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Apocalypse Hunter – Capítulo 45

Jogo de Maldição (2)

Quando Zin predisse a morte vindoura do guarda, todos, incluindo o capitão arfaram.

— Se você não acredita em feitiçaria, você pode ignorar essa maldição. E eu só expliquei o resultado da feitiçaria do dreno da fortuna. Se você aceita a maldição, fique sentado. Se você não a aceita, fique de pé. Já que você não acredita em feitiçaria, você morrer em quatro dias ou não, é tudo uma mentira de qualquer jeito, certo?

Zin estava provocando o capitão para que ele se levantasse, mas o capitão que vivia por seu orgulho se recusava a ficar de pé.

— Vou assumir que você concordou com a maldição. Vou começar a cerimônia.

Enquanto todos permaneciam em silêncio, Zin andou ao redor das fogueiras e começou a lançar a maldição. Dois caracteres – Fortuna e Dreno – do cabochão começou a emitir energia escura. Zin começou a murmurar, mas ninguém era capaz de entender o que ele estava dizendo.

O capitão estava assistindo Zin que aparecia na frente da fogueira e, então, desaparecia na escuridão. Então, reapareceria na frente de outra.

Zin estava simplesmente andando, mas ele parecia um demônio que aparecia e desaparecia na escuridão.

A atmosfera era arrepiante enquanto Zin continuava a murmurar o feitiço. Todo mundo estava segurando o fôlego e assistindo a cena.

Muitos feiticeiros acabavam sendo fraudes. Farsantes utilizavam truques, atos de circo, ou ilusões.

Entretanto, Zin só acendeu fogueiras e estava andando ao redor delas. Zin parecia um ceifador de almas e ele jogaria coisas na fogueiras para acendê-las. Mas suas ações não pareciam fora do comum.

Leona ficou em silêncio enquanto olhava para as fogueiras.

A cerimônia era diferente daquela feita mais cedo. Não era horrível. Não era uma morte cruel e não havia monstros envolvidos.

Mas todos estavam com medo.

O caçador andando calmamente aterrorizava os residentes. Todos estavam sentindo algo estranho sobre tudo isso, mesmo que só houvessem fogueiras.  Eles pensavam que Zin estava realizando feitiçaria de verdade. Todos tiveram um gosto do que era feitiçaria real.

*Zap!*

E de repente, uma das fogueiras se apagou. O fogo não apagou, a luz completamente e instantaneamente desapareceu.

As crianças que estavam assistindo começaram a pirar e os adultos também estavam surpresos. Mas ninguém gritou. Eles estavam assustados ao ponto de não conseguirem fazer um som.

*Zap* *Zazap!*

As fogueiras restantes também se apagaram em uma fração de segundo. Ninguém era capaz de respirar. Eles sentiam que algo horrível iria acontecer se fizessem qualquer som.

Assim que as fogueiras apagaram, as pessoas não conseguiam ver nada além de escuridão. Não era efeito de feitiçaria. As pessoas estavam olhando para as fogueiras por tanto tempo que suas pupilas estavam constritas. Elas não sabiam sobre esse fato, então elas sentiam como se estivessem em escuridão total. Elas pensavam que era parte da feitiçaria.

*Thump* *Thump*

Na escuridão completa, Zin continuou a andar em círculos ao redor das fogueiras. Nada podia ser ouvido além de seus passos, o som ecoava em um ritmo constante.

O capitão que estava no centro da cerimônia era o mais assustado de todos.)

*Krrrrrrroooom!*

E, então, uma névoa negra saiu da fogueira e começou a cercar o Capitão da Guarda. Todos eram capazes de sentir o chão tremendo e todos ficaram chocados.

— Ah, aaaaarggh! Socorro!!!

O capitão se levantou com pressa e fugiu das fogueiras. Enquanto corria, ele perdeu o controle e caiu de cara no chão.

— Aaahhhck! Alguma coisa está tentando me agarrar! Está me agarrando!!! — O capitão tentava se levantar e, então, caiu no chão.

Zin olhou para ele e falou calmamente.

— A cerimônia acabou. Vocês podem acender as luzes.

*Zap!*

Os guardas estavam esperando para ligar todas as luzes e todos eram capazes de ver o Capitão da Guarda inconsciente no chão.

Leona estava assistindo a cerimônia em um canto começou a rir alto.

— Hahahaha! O que é isso? Eu acho que ele cagou nas calças?

E ele cagou.

A Lorde balançou sua cabeça e ordenou aos guardas.

— … Por favor ajudem ele e o deixe descansar.

Enquanto todo  mundo ainda estava em pânico depois de testemunhar a cerimônia. Leona continuava a rir sozinha.

Era óbvio, mas nenhum residente chegou perto do hotel que Zin e Leona estavam ficando. Antes mesmo de ver o resultado final, todos estavam certos de que Zin era um feiticeiro de verdade.

A Lorde que parecia assustada depois de ver o poder de Zin agradeceu-o, mas logo se afastou dele depois de entregar sua refeição.

— Pfft, qual o problema? Foi ela que pediu ajuda pra começo de conversa.

— Estranhos são rejeitados ou exaltados. Não é surpresa.

Zin e Leona comeram o jantar que a Lorde entregou. O Capitão da Guarda ainda estava inconsciente sem qualquer movimento.

Leona estava pensando sobre a noção de que estranhos eram exaltados ou excluídos.  Na verdade, ela era familiar com com a atitude dos residentes. Os olhares de ódio dos residentes eram idênticos aos das pessoas de Mok-Gol. Pessoas estavam com medo de Leona e eles a odiavam.

— O que significa ser exaltada?

— Significa que pessoas são tratadas como alguém importante. Feiticeiros perigosos ganham grandes status em uma vila. Pessoas não iriam preferir que alguém poderoso estivesse no lado delas?

— Hmm… se eu tivesse poder na minha cidade natal, eu seria exaltada?

— Hmm. — Zin olhou para Leona e disse. — Então, não teriam suspeitado de você ser uma bruxa.

— Sério?

— É o mais provável.

Leona assentiu lentamente. Uma bruxa era temida pelas pessoas, mas ainda elas impunham esse nome em pessoas fracas. Usam esse nome para machucar aqueles que não eram bruxas.

Leona sofria para entender o que ele estava explicando. Mas ela estava curiosa sobre outra coisa.

— Então, o cara que você amaldiçoou hoje, ele vai morrer?

Não haveria nada mais assustador do que isso. Leona estava com medo de que a cerimônia faria alguém morrer dentro de quatro dias. Ouvindo a pergunta de Leona, Zin riu.

— Claro que não. Esse tipo de maldição é chamada “desejo da morte”. Não é uma maldição como eu que faz feitiçaria ocasionalmente possa ativar facilmente. A maldição que eu ativei hoje torna a pessoa azarada.

— Pode me dar alguns exemplos?

— Eu não posso falar nada específico, mas por exemplo, ele vai morder pedrinhas quando comer, ele vai chutar seu dedinho no pé da cadeira, ou insetos vão entrar em seus olhos ou ouvidos.

— … não parece tão sério.

Leona ficou um pouco desapontada que a maldição só teria efeitos menores na pessoa. Mas Zin sorriu.

— Entretanto, como você sentiria se esses infortúnios acontecessem um atrás do outro?

Leona ficou horrorizada ao pensar que alguém morderia pedras em cada refeição e chutaria seu dedinho em cadeiras toda hora.

— Tá, retiro o que disse. Parece horrível.

Daria muito medo se infortúnios acontecessem várias vezes.

— A cerimônia foi um chamariz e se eu tivesse tais poderes, teria lançado a maldição nos malignos.

Zin criou uma atmosfera assustadora utilizando efeitos visuais e ele soltou uma sentença de morte a fim de assustar o capitão. Leona riu de Zin.

— Então, por que você disse que o capitão iria morrer em quatro dias? O que vai acontecer depois de quatro dias? Ele não vai vir atrás de nós? — Leona não conseguia entender o motivo da mentira de Zin.

— Como ele vai se sentir quando infortúnios acontecerem toda hora? E como ele vai se sentir sobre a sentença de morte?

— …

— Ele não vai aguentar nem dois dias.

A ameaça que o capitão iria morrer em quatro dias agia como uma contagem regressiva e ele acabaria desistindo sob a pressão.

— Lembre-se disso. Está tudo bem para um caçador não ter habilidades, mas não está tudo bem para um caçador desistir de sua recompensa.

Zin estava determinado a conseguir a recompensa a qualquer custo. Depois do jantar, ele começou a entalhar um bloco de madeira perto dele.

— O que é isso?

— Agora que eu ativei uma maldição, preciso criar um item de anti-maldição.

— Anti-maldição? Isso vai parar a maldição de continuar?

— Sim.

Leona foi capaz de entender o sentido das palavras que ela não sabia. Zin continuou entalhando a madeira depois que Leona foi dormir.

O capitão cagou nas calças, mas quando acordou pela manhã, ele parecia estar bem. Ele agia como se nada tivesse acontecido e ele começou a inspeção.

Dado o fato de que a feitiçaria era imprevisível, Zin não era capaz de prever o resultado. O Capitão da Guarda não mordeu pedras enquanto tomava café da manhã. Ao invés disso, ele pisou em uma barata.

— Mas que porra…

Uma barata podia ser valiosa para outra pessoa, mas não era o caso para as pessoas de Jule. Quando ele se levantou para lavar os pratos, ele tropeçou e caiu no chão.

*Bam! *

— Oooph!

Todo mundo riu quando viram o capitão cair. Todos esqueceram sobre o horror da última noite. Os guardas riram alto.

— Capitão? Você está com azar hoje!

— O que você disse? Hahaha. — O capitão brincava e começava a liderar os guardas em uma patrulha. E eventos estranhos aconteceram nos quais a perna da cadeira quebrou e o capitão machucou seu dedo enquanto usava ferramentas.

O capitão e os guardas começaram a sentir que algo não estava certo, mas eles riram ainda assim.

Zin simplesmente disse que o capitão iria se tornar azarado, mas isso foi um eufemismo.

*Boom! *

— Mas que…

*Bam!*

— …

A balista de um dos guardas disparou acidentalmente. A flecha cortou de raspão a bochecha do capitão e acertou a parede.

Ninguém estava rindo mais.

— Um, uh… Capitão… disparou sozinha.

O guarda cuja balista disparou começou a explicar o que tinha acontecido e o capitão ficou assustado enquanto esfregava sua bochecha sangrando. Ele gritou com o guarda.

— Seu maldito maluco! Nós não estamos no meio de uma batalha. Por que você carregou as balistas!

— Estava na hora de checar as armas…

— … porra. Abaixem as armas, abaixe-nas!

Com o comando do capitão, todos os guardas abaixaram suas armas. Ninguém estava sorrindo. Se a flecha tivesse voado alguns centímetros para a direita, o capitão morreria na hora.

Azar…

Havia incidentes bizarros demais para chamar de coincidência.

Dreno de sorte…

A sorte do capitão estava sendo drenada a cada momento. A feitiçaria era invisível, mas era certo que algo existia.


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