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Circle of Inevitability – Capítulo 438

Navio Fantasma

“O Sr. Enforcado está pronto…” Lumian tirou seu relógio de bolso dourado e o abriu para dar uma olhada.

Ele poderia invocar a Sombra de Armadura a qualquer momento. Sua única preocupação era que ela pudesse representar um perigo. Invocá-la sem uma boa razão poderia levar a um ataque ou uma maldição. No entanto, com o Enforcado — o portador da carta dos Arcanos Maiores do Clube do Tarô — presente, não havia necessidade de se preocupar com tais assuntos.

A incerteza agora estava na disponibilidade de Franca. Afinal, ela tinha que traduzir.

Lumian queimou a carta e deixou o Auberge du Coq Doré, indo direto para o apartamento 601, na Rue des Blouses Blanches, nº 03.

— Por que você está aqui tão tarde? — Franca claramente não era do tipo que dormia cedo.

Lumian olhou para Jenna, que tinha acabado de remover sua maquiagem pesada, e sorriu para Franca.

— Você tem tempo hoje à noite? Podemos invocar a Sombra de Armadura novamente e fazer perguntas a ela.

“Invocar a Sombra de Armadura novamente…” Os olhos de Franca brilharam quando ela deixou escapar: — Estou livre!

A Sombra de Armadura provavelmente era de sua terra natal, envolvendo o segredo de sua transmigração e seu caminho de volta. Mesmo às 6 da manhã, ela diria que tinha tempo para ser uma tradutora, quanto mais meia-noite!

Percebendo a confusão e curiosidade de Jenna, Franca explicou animadamente: — Ciel não nos pediu para reunir informações sobre criaturas do mundo espiritual que preenchem as condições de invocação? Um dos alvos de invocação que ele escolheu tinha uma ambiguidade direcional ao projetar o encantamento de invocação, atraindo uma criatura do mundo espiritual muito peculiar. A habilidade de bufar e cuspir que você viu antes veio de um contrato com aquela criatura do mundo espiritual.

Por ciúmes e inveja, Franca descreveu o Feitiço de Harrumph como bufar e cuspir.

Jenna teve uma profunda impressão do Feitiço de Harrumph e achou seus efeitos potentes e místicos. Sua reação inicial foi perguntar: — É possível assinarmos um contrato com criaturas semelhantes do mundo espiritual?

Fuuuu, eu queria ter uma criatura contratada similar, mas não consigo obter um contrato tão especial — Franca expressou seu arrependimento e ressentimento sinceramente. — Em suma, aquela criatura do mundo espiritual é muito única e envolve muitos segredos. Um figurão da organização que nos apoia — uh, um semideus — está muito interessado. E agora, apenas Ciel pode invocar com precisão a criatura alvo através da conexão do contrato.

Franca perguntou a Lumian: — Essa pessoa está aqui?

— Sim. — Lumian assentiu gentilmente.

Jenna olhou para eles pensativamente e perguntou: — É a Justiça, a Mágica, a Estrela ou a Lua chegaram?

A expressão de Franca congelou, sua boca ligeiramente aberta, seus olhos cheios de descrença. Lumian ficou surpreso. Ele não esperava que Jenna revelasse os codinomes dos portadores das cartas dos Arcanos Maiores e fizesse a conexão de que seus dois companheiros eram relacionados a eles.

Em meio ao silêncio indescritível, as sobrancelhas de Jenna relaxaram e ela sorriu.

— Eu acertei! Vocês pertencem à organização secreta que usa cartas de tarô como codinomes!

— C-como você sabia? — Franca perguntou surpresa.

Jenna franziu os lábios e sorriu com desprezo.

— Você tem quase dez baralhos de cartas de tarô nesta sala, e você não costuma usá-los para adivinhação. Então, Ciel me disse que o Sr. Tolo em que você acredita é aproximadamente equivalente ao Tolo nas cartas de tarô. Quanto a mim, tenho participado de reuniões de misticismo recentemente e ouvi sobre a lenda da Justiça e os outros portadores de cartas dos Arcanos Maiores, bem como a existência de cartas dos Arcanos Menores.

— Com tanta informação diante de mim, se eu não fizer nenhuma conexão e investigar, não vou parecer estúpida?

Quanto mais ela falava, mais satisfeita ficava.

Franca ficou surpresa por um momento antes de dizer: — Sua poção de Instigador não foi desperdiçada…

— Excelente — Lumian elogiou relutantemente. — Você está preparada para beber a poção de Bruxa.

Sem mais delongas, ele deixou o apartamento 601 com Franca. Ele planejava escrever uma carta para a Madame Mágica no Auberge du Coq Doré, informando-a de que ele poderia invocar a Sombra de Armadura agora.

Jenna os observou partir e murmurou para si mesma, “Bruxa… O que aconteceria se um homem bebesse a poção da Bruxa…”

Auberge du Coq Doré, quarto 207.

Depois que Lumian enviou a carta, ele não apagou a chama da vela e esperou por uma resposta sob a iluminação dupla.

Franca andava de um lado para o outro na sala apertada, sentindo-se animada e um pouco nervosa.

Ela ansiava por pistas sobre como retornar para casa por meio da Sombra de Armadura, mas temia que até mesmo sua última esperança fosse destruída.

O tempo passou. Assim como a Demônia do Prazer sentiu como se um ano tivesse passado, a luz da vela no quarto de repente surgiu.

Nas fracas chamas amarelas do tamanho de uma cabeça humana, a resplandecente luz das estrelas voou, envolvendo Lumian e Franca.

Era como se tivessem chegado ao cosmos sem limites, tornando-se anormalmente insignificantes.

Após um breve momento de tontura, Lumian e Franca perceberam que haviam saído do quarto 207 do Auberge du Coq Doré e chegado a um convés escuro como breu.

A primeira coisa que viram foi um antigo mastro triplo, com suas velas branco-acinzentadas enroladas como uma porta aberta.

O luar carmesim caía do céu, mas não conseguia iluminar completamente a área onde Lumian e Franca estavam. Estava escuro, e as tábuas de madeira estavam manchadas, como um antigo edifício mal-assombrado.

Franca rapidamente examinou a área e suspirou de alívio.

— Uau, um veleiro antigo.

— É perfeito para filmes de terror!

— O que é um filme de terror? — Lumian perguntou casualmente.

Franca sorriu sem jeito.

— Uma peça que retrata uma história de fantasmas.

Enquanto falava, ela tocou a corda escura de linho apoiada no navio, como se tentasse descobrir sua época exata.

De repente, a corda ganhou vida e agilmente se enrolou na mão direita de Franca, tentando prender a Demônia do Prazer.

Uma camada de chamas negras irrompeu, queimando a corda de linho escura que parecia ter vida própria.

A corda estalou, como se estivesse com dor.

Simultaneamente, uma corda que estava silenciosamente no convés balançou em direção a Lumian.

Lumian levantou a palma da mão direita levemente escaldante e agarrou a frente da corda.

A corda parou de repente, como se toda a sua vitalidade tivesse sido drenada.

Todas as cordas que tinham voltado à vida nessa área voltaram ao normal. Elas pousaram com um baque e pararam de se contorcer.

Lumian olhou para a palma da mão direita e murmurou silenciosamente: “A aura remanescente do Imperador do Sangue em mim ressoa levemente com este navio…”

“Essas cordas estranhas se tornaram obedientes quando sentiram o calor na minha palma direita…”

“Este é o antigo veleiro que vi em nas Docas Lavigny esta manhã?”

“Docas Lavigny… A catedral do Tolo… Este é o navio do Sr. Enforcado?”

Os pensamentos de Lumian dispararam enquanto ele rapidamente fazia um palpite.

Franca se virou e disse animadamente: — Este é um navio fantasma, um navio fantasma!

— Ele está vivo!

Enquanto a voz da Demônia do Prazer reverberava pelo convés, Lumian ouviu as palavras da Madame Mágica: — O navio fantasma do Sr. Enforcado é uma relíquia do Império Tudor. Há muitos segredos não resolvidos. Quando ele te recompensar, você pode escolher explorar este navio. Quanto a quando embarcar na exploração, depende de você.

“Como esperado, tem algo a ver com o Império Tudor…” A determinação de Lumian cresceu enquanto ele caminhava em direção à cabine.

Enquanto Franca seguia, ela olhou ao redor curiosamente, tocando e batendo aqui e ali. Ocasionalmente, ela sussurrava, como se quisesse se comunicar com o navio fantasma do Sr. Enforcado.

Em meio aos rangidos, uma porta se abriu sozinha.

Um carpete grosso marrom-escuro cobria a área, ladeado por estantes de livros e um armário de bebidas. Livros de capa amarela e garrafas de vinho vermelho-escuro enchiam o espaço.

Em frente à estante, havia uma mesa larga de madeira. Sobre ela, havia uma variedade de itens — um tinteiro, uma pena, um sextante de latão, um telescópio metálico preto e velas brancas.

Encostado na mesa estava um homem de meia-idade, de estatura média. Seu cabelo azul-escuro estava desgrenhado, e sua pele era bronzeada e áspera. Ele usava uma camisa de linho, uma jaqueta marrom e calças escuras largas. Exalava uma aura digna. Ele era o suplicante que Lumian tinha visto na catedral do Tolo naquela manhã.

— Você é o Sr. Enforcado? — Lumian perguntou.

O homem no auge da sua forma assentiu levemente.

— Eu sou o Enforcado.

Franca examinou o homem e lembrou que eles estavam em um navio fantasma. Ela imediatamente se lembrou de algo.

— V-você é o Portador da Tempestade Alger? Este é o Vingador Azul? — Franca deixou escapar surpresa e prazer.

O Enforcado olhou para ela e respondeu inexpressivamente: — Você já ouviu falar de mim?

— Claro! — Franca elogiou sinceramente. — Você é um Rei do Mar sem o título de Rei Pirata. Se você não tivesse lutado contra o Rei dos Cinco Mares no Mar da Névoa e causado uma tempestade aterrorizante nos navios ao redor, ninguém saberia que você era um semideus.

— Além disso, você é diferente daqueles piratas. Você é um caçador de tesouros genuíno e não adulterado com aspirações elevadas. Você nunca saqueia navios de verdade. Você tem explorado as fronteiras ocidentais do Mar da Névoa, procurando pela Cidade Perdida de Newins e pela herança do Império Solomon.

Não foi fácil para ela segurar as palavras “você é meu ídolo”. Ela sentiu que isso pareceria transcender os tempos. Franca já sonhou em ser uma caçadora de tesouros pura e navegar pelos Cinco Mares.

“Portador da Tempestade Alger…” Depois que Lumian descobriu que o centro de poder da Igreja do Tolo estava no mar, ele conscientemente compartilhou informações sobre os Reis Piratas e Almirantes Piratas com Franca. Ele sabia que Alger, apelidado de Portador da Tempestade, era um capitão semideus, mas ele não era um Rei Pirata. Portanto, seu apelido não incluía o termo “rei”. No entanto, a Vice-Almirante da Peste, que havia se tornado uma Rainha Pirata, agora era conhecida como a Rainha da Doença.

Quanto à Cidade Perdida de Newins e ao legado do Império Salomon, eram lendas de tesouros que eram populares nos Cinco Mares há muitos anos.

Às vezes, Lumian não conseguia deixar de admirar Fors Wall, a autora da série O Aventureiro. Ela teve a audácia de escrever histórias eróticas sobre os Reis Piratas.

“Você não tem medo de ser encontrada e executada?”

“Ou ela estava sob a proteção da Igreja do Tolo?”

Diante dos elogios entusiasmados de Franca, o Enforcado Alger ficou em silêncio por dois segundos antes de dizer:

— Manter um certo nível de pureza é algo bom e ruim.

— Podemos começar o ritual de invocação?

Franca murmurou baixinho: — Um homem ainda tem um lado jovem mesmo na morte…

Lumian respondeu à pergunta do Sr. Enforcado: — A qualquer hora.

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