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Apocalypse Hunter – Capítulo 30

Bruxa Branca (1)

Conforme Charl baixava todos os dados para serem usados como evidência, ela respirou fundo várias vezes. Não importava o que a verdade fosse, Zin e Charl precisavam tomar algumas decisões. Charl contou tudo a Zin para pedir ajuda.

— Você vai caçar a protótipo, certo?

— Mesmo que o maligno foi criado artificialmente, provavelmente eu vou.

Zin e Charl não falaram mais sobre Leona.

— Está confiante que consegue caçá-lo?

Lembrando claramente de sua derrota completa, Charl não confiava que Zin seria capaz de caçar o maligno.

— Bom… faz um tempo, então não sei. Vou ter que ver.

— Eu gostaria de ajudar também, mas preciso voltar para Moscou. É mais importante para mim relatar esse incidente do que tomar ação contra a divisão da Ásia Central. Esta iria começar a se mover assim que ouvirem que a fortaleza de Busan foi invadida.

Só havia um único maligno. Antes da divisão da Ásia Central terminar suas preparações de batalha, o quartel-general Armígero precisava estar preparado também. Charl tinha tarefas mais importantes do que caçar a protótipo foragido.

— Por favor cace o protótipo.

— Eu tenho que caçar o maligno de qualquer jeito, mas por que você está pedindo para mim?

— Preciso de evidência física. Os dados são o bastante, mas… eu gostaria de acabar com a bruxa o mais rápido o possível. Não quero que os erros dos Armígeros vaguem livremente pelo mundo.

— E a recompensa por esse pedido?

Charl calmamente respondeu Zin:

— Eu vou te dar lascas mais que o suficientes para construir uma fortaleza.

— Eu imagino que seja mais do que quinhentos mil.

— Provavelmente mais do que isso.

— Eu sei que seu posto é alto, mas não estou certo se você tem tanto poder para pagar tal recompensa.

Charl respondeu a pergunta de Zin.

— … Charl é um nome falso que eu uso para missões disfarçadas. Meu nome de verdade é Charlotte De Kalts. Caçador de malignos, você sabe o significado do meu nome?

— Ah, sim. Claro que sei… — Zin riu enquanto respondia.

— Você é uma descendente do Kalts.

Zin não ouviu esse nome por um bom tempo, e ele se sentiu estranho dizendo ele alto. Charlotte estava surpresa novamente, pensando que Zin não entenderia a origem do nome.

— … Você me surpreendeu de novo.

— Se o solicitante é um candidato para a posição de comandante Armígero, não há necessidade de mais garantia.

Ela provavelmente aceitou missões disfarçadas perigosas a fim de conseguir méritos. A posição de comandante Armígero não era uma que poderia ser ganha só pela linhagem.

A missão está dada.

Zin iria caçar o protótipo, e Charlotte iria até o quartel-general Armígero em Moscou.

Charlotte perguntou Zin uma última coisa.

— Todos os caçadores de malignos são tão velhos quanto você?

— Nem sempre.

— Entendo… é mesmo.

— Nós desperdiçamos tempo demais. Eu acho que a fortaleza no PCMS irá começar a ir para o sul. Eles provavelmente vão atrás de você e do protótipo. Você não deveria estar correndo por sua vida?

Com suas palavras, Charlotte retomou seus sentidos. Não havia muito tempo para desperdiçar conversando. O PCMB foi destruído, e a fortaleza de Seoul no Norte estaria despachando tropas assim que detectassem uma anomalia. Eles iriam atrás da agente disfarçada Charl e do protótipo.

— Tá, até a próxima então. Espero te ver em Moscou!

Ela desejou pela segurança de Zin assim como a dela. Charlotte saiu correndo para fora da fortaleza vazia e Zin se preparou para ir embora também.

Um fato claro batia pelos pensamentos de Zin.

Um maligno retornou.

— …

Zin ficou alerta, seus sentidos formigando. Ele se sentiu vivo e seu coração começou a bater forte.

— Onde era a… sala de poder…

Zin andou pelo bunker a fim de coletar as lascas azuis usadas para fornecer energia para a fortaleza.

Zin vivia como um varredor tanto quanto ele vivia como um caçador.


O sobrevivente é o vencedor. O fato de que eu estou viva é mais que o suficiente.  Eu posso aguentar tudo contanto que eu consiga viver. Há muito mais coisas horríveis acontecendo nesse mundo. Isso não é nada. Lembre-se disso. Não há nada mais precioso que viver. Mesmo que você não possa esperar viver para ver o sol e as estrelas todos os dias, se considere sortuda.

Quando perguntada por que ela não deixou o pai mesmo com todo seu abuso, a mãe da garota respondia: Ela nunca lutou contra os erros.

Algumas vezes, suspeitavam que ela era uma bruxa. Ela era chutada para fora da cidade depois que seu marido abusava dela fisicamente. Havia muitas razões para o abuso,ela não conseguia lidar com um cliente porque estava doente, ela respondia ele, ou quando o marido perdia uma aposta.

Ela andava pela selva de noite e voltava tarde de madrugada quando o marido estava dormindo.

Como tais incidentes aconteciam com frequência, as pessoas se perguntavam por que os monstros na selva não atacavam a mulher, ou por que ela não se machucava quando andava ao redor das ruínas perigosas a noite.

Ninguém sabia a razão. Havia rumores de que ela era uma bruxa, apesar de ninguém saber o que uma bruxa era. Eles não tinham hesitação em se referir a alguém como bruxa. E naturalmente, também suspeitavam que Leona era uma bruxa. Entretanto, era levemente diferente para Leona.

Leona era próxima de todas as crianças em Mok-Gol, mas havia algumas que ela era particularmente próxima. Um dia, eles saíram para procurar tesouros. Eles foram para uma área das ruínas familiar, uma que eles foram várias vezes.

Então, um dia.

Cinco crianças foram para as ruínas, mas só Leona voltou.

Leona disse para os adultos que as crianças caíram para as suas mortes em um buraco, e os adultos não se incomodaram em procurar os corpos já que tais coisas aconteciam com frequência.

Na verdade, Leona era uma mentirosa. Naquela hora, os amigos não morreram por causa do buraco. Leona e seus amigos encontraram ratos monstruosos que andavam ao redor do esgoto. Os amigos foram devorados vivos por centenas de ratos.

Mas nenhum único rato chegou perto de Leona. Os ratos agiam como se tivessem medo de Leona e a veneravam. Os ratos nem encostaram nela. Ela não conseguia descobrir como ela era diferente dos amigos que os ratos devoraram sem deixar vestígio.

Mas, ela sabia que era diferente de alguma forma, e, então, manteve segredo. Ser diferente significava exclusão e exclusão significava a estrada para a morte. Dessa forma, Leona mentiu, e ela pensou que sua mãe não era diferente.

Durante o incidente, Leona perdeu todos seus amigos, e foi deixada sozinha com crianças que odiavam ela. As crianças espalharam rumores que Leona era uma bruxa assim como a mãe. Havia rumores que Leona comeu os corações das crianças desaparecidas, e ela naturalmente acabou isolada. Durante esses tempos, a mãe dela morreu. E no próximo dia, Leona matou seu pai e foi embora de Mok-Gol.

Eu sou um caçador de malignos.

Leona começou a correr enquanto pensava sobre as palavras de Zin.

— Peguem ela. Peguem aquela garota!

Pessoas perseguiam Leona.

Se ela não era uma humana, mas algo diferente como um maligno, Zin que era um caçador de malignos iria ter que matar Leona. Ela não conseguia entender o motivo de Zin deixar que ela soubesse disso.

Zin foi para o PCMB para confirmar seus pensamentos.

Na  verdade, era mais um aviso. Ele pode ter avisado Leona para fugir antes dele obter algum tipo de confirmação. Entretanto, ela não conseguia entender porquê um caçador de malignos iria dar tempo para um maligno fugir.

E Leona não fugiu. Apesar dela estar fugindo de pessoas, ela não queria fugir de Zin. Sempre houve pessoas que miravam aqueles que eram fracos como criancinhas. O caçador que parecia como o guardião da garota foi embora. Então, os ladrões vieram para roubá-la. E estes também eram sobreviventes de Mok-Gol. Eles não tiveram outra opção além de roubar os outros já que eles foram incapazes de se estabelecer em outra cidade.

De primeira, eles ficaram surpresos.

Eles ficaram surpresos pelo fato de Leona ainda estar viva e bem depois dela ter matado seu pai e fugir de Mok-Gol a alguns anos atrás.

Os ladrões que vieram para roubar ela tentaram matá-la, ao invés disso. Mas Leona esfaqueou um deles e agora estava fugindo.

— Peguem ela! Peguem ela! Ela é uma bruxa. Ela é Leona de Mok-Gol!

— O quê?

Pessoas que eram ignorantes da situação evitaram a cena, mas pessoas que reconheceram o nome Leona começar a perseguir ela também. Leona não tentou se explicar nem negar os rumores. As pessoas eram de mente fechada, e não havia razão para tentar explicar qualquer coisa para eles.

Merda. Eu devia ter ficado fora da cidade.

Uma criança não conseguiria possivelmente correr mais que um adulto, e os ladrões estavam se aproximando de Leona. Poucas pessoas na cidade se interessaram na perseguição, mas mais sobreviventes de Mok-Gol estavam se juntando na perseguição.

Para eles, Leona era a pessoa que destruiu a cidade natal deles e matou seus amigos e família. Verdade ou não, era mais importante o que eles acreditavam.

— Você não vai a lugar algum, bruxa!

Assim que Leona alcançou uma passagem restringida, um homem grande bloqueou a passagem para que Leona não conseguisse passar.

Leona tinha de decidir.

— Por que estão fazendo isso comigo? Seus malditos!

Leona agilmente puxou seu revólver prata de seu bolso. Ela nunca usou isso antes, mas ela perguntou para Zin várias vezes como usá-lo.

Aponte para o inimigo e puxe o gatilho.

Leona correu em direção ao inimigo e mirou a arma.

Até crianças conseguem fazer isso.

*Click!*

Assim que Leona puxou o gatilho, o revólver brilhou com uma explosão de som.

*Bang!*

— Ah!!!

E Leona que gritou ao invés.

— O que foi isso?

Com a explosão repentina, todo mundo ficou surpreso, e Leona sentiu dor em seu pulso do disparo. O coice do revólver não era muito forte, mas Leona estava surpresa já que ela não sabia sobre isso.

Ele não me contou sobre isso!

Sentindo a dor em seu pulso, Leona pulou sobre o homem que estava agarrando seu abdômen. Foi sorte que o tiro acertou o homem.

— O quê O que foi isso!?

— A bruxa está usando a arma de maligno!

As pessoas a perseguindo pararam devido ao medo, elas não sabiam o que aquele objeto metálico poderia ser. Elas não sabiam sobre armas de fogo.

Isso também significava que elas não sabiam sobre a quantidade limitada de munição. As pessoas estavam entrando em pânico e não podiam correr atrás de Leona ou ficar paradas. Leona saiu do centro depois que as pessoas pararam de persegui-la.

Eu preciso sair daqui.

Ela pensou sobre sair da cidade. Ela esperava que Zin encontrasse-a.

Mas o que aconteceria quando Zin encontrasse ela?

Ela não sabia se ele a mataria ou não. Leona estava confusa se ela devia esperar ele ou não.

Não sei. Preciso correr!

Leona correu e fugiu da cidade enquanto ela começava a se sentir enjoada. Era impossível para ela escalar a muralha de lixo, e ela foi em direção ao portão da frente. Enquanto ela estava tentando passar pelas pessoas e fora de Hewl-Jin, alguém gritou.

— Parada aí!

Leona ficou petrificada quando alguém na entrada gritou com ela.

— Merda…

Cinco guardas armados com arcos estavam mirando ela. O capitão olhou para Leona do topo da muralha de lixo.

— Eu sou o capitão da guarda de Hewl-Jin, Dolphar.

Vestindo um chapéu com uma viseira, ele lentamente desceu da muralha de lixo e foi em direção à Leona.

— Eu não sei muito sobre o que aconteceu com Mok-Gol, e eu não tenho interesse em saber também. Nós estamos em Hewl-Jin, então não ligo com o que aconteceu com uma cidade diferente.

— … Então por que está bloqueando meu caminho?

— Eu vejo que você tem uma arma com você, certo?

— O que você vai fazer?

— Eu te disse antes. Eu sou o capitão da guarda. Eu não posso deixar crianças causarem uma comoção com uma arma perigosa assim.

— Bom, eu estava saindo da cidade. Então, saí do meu caminho. Não vou voltar aqui.

Ela mirou o revólver para o capitão.

— Você não parece entender o que estou dizendo…

O capitão franziu o cenho.

— Armas perigosas ajudam a gente defender a cidade.

Leona franziu o cenho também e estava irritada com a falação do capitão. Ela não hesitou.

*Bang!*

— Arrggh!

Ela mirou com precisão dessa vez, mas ainda não estava acostumada a usar uma arma. E o projétil acertou o ombro do capitão.

— Merda. Se você quer me roubar, é só falar. Estou de saco cheio de pessoas falando merda sem chegar no ponto. — Leona resmungou enquanto cuspia.


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