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Abe the Wizard – Capítulo 96

Cidade Bakong

— Esses homens tentaram atacar meus amigos, Mestre Abel, então cortei suas cabeças como punição! — O Comandante-chefe Hopkins zombou. 

Abel sabia que era possível prender todos os que conspiraram contra ele em uma noite. No entanto, para encontrar a origem da trama, além de se preparar para atacar o grupo mercenário, tinha que ser um serviço de inteligência extremamente poderoso para realizar tal tarefa. Embora aquele lorde insignificante fizesse parte da trama contra Abel, foi morto por um assunto tão pequeno. Isso certamente traria muitos problemas para o Comandante-chefe Hopkins no futuro.

Para lidar com uma punição como essa, o Comandante-chefe Hopkins foi obrigado a apresentar um pedido à Nobre Corte Judicial. No entanto, com um título tão respeitado, a Nobre Corte Judicial deveria ter processado seu caso rapidamente. O Comandante-chefe Hopkins havia matado um lorde para que pudesse terminar esse assunto antes que Abel deixasse a Cidade de Marva. Mesmo que fosse apenas um lorde comum sem o brasão de armas, ainda era um assunto problemático.

— Aceito sua gentileza, Comandante-chefe Hopkins, e tudo o que fez por mim mostrou que é um verdadeiro amigo. — Abel sorriu, curvou-se, endireitou-se e continuou — Como sinal da minha gratidão lhe darei um presente em troca. — Com isso, Abel voltou para sua carruagem, pegou uma espada mágica de fogo, estendeu-a ao Comandante-chefe Hopkins.

O Comandante-chefe Hopkins então deu um passo à frente, pegou a espada de Abel com as duas mãos e disse com uma risada — Estou honrado pela sua amizade!

Apresentar uma arma como presente entre dois Cavaleiros era um método tradicional de fazer amigos entre Cavaleiros. 

Quando um Cavaleiro entregava sua arma a outro, simbolizava a ideia de um indivíduo pedindo para se tornar o verdadeiro amigo de outro, e se o outro Cavaleiro aceitasse a arma, sua amizade significava que agora eram tão próximos quanto irmãos. Esse tipo de cerimônia foi sagrada na tradição da etiqueta dos Cavaleiros por muitos anos. Foi considerado como os passos fundadores mais estáveis para uma boa amizade.

Quando o Comandante-chefe Hopkins pegou a arma de Abel, a amizade dos dois imediatamente se gravou em pedra. O comandante-chefe Hopkins então pegou a mão de Abel e disse — Mestre Abel, acabei de perceber que você estava na Cidade de Marva, então nem sei que tipo de presente posso lhe dar agora. — De repente, o Comandante bateu palmas e dez guardas que usavam armadura preta saíram atrás do Comandante-chefe Hopkins.  

— A situação atual na Cidade de Bakong não parece muito boa. Eu não acho que trouxe homens suficientes com você. Por meio disto, eu lhe oferecerei esses dez Combatentes Iniciantes; a vida e a morte deles dependem de você agora.

Com um aceno da mão do Comandante-chefe Hopkins, os dez guerreiros de armadura negra aproximaram-se de Abel e caíram sobre um joelho. 

Disseram em uníssono — Senhor Abel, ousamos morrer pelo Senhor! 

É claro que Abel não recusaria a gentileza do Comandante-chefe Hopkins, pois sua amizade estava apenas começando; era uma questão comum trocar presentes uns com os outros. Então, com um olhar sério no rosto, Abel colocou as mãos sobre os ombros dos guerreiros e os ajudou a se levantar. Esses soldados de armadura preta eram tão ferozes que podiam ser reconhecidos em segundos como Combatentes veteranos.

Abel ficou um pouco chocado com a generosidade do Comandante-chefe Hopkins. Esses soldados particulares que estavam dispostos a morrer por seus senhores não eram fáceis de treinar. Olhando para eles, pareciam ser dez anos mais jovens do que seus Cavaleiros Combatentes. Mas para ter esse tipo de poder nessa idade, deveriam ser os melhores dos melhores.

O Lorde Marechal estava atrás de Abel apenas observando em silêncio. Isso porque o Lorde Marechal estava longe demais em termos de seu status com o Comandante-chefe Hopkins, então só conseguiu admirar Abel, com um sorriso que encheu seu rosto. Quando a carruagem de Abel deixou a Cidade de Marva, todos os mercenários soltaram um suspiro de alívio. Devido à presença de Abel, toda a cidade estava em guerra. 

Mercenários falando uns com os outros tinham que estar cientes de que os outros os ouviam. Especialmente para os mercenários que estavam rastreando a localização de Abel, eles desapareceram subtamente durante a noite na Cidade de Marva. 

O resto de sua jornada foi bastante tranquila, com um grupo de carruagens de mais de 30 guerreiros, bem como o brasão de armas na frente da carruagem super luxuosa do Lorde Marechal que efetivamente impediu o ataque de alguns bastardos gananciosos. 

Após 12 dias, o grupo de carruagens finalmente chegou ao seu destino, a Cidade Bakong, capital do Ducado Camelot. 

Abel nunca imaginou que a cidade fosse tão gigantesca. Com um muro que tinha mais de 50 metros de altura, muros que deixavam todos os atacantes desesperados. A cada cem metros havia uma torre cilíndrica que se ligava à muralha.

Quando a carruagem se aproximava da cidade, percebeu que todas as paredes eram construídas com grandes pedras talhadas. Além disso, quase não havia rachaduras visíveis nos blocos de rochas. Apenas as paredes conseguiram impressionar imensamente Abel.

O portão externo da Cidade Bakong estava fervilhando de barulhos. Havia muitos vendedores em suas barracas, bem como pessoas fazendo fila para entrar na cidade. Para os nobres, havia uma passagem que permitia a entrada direta. Quando entraram, havia um pequeno grupo de guardas que inspecionaram cuidadosamente o brasão de armas e os documentos do Lorde Marechal. Claro, essas ações foram feitas pelos dois mordomos, pois os guardas não permitiriam que um nobre lidasse com esses pequenos assuntos.

Após algumas formalidades, a carruagem entrou na famosa cidade de que Abel ouvira falar por tanto tempo. Conduzido pela carruagem tracionada por Touros Infernais do Lorde Marechal, Abel sentou-se na carruagem com a janela aberta enquanto olhava a cidade com curiosidade. 

Assim que a carruagem entrou na cidade, o visual das imensas ruas atraiu imediatamente a atenção de Abel. O chão foi pavimentado com os mesmos materiais usados nas muralhas. Além disso, a estrada era tão larga que permitia a passagem de oito carruagens lado a lado. Não havia vendedores e barracas como as que viu fora da cidade. Os dois lados da rua estavam cheios de lojas com layout uniformizado, e todas elas estavam lotadas de pessoas. Era uma cidade tão florescente.

As paredes de pedra branca, juntamente com os telhados de telhas vermelhas, formavam o estilo único da cidade.

O que mais surpreendeu Abel foi o saneamento. Quase todas as cidades que visitou no passado, grandes ou pequenas, tinham o mesmo problema, falta de saneamento. Mas a Cidade Bakong parecia limpa e arrumada. Não havia lixo no chão, o que era uma lufada de ar fresco em comparação com outras cidades.

O grupo de carruagem se moveu lentamente. Acontece que uma carruagem considerada super luxuosa na Cidade da Colheita ou na Cidade de Marva era normal aqui. Quase todas as carruagens nobres aqui eram extremamente luxuosas. Desde que chegaram, Abel já tinha visto passar por ele várias carruagens incrustadas de ouro, prata e pedras preciosas.

O Lorde Marechal fez uma curva na frente e entrou em outra rua. A carruagem de Abel o seguiu. Assim que sua carruagem entrou na outra rua, uma brisa fresca soprou sobre Abel. Ele examinou seus arredores, a rua em que estava agora cuidadosamente desenhada com pequenos blocos de concreto vermelho. Todo o chão da rua estava cheio de vermelho, com altos baldes de cobre colocados de cada lado. Esta rua comportava até 6 carruagens e era totalmente sombreada por árvores

Assim que a carruagem entrou na rua, Abel percebeu que havia um grupo de guardas. Quando viram o brasão na carruagem do Lorde Marechal, fizeram sinal para que a carruagem passasse. Dos dois lados da rua vermelha, entre as árvores, via-se uma casa com pátio. Havia também uma parede branca com telhado vermelho, mas as paredes e colunas de cada pátio eram esculpidas com vários padrões, tornando toda a rua cheia de riqueza, com uma nobre atmosfera artística.

A carruagem do Lorde Marechal parou à frente deles, a de Abel diminuiu a velocidade. O Lorde Marechal já estava parado na beira da estrada esperando por eles enquanto Abel, Lorraine e Vento Negro desciam da carruagem. 

— Abel, esta é a Rua do Triunfo. Esse é o pátio que você conseguiu do Príncipe Wyatt. Já enviei pessoas para recolher este pátio, bem como a mansão fora da Cidade Bakong. — Disse Lorde Marechal, com grande prazer.

Só então Abel se lembrou que esta era a área de 1000 jardas onde o príncipe morto Wyatt tinha trocado por sua espada mágica de 120 forjas. A mansão fora da Cidade Bakong foi a compensação pelo ataque do Príncipe Wyatt ao Lord Marechal. 

— Tio, é um ótimo ambiente. — Disse Abel, olhando ao redor. 

— Claro, esta é a melhor rua da Cidade Bakong. O outro lado da rua leva ao palácio real. Apenas nobres vivem aqui. — Lorde Marechal disse orgulhosamente como se fosse uma grande honra ter um pátio assim aqui. Loraine também gostou muito, pois seu sorriso estava florescendo, mas aos poucos pareceu ficar triste novamente. 

Abel viu a expressão de Loraine. Ele deu um tapinha na cabeça dela e perguntou baixinho — Loraine, você não gostou daqui? 

— Não, eu gosto daqui. É só que…isso me lembra a minha casa. — Lorraine disse em uma voz suave.

Lorde Marechal ouviu do lado e disse — Isso foi construído no estilo dos elfos.

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