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Lightning Is the Only Way – Capítulo 227

Mudança nos Objetivos

Dois dias depois de Gravis conversar com as gêmeas, algo surpreendente aconteceu. As gêmeas haviam deixado os Cinzentos. O Ancião Byron informou a Gravis que elas tinham mudado de ideia e não queriam mais fazer parte dos Cinzentos. Gravis ficou um pouco confuso, mas sentiu que entendia o motivo.

Depois da conversa, provavelmente decidiram qual seria o caminho delas no futuro. Talvez voltassem para a Seita da Água? Talvez tivessem decidido parar de aumentar o poder? Gravis não tinha certeza, mas achava que era mais provável que não tivessem mais interesse no cultivo. Não existia grupo melhor para refinar suas vontades do que os Cinzentos. Sair dos Cinzentos provavelmente significava que tinham decidido não se refinar mais.

Gravis ficou um pouco triste ao vê-las partir, mas foi uma decisão delas. Era extremamente raro que pessoas conseguissem seguir juntas o caminho para o poder. Talento, sorte, trabalho duro, riscos, morte, e muitas outras coisas podiam impedir um cultivador de seguir seu caminho. Gravis nunca esteve destinado a ficar neste mundo inferior, e quantas pessoas realmente ascendiam deste mundo? Provavelmente, não muitas.

Com isso, apenas três pessoas permaneciam no grupo dos Cinzentos, de um total inicial de seis. Drake havia morrido, e os gêmeos tinham ido embora. Agora, restavam apenas o Ancião Byron, Creed e Gravis. Além disso, Creed raramente estava presente, pois estava sempre ocupado como batedor. Nunca cultivou nenhum elemento, então era muito fácil para ele se mover sem levantar suspeitas. Isso o tornava o espião perfeito.

No momento, Gravis e o Ancião Byron estavam sentados juntos, comendo e bebendo. O acampamento parecia solitário com apenas os dois.

— Acho que tenho parte da culpa por Lory e Lena terem ido embora — disse Gravis com um suspiro.

Ancião Byron sorriu calorosamente e tomou um gole de sua caneca.

— Não se preocupe com isso — disse ele, sem dar muita importância. — Você é novo, então não está acostumado com esse vai e vem constante. Na verdade, é normal que tantas pessoas saiam. Falando nisso, acho que devo procurar por sangue novo. Não podemos ser só três pessoas, certo? — Ancião Byron riu.

Gravis sorriu amargamente. Não se arrependia de ter conversado com as irmãs, mas ainda se sentia um pouco culpado por fazer Ancião Byron perder dois membros. Porém, preferia essa situação a ver as gêmeas morrerem. Alguém que não tivesse uma vontade de ferro para apostar a própria vida não estava apto para o mundo do cultivo. Essa dúvida poderia fazer alguém hesitar ou fugir de uma luta vencível.

— Você se importaria de me contar sobre o seu mundo natal? — Gravis perguntou ao Ancião Byron.

Ancião Byron continuou sorrindo.

— Não há muito o que contar — disse ele. — Cultivadores no meu mundo natal não usam elementos. Basicamente, todos nós cultivamos diferentes técnicas de batalha, parecidas com o Sabre Rakshasa que te dei. A combinação de vontade e Espírito cria uma força que pode acompanhar as propriedades destrutivas dos elementos. Claro, você precisa de uma vontade poderosa primeiro.

Ancião Byron olhou para o céu, coçando o queixo.

— Mas eu invejo as propriedades curativas da água e da luz. Em um conflito de larga escala, alguns desses curandeiros multiplicariam o poder de combate de um lado. — Ancião Byron bufou e tomou outro gole de vinho. — É triste que este mundo seja fragmentado com base nos elementos. Imagine o poder de um grupo de pessoas com elementos mistos.

Gravis assentiu.

— Também já pensei nisso. Um grupo assim poderia ter alguém com o elemento terra para bloquear ataques poderosos ou ocupar um, ou mais inimigos. Alguém com o elemento água ou luz poderia cuidar dos feridos, e os elementos restantes poderiam atacar sob a proteção do cultivador de terra.

Gravis tomou outro gole.

— Acho que um cultivador de terra, um de água e um de fogo poderiam enfrentar uma Fera Espiritual de nível igual — disse Gravis.

Não se podia esquecer que as bestas eram incrivelmente poderosas. Sob circunstâncias normais, seria impossível para um grupo de três pessoas no estágio inicial da Formação do Espírito matar uma Fera Espiritual de baixo nível. A besta simplesmente mataria uma pessoa após a outra. Mas, se o grupo conseguisse fazer o inimigo focar na pessoa com a defesa mais poderosa, poderiam desferir múltiplos ataques.

Ancião Byron concordou com a cabeça.

— Sim, e quanto mais pessoas com elementos diferentes, mais poderoso o grupo se torna. Acho que um grupo de cinco pessoas com diferentes elementos e bom trabalho em equipe teria até uma chance contra uma Fera Espiritual um nível acima.

Gravis coçou o queixo, pensativo.

— É difícil dizer — disse lentamente. — O atacante frontal precisaria resistir a esses ataques. Isso não é fácil. Além disso, o grupo precisa combinar seus poderes. Não sei se descarregar toda a Energia na besta a derrubaria. Eles provavelmente teriam que trocar ferimentos, e um passo errado os condenaria.

Ancião Byron assentiu várias vezes.

— Sim, mas é possível, né?

Gravis ergueu uma sobrancelha, incerto.

— Acho que sim? Teoricamente, deveria ser possível, mas é difícil encontrar um grupo assim.

Ancião Byron sorriu.

— Sabe, se eu alcançar meu objetivo, provavelmente vou criar uma organização assim neste mundo. Odeio ver todo esse potencial de combate desperdiçado.

Gravis olhou com ceticismo para Ancião Byron.

— Seu objetivo não é destruir as Seitas Elementais?

Ancião Byron bufou.

— Quando foi que eu disse isso?

Gravis olhou desinteressado para ele.

— Você tentou me convencer que a ‘queda das Seitas Elementais’ seria justa.

Ancião Byron revirou os olhos.

— Tá, eu disse isso. Precisei ser dramático, tá? — disse com exasperação. — Tenho que manter minha persona quando estou disfarçado. Dizer que só queremos provar nosso valor não combinaria, né?

Gravis se lembrou da aura do Ancião Byron quando ele conversou com ele pela primeira vez e teve que concordar. Ancião Byron parecia bem sinistro na época, e dizer que só queria provar seu valor soaria fraco.

— Então você não está obcecado em destruir todas as Seitas Elementais? — Gravis perguntou.

Ancião Byron assentiu.

— Sim. Matar é desnecessário. Mesmo achando que o caminho do meu mundo natal é mais poderoso, isso não significa que não possamos permitir outras maneiras.

Gravis olhou para ele com desconfiança. Ancião Byron não parecia sincero. Ele não olhava nos olhos de Gravis e tinha falado mais apressado que o normal. Gravis tinha certeza de que ele estava mentindo.

Ancião Byron olhou nervoso para Gravis, e suor escorreu pela testa. Depois de alguns segundos, ele gemeu de exasperação. — Tá bom, tá bom! Eu menti! — disse.

Gravis riu um pouco ao ver aquilo. Ancião Byron era um péssimo mentiroso. Talvez fosse por isso que ele sempre era tão honesto?

Ancião Byron suspirou.

— A verdade é que, inicialmente, eu planejava destruir as Seitas Elementais, mas mudei de ideia.

Gravis ficou mais interessado. — Oh, por quê? — ele perguntou.

Ancião Byron olhou desconfortável para Gravis. — Por sua causa.

A expressão de Gravis voltou a ser cética. — Explique — disse.

Ancião Byron coçou a nuca. — Eu te segui quando você saiu para testar o Sabre Rakshasa.

Gravis não ficou bravo com isso. Seria estranho se Ancião Byron não tivesse seguido. Dar uma técnica a alguém que ele acabou de conhecer e depois não observar? Esse tipo de comportamento seria praticamente um convite para golpes. No entanto, pelo jeito desconfortável do Ancião Byron, ele via isso como uma quebra de confiança. Gravis só pôde rir levemente.

— Tá tudo bem — disse Gravis, fazendo Ancião Byron soltar um suspiro de alívio. — Você provavelmente ficou surpreso com a combinação do Sabre Rakshasa e do meu raio, né?

Ancião Byron assentiu.

— Exatamente. Inicialmente, achei que combinar o poder de nossas técnicas de cultivação seria impossível, mas você me mostrou o contrário. Se eu puder trazer técnicas do meu mundo para este e provar sua superioridade, posso criar uma organização que permita que pessoas talentosas de ambos os lados se encontrem e trabalhem juntas. Tenho certeza de que seria só uma questão de tempo até que mais técnicas assim fossem criadas.

Gravis só pôde concordar. Embora o único motivo de ele conseguir infundir a técnica de batalha com seu raio fosse devido ao seu Espírito único, isso não significava que não existissem outros métodos. Com o tempo e as pessoas certas, certamente surgiriam mais maneiras de combinar os dois caminhos de cultivo.

— Ainda vou ficar só até lidarmos com os Verdes. Isso não muda minha decisão — disse Gravis, esvaziando sua caneca.

Ancião Byron sorriu novamente.

— Sem problema. Não forço… — Ancião Byron parou de falar e olhou para seu anel.

Gravis também estreitou os olhos.

Depois de alguns segundos, Ancião Byron falou com o anel.

— Vou perguntar ao Gravis. Fique de prontidão e continue observando. Tente não ser notado.

Os olhos de Gravis brilharam.

Finalmente, ele tinha algo para fazer!

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