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Birth of the Demonic Sword –  Capítulo 2006

Subterrâneo

Noah usou seu corpo para cavar o chão e chegar ao centro da ilha. Os dragões eram as únicas feras mágicas na área e viviam na superfície, então ninguém notou sua corrida. O pó do Rei Elbas também ajudou a manter sua presença escondida, então Noah não se incomodou em se segurar muito.

Noah se sentiu quase nostálgico com a visão do chão azul. Era um material raro depois que o Céu e Terra decidiram destruir todo o plano superior. Até as regiões que ele havia recuperado ficaram pretas depois que sua Ambição as forçou a expressar todo o seu potencial.

A cena das áreas subterrâneas brilhantes trouxe sua mente de volta à exploração do novo continente nas Terras Mortais. Noah então se acostumou com aquela visão no plano superior apenas para esquecer aquele cenário para sempre.

As muitas lembranças que enchiam sua mente não o distraíam de sua tarefa. Noah logo sentiu algo durante sua corrida dentro da ilha. Um sentimento familiar de confiança alertou seus instintos e o atraiu para uma área específica daquela massa de terra.

Noah ajustou sua direção e cavou para frente até que uma imensa área subterrânea se desdobrou em sua visão. O salão parecia ocupar quase metade da ilha, e seu piso liso e escuro revelava a presença de material estranho. A aura irradiada por aquela camada negra também confirmou que ele havia chegado ao seu destino.

Seus instintos permaneceram alertas mesmo que o chão escuro continuasse a enviar vibrações confiáveis. O desejo de pousar naquele material encheu sua mente, mas ele o reprimiu. Noah sabia que sua consciência superior não poderia ajudar nessa situação. Ele não tocaria no metal até ter uma ideia clara de seu tecido e da área como um todo.

A área apresentava a presença do Céu e Terra. Noah podia sentir inscrições por toda a estrutura subterrânea, mas nenhuma parecia ter propósitos defensivos. O governante não se incomodou em colocar proteções ali, pois a ilha já tinha a barreira. As formações ali pareciam ter a única tarefa de afetar o chão escuro.

A maior parte das inscrições agiu para suprimir a aura inata irradiada pelo metal. Elas fizeram o possível para contê-lo dentro daquela área subterrânea, mas algo sempre vazava, pois o material poderia naturalmente se opor ao Céu e Terra.

Em vez disso, outras formações tiveram uma tarefa muito mais difícil. As partes das paredes rochosas diretamente acima do metal tinham linhas brancas intrincadas que aplicavam pressão constante no chão escuro. Essa força desestabilizou lentamente o material único e fez pequenas gotas caírem de sua superfície.

O Céu e Terra ainda estava derretendo o metal escuro, o que revelou seu plano de criar mais daqueles dragões estranhos. O líquido acumulou-se em cavidades especiais que apresentavam diferentes tipos de inscrições que claramente tinham outro criador. Noah seguiu um desses túneis retomando a escavação até encontrar grandes poças cheias desse material em outro salão subterrâneo.

A segunda sala também apresentava inscrições que não pertenciam ao Céu e Terra. Tornou-se impossível negar a teoria de Noah naquele ponto. O governante tinha um ajudante.

‘Snore’ chamou Noah através da conexão mental, e a cobra logo se materializou ao seu lado.

Snore não precisava de ordens. Ele voou diretamente em direção às poças e fez sua perna tocar o líquido preto girando. Noah se preparou para cortar aquela parte do corpo da cobra, mas nada de prejudicial aconteceu. A matéria escura do corpo de Snore simplesmente nadou entre aquele líquido denso que enchia sua cabeça de sensações agradáveis.

A cobra queria mergulhar na piscina e beber aquele metal, mas Noah a impediu. Snore seria o primeiro a obter esse líquido se suas propriedades reais fossem tão valiosas quanto Sepúnia afirmou, mas era muito perigoso usar agora. Também parecia um desperdício confiar nessa forma bruta.

‘A transformação acontece aqui então’, Noah comentou em sua mente. ‘Céu e Terra provavelmente depende de um de seus cultivadores privilegiados para liquefazer o metal e ligá-lo aos dragões.’

Essa explicação parecia carente em muitos aspectos. O Céu e Terra encontrou uma brecha nessa falha. Ele poderia usar os dragões para transformar o metal em algo que pudesse funcionar como uma arma mortal contra seus oponentes, mas Noah ainda não tinha visto partes inteiras do procedimento.

Uma simples fusão não era suficiente para mudar a natureza de um material tão único. Os dragões tiveram que se transformar depois de obter o metal, e Noah não conseguiu encontrar esse processo nos dois corredores subterrâneos, então ele voltou a cavar para encontrar as partes que faltavam.

Mais piscinas apareceram enquanto ele continuava a exploração, e o que ele estava procurando acabou se revelando em sua visão. Um salão subterrâneo colocado logo abaixo do metal escondia uma série de crisálidas brancas que continham dragões em convulsão pertencentes a diferentes espécies.

Inscrições que Noah nem sequer tentou entender convergiam para as dez crisálidas na parede da área circular. Essas estruturas tinham poder no nono rank, mesmo que a maioria delas contivesse espécimes de rank 8. Apenas uma tinha um dragão de rank 9, mas o espécime estava no nível inferior.

As inscrições, as crisálidas e o salão como um todo transbordavam da influência do Céu e Terra. O governante criou essa área sem depender de ajuda externa, mas Noah não pôde confirmar se Ele colocou os dragões dentro dessas estruturas por conta própria. Essa hipótese soou errada, mas o governante foi engenhoso o suficiente para criar algo que tornasse esse processo automático.

Os dragões dentro das crisálidas estavam inconscientes, mas ainda tremiam cada vez que parte de seus corpos se transformava. As ondas mentais de Noah eram fortes o suficiente para passar pelas superfícies de cristal dessas estruturas. Elas permitiram que ele inspecionasse o processo e memorizasse como a corrupção funcionava.

O processo foi extremamente lento. Noah realmente tinha que prestar atenção em cada célula do corpo dos dragões para perceber quando uma mudança acontecia. Além disso, cada transformação exigia um longo período de manutenção destinado a estabilizar a criatura em seu novo estado.

“O Céu e Terra provavelmente precisa dessas pausas devido às propriedades únicas do metal”, adivinhou Noah.

A área subterrânea não tinha muito mais. Noah encontrou outras poças e inúmeras formações, mas tudo já havia ficado claro.

Céu e Terra escondeu o metal sob a ilha através de um ajudante secreto. Além disso, esse mesmo cultivador havia montado inscrições capazes de liquefazer o material para que os dragões pudessem se fundir com ele. Todo o resto tinha o único propósito de corromper aquelas criaturas mutantes para que o governante pudesse ter acesso a uma arma imparável.

O procedimento também ajudou o Céu e Terra a se livrar do material. Em teoria, o metal escuro ainda existia mesmo após sua corrupção. Noah adivinhou que o mundo não poderia gerar mais quando a quantidade planejada continuasse no plano superior, mas ele não tinha como provar isso.

Sua única pista sobre essa teoria veio do espaço não utilizado no saguão central. Noah podia ver isso como uma coincidência, mas não se atreveu a ignorar completamente esses detalhes. O piso escuro provavelmente encolheu desde sua primeira aparição.

Noah parou de explorar depois de inspecionar toda a estrutura subterrânea. Era hora de aproveitar o metal. Ele se aproximou com cuidado e deixou Snore interagir com ele primeiro, mas logo decidiu tocá-lo com as próprias mãos.

O contato com a forma original do metal enviou uma série de imagens que ele não conseguia parar em sua mente, e seus olhos se fecharam quando começou a inspecioná-las.


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