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Apocalypse Hunter – Capítulo 54

Executor de Elite (2)

Ramphil estava procurando o caçador de malignos para caçar um maligno. Porém, não pensou na razão de ele estar caçando o maligno. Ele saiu da fortaleza obedecendo ordens, mas não era capaz de responder facilmente se essa era a única razão.

Claramente, Ramphil sabia que tinha algum desejo dentro de si. Era algo que sentia pela primeira vez em sua vida.

Depois de uma longa pausa, Ramphil falou:

— Eu sei que há outra razão, mas não estou certo de qual.

Ramphil sabia que havia outra razão para perseguir a Bruxa Branca, mas não sabia explicar o motivo. Ele ficou levemente chocado.

Sua resposta era similar à de Zin lá atrás quando Baek-Goo fez uma pergunta similar. Quando Baek-Goo perguntou o motivo de Zin estar buscando malignos, ele respondeu que não pensara a respeito. E Zin ficou confuso quando perguntaram a mesma coisa para ele naquela época.

Ele é um idiota.

Zin classificou rapidamente Ramphil como um idiota. Havia muitos tipos de idiotas e, de acordo com ele, Ramphil não era do tipo perigoso.

Zin viu vários tipos de pessoas em sua vida.

Ramphil parecia o tipo de pessoa que vivia sem propósito e, um dia, encontrava sentido em sua vida. Pessoas que encontravam sentido em suas vidas mudavam drasticamente. Ramphil estava tentando encontrar propósito em sua vida perseguindo a Bruxa Branca. E, apesar de não saber exatamente o motivo, era claro que iria cooperar com Zin na viagem.

Zin assentiu.

— Bom, eu não tenho nada a perder se conseguir o apoio dos Armígeros.

Zin odiava muito viajar em tranqueirões, mas sempre ficava feliz de viajar em um veículo rápido e seguro dos Armígeros. Zin não sabia por quanto tempo acompanharia Ramphil.

Ele olhou para o soldado e se apresentou.

— Eu sou Zin.

— Ramphil. Sou subtenente. Não que isso signifique muito para você.

Eles não deram um aperto de mãoes, mas dar seus nomes era mais que suficiente para quebrar o gelo.

— … eu não sei se vocês estão fazendo isso de propósito, mas por que tão me ignorando?

Leona estava resmungando entre os dois e Zin apontou para ela.

— Essa criança é a Leona. Estou te avisando, ela é barulhenta.

— Ela é necessária na caça à bruxa?

Quando Ramphil fez tal pergunta estranha, Zin balançou sua cabeça e respondeu:

— Não, ela é só um leve aborrecimento.

— Moço, isso não foi legal. — Leona sorriu e deu de ombros. — Quem sabe? Talvez eu consiga ajudar bastante.

Nunca se sabe quando alguém pode vir a ajudar bastante, mas, naquele momento, Leona era só uma criancinha com uma arma de merda em seu ombro.

Já que Zin e Ramphil tinham o mesmo objetivo, eles não tiveram muito conflito.

Nesse estranho grupo de pessoas, Zin estava liderando o caminho e Ramphil concordou em seguí-lo em troca de sua ajuda na caça ao maligno.

Ramphil era muito flexível de um jeito estranho. Ele não ligava quão ruim Zin tratava ele ou como dava ordens, contanto que Ramphil fosse capaz de realizar seu objetivo.

Ramphil agia como uma máquina e, embora Zin estivesse desconfiado desse comportamento, não odiava essa atitude.

Zin pensava que não era tão ruim ter Ramphil por perto, já que ele não era tão cabeça dura quanto Leona.

Depois de terminar o trabalho de limpeza, Ramphil terminou de destruir os três reatores extras e carregou o último em suas costas. Ele nem suava enquanto carregava a peça gigante de metal.

Enquanto andava, Zin começou a explicar as coisas para Ramphil:

— No momento, eu estou me preparando para caçar o maligno.

— Eu gostaria de saber que tipo de preparação você está fazendo.

Zin explicou sobre o destino deles. Explicou como planejava extrair o poder de selo do selo do imortal e usar seu poder contra o maligno para então selar seu poder.

Zin não podia confiar totalmente em Ramphil e não contou a ele sobre o poder da Cavaalma ainda.

— Eu não consigo entender.

Ramphil não estava familiarizado com a palavra “selo” e achou que Zin estava falando bobagem. Porém, ele testemunhou o poder da Cavaalma, que era mais efetiva do que uma espada disruptora de fótons. Assim, ele acreditava que o caçador de malignos estava certo.

Mesmo se não acreditasse em Zin, não tinha outra escolha. Ramphil sabia que aquela espada disruptora de fótons era ineficaz contra a bruxa e o caçador de malignos era sua única ajuda. Mesmo sendo inacreditável, ele tinha que acreditar em Zin.

Leona podia não ser a pessoa mais amigável, mas certamente  não evitava as pessoas. Ela fez muitas perguntas para Ramphil.

— Ei, oppa¹, você é um bom lutador?

Ramphil nunca ouviu ninguém fazer uma pergunta dessas. Depois de pensar por um tempo, ele respondeu:

— Sim, eu sou um bom lutador.

— … uou, você é tão confiante.

Leona ficou surpresa que Ramphil falava apenas a verdade em um tom robótico. Ela estava acostumada com Zin que sempre zoava quando estava se gabando.

Zin não ficou muito surpreso, já que determinou que Ramphil era um idiota como Leona. E Leona não ficaria muito feliz de ouvir isso…

— Isso não é pesado?

— Meu corpo foi aprimorado com um procedimento de fortalecimento e consigo levantar objetos até 1,56 toneladas. Posso puxar coisas que pesam até 3 toneladas.

— … você está se gabando?

— Estou contando fatos.

— Parece que você está se gabando.

— Eu não estou me ga…

— Parem com isso, vocês dois, calem a boca! Eu não tenho tempo para lidar com dois idiotas. — Quando Zin olhou para os dois, Ramphil calou a boca e Leona deu de ombros. Porém, Zin ainda estava furioso e continuava a olhar para ela. Era mais como se ele estivesse encarando-a.

— Por que você me chama de moço e ele de oppa?

— … eu me refiro às pessoas baseadas na idade que elas parecem ter. Você tem um problema.

E, de fato, Ramphil parecia bem novo. Ele tinha uma expressão facial assustadora, mas sua pele facial parecia impecável.

Leona ficou sem palavras.

— Olha pra você. Tem mais de duzentos anos de idade, devia tá feliz que eu te chamo de “moço”.

— …

— Você quer que eu comece a te chamar de vovô?

Zin começou a ficar puto depois de ouvir a palavra “vovô”, mas não falou nada já que Leona estava certa sobre sua idade.

— …

— Mas eu acho que “moço” soa melhor.

— Porra. — Zin começou a andar mais rápido e Leona estava seguindo ele rapidamente com um sorriso. Ramphil não entendeu direito o que estava acontecendo e foi atrás.

E, por essa razão, desde então, Leona começou a chamar Ramphil de oppa.

Havia uma razão para Ramphil estar carregando um reator sem destruí-lo.

Zin sugeriu testar o reator em um veículo armado destruído para ver se ele ainda estava funcionando. Ramphil havia destruído muitos veículos armados e demoraria um tempo até acharem um funcionando. Embora insatisfeito, continuou procurando algum veículo que funcionasse.

— Por que você destruiu todos os veículos completamente?

— Eu não achava que iria dirigir um.

— Ha…

Não adiantaria nada reclamar. Eles andaram ao longo do leito do rio e procuraram por um veículo armado. Depois de dois dias, encontraram um funcionando.

— Este aqui parece estar funcionando.

*Vrrrroooom!*

Depois de enfiar o reator no motor e virar a chave, o veículo armado ligou e fez barulho. Zin, que era sempre cauteloso, olhou para o veículo armado com suspeita.

— Certifique-se de checar duas vezes se há alguma chance de explodir ou quebrar.

Com a ordem de Zin, Ramphil checou o veículo e chegou a uma conclusão:

— O localizador está bom. Todos as placas de circuito parecem boas e não há vazamento de óleo. A armadura e a porta estão parcialmente danificadas, mas não acho que estejam muito ruins.

— Hmm…

A porta no caminhão havia sido completamente arrancada e havia uma possibilidade de alguém cair por causa disso. Porém, o veículo estava em condições muito boas e com o localizador intacto.

Ainda assim, Zin estava se perguntando se deveria viajar no veículo. Similar a como os Salteadores estavam sofrendo nos tanques, o interior dos veículos armados era muito quente.

*Click* *Click…*

— Hmm.

Ramphil continuou a tocar nos controles do assento do motorista e ligou algo.

*Vwoooom!*

— O ar condicionado está funcionando bem…

Zin tocou nas costas de Leona que estava observando Ramphil.

*Tap*

— Hmm? Por que você tá me empurrando?

Zin respondeu secamente:

— Entre.

— Hein? Mas o quê? Está gelado!

Leona estava surpresa que havia ar gelado soprando dentro do veículo. Ramphil olhou para os dois que haviam acabado de entrar no veículo, e Zin ordenou:

— Coloca o ar condicionado no máximo.

*Vwwwwoom!*

Com um barulho alto, um jato de ar gelado rodopiou dentro do tanque e, apesar de Leona não saber exatamente o que estava acontecendo, ficou muito contente. Era um dia muito quente e úmido.

— Podemos ir?

— Claro.

Zin respondeu, e Ramphil começou a operar o veículo.

Quando o veículo começou a se mover, Zin fechou seus olhos e aproveitou a briza fresca. Apesar de ser uma pessoa extremamente cautelosa, estava aproveitando o máximo que podia o jorro frio do ar condicionado.

— Isso é tão legal!

Leona estava aproveitando a grandiosidade do veículo armado Armígero.

O veículo não era um modelo velho, mas Zin pediu para eles se moverem mais devagar por causa do dano na batalha. Zin imaginou que Charlotte tivesse destruído a linha de defesa e Ramphil passou ao redor dela para destruir completamente os veículos. O grupo estava viajando em um veículo que havia sofrido dois ataques, então Zin pediu para Ramphil desacelerar quando este acelerava demais.

*Bump!* *Bump!* *Bump!* *Bump!*

A estrada não estava na melhor das condições e Leona e Zin seriam ejetados para fora no lado aberto do veículo se não tomassem cuidado. Todos estavam com os cintos de segurança e estavam se segurando firme.

— Eu estou ficando enjoada…

O rosto de Leona ficou pálido conforme a viagem continuava e não estava gostando mais da briza fresca do veículo. Quando Ramphil ouviu Leona, ele falou enquanto dirigia:

— Eu acho que nós temos um problema com a suspensão.

— O que nós fazemos?

— Eu só sei como fazer reparos básicos.

— E isso… quer dizer que?

Zin estava pensando nos detalhes quando Ramphil respondeu:

— Nós não podemos consertar. Só podemos prosseguir.

— Uhhhhhh… moço, você sabe consertar?

— Não é impossível para mim, mas não posso porque não tenho as ferramentas necessárias.

Zin, que era habilidoso em muitas áreas, sabia como reparar o veículo armado, mas não podia fazer muito sem as ferramentas adequadas. O bom era que o dano ao veículo não havia afetado a direção.

— Nós podemos chegar muito mais rápido ao nosso destino. Vamos precisar aguentar.

— Uh, uh… eu estou… mas…

*Bump!* *Bump!*

Leona viajou em um tranqueirão sem suspensão antes, mas não foi fácil para ela aguentar a estrada esburacada no veículo armado. O veículo subia e descia as colinas e virava várias vezes. Era uma viagem bem dura.

— Minha bunda vai ficar dolorida…

Leona não tinha muita força para reclamar, já que mal estava se aguentando. Ela teve sorte que o veículo pelo menos tinha ar condicionado para manter a temperatura dentro do veículo baixa.

— Assim que chegarmos em Harbin, nós vamos ser capazes de trocar por um veículo novo. Você só precisa aguentar um pouco mais, — Zin disse a ela

A cidade de Harbin estava localizada no caminho de Yichun. Havia um PCM em Harbin e havia um fortaleza aonde quer que tivesse um PCM. Assim que chegassem na fortaleza, seriam capazes de trocar para um veículo melhor.

— Sério? Quando vamos chegar lá? — Leona perguntou.

— Hmm… ainda falta uns 500 km. Nós vamos chegar lá amanhã ou no dia seguinte no máximo.

— É bom ouvir isso…

Eles estavam se movendo a 40 quilômetros por hora. Se dirigissem por 10 horas, seriam capazes de chegar no destino no dia seguinte.

Leona estava sofrendo com a estrada esburacada, mas sabia que andar no calor era pior. Podia ser esburacada, mas o carro era confortável, legal e rápido. Leona pensou que era injusto que os Armígeros possuíssem tantos veículos como aquele.


[1] Oppa: irmão mais velho em coreano


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