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Arifureta Shokugyou de Sekai Saikyou – Capítulo 191

A filha do Rei Demônio (Parte 5)

Parte 1

Ao largo da costa leste da América.

Havia um grande navio de carga ancorado. Como um navio de carga não registrado, a guarda costeira correu imediatamente para o navio e o chamou, mas não houve reação. A guarda costeira continuou chamando por um tempo, mas nenhuma resposta foi dada. Sem outra saída, a guarda decidiu embarcar no navio.

De repente, várias pessoas apareceram no convés do navio de carga. De forma espontânea, a guarda costeira parou de se mover e chamou esses homens. No entanto, esses homens não responderam e tiraram o lençol que cobria a carga que foi colocada no convés.

— … esses caras, eles não são…!?

Um dos guardas empalideceu enquanto xingava. Isso era natural. O que apareceu por trás do lençol foi uma plataforma de lançamento de mísseis. Ao mesmo tempo, os homens, os terroristas, inclinaram seus corpos para frente do convés. O que estava em suas mãos eram armas familiares para a guarda costeira.

— … se afastem!

Quando o capitão da guarda costeira gritou essas ordens, os terroristas puxaram os gatilhos. Sons violentos ressoaram de forma consecutiva, poshu!, junto com um som estúpido; o lançador de granadas que estava preso ao rifle atirou de forma impiedosa um explosivo contra o navio da guarda costeira.

Várias pessoas foram apanhadas pela explosão e caíram no convés do navio da guarda costeira enquanto gritavam. Em seguida, a cabine de comando explodiu em chamas.

De modo natural, outro navio da guarda costeira devolveu o fogo, mas o ataque dos terroristas foi mais feroz do que eles imaginavam e isso fez com que a guarda não pudesse se aproximar. Eles pediram reforços da marinha, mas, se a marinha chegaria a tempo ou não antes que os mísseis fossem lançados na cidade era outra história…

— Merda, não! Parem!

Vários guardas gritaram. Nesse momento, seu amado local de nascimento, a cidade costeira, estava prestes a ser destruído. Pensando no alcance do míssil, ele poderia apontar para qualquer lugar da cidade costeira. O local em que os mísseis pousariam talvez fosse onde estavam seus conhecidos, amigos, amados ou familiares.

Mas, sem emoção, um som mecânico de operação estava ecoando enquanto os mísseis estavam voltados para a cidade costeira e, em seguida… foram lançados.

Das múltiplas plataformas de lançamento, um total de seis mísseis foram enviados voando em direção à cidade.

— Aa… como isso pôde acontecer?

Alguém sussurrou com uma voz trágica.

Os mísseis atravessaram a costa e continuaram voando em direção ao centro da cidade; naquele momento…

GOU!!

Um clarão preto cortou o céu. Um laser muito espesso que ninguém jamais tinha visto antes, exceto em um filme de ficção científica, voou de repente da parte detrás do navio de carga.

O laser preto engoliu instantaneamente o míssil que estava à direita, e então o laser continuou se movendo horizontalmente e aniquilou todos os outros.

A guarda costeira, e também os terroristas, sentiram o mesmo espanto com o acontecimento inimaginável. Como se tivessem feito um acordo antes, todos viraram as cabeças da mesma forma para a direção de onde o laser vinha com movimentos travados, que eram semelhantes a uma máquina que não havia sido oleada.

Lá, diante de seus olhares, o mar estava começando a inchar como se uma montanha estivesse surgindo. Assim, o que apareceu de lá foi…

— GO-GOJIRA!!

Uma Tio dragonificada. De maneira alguma esse era Godzila, mas com essa aparência, não havia como evitar que eles pensassem assim. Olhos de dragão com pupilas verticais e escamas negras como o breu. Presas afiadas alinhando-se em uma fileira. Um monstro desses apareceu enquanto agitava o mar!

Tio abriu as asas, voou e desceu em direção aos terroristas que estavam olhando com as bocas abertas. E então, ignorando aqueles que estavam gritando, as garras afiadas de Tio perfuraram o casco do navio de carga e levantaram a embarcação de uma só vez.

Os terroristas estavam gritando enquanto atiravam balas e granadas em Tio. Ter a experiência de lutar contra um monstro gigante era uma experiência que era valiosa demais em certo sentido; no entanto, o fato de não poderem fazer um único arranhão fez com que os terroristas expusessem suas expressões de terror.

— Tolos. Vós podeis esfriar as cabeças.

De repente, uma voz majestosa desceu do céu; foi nesse momento que o navio foi lançado com força. O cargueiro caiu na costa enquanto os terroristas estavam espalhados pelo convés como migalhas. O navio se dividiu em dois com um som estrondoso.

— Esta acha que esses cavalheiros terão perguntas, é por isso que esta irá com calma com vós.

A voz caiu mais uma vez e, em um instante, um trovão atingiu o navio de carga do ar vazio. Rugidos estrondosos e relâmpagos surgiram na costa. Os terroristas dentro do navio de carga foram eletrocutados e entraram em colapso sem sequer uma única exceção.

Logo depois disso, um leve som ecoou. Era algo como o som de algo voando no céu que foi criado por uma aeronave. Quando Tio se virou, ela viu um grande míssil vindo em sua direção.

Na verdade, mais ao largo do mar havia um navio carregado com mísseis de longo alcance. O navio de carga na costa também estava agindo como uma distração neste ataque à cidade costeira.

— Que comedido. Vós, pessoas tolas, podeis perecer.

Tal tentativa não poderia sequer ser considerada um ataque. Tio, que proclamou isso, abriu bem a mandíbula. Lá dentro, uma luz negra de ruína estava convergindo.

Logo depois disso, um segundo sopro de dragão foi disparado. O sopro atingiu no mesmo instante o míssil e aniquilou o projétil sem causar nenhuma explosão. Ele continuou seu caminho e atingiu o navio que estava ancorado a várias dezenas de quilômetros de distância.

Pouco antes do impacto da respiração, os terroristas que estavam a bordo do navio viram a parede negra se aproximando deles. Não havia tempo para eles orarem ao seu deus. Assim que eles ficaram cientes de que uma parede preta incompreensível e brilhante estava se aproximando, quase tudo explodiu, junto com suas consciências.

Tio, que terminou de lançar seu ataque, olhou para os membros da guarda costeira que não conseguiram se levantar devido ao medo antes de usar a magia da regeneração e curar os feridos. Mesmo as pessoas que pararam de respirar também foram curadas da mesma forma pela ressurreição da magia da alma.

A cena de seus camaradas sendo envoltos em luz negra antes que seus ferimentos se fecharem estava muito longe da realidade.

Aos olhos dos membros da guarda costeira, o puro terror começou a ser substituído pela admiração.

— Ó protetores, sejam fortes.

Tio deixou essas palavras e começou a mergulhar no mar mais uma vez.

Os membros da guarda costeira enviaram suas saudações enquanto encaravam com entrega a grandeza daquela figura. Por mais fora do real que isso fosse, por mais atípico que fosse a existência dessa figura, ela protegeu, salvou e os presenteou com palavras valiosas. Não havia uma pessoa que parasse de saudar até que a figura de Tio desaparecesse de vista.

E então, com reverência e respeito, eles chamaram esse nome.

— Obrigado, Gojira.


Atualmente, um exército americano estava estacionado em uma cidade em ruínas em um determinado país do Oriente Médio. A razão de seu posicionamento lá variou de apreender ou matar a liderança da organização terrorista, a ajuda humanitária à vizinhança.

Se fosse normal, a noite deveria ser a hora em que o exército distribuiria rações de comida que eram entregues duas vezes por dia, mesmo mantendo-se alerta sobre ataques terroristas. A guarnição do exército devia estar lotada com a visita dos residentes locais para obter água ou comida, ou visitar as instalações médicas do exército para tratar seus ferimentos.

Contudo, no momento…

— Pedido de reforço do portão leste. Muitos estão feridos. Delta e Zeta estão quase isolados.

— Pegue alguns homens da segunda divisão.

— Um tanque inimigo apareceu no portão oeste. Eles estão recebendo fogo concentrado. Pedido de apoio aéreo!

— Alguém, três pessoas foram atingidas! Enviem o médico!

— Portão sul, eles não aguentam mais!

Os gritos dos soldados americanos, os ferozes tiros e os estrondosos sons de explosões estavam por toda parte.

A base militar americana dessa cidade estava no momento recebendo um ataque em larga escala da organização terrorista.

A base que usava vários prédios da cidade, cercada por arame farpado, agora estava recebendo ataques simultâneos do leste, oeste, sul e norte da cidade. Como o tempo do ataque foi combinado com o tempo de distribuição da ração, já havia muitos cidadãos que se envolveram e partiram para o próximo mundo.

Embora o exército americano tenha evacuado o povo, que mal escapara do desastre, para a base e os soldados rapidamente revidaram, o ataque feroz, que chegou ao ponto de fazer todo mundo se perguntar se aquilo não era na verdade a reunião de todos os soldados e o potencial de guerra da organização terrorista, fez com que os soldados americanos ficassem para trás e fossem forçados a uma luta dura.

— Merda, os reforços ainda não estão aqui! Neste ritmo…

O líder desta base, o punho de Armando Aston bateu na mesa na sala de comando em voz alta. O bombardeio aéreo contra a força inimiga já era impossível porque a distância do inimigo até a base estava muito próxima. Havia uma outra base americana na escala de uma divisão na cidade vizinha, mas levaria vinte minutos para chegar a essa cidade. Se eles usassem um helicóptero de combate, seria ainda mais rápido, mas… sem esmagar primeiro a arma antiaérea do inimigo, seria muito perigoso para o helicóptero dar seu apoio.

No final, se essa base poderia aguentar até que os reforços chegassem ou não… Armando fez uma careta de impaciência e limpou o suor que escorria em sua mandíbula.

Mas, naquele momento, um som feroz de impacto assaltou a sala de comando; nuvens de poeira se espalhavam do teto. Armando, que quase tropeçou sem querer, segurou a mesa e se preparou enquanto — O que aconteceu!? —, gritava furioso com o oficial de comunicações.

Uma transmissão que aprofundou a impaciência do homem veio do rádio.

— O inimigo, eles têm um grande número de aeronaves de ataque não tripuladas! Atualmente, o portão leste está recebendo fogo aéreo…

— Impossível, como esses caras prepararam tantos equipamentos!? Não há inteligência sobre isso! O que o departamento de inteligência estava fazendo!?

Depois de ouvir o corte da transmissão, mesmo sabendo que não era a hora, Armando ainda praguejou. Ele deu instruções no mesmo instante, mas… no fundo da mente de todos na sala de comando, a palavra “aniquilação” estava flutuando.

Armando estava considerando se deveria abandonar os cidadãos e, em vez disso, fugir da cidade, mesmo que eles precisassem forçar o caminho. Apesar de entender o quão baixa a taxa de sucesso de uma coisa dessas e o risco de que eles podiam perder sua grande causa de implantar seu exército nessa terra estrangeira, ele ainda estava prestes a tomar essa decisão. Foi naquele momento, hyuuuuu!, um som sinistro de algo cortando o ar entrou em seu ouvido.

— … todo mundo, para baixo!

As instruções imediatas de Armando fizeram os rostos dos soldados ao redor empalidecerem enquanto mergulhavam no chão. Logo depois disso, um impacto violento e um rugido estrondoso atacaram todos eles. A consciência deles estava abalada como se tivessem entrado em uma batedeira e tivessem sido agitados.

— Guh, alguém, relatório da situação!

Armando estava sentindo um zumbido doloroso nos ouvidos enquanto pressionava a mão na testa. De alguma forma, ele se levantou e olhou em volta. E então, uma parte do teto desmoronou, a visão de muitos de seus subordinados sendo esmagados pelos escombros, e a visão do exterior que era completamente visível da parede externa, explodiu em seus olhos.

Quando ele saiu com passos cambaleantes, ele podia ver muitas colunas de fumaça preta saindo do portão sul. E então, ele testemunhou a força do tanque inimigo avançando enquanto esmagava carros e humanos na rua; ele estava esmagando as pessoas como se fossem insetos enquanto tentava atravessar.

O portão sul havia sido violado. No final, o que aconteceu com a unidade que estava defendendo aquele local…

— … para todos que estão ouvindo, recuem seguindo o julgamento de seu comandante enquanto mantém sua força o máximo possível. Estamos abandonando essa base. Procurem vincular-se ao terceiro batalhão que deve estar seguindo para cá.

Armando, que estava falando no dispositivo de comunicação, observava os incontáveis tanques que se aproximavam do outro lado da rua enquanto atropelavam tudo em seu caminho. Ele exibiu um sorriso amargo. Ele se ridicularizou, o quão impotente e incompetente ele era.

E então, ele viu o tanque que estava seguindo na frente movendo sua torreta em sua direção, ou mais precisamente, na sala de comando atrás dele, e ele discerniu o seu fim.

— … seus demônios. Mesmo que eu seja incompetente, meu país é diferente. Algum dia, o martelo de Deus irá…

DOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOON!!

Um impacto terrível ocorreu, cortando as últimas palavras de Armando. O bombardeio do tanque… não foi a causa. Em vez disso, foi o som daquele tanque sendo perfurado por uma estaca preta de três metros de comprimento.

— Fue?

Uma voz estúpida escapou do homem de meia-idade chamado Armando.

Seu choque era natural. O movimento da força de tanques pertencente à organização terrorista também estava parando.

Enquanto o tempo no campo de batalha havia parado, em cima daquela estaca preta como azeviche, sem que ninguém soubesse de onde ele poderia ter surgido, um jovem rapaz pousou com um baque. Com um rosto que parecia oriental, era um jovem normal que poderia ser encontrado em qualquer lugar, se você não prestasse atenção nas coisas gigantes em suas duas mãos, que pareciam ser armas, que não poderiam ser carregadas por carne e sangue humanos.

Todo mundo já tinha parado de se mover. Aquele jovem, Hajime, apoiou o bate-bunker em seu ombro enquanto a mão direita abaixava a gatling, e então ele abriu a boca com uma expressão que era como o de um membro da yakuza.

— Muito bem, será um massacre depois disso, mas, há alguém que queira se render? Bom, não há ninguém, hein. Então, morram.

Nesse campo de batalha em que sons de tiros e explosões ainda apareciam de forma incessante, por algum motivo, essas palavras puderam ser ouvidas de forma clara como se viessem diretamente do dispositivo de comunicação. Ao ouvir essas palavras, Armando e vários terroristas fizeram uma réplica em seus corações: — Rápido demais, você nunca teve intenção de ouvir, não é!? — mas… no momento seguinte, essas vozes saíram voando.

Junto com a situação, onde a força de tanque literalmente saiu voando.

DOU-DOU-DOU-DOU! Sons graves, pesados e consecutivos e, DURURURURURURU!, sons de rotação ressoaram. Esses sons eram a indicação das estacas do bate-bunker que foram disparadas em rápida sucessão e o enxame carmesim de balas cortando o ar se tornando incontáveis relâmpagos que eram como meteoros.

As estacas de duas toneladas disparadas seis vezes por segundo perfuravam os tanques com uma força que os fazia parecerem brinquedos e pulverizava as equipes dentro deles, uma após a outra. A gatling equipada com um canhão eletromagnético transformou os prédios em migalhas, assim como pedaços de papel, enquanto impiedosamente transformava os terroristas que estavam do outro lado em pedaços de carne.

— Nós nos rendemos! Pare!

Vários dos terroristas que estavam nos tanques saíram com as duas mãos levantadas. Isso foi inesperado, porque o rapaz pensou que todas essas pessoas estavam com mentalidades de martírio. E então, Hajime que recebeu a proclamação de rendição estava…

— Eh? O que você disse?

Enquanto dizia algo que parecia sair de um protagonista surdo de um jogo gal, ele disparou seu bate-bunker como se não tivesse ouvido nada. Os tanques deram um salto mortal no ar devido ao impacto. O homem que declarou sua rendição foi esmagado, enquanto uma mancha vermelha se espalhava lentamente.

— Por-por quê!? Você não ouviu que esses caras estão se rendendo!?

Um dos terroristas levantou a voz diante da irracionalidade de Hajime. Em resposta a isso, como era de se esperar, o Sinergista nem sequer respondeu de forma apropriada…

— Nada de negociar com terroristas. Este é o senso comum internacional. Você não sabia disso?

— Uma declaração de rendição, não é negociação, certo!?

Se tivéssemos que dizer se essa afirmação era demais ou não, sem dúvidas era demais. No entanto, o terrorista não conseguiu nem se opor pela segunda vez, pois recebeu o fogo do canhão eletromagnético e acabou se tornando meros pedaços de carne.

— Chih, eles são como insetos, hein. Eu não gosto de caras que apenas enxameiam e dependem de seus números. Irritante.

A força de tanques que rompeu o portão sul, que deveria ser chamada de a maior força de batalha terrestre da organização terrorista, foi literalmente eliminada em um instante. Hajime guardou a metralhadora e o bate-bunker, depois chutou a parede do prédio e pulou para o telhado. Seguindo pelos telhados, o garoto chegou ao telhado do edifício mais alto da cidade.

Armando, que viu essa cena, estava com um leve sorriso.

— … parece que a salvação não foi concedida por Deus, mas por um demônio, hein.

E sussurrou tal coisa.

Hajime disparou muitos mísseis do telhado usando Agni Orkan; as trilhas de fogo dos mísseis cobriram o céu da cidade como uma teia de aranha. As aeronaves não tripuladas foram derrubadas com facilidade, e grandes sons explosivos podiam ser ouvidos ressoando em todos os lugares da cidade.

Depois disso, Hajime, que aniquilou as tropas em larga escala da organização terrorista, operou seu smartphone para ativar o artefato de satélite “Bel Agartha” (ao derramar exposição de luz que havia sido encantada com a magia da regeneração, o item regeneraria o alvo no local acima do solo. Hajime o desenvolveu assim para que fosse possível curar seus amigos e familiares, mesmo quando estivessem longe), que ele lançou no modo furtivo usando magia espacial até que se estabelecesse acima da órbita do satélite com antecedência, e curou os soldados americanos.

Olhando para seus subordinados que deveriam ter morrido voltando à vida (era impossível para aqueles que haviam morrido há muito tempo retornarem), para a força inimiga que foi transformada em cinzas com facilidade, e para Hajime, que estava interrogando vários terroristas antes de sair do campo de batalha como se nada tivesse acontecido e desaparecesse, Armando não pôde fazer nada além de rir.

Armando mais tarde voltou para casa em seu país. Mesmo acreditando piamente em Deus, suas novas tendências, que estavam começando a demonstrar um interesse excessivo por demônios, preocuparam muito sua família e colegas, mas… essa é outra história.

Por outro lado, Hajime havia perguntado sobre o atual paradeiro da liderança da organização terrorista de vários dos terroristas que atacavam a cidade e se teletransportou para lá.

A localização parecia ser uma suíte em um hotel de alta classe na capital. Sem dúvidas, a escolha desse local veio do pensamento de que a possibilidade de bombardeio aéreo era inexistente nesse local onde havia muita gente comum, tornando-o um local seguro.

Parecia que eles estavam reservando o andar inteiro como base; pensando na força terrorista extravagante de antes, parecia que os terroristas possuíam considerável influência financeira. Na verdade, Hajime ficou curioso sobre a conexão dos terroristas com essa área.

Hajime ignorou a recepção, teleportou-se para o andar e avançou pelo corredor com passos rápidos. Então, homens que pareciam ser guardas imediatamente sacaram suas armas, porém, mais rápido do que eles, Hajime limpou o chão com os guardas.

Ao confirmar que as presenças dentro da sala de repente ficaram barulhentas, o Sinergista abriu a porta com um esplêndido chute. Na mesma hora, inúmeras balas dispararam contra o rapaz. Enquanto repelia as balas com a mão esquerda, Hajime entrou na sala de forma grosseira e…

— Quem diabos é… gobohaa!?

A primeira coisa que Hajime fez foi lançar um chute em um homem de meia-idade que parecia ser o líder terrorista. O homem parecia estar prestes a dizer algo, mas foi obrigado a engolir suas palavras, então não era possível saber o que ele ia dizer. Mesmo os terroristas não eram páreos contra a aproximação da velhice.

As pessoas em torno do homem de meia-idade estavam prestes a disparar contra Hajime, mas como esperado, o tapa do Sinergista foi esmagadoramente mais rápido. Os guardas estavam todos girando várias vezes no ar de forma artística antes de serem jogados contra o chão, enterrados na parede ou atravessarem o teto e perderem as consciências.

— Muito bem, velhote. Você é o mentor dos atos de terrorismos simultâneos de hoje, hein?

— Guh, gohoh, seu maldito…

Um chute explodiu no plexo solar do homem de meia-idade pela segunda vez. Pisando no homem de meia-idade, que estava vomitando enquanto gritava com uma voz que pessoas normais não seriam capazes de suportar, Hajime apertou ainda mais o pé, como se quisesse aumentar sua dor.

— Bem, na verdade é irrelevante se você é o líder ou não. Vou fazer você cuspir as informações sobre o desgraçado de merda que financia todos vocês.

O homem de meia-idade que parecia prestes a tagarelar: — Quem dirá alguma coisa a você, hein! — teve o cano de Donner pressionado com força em sua na testa pelo Sinergista, que procurou a empresa e a pessoa que financiava a organização terrorista.

— Espere, você entende o que significa esta revolução? A exploração pela América é…

— Ah, chega disso.

DOPAN!

A cabeça do homem de meia-idade, que estava prestes a começar a falar sobre algo, foi explodida. Aquele ato de Hajime, que parecia não conhecer a existência da palavra misericórdia, fez com que os líderes restantes se afastassem enquanto tremiam.

O rapaz virou-se para aqueles líderes enquanto batia Donner no ombro. Os líderes estavam implorando por suas vidas de forma desesperada, dizendo coisas como lhes dariam dinheiro ou preparariam mulheres ou qualquer coisa que ele gostasse, porém…

— Ei, olhem aqui, parece que vocês tentaram executar minha filha e sua amiga publicamente. Eu não vou deixar vocês escaparem com a desculpa de não saberem, entenderam? O terrorismo indiscriminado é algo assim, não é? Vocês tentam pressionar suas próprias conveniências, de forma indiscriminada. E então, entre aquelas pessoas havia uma parente de um monstro. É por isso que vocês morrerão. É tudo o que há para dizer. Pensem nisto em suas mentes como: “Eu fiz algo estúpido, hein”, “Eu falhei, hum”, e depois morram.

Dessa forma… neste dia, uma organização terrorista, que já foi a maior de todas, foi aniquilada deste mundo. Por precaução, parecia que havia dois ou três dos líderes que foram jogados em uma guarnição do exército dos EUA em um estado totalmente espancado, onde foram recuperados com segurança (?).


Parte 2

Na sala de estar da família Nagumo, Hajime e as outras estavam aproveitando a hora do chá enquanto assistiam a uma reportagem especial. Se fosse perguntado que tipo de notícia especial era, então, de forma natural, era algo relacionado aos atos de terrorismos simultâneos que ocorreram na América no outro dia e aos muitos milagres nesses locais de ataque.

O apresentador avançava a reportagem com uma voz e expressão que pareciam empolgadas.

— Muito bem, havia existências que transformaram as muitas tragédias causadas pelos terroristas covardes naquele dia em milagres que permanecerão na história. Muitas pessoas mortas e feridas foram curadas pela luz sagrada, um avião de passageiros que foi protegido pela luz dourada pouco antes de cair, os reféns que estavam à beira da execução foram salvos dos terroristas por voadoras e um martelo gigante, presidente foi protegido por alguém que usava apenas uma katana… mas quem diabos eram essas mulheres? Não, mas que diabos eram essas existências? Eram agentes secretos do país? Tais opiniões também parecem existir, mas não importa como, é inimaginável que o que elas fizeram fosse obra de um humano. Foi re-al-men-te, a obra de Deus! Muitas pessoas que os testemunharam falaram de forma unânime.

Lá, o apresentador masculino fez uma longa pausa antes de…

— Eles falaram que aquelas mulheres eram “deusas” que desceram a este mundo.

Kaori e Shizuku caíram prostradas na mesa. Suas orelhas estavam tingidas de vermelho brilhante. Quando Hajime deu uma risadinha, a reportagem passou para a gravação da entrevista das testemunhas.

Um jovem da equipe de resgate que realizava a operação em um aeroporto destruído estava respondendo à entrevista em um estado excitado.

— Eh? Você está me perguntando o que eu penso da verdadeira identidade da mulher? Tal coisa é óbvia. Ela é uma deusa, uma deusa transbordando de bondade. Se possível, quero saber o nome dela, mas não, isso talvez seja muito desrespeitoso. De qualquer forma, aquela pessoa é bonita demais, nobre e calorosa. A luz que chovia sobre aquelas pessoas feridas era verdadeiramente divina. Aquilo foi…

A entrevista foi interrompida. Sem dúvidas, se aquele jovem pudesse continuar falando, ele continuaria por várias horas. A tela voltou ao apresentador.

— Ele estava muito animado, não estava!? Mas isso é natural. Vestida com uma luz branca violeta, com um belo par de asas, derramando a luz da cura que ressuscitava até os mortos. Além disso, ela apareceu quase ao mesmo tempo em vários locais atacados pelos terroristas, protegendo as pessoas com luz quente. Essa existência, que não pode ser humana, foi chamada com um determinado nome pelo povo, e este programa reconhecerá esse nome. Agora, todos no estúdio, e também vocês que estão na frente da televisão, vamos exaltar essa grande existência! O nome dela é… o Anjo da Bondade!

— Anjo da Bondadeeee!?!?!?

Kaori afundou. Ela se agachou enquanto tapava os ouvidos e entrava na postura “não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal”1. Parecia que o limitador de sua timidez já havia ultrapassado seu valor máximo.

Sem perder tempo, Yue estava fazendo uma expressão sádica enquanto tentava fazer Kaori se levantar e assistir à televisão. Depois de dar uma olhada na Curandeira, que estava dizendo: — Não, não. —, com a cabeça tremendo em recusa e a vampira, que continuava puxando-a, Hajime e as outras prestaram atenção na próxima entrevista no noticiário.

Quem fez a próxima aparição foram os membros da unidade que pertenciam à guarda costeira. Com gestos de corpo e das mãos, eles entusiasmadamente falaram sobre a tremenda existência que os salvou antes de proteger a cidade dos mísseis.

E então, eles disseram. Com suas bocas em uníssono, eles chamaram aquela existência de:

— Era Gojira!!

Algo parecido com isso.

— Por quê!?!? Não importa onde e como tu vejas, eras um dragão, não eras? Eras uma existência lendária que todos adoravam, não és!? O que há com esse tratamento de personagem fictício!!

Tio soltou um: — UGAA! — enquanto se levantava em protesto. No entanto, os membros da Guarda Costeira na televisão ficaram muito animados dizendo: — Obrigado Gojira! —, — Não nos esqueceremos de Gojira para sempre. —, — Gojira-tan, haa, haaa. —, — Gojira, PARA SEMPRE! —, exaltando Tio (Gojira).

— Puxaaaa, quem imaginou que Gojira existia de verdade! E, apareceu ao mesmo tempo que o anjo, e salvou as pessoas… o mundo é adorável demais! Vocês também acham isso!? Ele virá, sabiam, com certeza virá, entenderam? O Boom do GO-JI-RA está chegando!!

A tensão do locutor já estava atingindo o êxtase. E então, a tensão de Hajime e Shuu, que tinham antecipado o “boom” vindouro e já tinham comprado um monte de ações da empresa que estava vendendo produtos de Godzila, também estavam em êxtase.

O próximo assunto da entrevista foi o coronel do exército que estava estacionado no Oriente Médio. Quando o coronel foi perguntado sobre o que ele pensava sobre o tipo de existência que havia aniquilado o exército em grande escala da organização terrorista atacando sua guarnição, o homem mostrou um sorriso niilista enquanto respondia:

— Fuh. Isso é óbvio. Ele era um demônio, não, ele era o rei demônio-sama.

Hajime cuspiu o chá preto que estava bebendo. Não, sem dúvidas ele foi chamado de rei demônio, mas ele nunca tinha imaginado, que de todas as possibilidades, ele também seria chamado com esse nome aqui na Terra… suas bochechas estavam com cãibras a partir disso. O coronel dentro da televisão estava falando o quão impiedoso, implacável, irracional e avassalador Hajime foi, como meros humanos eram como lixo comparados a essa existência. Era como se o coronel estivesse possuído por um demônio.

— Oops, parece que esse programa será banido se transmitirmos mais do que isso, então vamos terminar a entrevista com o coronel por aqui. E sobre o que será do coronel daqui em diante, é algo preocupante, não acham? Muito bem, parece que este homem que repeliu um exército da organização terrorista de forma solitária tem muitas fãs femininas com seu número aumentando rapidamente. Por alguma razão, toda a gravação deste homem está embaçada, o que dificulta sermos claros sobre sua aparência, mas as garotas de todo o mundo estão com corações nos olhos com essa crueldade, entenderam? Parece que já existe um fã clube formado!

O grito de alta tensão do apresentador: — Que invejaaaa! —, e então os olhares calmos e frios que contrastavam com aquele grito, estavam todos esfaqueando o Sinergista. Hajime fingiu não notar nada enquanto bebia seu chá mais uma vez.

— Mas, sua popularidade entre os homens também não fica para trás! Os gays de todo o mundo também parecem estar apaixonados. Minhas sinceras condolências!

— Buhoh!

Hajime cuspiu seu chá preto. E então, ele foi afundado pelos beijos e piscadelas ferozes que pareciam estar fazendo sons de “bachikon!” jogados nele do outro lado da tela pelas muitas “irmãzonas” que estavam contorcendo-se e agindo de forma excessivamente provocante apesar de seus músculos. Hajime caiu prostrado sobre a mesa com um som de “gon!” que pareceu doloroso.

Enquanto Kaori, Tio e Hajime estavam recebendo danos, a notícia continuou com a entrevista do piloto que testemunhou Yue; ele estava fazendo uma declaração que parecia indicar um certo nível de lolicon, o apresentador não perdeu tempo para cortar isso antes de passar para a última entrevista com o presidente que estava tratando Shizuku como uma Valquíria2. Além disso, o apresentador revelou de forma maliciosa como os guarda-costas do presidente tinham formado um fã clube para a Valquíria de cabelos pretos, fazendo Shizuku ficar muito vermelha.

— Eu fiz a manipulação e reconhecimento das informações através da rede mundial de computadores, então ninguém saberá que essas pessoas são nós, porém… no fim, ainda recebemos danos.

As palavras cansadas de Hajime receberam acenos de concordância das pessoas que salvaram o mundo e agora estavam bebendo chá na sala de estar da casa Nagumo.

— Pensando nisso, Myuu. Depois disso, o que aconteceu com sua amiga? Por precaução, naquele momento, eu tirei Myuu do reconhecimento das crianças que estavam naquele lugar, mas… aquela criança chamada Natalia é a única cujo reconhecimento eu não adulterei. Será que isso se tornará um problema?

Naquele dia, Hajime aplicou a medida sobre as crianças que Myuu salvou para que eles só se lembrassem que uma garota loira aniquilou os terroristas enquanto os fazia esquecer quem era a menina. Hajime usou um artefato de tubo de prata para jogar um clarão contra as crianças. Aquela coisa era usada de forma exclusiva pelos agentes de ternos pretos que protegiam a Terra de alienígenas.

Mas, em relação a Natalia, com o desejo de Myuu e a forte esperança da própria pessoa, ela não recebeu o tratamento de manipulação de reconhecimento. A própria Natalia também prometeu que não revelaria nada sobre Myuu para outras pessoas, não importava o que acontecesse. Caso houvesse uma situação em que, por exemplo, alguém soubesse sobre Myuu e tentasse fazer algo com Natalia, a garota recebeu um artefato para fazer outras pessoas acreditarem em sua mentira.

— Sim, sem problema, nano. Mas…

— Mas? Há algo errado?

— Uuuuun, talvez seja apenas o sentimento de Myuu, mas parece que o jeito que Na-chan está olhando para Myuu mudou…

— … de que forma?

— É como Altina-san quando ela está olhando para Shia-oneechan…

— Myuu, corte relações com Na-chan, agora mesmo.

— Está tudo bem, nano. Porque o rosto de Na-chan parecia satisfeito quando Myuu acariciou a cabeça dela, e ela retornou a Na-chan de sempre.

— … entendo.

A expressão de Hajime se transformou em uma onde ele não podia dizer nada. Shia estava dirigindo um olhar que estava tremendo para Myuu enquanto dizia: — Myuu-chan, ela me superou antes que eu percebesse… — Parecia que Myuu estava aos poucos subindo as escadas para se tornar uma “pessoa não exemplar”.

— Ah, é verdade, papai. Você usou o flash em Emile-kun de forma correta, nano?

— Hmm? Não sei quem é esse Emile a que você se refere, mas todas as crianças naquele lugar, excluindo Natalia, todas foram com certeza tratadas. Qual é o problema?

— … Emile-kun, por algum motivo, ele se lembra de Myuu, nano. Parece que ele não sabe que quem estava lutando no momento era Myuu, mas lembrou que Myuu estava lá como amiga de Na-chan, e parece que todo esse tempo ele estava entrando em contato com Na-chan dizendo que queria que ela deixasse-o encontrar Myuu. Embora Na-chan esteja recusando.

— … rou.

Ao que tudo indicava, o jovem Emile não conseguiu esquecer a fada que lutou naquele dia. De forma peculiar, ele estava se lembrando de Myuu e parecia desejar uma reunião. Sem dúvidas, seria arrogante perguntar que tipo de sentimento o levou a fazer isso. Afinal, se fosse preciso dizer, era o caso de “Garoto se apaixona por garota”.

O papai Hajime, que adivinhou isso, emitiu uma voz que soava um nível mais baixo do que o habitual. Ele estava pensando que havia mais uma praga que se aproximava de sua amada filha. Desde que Myuu avançou para o ensino fundamental, o número de pragas que se aproximavam dela estava aumentando dia a dia.

“Jovem Emile, o que devo fazer com você?”, era o que papai Hajime estava começando a refletir. Myuu, que estava vendo o rapaz assim, parecia excessivamente feliz, e se sentou no colo de Hajime com alegria. E então, ela olhou para o Sinergista com um sorriso largo enquanto falava:

— Papai não precisa ficar tão preocupado. Myuu será para sempre a Myuu do papai, nano.

— Mu, isso é, bom, mas eu não tenho nenhuma intenção de fazer nada sobre esse pirralho…

— Papai, Myuu disse que Myuu entende.

— …

Hajime estava com um rosto preocupado e virou o olhar para Yue e as outras pedindo ajuda, mas antes que seu rosto pudesse se mover, as mãos pequenas de Myuu pegaram as bochechas dele dos dois lados e fixaram o olhar do rapaz em si mesma.

E então, enquanto ela mostrava um sorriso fascinante que o lembrava de uma certa pessoa…

— É melhor para o papai pensar que não será capaz de escapar para sempre, nano.

— …

Ela disse uma coisa dessas.

Hajime pensou. Nestes cinco anos, a magia de Yue, o taijutsu e a arte do martelo de guerra de Shia, o chicote de Tio, a arte de espadas gêmeas de Kaori, o estilo Yaegashi de Shizuku e então, o gun kata de Hajime, todas essas técnicas foram aprendidas por Myuu em alto nível. Originalmente, a raça dos habitantes do mar não tinha um corpo que fosse excelente nas batalhas, mas, apesar disso, a garota havia conseguido adquirir tudo isso.

Isso foi sem dúvidas porque todos os personagens trapaceiros ao seu redor ensinaram a Myuu sua essência sem pouparem nada, e a garota, que confiava e adorava aquelas mulheres do fundo de seu coração, estava trabalhando com seriedade, mas mesmo com esses fatores, a taxa de aprendizado dela ainda podia ser muito elogiada.

Talvez por esse motivo, Hajime tenha alucinado, vendo sua própria figura sendo segurada por Myuu, mesmo depois que ele usou todos os métodos em seu poder e ainda assim foi superado…

“Não, de jeito nenhum isso poderia…”

— Nmyu?

Com uma velocidade de mudança surpreendente, sua expressão encantadora de agora tinha ido para outro lugar, Myuu retornou a habitual garota inocente com ela inclinando a cabeça, aquela aparência…

Por alguma razão, causou um estremecimento repentino em Hajime.


Notas

[1] Os Três Macacos Sábios ilustram a porta do Estábulo Sagrado, um templo do século XVII localizado no Santuário Toshogu, na cidade de Nikkō, Japão. Sua origem é baseada em um provérbio japonês. Seus nomes são mizaru (o que cobre os olhos), kikazaru (o que tapa os ouvidos) e iwazaru (o que tapa a boca), que é traduzido como” não ouça o mal, não fale o mal e não veja o mal’. A palavra saru, em japonês, significa macaco, e tem o mesmo som da terminação verbal zaru, que está ligado à negação.

[2] As valquírias (literalmente “a que escolhe os mortos”), na mitologia nórdica, são dísir, deidades femininas menores que serviam Odín sob as ordens de Freya. O seu propósito era eleger os mais heroicos guerreiros mortos em batalha e conduzi-los ao salão dos mortos, Valhalla, regido por Odin, onde se converteriam em einherjar (guerreiros mortos recolhidos pelas Valquírias para irem ao palácio de Valhala). A escolha servia metade daqueles que morriam em batalha (a outra metade seguia para o campo de Freyja, na vida após a morte, denominado Fólkvangr). Odín precisava de guerreiros para que lutassem a seu lado na batalha do fim do mundo, Ragnarök. A sua residência habitual era Vingólf, situado próximo de Valhalla. O dito salão contava com quinhentas e quarenta portas por onde entravam os heróis derrotados para que as guerreiras os curassem, deleitando-se com a sua beleza e onde também “serviam hidromel e cuidavam da louça de barro e vasilhas para beber”. Estas surgem também como amantes de heróis e outros mortais, em que, por vezes, são descritas como filhas da realeza, ocasionalmente acompanhadas por corvos, e de vez em quando incorporadas a cisnes ou cavalos.


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