendo que os residentes eram bolsas de experiência. E isto era justo porque os jogadores chegaram de um mundo diferente só para se aventurar.
Sim, jogadores possuíam algumas propriedades. Contudo, a maioria desconectava em locais aleatórios.
Assim, os residentes simplesmente não conseguiam aceitar a mentalidade dos jogadores.
Alex inalou fundo e exalou: — Leiam os fóruns. É assim que os jogadores veem vocês e não podem culpar eles.
— Aqui a gente não tem magia… apenas ciência. Há uma diferença vasta entre nós, mas jogadores perceberão a verdade lentamente porque a barreira já começou a rachar — Alex explicou.
No começo, as garotas não o entenderam completamente. Todavia, após lerem o fórum, suas expressões ficaram sombrias e entenderam totalmente.
Nos fóruns, a informação dos residentes era aberta para todos. Vários residentes, principalmente aqueles Artistas Marciais populares, tinham suas informações privadas disponíveis.
Seus gostos e desgostos, personalidades, endereço e mais. Aquele conhecimento era importante para conseguir missões melhores e aumentar amizade com eles.
Havia até algumas coisas pagas…
As pessoas colocaram casualmente listas de procurados em alguns residentes só porque os deixaram com raiva ou recusaram dar missões. Alguns jogadores de nível maior pegaram aquelas comissões bem pagas para conseguir mais dinheiro do mundo real.
E como o Mundo de Avander introduziu a troca de dinheiro real, aquelas listas ficaram mais populares.
As garotas ofegaram para a tela em silêncio.
— Não sei o que dizer… — Remia sussurrou, tentando acalmar os sentimentos das irmãs. Porém, como havia conflito em seu coração e nojo aparente em seu olhar, falhou em encontrar palavras apropriadas.
Alex não disse nada também.
Ele as lembrou: — A barreira entre os dois mundos começou a rachar. A aparição de vocês aqui é a prova.
Alex não sabia que era o único caso peculiar por enquanto.
*****
Ao mesmo tempo, Sara desceu cautelosa.
Ela se moveu com elegância, lembrando das aulas da infância. Ela recebeu ensinamentos reais além das coisas comuns. E como queria ser uma parte do Reino Dullahan, prestou atenção em tudo.
Harvey e Lavinia a ouvira, preparando para alguma coisa.
Lavinia se levantou, questionando: — Sozinha? O que meu filho está fazendo?!
Harvey sussurrou: — Abaixe o tom. Você não os repreendeu por falar alto demais?
Ele então olhou para Sara, sorrindo levemente: — Não se incomode com minha esposa, nora. Ela tem imaginação fértil e reage com exagero quando se trata da família.
— Como somos apenas três, só eu e o Alex que sofremos. Haha! — Harvey riu alto.
Sua esposa corou, o repreendendo com o olhar. Após aquelas palavras, não podia dizer nada, com medo de falar alto.
Sara também sorriu, claramente aliviada após a curta interação. Ela ficou particularmente emocionada pelas palavras do pai de Alex, pois já a chamou de nora. Esta palavra tinha muito significado tanto dos lábios dele quanto da mãe.
Assim, Sara podia dizer que Harvey aceitou ela e suas irmãs como esposas de Alex.
No seu tempo com Alex, ele falou sobre seus pais. E embora a mãe parecesse rigorosa, Sara gostou dos dois, pois ela também queria ser mais rigorosa com sua própria filha.
Todavia, como Celia não teve um pai antes de Alex, Sara não podia ser rigorosa demais com ela. Felizmente, era uma boa criança e tudo parecia bem por enquanto. Porém, Celia já havia começado a mostrar sinais de não ouvir os pais!
Sara esperava aprender algumas coisas da sua sogra.
— Sogro, sogra, sou Sara Deathwill. Estive com seu filho faz alguns meses e estamos num relacionamento próximo. Não sei como expressar o quanto estou grata por ter ele do meu lado. Se não fosse por ele, agora, eu teria cometido vários erros.
— Me custaria várias vidas e me tornaria um péssimo exemplo para minha filha. Alex se tornou um bom homem por causa de vocês dois. Como ensinaram a ele sobre a vida, espero que me permitam ficar ao lado dele, me deixem continuar o ensinando também e me deixem ser influenciada pelo seu coração.
— Juro retribuir seus sentimentos pela eternidade — Sara realizou um juramento do nada devido o estresse.
Era evidente com uma olhada que Sara tinha anos de experiência. Ela parecia tão madura quanto os pais de Alex. Ela também tinha uma filha. Porém, mesmo assim, Alex influenciou seu coração, ajudou várias vezes e a permitiu ter um bom caminho.
— F-Filha? Você já tem uma filha? — Lavinia gaguejou. No começo, queria perguntar sobre coisas relacionadas ao sexo, pois seu filho ainda era muito jovem. Estava claro numa olhada que ele não conseguiria se conter com uma mulher madura como Sara.
Todavia, Sara confessou que tinha uma filha.
Lavinia tremeu enquanto pensamentos aleatórios invadiam sua mente. Pensou que Sara negligenciaria as crianças de seu filho em favor ao dela. Também pensou que seu ex-marido causaria mais problemas.
Aqueles pensamentos eram desnecessários e sem sentido, só que Lavinia era uma mulher de imaginação fértil.
Harvey estreitou os olhos antes que sua esposa falasse algo errado: — Acredito que você não tem problema em ter outros filhos?
— É claro que não! — Sara se levantou, colocando a mão no peito e confirmando seus sentimentos.
Harvey assentiu: — Não e tarde demais para bebês, de qualquer forma. Todavia, com suas palavras, posso dormir tranquilo. E com uma nora linda, vou me exibir sobre você aos meus colegas de trabalho amanhã! Ah, tem mais três! Meu filho é um homem abençoado!
— Harvey! — Lavinia se levantou, não entendendo nada do seu marido. Como diabos ele aceitou tudo relacionado a vida sexual abundante de Alex?
Ela não conseguiu entender nada!
Harvey riu: — Uma criança é o fruto do amor. No entanto, pequeninos muitas vezes não são o bastante para manter pais juntos. E em nenhum mundo, é culpa delas pelos pais se divorciaram.
— Em nenhum mundo, uma garota deveria se impedir de encontrar um novo amor só porque tem um filho.
— Uma criança não deveria ser deixada sem uma parte, muito menos sozinha.
— Acredito que meu filho pelo menos tenha feito um bom trabalho como pai — Harvey sorriu.
Ao ver aquele sorriso após estas palavras, Sara não conseguiu mais manter as emoções sob controle. Lágrimas inundaram seus olhos, fluindo enquanto chorava levemente, fazendo-a limpar as lágrimas sem parar.
Ela queria responder, porém, seu coração trêmulo quase a engasgou. Não conseguiu falar direito e nem olhar para os pais de Alex, pois as lágrimas borraram sua visão e os sentimentos engasgaram sua garganta.
— Sinto… Sinto muito… — Sara sussurrou.
Harvey balançou o jornal, sussurrando para sua esposa: — Você quer que eu diga todos os pontos positivos diante de nossa nora?
Lavinia ficou perdida. Não era idiota a ponto de não ver a felicidade de Sara. Esta senhora ficou tão aliviada que era comovente só de olhar.
E os pensamentos anteriores de Lavinia sumiram imediatamente, como se as lágrimas de Sara os dissipassem. Ela também se sentiu mais próxima de Sara e seu coração bateu com um amor desconhecido, como se realmente tivesse conseguido uma nova filha.
Lavinia pegou um lenço antes de passar para Sara: — Por que está se desculpando? Se meu filho for abaixo da média, só podemos culpar este homem!
— Ainda lembro dele sendo horrível em colocar as fraldas em Alex!
— Haha! — Sara riu porque Lavinia ficou mais branda.
E próximo a sua esposa, Harvey riu: — Pelo menos sou bom com piadas.
— Não é… — Lavinia olhou para ele com uma expressão peculiar, o que lembrou Sara do tom cômico de seu marido.