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Abe the Wizard – Capítulo 4

Cidade Fort Lee

Forte Lee. Originalmente, era para ser apenas o nome de um antigo forte, mas as pessoas começaram a construir uma civilização ao seu redor e a transformaram em uma cidade densamente povoada. Atualmente, era usado como residência para Lord Rex, o atual prefeito.

Por volta do meio-dia quando chegaram na cidade. Após uma breve discussão, os dois decidiram ir primeiro à igreja para que o padre realizasse uma cura de ferimentos leves na perna de Norman. Gastaram um total de dez moedas de prata.

Algo chamou a atenção Abel enquanto estavam saindo do edifício do santuário. Como se viu, manter uma igreja era, na verdade um negócio muito lucrativo. Dez moedas de prata eram suficientes para alimentar uma família por um mês, mas um padre podia pedir a mesma quantia para realizar um ato divino. Na verdade, bastava olhar para o quão alto a igreja foi construída.

Sob a orientação de Norman, chegou a uma loja de couro ao lado leste. Era o lugar certo para vender a pantera das sombras que eles haviam matado.

O gerente da loja ficou chocado quando os dois trouxeram o animal. Não é fácil derrubar um predador perigoso sem causar muito dano ao seu corpo. Mas foi exatamente isso que Abel e Norman fizeram. Além da longa faixa da ferida na parte traseira, todas as outras partes da pantera foram intocadas.

Dito isto, o lojista ficou mais do que feliz em comprá-la por dez moedas de ouro. Enquanto Norman parecia bastante satisfeito com este acordo, Abel apenas acenou com a cabeça. Não sabia como funcionava o mercado de couro, mas as dez moedas de ouro pareciam uma boa quantia.

Dez moedas de ouro. Com a única moeda que recebeu de Zach e as outras cinco que tinha economizado, tinha um total de dezesseis moedas de ouro. Assim como no mundo anterior, ter ouro significava grande poder aquisitivo. Isso significava que não estava tão pobre.

Só para deixar claro, não veio para Fort Lee para passear. Veio aqui para fazer algumas compras. Alguns dos quais havia enviado Norman para comprar e alguns dos quais deveria comprar sem que outros soubessem.

Foi por isso que decidiu vir para o centro. Após mandar Norman embora, chegou ao Centro Comercial, um comércio marcado com o logotipo do antigo forte. Era quase meio-dia, então não havia muita gente.

Não tinha certeza do que poderia comprar, então foi perguntar no balcão. Pelo que podia ver, essa era uma versão mais sofisticada de um armazém comum. Havia mercadorias diárias, joias, roupas, etc. Estava incerto se poderia encontrar as coisas que procurava aqui.

“Você deve ser o senhor Abel.” Um homem gordo de meia-idade saiu do balcão. Com um grande sorriso no rosto, o cumprimentou com uma reverência. Foi uma reverência esquisita.

Apesar da exibição não convencional (e um tanto inadequada) de etiqueta mostrada a ele, retribuiu com uma saudação formal. Sabia o quão difícil era para os plebeus aprenderem a etiqueta apropriada.

“Isso mesmo. Você me conhece?”

“Perdoe-me por chamar seu nome, senhor. Meu nome é Tim. Eu sou o dono deste estabelecimento.”

 Tim curvou-se novamente, mas ainda de uma maneira estranha. 

“Eu notei o Escudo Espinhoso em seu traje. Seu irmão Zach tinha a mesma marca nele, e eu o conheci há algum tempo.”

O Escudo Espinhoso era o brasão que representava a família Bennett. Para ser um membro da realeza competente, era preciso aprender a memorizar o maior número possível de brasões. É uma parte obrigatória do treinamento de cavaleiro de Abel, com literatura, música e outros talentos.

“Você tem alguma pedra preciosa aqui, Sr. Tim?” Abel perguntou. Não precisava, mas se referir a Tim como senhor era uma coisa bastante respeitosa a se fazer. A julgar pela reação de Tim, deve ter ficado satisfeito com esse ato de reconhecimento.

“Você veio ao lugar certo, senhor.”

Tim respondeu com um sorriso mais largo do que quando tinham acabado de se conhecer. 

“Sim, nós fornecemos uma variedade de pedras preciosas aqui. O que você estava procurando?”

Sob seu comando, Tim ordenou que seus homens destrancassem uma grande caixa guardada no balcão. Havia várias fileiras de pedras preciosas dentro, todas em pedaços muito pequenos. A maioria das pessoas não podia comprar joias. Além disso, as pedras maiores seriam transferidas para outro lugar. Tinham outros usos além de serem vendidos como acessórios de luxo.

“Quanto eu preciso pagar por isso. Sr. Tim.” Abel perguntou enquanto pegava seis rubis do mesmo tamanho da caixa.

“Apenas seis moedas de ouro, Sr. Abel.”

Era um preço razoável. Afinal, nenhum mercador conceituado enganaria um cliente da mesma região. Abel podia ser jovem, mas ainda era filho de um cavaleiro. Foi um acordo justo feito com seis moedas de ouro.

Tendo recebido o dinheiro, Tim foi colocar seis peças de rubi em um saco de lã. Acompanhou Abel para fora da loja depois disso. Da maneira mais respeitosa possível, é claro.

Saindo do shopping, fugiu para um beco isolado. Lá, tirou três pedaços de rubi da bolsa e os colocou em seu Cubo. Se lembrasse de suas fórmulas corretamente, três das mesmas pedras preciosas poderiam se fundir em uma pedra maior e mais fina do mesmo tipo.

Tendo resistido ao seu sentimento de excitação, bateu nas ranhuras de artesanato com o dedo. Inseriu os três rubis, que desapareceram em um flash de luz. Então viu um grande rubi na fenda superior do Cubo.

Que coisa linda. Pensou. Todos os lados desta peça estavam brilhando com um clarão vermelho. Fosse o tamanho ou a qualidade desta peça, era uma classificação mais alta do que os outros três rubis combinados. Não tinha certeza, mas sabia que isso valia mais do que três moedas de ouro.

Tendo feito sua segunda pedra, começou a pensar em um bom lugar para vendê-las. Sabia que não poderia voltar ao centro comercial para isso. Se voltasse para vendê-los no lugar de onde acabara de comprar joias, não seria preciso ser um gênio para descobrir que algo estava errado ali.

Andando um pouco mais pela cidade. Desceu a rua principal, e pôde ver que havia uma butique na frente dele. A Butique Edmundo, o maior negócio do gênero em todo o ducado. Pelo que conseguia se lembrar, todas as cidades do Ducado Camelot tinham essa butique em algum lugar. É uma marca muito conhecida, com uma história de 500 anos desde que foi fundada. Todos os anos, organizava um grande evento de leilão que atrairia aristocratas de diferentes cidades. Até mesmo os dos ducados vizinhos vinham dar lances nos itens requintados à venda.

“Bem-vindo a butique Edmund. Como posso ajudá-lo?”

Foi uma jovem que o cumprimentou quando entrou. Tinha cabelos loiros, um rosto oval padrão, olhos grandes e sua pele era clara e impecável. O vestido fino que ela usava era feito de seda oriental, um material original do Extremo Oriente. Falou com uma voz suave e gentil enquanto fazia uma reverência a Abel logo em seguida.

“Boa tarde, jovem e bela madame.” Cumprimentou Abel. 

“Procuro alguém para verificar uma pedra preciosa para mim.”

Ao contrário daquele homem gordo mais cedo, esta senhora sabia a maneira certa de demonstrar sua etiqueta. Falou educadamente, mas não de um jeito prolixo. Sua reverência foi adequada e oportuna. Como mencionado anteriormente, não foi fácil para a maioria das pessoas aprender a etiqueta adequada. A butique deve ter feito um grande investimento no treinamento de seus funcionários.

“Por favor, me chame de Yvette, meu jovem e bonito senhor. Você pode falar comigo se for sobre verificar pedras preciosas. Eu sou a gerente desta loja. Por favor, venha comigo para conversarmos lá em cima.”

Apenas à primeira vista, Yvette poderia dizer que Abel era alguém de nascimento nobre. Por isso ela mesma decidiu conversar com ele.

Os dois subiram para se sentar no quarto de hóspedes. No momento em que se sentou, foi servido com uma xícara de café fresco. Abel não queria parecer mal-educado, mas andar várias horas na cidade o deixou com muita sede. Tomou um gole antes mesmo de começarem a falar.

Um bom café. Abel não era exatamente um especialista, mas sua língua também não estava dormente. De onde quer que os grãos fossem, não era algo que a família Bennett pudesse comprar facilmente.

Abel era um rapaz muito jovem, Yvette poderia se referir a ele como menino. A idade, no entanto, não representava a reputação de um nobre. Essa noção era comumente reconhecida entre os aristocratas, e também algo que seus servos seguiam.

“Quanto vale esta pedra preciosa, senhorita Yvette?” Abel tirou seu maior rubi e o passou para ela.

Tendo pegado a pedra preciosa, começou a examinar seu interior por uma pequena lâmpada. Então, depois de alguns minutos, levantou a cabeça com um olhar encantador no rosto.

“Esta é uma peça perfeita! As esculturas. A estrutura dela. Transparência. Sinceramente, não consigo encontrar nenhum defeito nela. Que tal eu comprar de você por 300 moedas de ouro?’

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