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Apocalypse Hunter – Capítulo 52

Do Meio-dia até o Amanhecer (3)

Humanos ficam cansados com o tempo. Mesmo para um atirador que poderia atirar em qualquer coisa a qualquer momento, encarar o mesmo local por horas era difícil. Estava ficando mais e mais difícil olhar para a nura por um longo tempo.

E a noite iria esconder os Salteadores na escuridão. Os Salteadores que estavam buscando um momento para fugir e o caçador que estava procurando atirar em todos os Salteadores estavam ambos esperando por aquele momento chave.

Tudo estava quieto e pacífico enquanto o rio fluía e um vento leve soprava pela área.

Entretanto, no meio da paz, havia uma batalha de nervos acontecendo. Um grupo estava tentando fugir e o caçador estava tentando pegá-los A oposição entre os dois era invisível, mas era real e a pressão era sufocante.

Uma hora se passou e, então, mais algumas. Mas não havia um único traço nem de uma formiga. Apesar de parecer que nada estava presente, havia algo acontecendo. Conforme a batalha continuava, Leona começou a pensar.

Os Salteadores foram para o subsolo ou eles iria fugir para outro lugar? Qual era o ponto de esperar por tanto tempo? Nós não podemos só ir até eles e matá-los?

Era muito difícil ser paciente já que Leona estava pensando todo tipo de coisa. Entretanto, Zin estava olhando para mesma localização da mesma posição. Era a localização que os Salteadores estavam. Eles estavam se escondendo dentro de tanques que eram feitos de metal e o clima estava bem quente. Um tanque sob o sol escaldante estaria quente como um gril. Os Salteadores tinham de se esconder dentro dos tanques abafados para evitar o atirador.

A temperatura nos tanques estava aumentando e ficando mais quente a cada minuto. Os Salteadores tinham de decidir se iriam ser cozidos no vapor até a morte ou ser mortos pelo atirador. Tinha de haver muitos pensamentos passando pela cabeça dos Salteadores.

O atirador saiu? Ele ainda está observando a gente? Etá no mesmo lugar? Como ele podia ficar no mesmo lugar nesse clima quente? Nós somos estúpidos por ficar no tanque  por nada? Eu acho que nós vamos sufocar e morrer dentro desse tanque. Acho que meu cérebro vai fritar por causa do calor.

Os Salteadores estavam segurando o fôlego enquanto se perguntavam o que precisavam fazer. Eles estavam se escondendo dentro de tanques diferentes e não eram capazes de se comunicar uns com os outros. Era possível que o atirador já não estivesse mais lá. Se fosse esse o caso, ficar dentro dos tanques seria uma escolha ruim.

Os quatro Salteadores estavam se perguntando se deveriam fugir já que estava ficando insuportável dentro dos tanques. Umas quatro horas se passaram desde o primeiro encontro entre os dois grupos.

O jogo de galinhas começou. Alguém tinha de sair primeiro.

Os quatro Salteadores estavam pensando a mesma coisa. Eles esperavam que alguém iria sair para checar se o atirador ainda estava na área. Esse grupo de Salteadores não tinha um líder e não havia ninguém para dar ordens.

E os Salteadores eram espertos.

Eles não gritaram para alguém sair do tanque. Eles sabiam que o silêncio iria deixar o atirador confuso também. Se o atirador pensasse que os Salteadores morreram no calor dentro dos tanques, ele pode se aproximar dos tanques. E isso daria a chance dos Salteadores o atacarem.

Eles tinham de permanecer em silêncio e esperar por aquele momento.

Mas alguém tinha de verificar se o atirador ainda estava lá fora.

Estava se aproximando da sexta hora de confronto e os Salteadores não conseguiam aguentar mais o calor. Um dos Salteadores começou a correr para fora do tanque já que ele pensava que iria morrer de calor.

*Bang!*

—  Nggggaaaaargh!

O Salteador correndo foi acertado na cabeça antes de dar três passos para fora do tanque. Era um tempo de reação incrível para um atirador segurando sua posição por cinco horas direto. Não levou nem um segundo para Zin avistar o alvo e abater o Salteador.

Zin calmamente recarregou o fuzil e continuou a observar o outro lado do rio. Com o mesmo nível de concentração que tinha no começo. Zin observava os tanques. Os Salteadores ficaram atônitos com o som ágil do tiro do fuzil, mas Leona ficou maravilhada com Zin. Ela pensou que ele era realmente um monstro porque se manteve em alerta por horas direto.

Agora, havia três Salteadores restando e eles confirmaram que o atirador ainda estava lá fora. Correr para fora do tanque não era mais uma opção.

Conforme o sol escaldante começava a se por, Leona começava a pensar em outras questões enquanto olhava o rio silencioso.

Ela estava certa que os Salteadores fritaram até a morte nos tanques abafados. Ela pensava que não duraria nem uma hora dentro dos tanques quentes.

Ela se perguntava se Zin estava observando eles inutilmente quando os Salteadores já estavam mortos. Entretanto, Zin permaneceu quieto e assistia o outro lado.

O sol se pôs completamente e a tarde se tornou noite. Na escuridão da noite, Zin continuou a encarar os tanques. No meio do silêncio, ele falou algumas palavras.

— Coma algumas batatas.

Não era a melhor hora para cozinhar algo e Leona assentiu.

Ela rastejou colina abaixo e pegou algumas batatas e uma faca. Cortou as batatas em pequenos pedaços. Então, rastejou de volta para Zin.

Sem uma palavra, Leona pôs os pedaços de batata cortados na boca de Zin e ele os comeu quietamente.

*Chomp* *Chomp*

Só o som dos dois comendo batatas cruas podia ser ouvidas. Ela cortou duas batatas e as comeu com Zin. Leona olhou para ele e Zin olhou para ela sem dizer nada. Apesar de não falarem nada ou fazer sinais, Zin sabia o que Leona estava dizendo.

Quer mais?

Leona queria fazer essa pergunta e Zin balançou sua cabeça.

A área perto dos tanques estava silenciosa mesmo depois de quatro horas tendo se passado desde que os dois comeram batatas.

Quando a meia-noite se passou, Leona estava certa de que os Salteadores estavam mortos nos tanques. Mas não disse nada porque era Zin que tomava as decisões. Depois de uma da manhã, Leona ficou tão cansada que caiu no sono. Era verão e a temperatura não estava tão baixa e ela estava bem cansada depois de um longo dia.

No meio do longo silêncio, Zin não estava certo do que aconteceu com os Salteadores dentro dos tanques. Apesar de não saber se estavam vivos ou não, ele permaneceu parado. Além de carregar o carregador, ele não moveu um músculo.

*Bang!*

— Ai!

Menos de uma hora antes do amanhecer, Leona acordou gritando com o barulho alto do tiro.

*Clank…* *Bang!*

Leona descobriu o que estava acontecendo e olhou ao redor da área. Sem hesitação, Zin recarregou seu fuzil, mirou e atirou.

*Bang!*

Três tiros foram disparados e Zin falou com Leona, que tinha uma expressão muito séria em seu rosto.

Depois de abater os três Salteadores restantes, Zin falou brevemente:

— Acabou.

Olhando para o calmo Zin, Leona percebeu que paciência era a virtude mais importante de um caçador.

Zin ficou em posição por um total de treze horas. E levou uns sete segundos para abater os três Salteadores restantes. Um caçador era uma pessoa que poderia esperar pacientemente por treze horas por aqueles sete segundos. Zin se levantou e Leona o seguiu colina abaixo.

— Por que todos saíram ao mesmo tempo? Eles são idiotas?

— Eu deixei o primeiro fugir um pouquinho.

— Hmm? Ah… tendi. — Leona assentiu quando notou outra coisa.

Um dos Salteadores começou a correr para fora do tanque e Zin não atirou nele de propósito. A manhã estava para chegar e era o único tempo disponível para os Salteadores fugirem no escuro. Já que eles ouviram seu amigo fugir sem ser morto, eles saíram de seus tanques e começaram a fugir.

Quando os Salteadores estavam em campo aberto, Zin abateu um de cada vez. Ele deixou eles soltos para que abaixassem suas guardas para matar todos de uma vez.

Era impossível para pessoas normais ficarem calmas depois de treze horas esperando e a presa. Mas Zin não reclamou ou parecia cansado.

— Você sabe como nadar?

— Ah… sim.

— Então, vamos cruzar o rio.

Já que a caça estava terminada, eles tinham de recuperar os prêmios deles. Essa era a melhor parte da caçada.

Havia sete cadáveres e dois varredores mortos. Um morreu por causa das feridas de tiro e o outro depois de perder sangue demais devido a ferida da machete. A corrente longa de sangue no leito do rio não parecia nenhum pouco bonita.

Torcendo seu cabelo para tirar o excesso de água, Leona foi em direção aos tanques destruídos. Zin revirou os corpos mortos dos Salteadores em busca de algo valioso. Todos foram mortos por tiros na cabeça. Leona parecia interessada nos fuzis vagabundos que os Salteadores estavam usando e ela olhou para eles.

— Moço, você vai usar isso?

— De jeito nenhum.

— Então, eu posso pegar um?

— … vai ser pesado demais para você.

Não era uma arma grande. Cada arma tinha aparência diferente, mas elas eram recarregáveis bolt action. Elas também usavam munição comum 5.56mm e eram armas de fogo valiosas para maioria das pessoas, exceto Zin.

— Junte todas as armas e itens usáveis.

— Tá.

Leona e Zin procuraram diligentemente e encontraram itens na área ao redor. Zin vasculhou os corpos mortos e Leona foi em direção aos tranqueirões.

Quando Leona abriu a mala, ela gritou de medo.

— Aaaah! Merda!

— Qual o proble… — Zin correu até onde Leona estava e ele foi capaz de descobrir o motivo dela gritar. Leona suspirou com uma franzida de cenho.

— Desgraçados malucos. Sério mesmo.

Dentro da mala, havia corpos mortos que foram estraçalhados. Os braços e pernas começaram a apodrecer e havia muitos insetos neles. Leona cobriu sua boca se sentindo enojada. Apesar de estar acostumada a ver cadáveres de monstros, ela ficou assustada quando viu cadáveres em um lugar inesperado.

E era sua culpa por não notar as manchas de sangue nos tranqueirões.

— Por que caralhos eles carregam partes de corpos…?

— Provavelmente, eles carregavam para comer.

— Eu não perguntei… você não tinha que me contar. — Leona murmurou enojada.

Zin voltou para os cadáveres e Leona respirou fundo antes de abrir as outras malas uma de cada vez. Felizmente, só duas malas estavam cheias de partes de corpos. Nas outras havia ferramentas, kits, ferramentas de cozinha, armas e pólvora. Zin terminou de vasculhar os cadáveres e, então, foi checar os itens nos tranqueirões.

— Hmm, eles eram Salteadores viajantes. Isso é melhor para nós.

Salteadores que se estabeleceram guardavam suas coisas na base principal. Mas esses aqui carregavam tudo com eles, então Zin e Leona foram capazes de tomar tudo deles.

Zin organizou os itens no chão, exceto os cadáveres.

— Hmm… eles parecem ter muita munição.

Os fuzis deles usavam munição 5.56mm, mas alguns outros usavam 7.62mm.

Eu assumo que eles fizeram suas armas baseadas nas munições.

Zin agora tinha os seguintes itens: 13 fuzis, ferramentas, coisas de cozinha, oitenta e sete munições 5.56mm, vinte e três munições 7.62mm, dezenove munições 9mm e 293 lascas.

Zin foi capaz de ganhar mais pólvora do que as sete munições 7.62mm que ele usou e ganhou uma boa quantidade de munição 5.56mm também. Eles foram reunidas em dez carregadores de munição, mas era importante porque Zin precisava de munição para lutar na selva. Independente da quantidade de lascas que ele ganhasse, Zin também era capaz de conseguir uma boa quantidade de armas de fogo.

Depois de tomar a munição e lascas, Zin começou a olhar para as armas uma de cada vez. Ele checou as condições dos fuzis e pegar aqueles que estavam em boas condições.

A arma que usava munição 5.56mm tinha um cano suave e estava em boa condição. Tinha o menor cano e era a mais leve.

E mais importante, o fuzil tinha uma mira mecânica nele.

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