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Apocalypse Hunter – Capítulo 47

Jogo de Maldição (4)

Ela está segura, então… isso é algo bom.

A fortaleza PCMS foi incapaz de perseguir Charlotte por causa do ataque surpresa e ela parece ter escapado da Península Coreana sã e salva.

— O capitão estava menosprezando o soldado e começou uma queda de braço com ele. O capitão deu tantas desculpas idiotas depois que perdeu a queda de braço. Phew, nós tivemos sorte que o soldado era uma pessoa gentil. Nós ficamos tão ansiosos…

Parecia que o capitão tentou comprar briga com Charlotte. Zin não conhecia muito bem ela, mas não parecia ser alguém que se meteria em problemas. Pelo visto ela deixou o castelo silenciosamente. E obviamente, ela não tinha tempo para desperdiçar sendo pega em uma luta.

— Mas de qualquer jeito, ele estava procurando alguém.

Conforme os residentes conversavam, Zin estava surpreso.

— Ele estava procurando alguém?

Charlotte tinha de correr de volta para o QG e não estava em situação de procurar por alguém.

— Sim, então ele não ficou por muito tempo e foi embora logo depois de reabastecer sua comida. Hmm… o que ele disse naquela hora…

O residente estava pensando muito por um tempo e, então, estalou os dedos quando lembrou.

— Ele disse que estava procurando um “caçador que usa uma espada preta”.

O caçador que usava uma espada preta era Zin. Leona estava surpresa também.

— Eu não sei quem ele era, mas é uma pena. Se os Armígeros estão procurando por ele, isso não pode ser bom.

Charlotte está procurando por mim?

Zin perguntou o residente.

— O cabelo do soldado era loiro?

O residente balançou sua cabeça.

— Loiro? Não, ele tinha cabelos pretos. Eu lembro dele ser um homem de aparência afiada com uniforme arrumado. Mas parecia não ter compaixão.

O residente olhou para Zin e disse.

— Esse soldado está procurando por você, ó feiticeiro?

— Hmm… eu não estou certo sobre isso.

Zin conhecia Charlotte, mas ele não sabia quem era o soldado de cabelos pretos. A espada preta que o residente falou era a Cavaalma de Zin.

Na vizinhança da Península Coreana, as únicas pessoas que viram Zin usar a Cavaalama eram Charlotte, Leona e a Bruxa Branca.

Não… na verdade há mais um.  Não foram só elas.

Zin pensou sobre a luta com a Bruxa Branca e lembrou que havia uma pessoa na luta. Havia um soldado que estava sobrepujando a bruxa. Durante o último ataque quando Zin atirou na bruxa, os braços e pernas do soldado foram esmagados. Zin pensou que o soldado foi morto quando o poder da bruxa explodiu.

Mas o soldado havia recebido o procedimento de megaestrutura e era bem possível que ele havia sobrevivido… e o soldado que Zin viu pela mira do fuzil tinha cabelos pretos. Ele engajou em uma batalha com a bruxa de uma maneira muito calma e controlada.

Ele está me procurando?

Zin não sabia o nome dele, mas a única pessoa que poderia possivelmente estar procurando por ele era aquele soldado.

Conforme Zin pensava com uma expressão séria em seu rosto, o residente ficou assustado. Leona tocou em seu ombro e apontou para a porta.

O residente foi embora e apenas Zin e Leona ficaram no hotel.

Zin partiu mais cedo que Ramphil, mas já que ele estava viajando com Leona, seu passo era mais lento. Eles descansaram em lugares diferentes por alguns dias. parecia que o Armígero de cabelos pretos estava perseguindo Zin.

— Ah vei… — Leona murmurou.

— Isso vai ser problemático.

— … vai mesmo.

Enquanto Zin e Leona faziam algumas paradas para descansar, Ramphil passou por eles.  Era uma situação difícil de descansar. Zin pensou sobre as razões de Ramphil estar procurando ele e determinou que não seria perigoso se encontrar com ele.

— Hmm… nós podemos encontrar ele.

Não importava muito para Zin se ele encontrasse Ramphil ou não. Ele estava ficando cansado depois de um dia longo trabalhando como psíquico. Leona estava organizando todas as coisas que trouxeram para ele como pagamento. Ela colocou os tecidos na pilha de tecidos e grãos na pilha de grãos. Ela também deixou os itens que não tinham valor monetário de lado.

Apesar dos residentes estarem vivendo em um castelo, eles possuíam uma bela fortuna. Zin ganhou uma bela quantia e estava se perguntando se deveria mudar seu trabalho para leitor psíquico.

Leona suspirou  e disse:

— Eles dizem que pessoas no castelo compartilham toda a riqueza, mas pelo visto eles conseguem manter sua própria riqueza.

— Vamos descansar. Nós vamos ter mais visitantes amanhã.

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No no próximo dia, um acidente aconteceu na chamada matinal. O capitão da guarda que deveria estar reunindo todos o residentes e começar a contagem não apareceu.

A Lorde perguntou.

— Onde o capitão está?

Um dos guardas respondeu com uma voz tremendo.

— Bom… ele não vai sair do quarto.

— Ele não vai sair do quarto?

— Eu não acho que tenha algo de errado com ele, mas…

Todo mundo sabia que o capitão estava agindo estranho porque ele estava com medo da maldição. A Lorde ficou sem palavras e balançou sua cabeça. Aquela manhã, ela foi a frente e realizou a chamada ela mesma.

Zin disse. — Ele vai sair logo.

Leona sorriu com sua boca coberta. Hoje era o terceiro dia…

Como Zin esperava, depois de comer o café da manhã, o capitão foi correndo até ele. Ele estava extremamente assustado e parecia que iria desmaiar a qualquer momento. Seus olhos estavam vermelhos e Zin observou que ele não dormiu nada a noite passada.

Mais provavelmente, ele estava em pânico enquanto imaginava como seria morto. E na verdade, sofreu vários acidentes inexplicáveis e horríveis. Ele estava certo de que iria morrer a qualquer momento.

— Remova essa maldição de mim!

— Você disse que não acreditava em maldição. Se você morrer amanhã, vou ganhar a aposta e se você não morrer, você vai ganhar a aposta. Você vai desistir só com um dia sobrando? Que pena.

— Remova ela agora mesmo!

— Você está admitindo derrota?

Zin provocava e zombava do capitão e ele tremia de raiva. Zin não ia remover a maldição até o capitão desistir e ele acreditava fortemente que ia morrer amanhã à meia noite.

Fé cega era facilmente desmentida e quando isso acontecesse, uma pessoa começaria a acreditar em outra coisa.

— Eu perdi. Feitiçaria é real e você é um feiticeiro de verdade. Então remova a maldição!

— Remover a maldição é bem simples. Você precisa segurar esse item anti-maldição com você. — Zin tirou a boneca de madeira que fez.

— Isso vai tirar a maldição de você…

— Me dê isso! — O capitão gritou desesperadamente e estava pronto para tirar a boneca de Zin. Mas quando o capitão esticou sua mão, Zin pegou e girou seu braço.

— Arg! Aaaaaaaarrgh!

— Cuidado com as mãos, companheiro. Eu tenho algo para te dizer também.

*Bam!*

Zin empurrou o capitão para trás e ele foi jogado no chão. Zin encarou o capitão.

— Eu sou um feiticeiro e um caçador também. E você tentou negar a recompensa de um caçador com mentiras. — Zin sorriu e balançou o item anti-maldição na frente dele. — Em tais situações, caçadores geralmente negociam “taxas extras”.

Ou seja havia uma cobrança extra. A Lorde não foi capaz de pagar Zin o resto da recompensa, já que o capitão foi contra.

— Esse item vai te custar 100 lascas. — Zin disse enquanto balançava a boneca. Era um preço ultrajante por um pedaço de madeira talhado.

— O quê! Como você…

— Não quer? Então mete o pé e morra.

O capitão ficou atônito com o custo do item anti-maldição.

— Eu nem tenho tantas lascas!

— Isso não é problema meu.

O capitão tinha duas opções. Ele podia esperar e morrer ou pagar 100 lascas pelo item anti-maldição. Zin não tinha intenção de deixar o capitão sair dessa tão facilmente. Leona olhou para Zin e sorriu amargamente.

Ele é um caçador mau…

E Leona gostava desse trato específico de Zin. Ela e Zin não eram do tipo de pessoas que permitiam outros tomarem vantagem deles.

E o capitão da guarda só encarou Zin. — Entendo. Se esse é o caso… — O capitão pode ter se tornado uma pessoa que agora tinha medo de feitiçaria, mas ele ainda era o mesmo valentão.

— Guardas! — Ele gritou. Ele estava encarregado de supervisionar a área e não tinha que pagar as 100 lascas. Ele provavelmente estava planejando roubar o item a força.

— Que idiota. — Zin suspirou e levantou lentamente.

*Thump!*

— Peguem ele! E tome o item del…

— Parem com isso! Agora mesmo!

— … minha Lorde…

A Lorde veio com os guardas. Ela estava extremamente brava e parou os guardas de fazerem qualquer coisa.

— Eu ouvi que que você tem um fundo de lascas desviadas do armazém. Por que você não paga ele agora mesmo?

— Lorde! Que besteira você está falando? Você tem alguma prova disso?

A Lorde franziu a testa com as desculpas do capitão.

*Flap!*

Ela tirou seu avental e lentamente foi até o capitão enquanto enrolava suas mangas. Ela parecia uma besta se aproximando lentamente de sua presa.

*Slap!*

— Ack!

Ela estapeou ele. Ela estava olhando para ele, pronta para sua chutar sua bunda.

— Eu fui leniente demais com você.

— O… o que…?

— Eu sou a Lorde do castelo. E você é um capitão da guarda que está negligenciando seus deveres.

Todo mundo sabia disso, mas era um problema que as pessoas não falavam.

— Mantenha isso em mente. — A Lorde falou com o capitão enquanto olhava para ele. — Tudo em Jule é meu. Ninguém vai comer uma única batata sem minha permissão.

A Lorde deixou as pessoas fazerem suas próprias coisas até agora. Ela permitia as pessoas manterem um pouco para si mesmas. Mas um Lorde ainda era um Lorde. Ela se certificou de que o capitão soubesse que ela era a única dona do castelo.

— Leve ele para fora e o amarre.

— Sim, minha Lorde!

Com as palavras da Lorde, os guardas se moveram rapidamente e apreenderam o capitão. Porque o capitão estava pondo pressão na Lorde, e ela foi ao hotel assim que o capitão admitiu sua derrota para Zin.

A Lorde também estava procurando a hora certa para exonerar o capitão.

Ela começou a falar com Zin.

— Eu vou preparar sua recompensa agora. Quanto é esse item anti-maldição?

— São 100 lascas.

— Certo, eu vou pagar 500 lascas no total. Por favor dê ele para mim.

Zin passou o item para a Lorde e ela colocou em seu bolso.

— Obrigada, caçador.

— Parece que você não planeja usar ele.

— Isso mesmo.

Era um pagamento extra da Lorde. Ela não estava planejando dar o item para o capitão. Ela ia acabar com seu inimigo político com a ajuda de Zin. As 100 lascas extras eram uma recompensa pela ajuda.

Por mais gentil que fosse, ela ainda era a Lorde. E era a dona do castelo e não iria permitir que ninguém desafiando seu poder.

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Mais tarde naquele dia, a Lorde parou todas as atividades marcadas e fez um anúncio para todos os residentes do castelo.

— O capitão da guarda desobedeceu minhas ordens continuamente e estava usando indevidamente as lascas de Jule. Dessa vez, ele não confiou em minhas decisões. O caçador que eu contratei era um feiticeiro de verdade e o capitão admitiu esse fato também.

A Lorde tinha um chicote feito de couro de monstro. O capitão estava amarrado em uma plataforma de execução e estava amordaçado.

O jogo de maldição se tornou um método para provar quem estava certo entre a Lorde e o capitão, e ele perdeu.  O perdedor pagava o preço da derrota. A Lorde estava no topo da plataforma de execução e falou com os residentes.

— Minha decisão é absoluta.

Os residentes estavam assustados quando viram a Lorde aparentemente gentil gritando com raiva.

— E mesmo quando minha decisão não estiver correta, vocês precisam segui-las mesmo assim!

A coisa mais importante que um Lorde tinha que fazer era estabelecer a autoridade. Um castelo seria instável se o Lorde não tivesse a autoridade para controlar o castelo. E o melhor método para estabelecer autoridade em um grupo pequeno de pessoas era demonstrar força.

A Lorde proclamou com uma expressão séria:

— O capitão desafiou minha autoridade, desviou a propriedade de Jule e negligenciou. Por seu crime, eu o sentencio a cem chibatadas como punição.

*Crack!*

— Mmmffffph!!!

Assim que o chicote estalou, o capitão gemeu com muita dor e os residentes estavam todos atônitos com o que estavam vendo.

*Crack!*

— Arrrrgh!!

A Lorde executou a punição ela mesma. Sem a ajuda de outra pessoa, ela chicoteou o capitão. Todos assistiram ele ser chicoteado sem misericórdia.

O capitão demonstrou sua ambição para se tornar um Lorde e a Lorde sentiu sua ambição. Ela não estava planejando deixar o capitão viver depois do começo do jogo de maldição.

A Lorde estava punindo o capitão e avisou todos ao mesmo tempo.

Não me desafie ou desobedeça minhas ordens. Você vai acabar como ele. Vou te punir e te matar publicamente.

Cem chibatadas significava morte certa. Não era fácil para quem estava executando também. A Lorde estava ensopada de suor, mas não desacelerou o chicote.

Depois de sete chibatadas, o capitão perdeu a consciência. Suas costas rasgadas, com sangue por todo lugar, mas a Lorde não parou de chicotear.

Depois das próximas vinte ou mais chibatadas, ninguém pensava que o capitão ainda estaria vivo. Entretanto, os residentes tinham de ficar lá e assistir a cena. Os residentes estavam assustados de ver a Lorde chicotear o corpo morto outras setenta vezes.

As crianças estavam tão assustadas que não ousavam fazer barulho. Os residentes sentiam terror, e um temor visual e tangível.

Depois da centésima chicotada, a Lorde estava ensopada de suor e suas roupas brancas estavam manchadas com sangue.

Os residentes não pensavam que a mulher que chicoteou o corpo morto de novo e de novo era humana. Leona estava assistindo a cena incomum com olhos arregalados.

Essa era a realidade de um castelo. Um Lorde não pode ser legal demais e tinha de parecer um ser intocável.

A Lorde jogou o chicote fora e ordenou abruptamente.

— Dispensados!

Com o comando da Lorde, todos os residentes fugiram da plataforma de execução. O corpo do capitão estava parado e para os olhos de Zin, nenhum de seus ossos pareciam inteiros. Os guardas abaixaram o corpo do capitão e o arrastaram para algum lugar.

A Lorde desceu da plataforma e foi até Zin.

— Eu vou trazer as recompensas para seu quarto. Por favor leve eles.

— Isso foi bem brutal.

A execução foi brutal para o capitão, residentes e para a própria Lorde. Ela sorriu com o comentário de Zin.

— Não acha que foi necessário? — Ela teve de executar a execução brutalmente. Zin entendeu o motivo disso ter de ser feito sem dizer nada e Leona descobriu também.

Zin cutucou Leona que parecia fora de si.

— Vamos nos preparar para ir embora.

— … Tá.

Não havia nada mais para se fazer em Jule.


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