Era verdade que esta clinica era licenciada, mas faltava ver quantos clientes neste lugar estavam dispostos a serem interrogados pela polícia.
— Ah! Oh! Huh! — A porta do primeiro quarto foi aberta.
Imperturbável, a jovem disse: — Este é treinamento de jiu-jitsu para reduzir estresse.
— Vamos lá, baby! — Sons de tapa ressoaram do segundo quarto.
A jovem falou sinceramente: — Essa é terapia de chicotadas, que é muito caro.
Luke achou isso estranho: — Você serve clientes femininos também?
A jovem imediatamente percebeu o significado: — Não, os clientes são homens.
Luke ficou sem palavras.
Pode ser contra a lei se um cliente chicoteasse uma terapeuta, mas se estava pagando para chicoteá-lo… parecia estar dentro da lei?
Selina ficou chocada, mas não disse nada.
Eles chegaram num quarto no final do corredor do segundo andar, que tinha a imagem de uma rainha de copas na porta.
A jovem bateu na porta: — Srta. Donna, você poderia sair por um segundo?
Um momento depois, uma mulher respondeu: — Por favor, aguarde um momento.
Luke ergueu a sobrancelha.
Havia um toque vago de sotaque em sua voz, e parecia exótica, como sussurros da noite.
Sua voz lembrou Luke de Vanessa, a mulher de pernas longas com olhos eletrizantes.
É claro, não era ela, mas a voz da mulher tinha a mesma atratividade.
Luke riu e deu um tapinha no ombro da jovem: — Você pode ir agora. Não acho que esteja interessada no que acontecerá em seguida, certo?
Após uma breve hesitação, a mulher desceu as escadas, mas não esqueceu de acrescentar: — Temos uma licença apropriada, então não faça bagunça, tudo bem?
Luke assentiu sem falar. Embora a mulher começasse parecendo justa, tinha um pouco de apelo gentil… talvez fosse uma doença ocupacional.
Após a mulher desaparecer da escada, a porta finalmente abriu com um clique.
Luke fez alguns sinais de mão e Selina recuou obedientemente e escondeu atrás da porta do outro quarto.
Luke sorriu para a mulher na porta.
Ela tinha cabelo longo, liso e preto, olhos grandes e oblíquos que a fazia parecer uma pequena raposa.
Seus lábios eram rechonchudos e atraentes.
Ela perguntou: — Você está… aqui para a terapia?
Luke não parecia com a maioria dos clientes que vinha para sua terapia.
Luke sorriu levemente e avaliou a mulher por um momento: — Não, Srta. Donna, estou aqui pelo Sr. Smith.
A mulher ficou atordoada por um momento: — Que Smith?
Luke riu: — O homem escondido atrás da raque perto da porta com uma arma na mão direita e um bebê na esquerda. Ele é um homem branco de meia-idade com barba por fazer, um e oitenta e sete de altura e usa uma jaqueta preta com um par de jeans. Preciso continuar, Sr. Smith?
Luke olhou numa certa direção, como se pudesse ver através da parede.
A mulher na porta estava perplexa. Abriu a boca, mas não parecia saber o que dizer.
Luke olhou para ela e suspirou internamente; a mulher esmagou Selina em cada aspecto!
Ela estava usando uma roupa de servidão, que destacava seus seios com magnificência, meias de seda preta, e um par de botas de cano alto.
Uau. Que terapeuta profissional!
Enquanto o pensamento aleatório passava pela sua mente, ninguém falou nada no quarto.
Luke perguntou diretamente a Srta. Donna: — Posso fazer algumas perguntas?
Srta. Donna assentiu subconscientemente sob o olhar de Luke.
O jovem parecia amigável, mas como uma terapeuta “especial”, sentiu vagamente um ar em Luke que era difícil de descrever e em desacordo com sua aparência.
— Então, por favor, converse com minha parceira ali, ok? — Ele gesticulou para Selina atrás dele levar a Donna.
Observando Srta. Donna sair, Luke continuou tranquilo: — Sr. Smith, você teve uma chance de atirar em nós no parque, mas não o fez. Então, acho que podemos conversar.
Após outro breve silêncio, o homem no quarto finalmente perguntou num tom baixo: — Sobre o que quer falar?
Luke respondeu: — O bebê! Por causa dele, matei cinco criminosos armados no parque, e dispararam numa mulher inocente, que agora está no hospital. Acho que mereço saber o motivo disto.
— Hehe. Você é um policial. — O homem riu, mas não parecia feliz.
Luke retrucou: — Qual é o problema? Tenho certeza que viu meu distintivo no parque.
— Então não é algo que possa lidar — falou o homem: — Você deveria ir agora.
Luke estreitou os olhos. A polícia não podia cuidar disto?
— Não recebi uma ordem para ficar longe deste caso ainda — Luke respondeu calmo.
Havia uma leve zombaria na voz do homem: — Uma mulher gravida e mais de vinte membros de gangue armados morreram numa fábrica abandonada noite passada. Você viu a notícia? Não? Acho que receberá uma ligação logo.
Naquele momento, o celular de Luke tocou. Ele olhou para o identificador e atendeu: — Qual é o problema?
Um momento depois, desligou com uma expressão fria. Ponderando por um momento, entrou no quarto e fechou a porta.
Se virando para olhar para o lado, Luke riu: — Sr. Smith, parece que você está certo. Acabei de ouvir que o caso foi transferido. — Ao lado da porta estava um homem alto segurando uma arma, mas não foi erguida.
Este Sr. Smith sorriu quando ouviu isso: — Então, adivinhei certo, mas isso não me deixa feliz.
Luke observou o homem alto por um momento antes de falar: — Também não. Deixe-me perguntar algo. Você deve precisar de dinheiro e talvez armas, certo?
Smith estreitou os olhos: — Aonde quer chegar?
Luke deu um endereço e tirou um maço de dinheiro do bolso.
— Há algumas armas no porão daquela fábrica abandonada. Você pode tê-las porque não as usarei. Quanto a isto… — Ele jogou dinheiro na cama: — Considere uma recompensa!
Smith franziu a testa: — O que quer dizer?
Luke continuou sorrindo: — Sou um homem curioso, então quando descobrir a resposta, me diga.
Embora estivesse sorrindo, não havia emoção em seus olhos.