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Arifureta Shokugyou de Sekai Saikyou – Capítulo 134

Despertar

— Nu… nu?

Os olhos de Shizuku se abriram suavemente enquanto ela soltava um som fofo. Acordando de sua soneca, suas pupilas não pareciam focar muito bem. Um momento depois, ela percebeu que estava olhando para o teto de grãos de madeira sobre sua cabeça. Em seu estado meio acordado, ela também reconheceu uma sensação suave atrás de sua cabeça.

Assim que ela exibiu um rosto indefeso, uma voz familiar surgiu de seu lado.

— Shizuku-chan, você está acordada? Já é meio-dia.

— Uh? Kaori?

Sem querer, Shizuku se virou para a fonte da voz. Era de fato sua melhor amiga ao lado dela. A Curandeira estava observando a Espadachim com um sorriso gentil, sentada em uma cadeira perto da janela externa.

Ela esfregou seus olhos e se sentou, livrando-se do sono como se estivesse saindo da superfície de uma piscina profunda. Ela começou a se lembrar de onde estava antes de perder a consciência e inclinou sua cabeça para o lado.

— Ó? Eu estava no exterior, na floresta… quer dizer… como eu cheguei aqui, este é o quarto de Kaori?

Este era um dos quartos preparados para o grupo de Hajime em Faea Belgaen. Apesar de ela não reconhecer o quarto de Kaori com apenas um olhar, como sua amiga estava ali, a Espadachim assumiu que estava nele.

Se lembrando do evento desta manhã, Kaori mostrou um sorriso amargo com apenas um traço de dor em seu coração enquanto examinava Shizuku, que estava com um olhar confuso.

— Sim, este é o meu quarto. Esta manhã Hajime trouxe Shizuku-chan. Você esteve acordada a noite inteira? Isso não é bom. Você acabou de voltar de um Grande Calabouço. Você deveria estar indo com calma.

— Entendido, eu sinto muito. Então ele me trouxe aqui? Eu não me lembro de nada.

— Shizuku-chan estava muito cansada.

Kaori levantou um dedo acusador para Shizuku como uma forma de reprimenda, fazendo a Espadachim se inquietar sem parar. Sua docilidade fez ela parecer ainda mais calma e adulta com seu longo cabelo preto não mais em um rabo de cavalo, mostrando a lacuna de poder entra as duas.

Sua figura despida com apenas uma peça de camisa também contribuiu para a aparência. Não era de se estranhar que todas as garotas da sala quisessem chamá-la de irmãzona. Testemunhar sua figura faria com que alguém declarasse: — Seu poder destrutivo é incrível! — Com um simples sorriso, ela poderia criar um banho de sangue apenas com as hemorragias nasais.

Até Kaori estava corando um pouco. Shizuku olhou para ela com um rubor próprio e a perguntou com nervosismo.

— Ó… como foi que ele…

A Espadachim parecia sofrer com o fato de que ela sucumbiu ao sono, seu batimento cardíaco estava subindo com o pensamento de Hajime a segurando. Será que foi como se ela fosse uma princesa?

Contudo, a realidade era cruel, assim, as bochechas de Kaori se contorceram.

— Como você seria carregada normalmente?

— … Kaori, como assim normalmente?

— Normalmente, sim, de forma simples. Só um pouco artístico.

— Espere, Kaori… o que você quer dizer com artístico?

Shizuku continuou a perguntar mesmo com sua amiga hesitando a dizer qualquer coisa desagradável. Os olhos de Kaori pareciam perdidos, antes de ela forçar um sorriso de volta em seu rosto.

— Você estava dormindo, como posso dizer? Crucificada em uma cruz… enquanto era arrastada pelo céu?

— Eh, crucificada?

Após ouvir os detalhes, parecia que Hajime usou a oportunidade para levar Shizuku de volta para seu quarto como uma forma de treinamento, praticando com pedras de gravidade para levá-la de volta sem acordá-la. Podia se dizer que encontrar o equilíbrio certo para impedir ela de ser acordada seria um fardo digno de se tornar um tipo de treinamento.

Além disso, ela acabou no quarto de Kaori porque o Sinergista não fazia ideia de qual era o da Espadachim.

— Mesmo assim… por que uma cruz?

— Ela estica o corpo como uma esfera, dessa forma, erros não sacudirão muito o corpo, então é mais fácil fazer ajustes e manter você dormindo.

— Mesmo que você diga isso… isso não é um tipo desconfortável de sono…

As bochechas da Espadachim se contraíram convulsivamente. Uma veia apareceu sobre sua testa, o calor em seu peito ficou frio como gelo. Kaori aprofundou seu sorriso irônico.

A propósito, o estado da crucificação de Shizuku foi testemunhado por um grupo de soldados. Como a imagem de Cristo na cruz presente nas igrejas da Terra, isso teve um efeito nas pessoas. O número de fãs de Shizuku aumentou de forma exponencial devido a mística daquela imagem, mas era melhor não comentar sobre isso no momento.

Enquanto a Espadachim queimava em uma ira silenciosa, houve um som de baixo. Parecia ser a voz de alguém familiar. Era a voz de uma mulher. Kaori olhou para fora da janela.

— As coisas estão barulhentas. O que está acontecendo?

— … há um encontro… Shia e Arutena. Uma luta de manhã cedo. Algo tinha que ser feito.

— Que tipo de luta?

— Bem, não tenho certeza de como explicar, talvez algo parecido com uma discussão? Está cedo, vamos ver!

Sem entender, Kaori resumiu e explicou os eventos enquanto incitava Shizuku a segui-la para baixo.

Ao que parecia, a dupla começou a brigar a respeito de algo a ser feito com Hajime. Após alguns comentários não ouvidos, Shia explodiu e a dupla começou uma luta corporal. A garota-coelho estava usando um cobra twist[1] em Arutena no meio da sala de jantar.

Ela parecia estar usando técnicas profissional de luta livre na neta de Alfrerick. A elfa era praticamente uma princesa! Uma garota do grupo de coelhos rejeitados estava usando violência na filha de uma das maiores forças em Faea Belgaen. Em uma situação normal, esta seria uma razão para uma imediata execução.

No entanto, a família de coelhos mudou sua sorte recentemente.

Em outras palavras, eles eram agora conhecidos como a família de coelhos “caçadora de cabeças”.

Resolvendo a situação com sua habilidade, Shia proferiu palavras ferozes sobre Arutena se atrevendo a continuar se aproximando de Hajime, e assim ela tratou a elfa sem rodeios e com violência, deixando a garota desmoronar. A garota-coelho estava ciente do comportamento da outra demi-humana. Embora ninguém esperasse que a estimada princesa se aproximasse de Hajime, mesmo assim…

— Oraoraoraoraora! Se você quer que eu pare, não fique olhando para o meu Hajime!

— Ah, ah, ah! Isso é vergonhoso!

Ao que tudo indicava, Arutena não parecia muito desencorajada em continuar a seguir Hajime, mesmo sofrendo com as técnicas de luta livre de Shia.

A princesa dos demi-humanos foi virada de cabeça para baixo e colocada no ombro de Shia. Técnica profissional de luta livre: kinniku buster[2]! Expandindo suas esplêndidas pernas ao máximo, Shia ergueu Arutena inversamente, expondo a área de sua virilha. Suas roupas de baixo foram exibidas, corrompendo sua pureza e inocência de forma inesperada.

A propósito, Hajime ainda estava na sala de jantar. Também havia vários empregados no local e duas camareiras com Arutena. Todos estavam abalados, exceto pelo Sinergista.

— Ko… isto está certo? Aquela é a princesa… sendo tratada desta forma.

— Ela é mesmo a princesa? Ela mostraria uma expressão dessas?

— … ah… isso… de alguma forma, ela não parece feliz?

Shizuku fez a pergunta após descer do quarto em que ela passou a noite, enquanto a expressão de Kaori se distorcia com a cena diante dela. A Curandeira fez disso uma resposta ao apontar para o rosto de Arutena.

O rosto da elfa estava com certeza tingido de vermelho, mas os cantos de seus olhos brilhavam com excitação. A expressão de Arutena quase parecia transmitir uma atmosfera feliz.

Embora a outra parte estivesse a dando uma extrema humilhação… ainda parecia que a elfa estava seguindo seu coração e isso não era tão ruim quanto se podia pensar.

— Você vai continuar obstinada, que tal isto!?

— Ko… desta vez, tamanha desgraça.

Shia ficou sem compaixão após Arutena se recusar a dizer que iria parar de se aproximar de Hajime. Mesmo antes do kinniku buster ter levado a elfa para o chão, enquanto Arutena caía, Shia aplicou uma rasteira, rolando e levando seu corpo para cima. Era o famoso Romero Special[3].

Enquanto rolava, a saia de Arutena levantou, arruinando a grandiosidade e seu antes elegante tom. Contudo, sua expressão ainda possuía um olhar determinado, o que invalidava o poder de persuasão de Shia.

Pela posição da garota-coelho, ela não era capaz de ver a expressão da outra. Dessa forma, ela acreditava que a elfa tinha sofrido o suficiente. Todos no local já estavam estonteados por Arutena estar com uma expressão tão satisfeita. — Esta garota… ela já foi espancada e ainda está contente? — Isto colocou uma expressão perplexa nos rostos de todos.

— Entendo, algo parecido com uma discussão, com certeza.

— Sim… você pode até pensar que… Tio encontrou uma companheira com gostos parecidos, mas isto parece um pouco diferente.

Shizuku estava com uma expressão de concordância, enquanto Kaori via algo lastimável. Na verdade, Tio, uma bizarrice por si só, parecia estar observando Arutena com afeição, como uma mestra observando o crescimento de sua pupila. Seu olhar possuía simpatia e alegria por encontrar uma compatriota. Hajime e Yue se sentaram em assentos opostos aos das duas enquanto mostravam olhares de desgosto.

Cansado desta cena, Hajime abriu sua boca falando com Shia e ofereceu palavras que aumentaram o dano em Arutena ao limite.

— Shia, pare de perder seu tempo com coisas insignificantes.

— Hajime, eu não vou parar. Só estou reduzindo o número de rivais. A princesa decidiu recusar. Ela também parece estar um pouco consciente demais do que ela quer. Eu tomei a iniciativa de atacar primeiro!

Shia mudou para um boston crab[4] invertido, ao que tudo indicava, ela pretendia cortar o mal pela raiz. Enquanto era colocada em outra situação humilhante, Arutena soltou gritos de dor, que também pareciam um pouco contentes. A aparência de uma princesa foi perdida por completo. As camareiras e empregados tentaram escapar da realidade, suas almas escapando de suas bocas, prontas para fugir.

Hajime voltou seus olhos para Tio com uma expressão vazia, e então molhou um pouco de pão em sua sopa de vegetais e colocou em sua boca antes de se levantar com um suspiro relutante.

Enquanto colecionava olhares de todos na sala de jantar, ele se moveu até Shia e puxou o braço dela e o pé de Arutena, separando as duas.

A garota-coelho na mesma hora se acomodou nos braços do Sinergista. Kaori e Shizuku observaram a cena com expressões vazias enquanto deixavam um som de “Ó” escapar.

Hajime as ignorou. E calmamente sussurrou algo nas orelhas de coelho de Shia, fazendo seus olhos se arregalarem com perplexidade.

— Shia, Yue não é sua rival?

— Quê? Yue? Isso não está certo. Yue é especial… isso seria…

Enquanto abraçava a confusa Shia com força, Hajime tentou persuadi-la.

— Já não há mais rivais para você. Pelo menos não planejo falar com outras mulheres do mesmo modo que faço com Shia. É impossível comparar Arutena com você. Vou te dar minha prioridade, meu tratamento especial.

— Ha… Hajime…

Com a palavra “especial” que o garoto inesperadamente sussurrou, Shia ficou vermelha por um momento. Não foi bem o que ele disse, mas a convicção por trás das palavras que mostraram a mudança de atitude em Hajime desde algumas noites atrás.

Em outras palavras, Yue era “especial” em relação a todas as demais. Ninguém poderia estar no mesmo nível que ela, mas não havia apenas uma pessoa especial para Hajime, não apenas Yue poderia ser especial.

Ouvir isto, sem nenhuma situação especial, no meio de uma sala de refeições ao meio-dia, foi uma completa surpresa. Enquanto mostrava uma expressão envergonhada, Shia corou ainda mais. Todas, exceto Yue, estavam paralisadas com olhares parecidos enquanto Hajime confortava a garota-coelho.

— Então, Shia. Com respeito a Arutena, você acha que isso se aplica a você?

— O quê? Hã? Eu?

Shia respondeu com confusão enquanto suas costas eram acariciadas de forma suave.

Arutena cobriu seu rosto com ambas as mãos, envergonhada pelo espaço rosa que subitamente encontrou a seu lado. Entretanto, ela estava espiando pela abertura em seus dedos, seus olhos tremiam sem parar com apenas um traço de vergonha.

— Afinal, estou me esforçando… afinal, esse é Hajime.

— Chi, isso é diferente! Não penso em Shia com maldade. Mas quero falar com você sem reservas!!!

— Ó…

Shia empurrou Arutena para longe, então voltou a se agarrar em Hajime. Tal atitude era a mesma de uma profissional da luta livre. A garota-coelho percebeu que deixou a elfa anormal sem querer ao aplicar uma técnica de agarramento.

Tio estava dando a Arutena um olhar de admiração. Shia notou; esse era de fato um sorriso de aprovação.

Uma nova anormalidade foi despertada. Shia voltou seu olhar par a elfa, enquanto uma expressão preocupada aparecia em seu rosto.

— Outra transformação…

— Isto é diferente! Shia se equivocou! Eu só quero muito me dar bem com você!

— Você quer? Quê? Eu?

Shia estava perguntando com nervosismo enquanto Arutena libertava suas emoções.

De acordo com a Elfa, ao que parecia, a situação era a seguinte.

Ela era uma princesa em Faea Belgaen. Como ela era a neta de Alfrerick, uma pessoa de alto nível na comunidade, ela era tratada como uma existência nobre entre as famílias. Dessa forma, ela sempre foi tratada com cuidado pelos outros.

O resultado não precisava ser dito. Criada como uma garota gentil com um grande coração, ela recebeu uma boa educação e foi amada por muitos, entretanto, ela sempre recebeu tratamento especial. Ela recebeu a prioridade máxima, praticamente idolatrada por garotos e garotas da mesma idade. Não havia chances para condições de igualdade com ninguém.

Cercada por pessoas que sempre a tratavam com gentileza, ela começou a se sentir solitária. Ela começou a sentir um desejo. Ela sempre quis um amigo íntimo, alguém com quem poderia trocar opiniões sem restrição.

Contudo, foi a obstinação e o resultado da rivalidade com Shia o que mais impactou Arutena. Também foi um impacto em seu corpo, assim como um impacto em sua mente. Uma garota da mesma idade que a dela tratou a princesa de forma impiedosa. Isso expôs esses sentimentos com cada golpe, fisicamente e mentalmente. Após o choque, sem perceber e sem querer, ela sentiu alegria.

E assim ela pensou, alguém da mesma idade, poderia ser possível… se tornar melhor amiga com alguém que poderia colocar a natureza de sua família de lado. Isso parecia espetacular.

— É porque, estou envergonhada em dizer, que quando me aproximo de Hajime, Shia presta atenção em mim.

— Bom, você não pode querer atenção como se fosse um cão…

— É isso… tratada como um cão… eu…

— Ó… você reagiu só com isso?

Para Arutena, havia um rubor em suas bochechas com o estranho contentamento por ser tratada como um cão. Shia estava com uma expressão de incredulidade. A elfa se sentou, entrando em pânico, esticou sua mão para Shia enquanto se levantava com nervosismo.

— Então, bem, se estiver tudo bem, você será minha amiga? Você pode me responder?

— … por algum motivo, esta confissão me causa um comichão… se você só quer ser amiga, não posso pensar em um motivo para recusar.

Shia estava um pouco enojada enquanto pensava: “Isso ainda é uma princesa”. Ela pegou a mão da elfa para dar um aperto, e Arutena ficou com uma expressão impressionada. O olhar dela se transformou em um sorriso, encantada pelo desenvolvimento inesperado. Enquanto isso, todos os demais estavam rígidos e desconfortáveis.

— ???

Quando Shia tentou separar sua mão, — Hã? —, ela inclinou seu pescoço. Por que Arutena não soltava a mão dela?

— Uh, Arutena-san? Minha mão…

— Ó, por favor, pare com os honoríficos, só me chame de Arutena! E eu vou te chamar de Shia! Já que somos melhores amigas, isto é normal!

Elas passaram de se tornar amigas para melhores amigas em apenas cinco segundos. Sério? Esta era a filha de uma enorme figura de Faea Belgaen. Shia começou a suar frio, enquanto a elfa corava após falar isso para a garota-coelho.

— Assim sendo, Shia, que técnica você irá usar desta vez?

— Eh?

— Isso é muito vergonhoso, e a dor estranha até ficou dormente… contudo, o calor de Shia foi transmitido. Como sou sua melhor amiga, você pode usar várias técnicas em mim. Podemos brincar mais!

Nesse momento, Shia afastou a mão de Arutena e recuou para uma parede, suor frio escorria por seu rosto.

— Hã… que melhores amigas? Isso não é apenas perversão, você realmente mudou!

— Não diga isso! Só quero passar o máximo de tempo que puder com Shia antes de ela partir amanhã!

— Então o que foi esse “querer brincar”!?

Para esta perigosa Arutena, as orelhas de coelho da outra garota estavam arrepiadas. Hajime estava sorrindo, e Shia estava com sua boca aberta.

— Com certeza, esta é a minha Shia, uma pessoa que compartilha o sofrimento dos outros.

— A primeira metade das suas palavras foi maravilhosa, mas a outra soou desagradável!

Para uma desculpa relativamente cruel sobre experimentar o sofrimento de uma anormalidade (Arutena), Shia ficou com os olhos marejados. Ao que tudo indicava, Hajime não pretendia ajudar.

A elfa se aproximou da garota-coelho que estava pressionada contra a parede. Ela estava com um sorriso que dizia: — Vamos continuar com o que começamos há pouco.

Estando com a sensação oposta da satisfação e reprimida por este poder, Shia se virou e abriu uma janela, escapando da sala com um pulo e fugindo como um coelho escapando de um predador. Ela planejou escapar do público até que as coisas se acalmassem.

— Ah? Shia! Onde você está indo? Espere por mim!

Para as ações da garota-coelho, Arutena agiu como uma mulher cujo amor acabou de desertá-la, saltando pela janela enquanto demonstrava uma força física no nível da de Shia. A elfa começou a correr com desespero. Shia se virou e a viu. Dando um grito: — Hiii!? —, ela disparou na direção do centro de Faea Belgaen.

As duas desapareceram de vista com rapidez surpreendente. Todos ficaram encarando a cena, Hajime na cabeceira, com sentimentos que só podiam ser descritos como estupefatos.

Enquanto isso, a figura de uma garota avançou contra o Sinergista.

— … Hajime… um pouco antes, o que você quis dizer com o que falou para Shia? — Kaori exigiu saber.

Problemas sempre pareciam surgir ao redor de Hajime.


Notas:

[1] Cobra Twist é um movimento em que o wrestler, atrás do oponente, entorta o corpo do oponente para um dos lados, enquanto prende um dos braços, forçando para trás. Esse movimento causa grande pressão nas costas da vítima.

[2] Kinniku Buster, também conhecido como Godokoro Jūrin Garami é a marca registrada de Kinnikuman e seu ataque mais popular, além de ser um dos 48 Movimentos Mortais. Ele coloca o pescoço do oponente em seu ombro e agarra suas coxas, então ele pula e aterrissa em uma posição agachada, causando dano ao pescoço, espinha e virilha.

[3] Também conhecido como Romero Special, o Surfboard é usado quando o wrestler está atrás de seu oponente e coloca seus pés atrás dos joelhos dele os dobrando para cima e “prendendo” seus pés em torno da batata da sua perna, onde em seguida agarra em seus pulsos (geralmente batendo antes nas costas do oponente na tentativa de trazer os braços ao alcance) e cai para trás, obrigando o adversário a subir e assim ficar deitado de costas no ar preso na hold, mas este movimento coloca quem o aplica em risco, pois seus ombros ficam grudados no tablado.

[4] Boston crab é um movimento onde o wrestler senta nas costas do oponente, de bruços, e puxa ambas as pernas do adversário com os braços, causando pressão nas pernas, nas costas e no tronco do oponente.


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