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Circle of Inevitability – Capítulo 614

Transação Clandestina

Sentada em uma cabine na janela de um café de rua, Jenna revisou mentalmente os dados compilados, observando a mulher refinada, com maquiagem condizente com sua estatura, desembarcar de sua carruagem e entrar na conceituada loja de departamentos Bonnie, na Avenue du Boulevard, em Trier.

Jenna redirecionou sua atenção, cumprimentando Anthony Reid sentado diagonalmente à sua frente.

— É ela.

Franca, posicionada no mesmo lado de Jenna, deliberou antes de falar, — A pergunta em questão… Ela está nos provocando? Se a reação dela foi meramente surpresa sem compreensão, poderíamos colher pouca informação. Se ela persistir em suas atividades de alto perfil apesar da ressonância com o Fragmento do Mundo Espelhado, é plausível que ela ou a pessoa atrás dela busque atrair o portador do Fragmento do Mundo Espelhado.

Após avaliar o cenário, Franca concluiu: — Envolver-se com Delilah de forma imprudente apresenta riscos significativos.

— Mas nossa Adivinhação por Espelho Mágico garante a segurança da operação de hoje — rebateu Jenna.

Franca sorriu em resposta.

— Não deposite fé indevida na adivinhação. Além disso, o perigo pode não ser imediato. Envolver-se apressadamente com Delilah pode atrapalhar nossas futuras pistas.

— Então, ficamos parados? Esperar um mês ou dois até que as tensões diminuam antes de agir? — Jenna ponderou brevemente, então sentou-se ereta, revelando seu plano, — Eu tenho uma ideia!

— O que é? — Franca perguntou, intrigada.

Jenna franziu os lábios e sorriu.

— Vamos usar o item místico: Transação Clandestina. Ele nos concede uma oportunidade discreta de interagir com Delilah sem sermos notados.

— Dessa forma, se o problema for da pessoa por trás de Delilah, nosso contato permanece oculto, preservando o rastro de pistas. E se a própria Delilah for a preocupação, podemos rapidamente fazer a transição do contato para o controle.

Franca contemplou a proposta com seriedade por um breve momento.

— Não é implausível… Na verdade, estou interessada em testar a Transação Clandestina eu mesma. Não há necessidade de contestar. Sou uma Sequência superior a você, e minhas capacidades de autopreservação superam as suas. Mesmo que entidades malignas como demônios busquem uma conversa, posso invocar a Madame Julgamento, uma Árbitra formidável, como minha testemunha!

A Demônia do Prazer parecia ansiosa para testar o item místico.

Jenna permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de consentir: — Tudo bem.

Anthony continuou, — Eu vou lidar com o breve encontro. Usar um Hipnotista garante que não haja pistas ou traços persistentes para a pessoa por trás de Delilah descobrir.

— Sem problemas. — Franca dispensou as formalidades, direcionando seu olhar para Jenna, aguardando a entrega da Transação Clandestina.

Vestida com trajes branco-acinzentados e armadura de couro marrom, Jenna, como muitas mercenárias, carregava uma mochila de couro marrom.

Da mochila, ela retirou uma pequena caixa de madeira pintada de escuro, adornada com uma membrana em cada lado, e a colocou sobre a mesa na sala privada da cafeteria.

Franca pesou os termos de seu pedido contra o preço dos poderes de Suborno. Arregaçando a manga de sua camisa de dama, ela alcançou através da cortina de membrana em um lado da caixa de madeira com uma pequena bolsa de pano contendo 100 Louis d’or em sua mão direita. Embora as instruções de uso não excluíssem explicitamente as notas, Franca, valendo-se de sua extensa experiência mística, optou por moedas de ouro, uma forma de moeda mais universalmente aceita.

No instante seguinte, ela sentiu o contato com a pele enrugada e úmida, cinco dedos envolvendo a bolsa de pano contendo as moedas de ouro.

Reprimindo uma onda momentânea de desgosto, Franca articulou seu pedido a Hermes.

— Desejo um encontro pessoal ininterrupto, sem observação e altamente discreto, com duração de mais de três minutos, entre meu amigo Anthony Reid, sentado à minha frente, e Delilah, um membro da família Le Roy, comerciante de pedras preciosas da loja de departamentos Bonnie, nas proximidades.

Franca incluiu qualificadores meticulosos, garantindo precisão na reunião das partes e na maneira como elas se realizavam para evitar qualquer distorção.

O objeto com a textura enrugada e úmida, semelhante à de uma palma, levantou a bolsa de pano contendo as moedas de ouro e retirou-se.

Isso significou o acordo da Transação Clandestina.

Franca retirou a mão direita, usando um lenço branco para limpar meticulosamente a área tocada, enquanto expressava seu desconforto com a nojeira.

— Onde devemos nos posicionar enquanto esperamos pela oportunidade de nos encontrar? — Anthony perguntou.

Franca guardou seu lenço, oferecendo um sorriso.

— O pedido especificou apenas dois indivíduos: você e Delilah Le Roy. Consequentemente, sua melhor chance é segui-la até que a oportunidade surja.

— Justo…

Nesse momento, Franca pegou a resplandecente Pulseira de Sete Pedras de sua Bolsa do Viajante e a estendeu para Anthony.

— Em caso de complicações, teletransporte-se imediatamente.

Observando a seriedade no comportamento da Demônia do Prazer, Anthony engoliu sua inclinação de recusar educadamente e aceitou a Pulseira de Sete Pedras.

Após um momento de contemplação, Franca sugeriu: — Se você confiar em mim, posso criar um substituto de estatueta de papel usando seu sangue e cabelo.

Anthony permaneceu em silêncio por alguns segundos antes de concordar: — Ok.

Dentro dos limites da loja de departamentos Bonnie, Anthony rapidamente localizou Delilah Le Roy, exercitando suas aguçadas habilidades de observação como Hipnotista.

Delilah estava no meio do primeiro andar, acompanhada por sua criada e pelo manobrista, absorta em uma apresentação de mágica realizada pela loja de departamentos para elevar o ambiente.

No meio do espetáculo, o assistente do mágico empurrou para dentro uma caixa de madeira substancial capaz de acomodar de três a quatro pessoas. O mágico, com um floreio teatral, tirou sua cartola e fez um anúncio.

— Para meu próximo ato, preciso da ajuda de dois sortudos membros da plateia.

— Madame, você me daria a honra de subir ao palco?

O convite do mágico foi direcionado a Delilah Le Roy.

Embora hesitante, Delilah não conseguiu recusar e relutantemente subiu no palco de madeira preparado para a apresentação mágica.

“Uma personalidade fraca e uma dificuldade em recusar os outros… Talvez influenciada pela Transação Clandestina…” Anthony antecipou vagamente a natureza do encontro pretendido enquanto observava o comportamento de Delilah. Com um passo calculado para a frente, ele chamou a atenção do mágico.

— Este cavalheiro, por favor, junte-se a nós no palco também.

Fingindo relutância, Anthony subiu desajeitadamente no palco.

O mágico gesticulou em direção à caixa de madeira, instruindo: — Por favor, sente-se lá dentro.

Franzindo os lábios, Delilah suspirou e, instigada pela multidão, entrou na caixa de madeira.

Escolhendo um assento o mais distante possível dela, Anthony, enquanto ainda havia iluminação, sorriu e comentou: — Verdade seja dita, eu também me sinto um pouco envergonhado.

Suas palavras foram ditas com um tom calmo e genial, fazendo com que o comportamento tenso de Delilah diminuísse.

Anthony continuou, — Não acredita em mim? Olhe nos meus olhos.

Ele apontou para os olhos, convidando o olhar dela.

Delilah instintivamente voltou seu olhar para um par de olhos castanhos escuros que refletiam sua figura.

“Eu…” Delilah foi pega de surpresa enquanto seu olhar parecia descer em uma espiral profunda.

Naquele momento, o mágico fechou a caixa de madeira, envolvendo-a na escuridão.

Aproveitando o momento oportuno, Anthony fez uma pergunta: — Você experimentou algo incomum no Quartier de la Maison d’Opéra há uma semana?

— Sim — Delilah respondeu com sinceridade, sentindo uma atitude confiável.

— O que foi essa sensação? — Anthony perguntou enquanto o mágico recitava suas falas ensaiadas.

— Meu coração começou a disparar e meu sangue parecia estar fervendo — Delilah relatou sua experiência.

— Você sabe o que isso significa? — Anthony investigou mais profundamente.

Na escuridão, Delilah balançou a cabeça.

— Não tenho certeza, mas meu verdadeiro pai me instruiu a informá-lo imediatamente se eu tivesse sensações semelhantes.

— Verdadeiro pai? — Anthony teve um palpite.

Delilah riu autodepreciativamente, explicando: — Meu verdadeiro pai, amante da minha mãe e atual Ministro da Indústria do governo, Moran Avigny.

“Moran Avigny…” Sentindo as manobras do mágico com a caixa de madeira, Anthony rapidamente fez uma pergunta final. — O que ele disse ao saber da sua reação?

— Ele me disse para não me preocupar e continuar vivendo normalmente, — Delilah admitiu, ainda guardando algumas preocupações.

Anthony reconheceu suas palavras sucintamente.

— Adorável moça, estou emocionado em compartilhar este momento mágico com você. Você pode me dar algo memorável? Talvez alguns fios do seu cabelo.

Sua voz, profunda e cativante, fez Delilah sentir que o pedido era totalmente normal.

Consequentemente, ela arrancou alguns fios de cabelo e os entregou a Anthony.

Ao tocar no cabelo, Anthony suspirou aliviado e continuou com uma voz ressonante: — Não quero que isso coloque sua família em risco. Quando você sair desta caixa de madeira e ouvir meu estalo, você vai esquecer nossa interação aqui…

Enquanto sua voz convincente ecoava, os pensamentos de Delilah ficaram confusos.

Thud!

A caixa de madeira se abriu, revelando apenas Anthony. Delilah, por outro lado, foi graciosamente puxada de trás do palco pelo mágico.

O público explodiu em aplausos entusiasmados.

Assim que a ovação cessou, o mágico, com a mão pressionada contra o peito, curvou-se em gratidão. Sem lançar um olhar para Delilah, Anthony estalou os dedos.

Com a intenção de se envolver em uma conversa com o homem que havia estabelecido uma conexão com ela, Delilah ficou chocada quando ouviu o estalo. Seu corpo estremeceu levemente, seus olhos momentaneamente vidrados antes de recuperar a consciência.

Girando nos calcanhares, ela desceu a plataforma de madeira, retornando ao seu lugar entre a criada e o criado.

Enquanto isso, Anthony saiu em um ritmo medido, misturando-se perfeitamente à multidão.

No Quartier de la Cathédrale Commémorative, apartamento 702, Rue Orosai nº 09.

Franca aplicou as cinzas do cabelo de Delilah na superfície do espelho de maquiagem usando chamas negras, recitando o encantamento familiar para a Adivinhação por Espelho Mágico.

Em meio aos respingos de água e ao brilho escuro, Franca fez a pergunta: — A dona deste cabelo é uma Pessoa Espelhada?

A voz idosa respondeu: — Não.

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