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Abe the Wizard – Capítulo 122

 A Torre Mágica de Morton

— Finkle, já deixei a Torre Mágica de Yvelines — Disse Abel, olhando para aquele gordo ágil. 

Assim que falou, os estudantes de feitiçaria que estavam por perto mudaram sua aparência de amigável para um vislumbre de desprezo. Alguns até recuaram, como se tivessem medo de que Abel fosse portador de uma doença que se espalhasse até eles.

— Meu Deus, o que aconteceu com você? — Finkle perguntou com um olhar de simpatia. 

— Nada. Apenas disse ao Mago Sam que eu iria sair da torre — Abel não quis explicar nada, mas o comportamento do outro aluno o tocou profundamente.

— Finkle, ele foi expulso da torre. Tenha cuidado, se chegar muito perto dele, deixará as pessoas da torre com raiva de você! —  Um dos estudantes disse a Finkle.

— Se houver algo que eu possa fazer para ajudá-lo, certifique-se de me encontrar. — Finkle falou levemente e rapidamente se afastou. 

Abel olhou para Finkle, assentiu e seguiu o caminho de pedra vermelha entre as torres enquanto se dirigia para a Torre Mágica de Morton, que era a mais alta das três.

— Qual o problema dele? Por que está indo para a Torre Mágica de Morton?

— Talvez tenha ficado muito chateado ao ser expulso. Apenas observe como ele será expulso da Torre Mágica do Mago Morton também! 

— Abel poderia ter deixado a Torre Mágica de Yvelines porque a Torre Mágica de Morton o aceitou? — Finkle sussurrou. 

Os rostos dos outros seguidores mudaram imediatamente, e um deles balançou a cabeça e disse — Como isso pode ser possível? Não é tão fácil ser aceito na Torre Mágica de Morton quando eles são tão rigorosos?

— De fato, nunca ouvi falar de nenhuma vaga para aprendiz de Mago em nenhum dos discípulos.

— É verdade, em todos esses anos, a Torre  não aceitou ninguém, então como alguém como ele poderia ter uma chance?

Houve muita conversa, mas nenhum dos estudantes cogitou que Abel seria considerado um discípulo pelo próprio Mago Morton, ou sequer mencionaram a ideia. 

Enquanto se aproximava, muitos estudantes praticavam nos arredores externos da torre.

Com um olhar, percebeu que esses estudantes, em termos de nível, eram superiores que os da Torre Mágica de Yvelines, pelo menos era o que parecia, pois já havia identificado até 10 Magos Aprendizes de nível 1. 

Como havia apenas cerca de 30 pessoas na multidão, a proporção foi considerada muito grande. 

A Torre é um destino atraente para aqueles Magos Aprendizes que estavam confiantes no caminho para se tornarem Magos Oficiais.

Quando os estudantes viram Abel se aproximando, todos ficaram em silêncio, e continuaram com sua meditação. 

Apenas algumas deram uma olhada em Abel. Pareciam não se importar muito com a sua chegada. No entanto, quando se aproximou da porta, todos abriram os olhos, com uma sensação de surpresa, dúvida, ridículo, sátira e assim por diante com diferentes olhares ao mesmo tempo, todos focando diretamente em Abel.

O sensível Poder da Intenção de Abel sentiu os olhares da multidão, mas ele não parou. Em vez disso, dirigiu-se aos portões da Torre. Então tirou seu emblema de identificação da cintura e pressionou-a contra a porta. 

Quando o removeu, os olhos das pessoas se estreitaram, intrigados, ridicularizados e irônicos. 

Ficaram sem palavras e atordoados em descrença. Era o emblema de identificação da Torre, a razão crucial pela qual essas pessoas esperavam tanto aqui todos os dias, mas agora estava nas mãos de um jovem que nunca tinha vindo aqui antes.

— Identificação verificada! — Um som mecânico chegou aos ouvidos de Abel quando os portões da torre se abriram. 

Estava agora entrando na torre mais poderosa do Ducado Camelot, e sendo observado por mais de 30 pessoas com seus corações cheios de inveja e choque. 

Em um lugar não muito longe da porta, havia um grupo de pessoas que também observavam com arrependimentos por não terem o recebido com tanta hospitalidade. 

Deveriam ter tentado fazer amizade e conhecer o jovem seguidor que estava prestes a entrar na Torre, pois provavelmente os beneficiaria no futuro.

Entrando no primeiro andar, descobriu que as áreas desocupadas eram bastante insuficientes. Metade das áreas já estava ocupada por um círculo mágico, com a outra metade bloqueada por enormes grades metálicas, exceto por uma pequena área de recepção para os convidados. 

As grades estavam cheias de várias matrizes, e Abel parecia não saber o propósito delas também.

O chão era feito de gigantescas rochas de cor preta, com uma visão tênue das linhas regulares desenhadas na rocha. Acima de sua cabeça, havia 12 gemas brilhando em luz branca.

Essas gemas foram conectadas por uma corda, formando um enorme círculo mágico em formato de um hexagrama 1 

Isso tornou o piso iluminado ainda mais brilhante Comparada com a Torre Mágica de Yveline, a Torre Mágica de Morton era como um nobre e luxuosa, enquanto a Torre Mágica de Yveline era para civis comuns. 

Para Abel, a Torre Mágica de Yveline era mais como uma sala comum com escadas sem nada de especial. Por outro lado, a Torre Mágica de Morton tinha uma sensação de temperamento nobre, juntamente com um ambiente brilhante que estava em contradição com o ambiente escuro da Torre Mágica de Yveline.

— Você é Abel? O Sr. Morton está esperando por você! — Assim que Abel estava admirando a Torre Mágica de Morton, uma voz veio da escada. Abel olhou e viu um jovem de túnica cinza olhando para ele. O jovem era alfabetizado e bonito também.

 — Sim, eu sou Abel. Um momento por favor! — Abel curvou-se para o jovem. 

— Meu nome é Carlos. Eu sou o quarto discípulo do Sr. Morton. — Carlos sorriu para Abel. 

— Você é o quinto discípulo e eu sou o quarto!

Assim que estava prestes a subir as escadas, uma bela jovem de cerca de 1,8 metro de altura, vestindo o mesmo manto cinza, desceu.

Todo o seu corpo estava cheio de energia juvenil e, quando viu Abel, disse — Meu nome é Camille, sou a quarta discípula do Sr. Morton, Carlos é o quinto discípulo. Não dê ouvidos a ele. Ele está sendo bobo.

Com essas palavras, Camille colocou o punho na frente dos olhos e fez um gesto ameaçador para Carlos. 

Se um homem tivesse feito esse movimento, poderia ameaçar algumas pessoas. No entanto, se uma mulher com um temperamento brilhante o fizesse, só parecia muito fofo e encantador. 

— Camille, você tem que ser razoável. Entrei na torre primeiro. Você veio depois de mim, então você é a quinta discípula. — Carlos disse com uma expressão impotente em seu rosto delicado. 

— Estou no nível 4 e você no nível 3. Então, por que não encontramos um lugar para desafiar e ver quem é o quarto e qual é o quinto? —  Camille manteve a cabeça erguida, revelando seu pescoço esguio.

— O que vocês dois estão fazendo? Por que não trouxeram Abel aqui? — Uma voz pesada de repente veio do primeiro andar. Carlos e Camille se entreolharam enquanto ambos mostravam a língua. 

Camille então se virou para Abel e disse — Siga-me. 

Carlos deu de ombros e murmurou, atrás de Camille — Mulher irracional! 

— O que você disse? — Camille parecia sentir o que Carlos estava dizendo quando parou abruptamente para ó olhar.

— Nada. Estou ajudando você a levar Abel até lá. — Carlos explicou, pegando o braço de Abel como se fosse um prisioneiro. Abel ficou de boca fechada e, sem dizer uma palavra, foi puxado para cima por Carlos. 

— Por que o professor não transformou a escada em teletransporte e o enviou diretamente? — Camille caminhava na frente, reclamando.

— Se você me der a pedra mágica, o professor trocaria a escada com prazer. — Carlos contra-atacou. 

— Quando eu ficar rica e me tornar uma Maga, colocarei todos os meus cômodos um teletransporte. — Camille ignorou Carlos, murmurando como se tivesse uma montanha de ouro na frente dele.

— Que pedra mágica? É uma jóia? — Perguntou Abel, pensando de repente. 

— Sim, é maior e mais delicado que uma gema comum. Ele contém muita magia. Essa é a pedra mágica. — Vendo que Abel estava interessado nesse tipo de coisa, Camille começou a explicar.

 — Existem alguns tipos dessas gemas mágicas, as gemas mágicas vermelhas, azuis, brancas, e amarelas. Obviamente, existem outros tipos. 

Mas como cada uma dessas gemas são extremamente difíceis de adquirir, os Magos possuem controle sobre a maioria dos recursos das minas de gemas dentro do Continente Sagrado, a fim de obter essas gemas mágicas.

— As comuns ainda estão disponíveis para compra nas principais cidades, mas as de nível mais alto que são usadas pelos Magos são extremamente raras de serem vistas vendendo nos mercados entre os civis comuns. 

Assim como esta jóia mágica intermediária aqui. — Ao dizer isso, Camille tirou do peito uma linda e grande gema, maior que um rubi comum, com inúmeros cortes no círculo. A pedra era vermelha de fora para dentro. Desde que tirou a joia, Camille tem olhado para ela com um olhar fascinante…

Era um rubi perfeito! Abel sabia o grau da gema de relance. Isso porque havia sintetizado mais de uma vez, o que o tornava muito familiarizado com esse tipo de gema.


Nota:

[1] Estrela de 6 pontas.

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