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Abe the Wizard – Capítulo 267

Merlin, o Druida

Merlin não sabia o que esperar ao tentar invadir a mente de Abel, mas agora ele se sentia como um tolo. 

Druidas eram um tipo de mago especializado em autoaprimoramento e magias de curto alcance, com grandes limitações no uso de seu poder espiritual para ataques diretos. 

Essa abordagem era arriscada, pois, uma vez comprometido, o poder espiritual poderia sofrer consequências severas.

Merlin estava prestes a enfrentar essas consequências. Quando seu poder espiritual penetrou na mente de Abel, ele se deparou com um labirinto mental tão complexo que nem mesmo Abel compreendia totalmente. 

A alma de Abel era robusta e multifacetada, influenciada por potentes poções de alma, seu status de comandante e a pressão do cristal de dragão.

Carrie, percebendo algo errado, viu que Merlin estava atacando Abel. Mesmo sem saber se Abel conseguiria resistir, ela sentiu um misto de preocupação e culpa, já que Merlin frequentemente demonstrava interesse por ela.

Enquanto Carrie se preparava para intervir, notou que a expressão de Merlin mudou drasticamente. Ele parecia estupefato, enquanto Abel permanecia imperturbável. 

A suspeita de Carrie cresceu: seria possível que um druida oficial tivesse uma força espiritual mais fraca do que um mago de terceiro nível?

A batalha estava decidida quando Carrie percebeu o que estava acontecendo. Merlin estava claramente abalado. Todo o seu poder espiritual estava sendo absorvido pela mente de Abel, que se tornava um reduto implacável e aterrorizante.

Dentro da mente de Abel, um rugido de dragão ressoava. Merlin, um druida especializado em invocação, estava acostumado a se comunicar com bestas espirituais, mas o rugido fez com que todo o seu poder espiritual fosse absorvido. 

A alma de Abel, comparada a uma cobra faminta devorando um elefante, consumiu completamente a força espiritual de Merlin.

No plano físico, Abel não era uma ameaça para Merlin, que não conseguia utilizar a pressão do dragão gigante contra ele. Esse poder existia apenas na alma de Abel, e invadir sua mente era como enfrentar a mente de um dragão colossal.

Após a absorção do poder espiritual de Merlin, Abel percebeu uma mudança. Embora não tivesse uma percepção clara de si mesmo, a influência do poder de um druida oficial havia ampliado sua alma e fortalecido sua força espiritual.

O tumulto no salão aumentou com os gritos dos druidas. Carrie, embora normalmente reservada, não podia ignorar o caos. 

Ela sabia que Merlin frequentemente procurava se destacar em discussões sobre treinamento e tinha um interesse em demonstrar seu valor para ela. 

No entanto, ela não imaginava que sua interação com Abel, especialmente o pedido que havia feito, pudesse ser interpretada por Merlin como um sinal de afeto.

Carrie estava preocupada, e se sentia culpada pela situação.

Os druidas ficaram atônitos ao ver Merlin em tal estado. A Grã-Duquesa Edwina e o Duque Albert chegaram ao local.

“Grã-Duquesa Edwina, este elfo atacou Merlin. Veja o que ele fez!” um druida, amigo próximo de Merlin, exclamou.

“Vocês não percebem a diferença entre um druida de nível oficial e um elfo de nível 3?” a Grã-Duquesa Edwina disse com firmeza. 

“Merlin atacou o alquimista do Palácio Grão-Ducal. Ele estava sujeito a uma retaliação. Vocês ainda querem fazer algo a respeito?”

Ao descobrir a identidade de Abel como o alquimista da Grã-Duquesa, os druidas se calaram. Perceberam que o renomado alquimista responsável pelos perfumes élficos era, na verdade, Abel, e compreenderam a seriedade da situação.

Carrie se aproximou de Abel com um tom preocupado. 

“Mãe, o Sr. Bennett está bem?”

“Acabei de verificar, ele está bem”, respondeu a Grã-Duquesa Edwina com um sorriso tranquilo.

Nesse momento, a bolsa espiritual da Grã-Duquesa Edwina se abriu repentinamente. Cinco corvos voaram para fora e se dirigiram a Abel, pousando em seu ombro e olhando para ele com afeto.

“Transferência de juramento!” exclamaram os elfos presentes. Esse processo lendário envolvia a transferência das bestas juramentadas para outros elfos, uma prática rara e frequentemente difícil de realizar, e que geralmente gerava arrependimento em quem tentava executá-la.

A Grã-Duquesa Edwina expressou surpresa. Ela sabia que Abel, sendo humano, não deveria ser capaz de interagir com druidas dessa forma. O conflito não se restringia apenas a runas, mas envolvia um nível espiritual profundo.

Os druidas, conhecidos por alterar suas almas para se comunicarem com animais, descobriram que Abel tinha uma aceitação excepcional dos animais, uma qualidade rara e notável.

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