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Abe the Wizard – Capítulo 117

Então, e Agora? 

— Senhor, estou dizendo a verdade. Acabei de ser aceito na torre mágica de Yveline há quatro dias. — Enquanto Abel tentava o seu melhor para não deixar nenhuma culpa ir para Sam, tentou ser honesto o máximo que pôde com o Mago à sua frente. 

— Você aprendeu o feitiço Bola de Fogo em apenas quatro dias? — o Mago perguntou, e Abel continuou balançando a cabeça. O Mago parecia estar se lembrando de algo — Você ainda não conheceu a Maga Yveline, não é? 

— Não, eu não a conheço, senhor.

Pelo menos o Mago estava mudando de assunto. Abel começou a suspirar de alívio. Estava se sentindo muito pressionado. 

— Mostre-me sua Bola de Fogo aqui. — Disse o Mago. 

— Aqui? — Olhou ao redor. Não foi ele mesmo quem tinha acabado de dizer que feitiços não eram permitidos na cidade?— Sim, aqui mesmo! — O Mago riu e disse — Eu não vou embora tão cedo. Você vai ficar bem. 

— Sim, senhor. — Abel concordou. Por dentro, estava reclamando pela quantidade de problemas que este Mago estava lhe dando até agora. Esperançosamente, não seria acusado de violar a mesma regra duas vezes.

O Mago persistiu como se soubesse o que Abel estava pensando. 

— Se apresse! — Ele disse e liberou sua aura esmagadora novamente. Por medo instintivo, Abel estendeu os dedos e imediatamente desenhou a matriz do. A bola de fogo foi então lançada em direção a uma árvore próxima.

*Booom!!

A árvore de décadas ficou com uma enorme área carbonizada antes de começar a queimar. 

Sabia que havia cometido um erro, deveria ter disparado o feitiço manualmente, mas pelo pânico, acabou o usando no automático. 

O Mago de meia-idade olhou para Abel  atordoado. Era quase impossível dominar um feitiço em quatro dias, quanto mais atirar em frações de segundos. Sim, mesmo que fosse o feitiço mais básico e de nível mais baixo em todo o sistema de feitiços. 

Ele deveria convidar Abel para sua torre mágica. Então começou a pensar que caso não fizesse isso agora, alguém iria fazê-lo e iria levar esse gênio antes dele.

— Você não disse nenhum encantamento? — O Mago lançou um olhar cético para Abel.

— Não senhor — Abel pensou por um momento e então disse — O feitiço que usei é feito pelos elfos nobres, que eu aprendi antes. Se eu quiser lançar, só tenho que dizer encantamentos em minha mente. 

Quando o Mago destruiu sua bola de fogo no ar, também não utilizou nenhum encantamento. Não tinha certeza de como ele fez a mesma coisa.

No entanto, não era como se pudesse revelar a existência do Cubo Horádrico. O Mago de meia-idade balançou a cabeça e olhou para Abel.

 — Jovem, não minta para mim. Nunca ouvi falar de ninguém que fala a língua nobre dos elfos. 

“Ah, então foi isso.” Abel pensou que havia dito algo errado, mas o Mago estava apenas perguntando sobre a língua nobre dos elfos. 

— Senhor, eu entendo a língua nobre dos elfos. — Abel respondeu com uma frase usando a língua dos elfos.

Embora o mago não entendesse o que Abel estava dizendo, foi capaz de distinguir algumas palavras de feitiços da mesma língua. Um sorriso satisfeito apareceu em seu rosto quando suas dúvidas foram resolvidas. 

— Jovem, qual é o seu nome? 

— Meu nome é Abel, Abel Harry — Respondeu. 

— Abel? Acho que já ouvi esse nome antes — O Mago respondeu como se coisas não relacionadas à magia não importassem — Meu nome é Morton. Você pode vir para a Torre Mágica amanhã. Estarei esperando por você lá.

Abel ficou chocado ao ouvir o nome “Morton.” Poucas pessoas mencionavam esse nome, mas todos que o fizeram tinham esse olhar de admiração em seus rostos. Sim, Morton. 

Ele é o mago mais poderoso de todo o Ducado Camelot. Um mago Intermediário nível 11 que vivia na mais alta das três torres mágicas. Se sentia animado e feliz em seu coração, mas já era um aprendiz de Sam. Deixar a Torre Mágica de Yveline não parecia certo.

— Caro Mago Morton, embora eu esteja desejando a Torre Mágica Morton, temo que eu precise explicar tudo para Sam primeiro. Sem a permissão dele, não acho certo ir à sua Torre Mágica. 

— Ah, claro, eu mesmo vou falar com Yveline sobre isso. Apenas vá dizer a Sam, e ele vai deixar você ir — Morton disse confiante, não achava que Sam tentaria impedi-lo de convidar alguém. 

— Você mora aqui? — Morton perguntou quando finalmente notou seus arredores.

— Sim, esta é minha residência temporária em Bakong. 

— Oh! Você vem de uma família rica, eu vejo. Muito bom. Você vai precisar de bastante ouro para ajudar no seu treinamento de Mago. 

— Sinto muito, senhor. Esqueci de o convidar para entrar — Abel gesticulou para o Mago entrar. Parecia meio engraçado já que estava vestindo uma armadura completa.

Não achou que Morton entraria. 

Era difícil ver uma celebridade tão grande, quanto mais tratá-los com uma xícara de chá ou algo assim. Morton poderia simplesmente rejeitá-lo, mas é sempre bom perguntar primeiro.

Porém, Morton já estava se adiantando para a casa, e tinha um sorriso largo no rosto.

 — Como eu poderia recusar uma oferta tão generosa? Claro, eu vou entrar e me sentar.

Abel abriu a porta e conduziu Morton ao quarto de hóspedes. Ken apareceu de repente.

— Há algo que eu possa fazer por você, mestre? —Ken se aproximou e perguntou.

— Traga uma garrafa de vinho tinto do meu quarto e prepare algumas sobremesas — Abel virou-se para olhar para Morton e perguntou — Ou gostaria de outra coisa, Sr. Morton?

— Não, depende de você — Morton respondeu, estava mais interessado em ver como os quartos eram decorados.

Esta mansão foi obtida da família real, e as decorações internas eram todas as melhores de seu tipo, o sofá de couro e pinturas a óleo na parede, e até as xícaras.

 Tudo aqui valia muito mais ouro do que os nobres comuns poderiam obter. Morton não esperava encontrar um aluno tão rico. 

“Oh bem, pelo menos não terá nenhum problema financeiro no futuro próximo.”

Depois de um tempo, Ken trouxe alguns criados para oferecer algumas sobremesas. Embora não fossem tão delicados quanto os da torre mágica, claramente se esforçaram bastante neles.

Ken abriu a garrafa de vinho e a despejou na taça. Olhou para Abel e perguntou.

 — O vinho deve ser servido agora ou mais tarde mestre?

— Vamos fazer isso agora. — Disse Morton antes que Abel pudesse responder qualquer coisa.

Ken viu que este convidado era muito importante. Embora não soubesse de onde vinha, a atitude de Abel explicava tudo. 

— Sim senhor — Ken serviu vinho tinto em duas taças, depois fez uma reverência. 

— Por que você quer ser um Mago? — Morton ergueu seu copo.

— Eu quero viver mais, Sr. Morton. Ouvi dizer que os Magos podem viver até 300 anos, e eu realmente gosto de viver o máximo que posso — Embora Abel não pudesse contar a Morton sobre o Pergaminho do Portal da Cidade, ele definitivamente gostaria de viver muito mais. Precisava de tempo até que pudesse para voltar para a China. 

— Hahaha! — Morton riu enquanto tomava um gole de vinho tinto — Muitos jovens escolheram se tornar Magos porque querem viver mais.

 Na verdade, não eram eles mesmos que queriam viver mais, na maioria das vezes. As famílias deles exigiam que se tornassem. Mas você é um caso especial, suponho, em uma idade tão jovem quanto a sua, eu não esperaria que você pensasse muito em viver mais… Huh? — O Mago parou sua mão de repente, cheirou o vinho e tomou um gole, e saboreou lentamente na boca.

Abel não disse nada. O vinho tinto que Morton bebeu foi sintetizado por seu Cubo Horádrico, não queria que ninguém descobrisse sobre o Cubo, mas um convidado tão importante só deveria ser tratado com a melhor bebida da casa.

— Você tem mais deste vinho? — Morton perguntou diretamente. 

— Claro, há algumas garrafas no meu quarto. Pode levá-las, se quiser. 

Como se viu, Morton gostava de vinho tinto.

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