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Apocalypse Hunter – Capítulo 42

Plano de Extermínio (1)

Leona e a Lorde não sabiam o que garantia significava seguro e elas balançaram suas cabeças. Mas o que Zin falou era uma oferta bem tentadora.

Era possível evitar um grande desastre no futuro ao investir uma pequena fortuna. Havia razão da indústria de seguros ter sido tão bem sucedida no passado, ninguém podia desistir de uma oferta tentadora. A Lorde começou a pensar novamente. As palavras do caçador eram lógicas e buracos foram encontrados dentro do castelo antes como Zin havia previsto.

Ela tinha de abandonar o castelo ou exterminar as formigas da caverna. E seria difícil encontrar uma localização tão boa quanto a atual.

— Mesmo se o que você me disse for mentira, nós não perderíamos mais monstros para as formigas da caverna. — A Lorde pensou em todos os resultados possíveis e concluiu que era melhor que as formigas fossem exterminadas. Ela sorriu de novo e olhou para Zin.  — Então, vamos falar sobre a sua taxa?

— Eu quero um pré pagamento de 400 lascas e outras 400 ao término do pedido.

Era um total de 800 lascas! A Lorde ficou chocada com o custo.

— É… caro demais…

— Eu não vou caçar uma ou duas formigas da caverna, eu vou exterminar a colônia inteira de formigas da caverna. Eu acho que o custo é justo.

— Caçador, se eu fosse te pagar tantas lascas, o castelo não teria nem uma semana de energia sobrando. É bem difícil conseguir lascas nesses dias…

Um castelo tinha menos lascas guardadas do que uma cidade. Ao contrário de uma cidade onde muitas pessoas visitavam e faziam comércio frequentemente, um castelo não tinha muito comércio acontecendo e havia um fluxo menor de lascas.

O castelo Jule estava localizado no interior de um vale e o nível de lascas estava diminuindo conforme os dias passavam.

Mas Zin balançou sua cabeça.

— Você não tem nada a perder neste acordo.

— O que você quer dizer?

— As formigas da caverna vivem no subsolo e mesmo se eu conseguir exterminá-las, eu não vou conseguir recuperar as lascas das formigas. Você pode me pagar as 800 lascas e você pode cavar as formigas da caverna do subsolo e colher as lascas. Você vai ser capaz de coletar muito mais lascas do que você vai me pagar agora.

— … Você não vai coletar elas para si?

— Nós estamos com pressa e vai demorar muito para cavar todas as formigas. Mas isso não será um problema para você e os residentes do castelo.

Zin supôs que havia mais de mil formigas da caverna e se cada formiga desse cinco lascas, no total haveria mais de cinco mil lascas. Se só um décimo das formigas fosse cavada, seria quinhentas lascas de lucro.

— Hmm… parece que você está me dizendo que as formigas vão ser mortos no subsolo, certo? Mas eu não entendo como você vai ser capaz de caçar elas.

— Isso é para mim tomar conta como um caçador, mas se está curiosa você pode assistir.

— Hmm…

A Lorde ponderou por um bom tempo. Ela não conseguia dizer se o caçador estava falando a verdade ou não. Ela se perguntou se valia a pena gastar oitocentas lascas no trabalho.

— Eu nunca vi um caçador se aproximar primeiro e sugerir que um pedido fosse feito. Mas está tudo bem. Acredito em você. Mas vou vigiar o que você vai fazer.

Mais do que tudo, ela estava curiosa como um único caçador iria matar todas as formigas da caverna!

— Eu preciso que alguns materiais sejam preparados.

— Materiais? — A Lorde ficou confusa quando ele pediu por materiais e pensou que pedia por armas. Mas Zin pediu por coisas que ela não poderia ter pensado.

— Eu preciso de alguns animais doentes. Preciso de uma galinha e um porco tão grande quanto uma vaca seria bom também. E preciso de gatos. Para ser exato, os ossos dos gatos. Se você não os tiver, os ossos de galinha servem também. Também preciso de algumas sementes de qualquer planta. E preciso de uma linha de algodão. Linhas usadas para costura são bom o bastante e você deve ter muitas desse tipo.

— O que… você não ia caçar elas?

A Lorde ficou surpresa com a lista de materiais que Zin pediu, mas Zin só olhou para ela.

— Então você pode preparar tudo?

— Sim… eu posso.

— Então, por favor o faça.

A Lorde não estava certa do que estava acontecendo, mas ela disse que iria ter tudo pronto amanhã.

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Zin e Leona voltaram para o hotel a fim de descansar. Leona se sentia estranha dormindo em um quarto com pijamas limpos e estava enrolada em um cobertor. Ela estava deitada na cama por um tempo e, de repente, levantou-SE e chamou Zin que estava deitado na cama do lado.

— Moço.

— Sim.

— Na minha cidade natal, de vez em quando, mercadores vieram vender medicamentos. Eles diziam que podiam curar qualquer doença no mundo.

— Hmm. Sim, há todo tipo de pessoa.

— Mas sempre que eu via eles, sabia que eram trapaceiros.

— E daí?

— E você parecia um deles.

— …

Leona estava chamando Zin de trapaceiro.

— Bom, se eu conseguir lidar com todas as formigas da caverna, Jule não seria destruída, então você poderia dizer isso.

Era preciso saber as consequências de um desastre, se este fosse prevenido com antecedência. A caça de Zin era como tomar vacina contra gripe. Zin disse a Leona que ele podia criar novos pedidos quando não havia nenhum. Ela pensou que os caçadores veteranos eram todos trapaceiros, independente da habilidade de caça.

— Mas por que você disse a ela que precisa de todos aqueles materiais?

— Para monstros que não são acessíveis, nós precisamos atacar eles de um jeito diferente.

Zin não explicou os detalhes, e Leona não tinha ideia de qual seria o plano. Zin riu e, então, olhou para Leona.

— Nem sempre você balança espadas e atira com armas para caçar monstros.

— Hmm… eu não entendo.

— Você vai ver.

Havia muitos métodos para se caçar monstros, e armas e flecha não eram os únicos métodos possíveis.

O que realmente importava era o resultado. Zin ficou feliz com o pensamento de conseguir sua vingança pelas formigas terem roubado o urso vermelho e conseguir umas lascas.

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O próximo dia…

Zin e Leona tomaram banho de manhã e trocaram suas roupas, seguindo as regras de Jule. Quando se tratava de higiene, as regras de Jule eram estritamente aplicadas. Pessoas que se recusavam a se lavar eram presas pelos guardas e pessoas eram aconselhadas a se limparem.

Os residentes de Jule tinham de mudar suas roupas pelo menos uma vez a cada dois dias.

Na manhã, os guardas se reuniam e começavam a contagemdos residentes. Depois de terminarem de tomar o café da manhã, eram enviados para trabalhar baseado no cronograma deles.

—  É bem… organizado.

Leona e Zin comiam com os residentes no prédio que era usado como sala de jantar. Depois de terminarem de comer, eles iam para suas áreas designadas.

— Castelos sempre operam desse jeito.

Os residentes se  conformavam ao estilo de vida militar e os guardas controlavam os residentes.

— Eu nunca seria capaz de viver um lugar assim. — Leona ficou aterrorizada com a ideia de que alguém ficaria vigiando ela toda hora para controlá-la.

O café da manhã deles era um caldo de carne com purê de batata e era uma boa refeição. E, mas é claro, Zin e Leona tiveram de pagar pela comida sem exceção.

Conforme os cozinheiros se moviam para limpar o salão, os residentes começaram a se mover também.

A Lorde comia com os residentes no mesmo salão de jantar. Os residentes a cumprimentavam e a Lorde os cumprimentava educadamente.

A Lorde não tinha um estilo de vida diferente dos residentes, os guardas e os residentes eram amigáveis com ela.

— Nós preparamos todos os materiais que você pediu noite passada. Eu ainda não entendo o motivo de você precisar deles, mas…

— Nós vamos precisar pedir para os guardas ficarem fora do castelo. O mais longe do castelo, melhor.

— Certo, entendo.

Zin estava vestindo o uniforme que os residentes de Jule vestiam – camisa de algodão, calças de couro e um par de sandálias. Leona estava vestindo um vestido branco como ontem. Ela não ia se envolver muito com a caçada, mas Zin não parecia mesmo uma pessoa indo para uma caçada.

— Eu estendi suas roupas lavadas. Elas devem estar secas a tarde. — Ela apontou para as roupas deles penduradas nos varais. Ela mencionou como foi necessário usar duas barras de sabão porque as roupas estavam muito sujas.

— Minhas roupas tinham aquela cor antes?

Quando Leona viu a cor original das roupas dela pela primeira vez, ela inclinou sua cabeça para direita e para a esquerda.

Alguns guardas que estavam esperando por perto começaram a pegar os materiais.

Um deles era uma vaca que era criada em Jule. Entretanto, era uma vaca doente que perdeu a maior parte de seu pelo e lutava para andar direito. A vaca tinha uma bolsa amarrada em seu pescoço e nela estavam todos os materiais que Zin havia pedido… incluindo a galinha doente.

— Tudo isso parece aleatório. Por que você precisa de uma vaca doente? Quero dizer, nós tínhamos mesmo uma vaca doente em mãos.

— Não tinha que ser uma vaca doente. Mas seria um desperdício sacrificar uma saudável.

— Um sacrifício…

Com as palavras de Zin, o rosto da Lorde ficou sombrio. Ele estava planejando que as formigas da caverna tomassem a vaca doente. Zin deliberadamente perguntou se havia uma carcassa ou gado doente.

— Eu te pedi para trazer uma porque você não pode comer a carne de uma vaca doente e não há uso para ela.

Zin imaginou que os residentes de Jule não iriam comer a carne da vaca doente. A Lorde sorriu amargamente e deu uns tapinhas nas costas da vaca.

— Que pena. Ela trabalhou muito duro para nós.

Ela não disse não e estava disposta a sacrificar a vaca pela segurança do castelo.

Zin, Leona, dois guardas e a Lorde saíram do castelo e passaram dos campos até o pé da montanha. A vaca doente estava tendo dificuldade para andar. Depois que Zin chegou em um local bem longe do castelo, ele fez a vaca se deitar. E pediu para os guardas, a Lorde e Leona se afastarem da vaca.

— Agora ouçam com cuidado o que eu vou explicar. — Zin começou a explicar cuidadosamente o processo de caça para persuadir a Lorde porque ela não entenderia o que estava acontecendo se ele prosseguisse com a caçada.

— Como todos vocês sabem, todas os túneis das formigas da caverna estão conectados um com os outros.

— Certo.

— Eu vou por uma maldição nessa vaca.

— Uma… maldição? — Com a palavra “maldição”, a Lorde assim como os guardas e Leona ficaram assustados.

— Sim. E eu vou fazer com que as formigas peguem a vaca amaldiçoada com uma epidemia. A doença vai se espalhar pelas formigas que vão dividir a carne da vaca e isso vai se espalhar ainda mais conforme as formigas entrarem em contato umas com as outras.

— Ah… então você está dizendo que…

— O efeito da maldição vai se ativar depois que as formigas da caverna espalharem a epidemia no reservatório de comida, ovos e na rainha. Quando a epidemia se ativar, todas as formigas vão morrer.

A vaca seria retalhada pelas formigas da caverna e a maldição na carne da vaca iria infectar o armazém de comida das formigas. Durante o período de incubação, a colônia inteira teria comido a comida envenenada do armazém.

A Lorde pensou em algo e perguntou.

— Espera, há algum perigo disso infectar o solo?

— A terra vai ficar bem, mas não cavem muito fundo por uns dois meses. A maldição não ficará lá para sempre e quando o efeito da maldição desaparecer, a epidemia vai se dispersar. Seria melhor cavar o solo depois de dois meses para recuperar os cadáveres das formigas e lascas.

Não era possível para Zin ficar e esperar dois meses para recuperar as lascas das formigas da caverna. A colônia de formigas era tão grande que a maldição precisava durar por dois meses.

— Eu posso começar agora?

A Lorde hesitou por um momento e, então, assentiu. Ela iria seguir o plano de Zin já que decidiu confiar nele.


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