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Abe the Wizard – Capítulo 265

Cerimônia 

A cerimônia de concessão do título de Lorde ocorreu em uma atmosfera solene. O mordomo Derek posicionou uma luxuosa almofada roxa, bordada com flores, em frente ao palco e pediu para Abel se ajoelhar sobre ela.

Abel não era estranho a esse tipo de cerimônia. Ele se levantou e ajoelhou com um olhar sério, fixando seu olhar à frente.

Para a surpresa de todos os conselheiros elfos presentes, a Grã-Duquesa Edwina não exigiu que Abel fizesse um juramento. 

Em vez disso, ela pegou a espada de prata das mãos do mordomo Derek e tocou levemente ambos os ombros de Abel com a lâmina. Em seguida, colocou uma medalha de honra no peito de Abel, encerrando a cerimônia.

A Grã-Duquesa Edwina não podia fazer mais do que isso, pois o status de Abel como humano era complicado. Se não fosse pelo colar de transformação da deusa da Lua, a Grã-Duquesa jamais consideraria conceder a Abel um título de nobreza entre os elfos. 

O colar permitia que Abel se transformasse completamente em um elfo, tanto por fora quanto por dentro, garantindo que sua verdadeira identidade permanecesse oculta.

Claro, alguns elfos da realeza conheciam a existência do colar de transformação, mas a Grã-Duquesa Edwina estava certa de que eles não divulgariam essa informação, considerando o respeito que ela demonstrava por Abel.

O juramento que os elfos normalmente faziam em cerimônias de concessão de título só tinha efeito sobre outros elfos. Como Abel era humano, não fazia diferença se ele o recitasse ou não.

A medalha de honra que Abel recebeu simbolizava seu título de Lorde. Como ele não possuía terras, não tinha direito a um brasão próprio, e seu status nobre era representado apenas pela medalha.

Após a cerimônia, Abel vestiu o terno branco justo com a ajuda de Brewer e se sentou na sala de descanso, aguardando o banquete organizado pelo Palácio do Grão-Ducado em sua homenagem. 

Enquanto saboreava uma garrafa de suco de frutas, Carrie apareceu ao seu lado. Ela lançou um olhar rápido para Brewer, que estava ao lado de Abel, e disse: 

“Estou procurando por você!”

“Mestre, a Condessa Carrie. Vou me retirar,” disse Brewer apressadamente, fazendo uma reverência antes de sair da sala.

“Condessa Carrie, por que você está me procurando?” Abel colocou o suco de lado e fez uma leve reverência. Ele sabia que a irmã de Loraine tinha uma habilidade especial para quebrar o bom humor de qualquer pessoa.

“Deixe que o Palácio do Grão-Ducado cuide da venda dos perfumes élficos!” disse Carrie com uma voz monótona.

“Mas eu nem estou planejando vendê-los,” respondeu Abel de forma descuidada. Ele não precisava de recursos financeiros e as coisas que desejava não podiam ser compradas com ouro. 

Talvez o único recurso que lhe faltasse fossem núcleos de cristal frescos, um item crucial que só podia ser obtido em caçadas a bestas de alma.

“Foi uma decisão da minha mãe,” disse Carrie, indiferente à falta de interesse de Abel.

Carrie estava, na prática, impondo a Abel que entregasse os perfumes élficos ao Palácio do Grão-Ducado para venda, sem se importar com a opinião dele. A atitude soava bastante impositiva.

“Condessa Carrie, você realmente sabe como persuadir alguém. Vou preparar um pouco de perfume élfico para o Palácio do Grão-Ducado vender em alguns dias,” disse Abel com uma pitada de sarcasmo.

Carrie pareceu ignorar o tom de Abel e prosseguiu:

“Além disso, você deve preparar condicionador e loção. A Mestra Mara está recomendando você para a honra da União de Alquimia. Independentemente do resultado, suas habilidades alquímicas ainda estarão a serviço dos elfos.”

Depois de dizer isso, Carrie se virou para sair. Abel queria perguntar se todos os elfos gostavam de tomar decisões pelos outros sem consultá-los.

De repente, Carrie parou e se virou novamente para Abel. Ela tirou uma bolsa  espiritual do bolso e disse:

“Este é um bom recurso.”

Quando Abel pegou a bolsa, Carrie já havia desaparecido da sala de descanso.

A bolsa exibia um bordado fofo de urso, totalmente diferente das imagens ferozes que ele costumava ver. 

À primeira vista, percebeu que era uma ursa. Ele deu uma risadinha, surpreso ao imaginar que elfos, sempre tão sérios, pudessem gostar de bordados desse tipo.

Com seu poder espiritual, examinou o conteúdo da bolsa e encontrou perfumes élficos, condicionadores, loções, e uma variedade de ingredientes alquímicos, alguns dos quais eram extremamente valiosos.

Infelizmente, ele não encontrou nenhuma erva da beleza, o principal ingrediente para a poção da beleza. 

Essa erva era extremamente rara, e Abel não tinha ideia de onde poderia obtê-la. Ele não planejava preparar essas poções para si mesmo, já que ainda era jovem, mas queria fazê-las para sua mãe, Nora, e para a futura Loraine.

Ao refletir sobre a ajuda da Mestra Mara na sua candidatura à honra da União de Alquimia, Abel sentiu uma onda de alegria.

Enquanto aprendia a forjar, o Mestre Bentham havia sacrificado sua única chance de ajudar Abel a se candidatar ao exame de Mestre Ferreiro. 

Sabia que a oportunidade de obter ajuda para se candidatar à honra da União de Alquimia também era rara, e embora não soubesse quantas oportunidades Mestra Mara ainda teria, ele valorizava muito essa chance.

“Mestre, o banquete está prestes a começar!” anunciou Brewer ao aparecer ao lado de Abel.

Ao ouvir o lembrete, Abel prendeu cuidadosamente a bolsa de portal à cintura. O traje branco justo de elfo que usava não permitia guardá-la em sua caixa de armazenamento pessoal no Cubo Horádrico, então ele a manteve amarrada à cintura.

“O Senhor Bennett chegou!” anunciou o mordomo Derek quando Abel entrou no salão. Derek permaneceu na entrada, apenas acompanhando Abel até que outro mordomo chegasse para apresentá-lo. Sua única missão hoje era apresentar Abel a todos os nobres presentes.

Os nobres no salão se viraram para olhar Abel. Alguns sorriram, outros o ignoraram, mas todos os doze conselheiros elfos foram muito cordiais. Eles se aproximaram, um por um, e cumprimentaram Abel respeitosamente enquanto Derek os apresentava.

Os nobres no salão ficaram surpresos. Os conselheiros elfos, conhecidos por seu grande ego, não eram fáceis de se aproximar. 

Embora a cerimônia de concessão do título de Lorde tenha sido organizada para acolher Abel no círculo nobre, muitos nobres estavam mais interessados em se reunir por outros motivos. 

Afinal, um Lorde sem terras não atraía tanta atenção.

O que mais surpreendeu os presentes foi a atitude do mordomo Derek em relação a Abel, como se estivesse servindo a um Mestre. 

Como Derek era o mordomo do Palácio do Grão-Ducado, sua posição estava apenas um degrau abaixo dos conselheiros elfos, e ninguém queria entrar em conflito com ele.

Por conta disso, os elfos começaram a especular sobre a verdadeira identidade de Abel. Alguns até se aproximaram dele, iniciando conversas amigáveis.

A essa altura, Abel percebeu que os elfos eram tão dissimulados quanto os humanos. Apesar de sua aparência graciosa, sua natureza era bem diferente. De repente, uma voz ressoou na entrada.

“A honorável Mestra Mara chegou!”

Um jovem elfo entrou no salão, causando grande curiosidade entre os presentes. Todos haviam ouvido que a Mestra Mara estava em idade avançada. Como ela poderia parecer tão jovem?

“Essa é a Mestra Mara? Meus olhos estão me enganando?” exclamou um conselheiro elfo, chocado.

“Eu avisei,” respondeu o conselheiro elfo Kroc, voltando-se para ele.

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