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Chronicles of Primordial Wars – Capítulo  143

Borboleta

Na saliência de pedra, atrás da camada de fios, Shao Xuan não encontrou nada de especial, apenas algumas marcas estranhas.

Olhando ao redor com cuidado mais uma vez, ele não conseguiu encontrar nenhum traço das fezes da criatura.

Apesar de ter acreditado que após viajar uma distância tão longa ele seria recompensado com tesouros, ele descobriu que o ninho da larva branca estava completamente vazio.

Shao Xuan seguiu mais uma vez para baixo da inclinação íngreme, mas não conseguiu encontrar mais nenhum rastro. Obviamente, aquela larva não havia descido por lá recentemente.

Encontrando o ninho da larva e nada mais, Shao Xuan decidiu voltar para cima. Ele começou a andar, mas pouco depois parou seus movimentos e começou a pensar. Caminhando até uma rocha próxima, ele se moveu para trás dela, removeu todos os vestígios de sua existência e esperou.

Embora houvesse luz do sol, o fluxo interminável de gelo e pedras não era agradável, e a temperatura não parecia querer ficar mais quente. Pelo contrário, quando o sol começou a se pôr, a temperatura despencou rapidamente.

No entanto, para quem já estava acostumado com o clima do pico da montanha, esse frio era suportável.

Quando o sol deixou apenas um raio de luz, a larva voltou.

Como cada passo exigia que ela agarrasse com força o gelo e a rocha, o barulho que a larva fazia era incontrolável. Shao Xuan estava descansando com os olhos fechados, mas ao ouvir uma atividade vindo em sua direção, ele imediatamente abriu os olhos para observar.

Com a posição vantajosa que o Shao Xuan havia assegurado, sua visão da larva estava desobstruída.

Embora o sol já tivesse se posto, a luz das duas luas no céu permitiu ao Shao Xuan ver claramente tudo o que estava acontecendo.

Ao comer e retornar, a primeira coisa que a larva fez foi excretar resíduos.

Uma por uma, bolas transparentes de gelo saíram da extremidade traseira da larva.

Terminando de se aliviar, a larva chutou cada uma daquelas bolas para baixo do penhasco.

Shao Xuan ficou sem palavras. Como era de se esperar, aquela larva tinha obsessão por limpeza. Parecia saber que não devia defecar onde dormia.

Terminando de comer e defecar, a larva deitou imóvel em seu ninho para descansar.

Sem se preocupar em olhar, Shao Xuan se encostou na rocha e adormeceu.

No dia seguinte, a larva já havia deixado seu ninho antes que o sol aparecesse no céu.

Seguindo a larva, Shao Xuan subiu a montanha.

Nos dias seguintes, Shao Xuan não se aventurou a descer a montanha, nem seguiu a larva. Em vez disso, ele passou a explorar vários locais naquela camada de gelo. Depois de se familiarizar com o terreno, ele avançou em um ritmo ainda mais rápido.

Alguns dias depois, Shao Xuan voltou ao seu local original. Não foi sua intenção, mas como a camada de gelo tinha a forma de um anel, é claro que o Shao Xuan voltaria ao seu local original. Durante esse processo, Shao Xuan encontrou mais daquelas larvas brancas; mas ele não se preocupou em perder tempo as seguindo.

Olhando em volta, Shao Xuan não conseguiu encontrar nenhum vestígio da larva original.

Curioso, Shao Xuan desceu mais uma vez do penhasco. Quando ele chegou no ninho da larva, ele chegou bem a tempo de avistar a transformação dela.

A pele da larva era da mesma cor dos fios que expelia, sendo transparente.

Talvez por ter acabado de se transformar, a larva ainda estava cansada. Só depois de descansar um pouco a larva começou a se mover e a chutar a pele para fora do ninho.

Shao Xuan queria pegar aquela pele, já que na tribo faltavam materiais de qualidade. Tentar conseguir aquela pele valeria o esforço.

Ele estava preocupado que a pele seria levada pelo vento forte, mas inesperadamente, após ser chutada para fora do ninho, ela caiu direto no gelo, fazendo um barulho alto.

Vendo o buraco quebrado pela pele, Shao Xuan ficou atordoado.

Com a pele sendo tão pesada, a larva devia ser ainda mais pesada! Quem teria imaginado?

A larva ainda estava descansando em seu ninho, então o Shao Xuan não podia simplesmente descer e pegar a pele diretamente. Ele tinha que esperar por uma oportunidade.

E essa oportunidade apareceria no dia seguinte.

Esperando o sol nascer, enquanto a larva subia a montanha como um fantasma, Shao Xuan foi até a pele para examiná-la. Depois da noite anterior, a pele estava coberta por um manto de neve.

Sacudindo a neve, Shao Xuan pegou a pele. Pesando a pele na mão, o que ele descobriu foi contrário às suas expectativas. Mas para uma tribo de pessoas que carregavam pedras pesadas, essa quantidade de peso podia ser considerada suportável.

A pele era tão transparente que, ao olhar para baixo, Shao Xuan podia ver até as rugas de sua mão. Ao puxar com certa força, a pele não sofreu nenhum dano.

Como esperado, era um bom material.

Enrolando a pele, ele a amarrou e a colocou na bolsa.

Olhando ao redor do ninho, e não encontrando mais vestígios, Shao Xuan subiu a montanha.

Depois disso, Shao Xuan foi procurar mais dessas larvas. Seguindo suas pegadas, ele rastreou seus ninhos e adquiriu mais duas daquelas peles. Do restante das larvas, ele não encontrou nada. Talvez elas ainda não tivessem se transformado, ou talvez elas tivessem jogado suas peles para longe. As peles não estavam nas proximidades dos ninhos e, olhando para as linhas na neve, Shao Xuan inferiu que elas rolaram para longe.

Durante o tempo em que o Shao Xuan estava vasculhando, ele descobriu que essas larvas estavam ficando cada vez mais transparentes. Originalmente brancas como a neve, elas se tornaram translúcidas e, a cada dia que passava, elas ficavam ainda mais transparentes.

Finalmente, quando todos as larvas desapareceram, Shao Xuan foi procurar em seus ninhos e descobriu que a larva branca havia se transformado em um casulo.

Nesse estado, os casulos das larvas também eram transparentes e angulares. Se não prestasse atenção, eles podiam ser confundidos com blocos de gelo.

Shao Xuan não sabia por quanto tempo as larvas permaneceriam em seu estado de crisálida.

No final, como ele havia memorizado a localização dos ninhos, ele decidiu verificá-los a cada dois dias. Pelo resto do tempo, Shao Xuan absorveu lentamente a energia contida nas colunas de gelo. Estando em um lugar tão tranquilo, ele sentiu que ele mesmo estava ficando mais calmo, o que era extremamente adequado para absorver energia.

A energia localizada nas colunas de gelo era bem comum, pois não era tão pura ou forte quanto a encontrada nos cristais de fogo. Para o Shao Xuan, a energia dos cristais de fogo só podia ter um efeito de apoio, pois não afetava o totem em sua consciência; essa era uma das diferenças entre ele e os outros membros da tribo.

No entanto, após cada absorção da energia encontrada no gelo, era possível encontrar um pouco dela se acumulando no totem. Essa era a razão fundamental que sustentava a operação contínua do totem do Shao Xuan naquele lugar.

As duas luas no céu giravam gradualmente e se aproximavam cada vez mais uma da outra, iluminando o céu.

Naquela noite, as duas luas eclipsaram.

Das nuvens e da névoa no topo da montanha, Shao Xuan estava olhando para a lua.

Durante seu tempo na tribo, ele ouvia constantemente os gritos das bestas na floresta. Mas naquele lugar, tudo estava quieto.

Incapaz de ouvir qualquer vida, era como se ele tivesse sido isolado do mundo.

Da primeira caçada do ano até aquele dia, meio ano se passou em um piscar de olhos.

De repente, Shao Xuan sentiu atividade debaixo dele.

Se lembrando daqueles casulos, ele decidiu descer e ver o que estava acontecendo.

Naquela noite, a luz fornecida pelas duas luas eclipsadas era comparável à luz do dia.

Para os animais selvagens e bestas ferozes, aquela noite era verdadeiramente peculiar.

Por isso, ao descer a montanha, Shao Xuan foi extraordinariamente cauteloso.

Finalmente chegando a um dos ninhos, Shao Xuan viu uma larva saindo do ninho que tinha ficado comparativamente menor do que antes. Esta larva parecia uma borboleta com duas antenas e sem asas.

Ao deixar seu ninho, a larva rastejou até a saliência de pedra. De repente, emitindo uma luz interna branca, a luz se moldou em um crescente par de asas.

Tornando-se maiores, as asas bloquearam toda a visão da rocha em que a larva estava.

Abrindo suas asas fluorescentes brilhantes, a borboleta descansou por um tempo, então saltou da rocha, bateu suas asas e voou para longe.

Olhando para longe, havia uma partícula de luz branca que ficava cada vez menor.

No final, todos as larvas se transformaram em borboletas.

Sem estrelas no céu, essas asas brilhantes pareciam incontáveis luzes na noite.

Embora ainda houvesse ventos gelados soprando ao redor, essas borboletas pareciam não ter sido afetadas e voavam continuamente para a frente.

Shao Xuan parou e observou essas partículas de luz se tornarem cada vez mais pequenas, a ponto de desaparecerem. Só então o Shao Xuan retraiu os olhos e os direcionou para os ninhos.

Os fios ainda estavam lá.

Se deixados sozinhos, depois de um tempo, eles ficariam cobertos de gelo e neve.

Se aproximando, Shao Xuan puxou os fios e descobriu que eles não podiam ser separados facilmente. Quando o Shao Xuan estudou as peles anteriormente, ele descobriu que eram extremamente difíceis de rasgar, mas depois de usar seu totem, ficava bem mais fácil.

Shao Xuan usou o mesmo método para obter os fios.

Originalmente, os fios estavam presos com tanta força na parede de rocha que pareciam fazer parte dela. Depois de usar seu poder totêmico, tudo o que ele precisava fazer era usar um pouco de força para arrancá-los.

Em contraste com a pele da larva, os fios eram incomparavelmente leves, fazendo com que o Shao Xuan ficasse bem empolgado.

Dentro do ninho e do casulo, Shao Xuan não encontrou nada. Será que as borboletas chutaram tudo para fora do penhasco? Ou será que elas comeram o que tinha lá dentro?

Não era grande coisa, mesmo se ele não conseguisse encontrar mais nada. Para o Shao Xuan, obter os fios foi a maior colheita daquela noite.

Indo para alguns outros locais, a quantidade de fios que ele adquiriu não foi pequena. Para as larvas, aqueles fios não eram nada importantes, ou então elas teriam levado embora com elas. Em alguns locais, alguns fios foram cortados e levados pelo vento.

Esta tarefa continuou por dois dias, e durante este tempo, novas águias gigantes apareceram.

Assim como quando o Chacha chegou lá, aquelas águias estavam extremamente cansadas. Parecia que elas não estavam em bom estado, como se tivessem sido afetadas pela devastação do tempo e pela velhice.

Como tinha uma nova frota de águias chegando, Shao Xuan imaginou que não demoraria muito para o grupo do Chacha voltar.

Enquanto as águias gigantes se reuniam novamente na camada de gelo, Shao Xuan foi perdendo a liberdade para se mover livremente. Permanecendo no local onde ele e o Chacha pousaram pela primeira vez, ele então começou a esconder sua presença.

E assim, Shao Xuan passou o tempo mordendo pedaços de gelo da coluna ou observando cada águia que passava.

Enquanto estava comendo, Shao Xuan percebeu que algo estava errado. Erguendo a cabeça, a primeira coisa que ele viu foi uma águia gigante voando para baixo, pousando bem na frente dele.

A cabeça da águia não estava longe dele, então ela podia enxergar o Shao Xuan claramente.

De repente, seus olhos se encontraram.


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