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Circle of Inevitability – Capítulo 621

Ilha Hanth

— Só posso fornecer detalhes sobre a idade do papel, as matérias-primas e o processo de fabricação.

O conhecimento e o conteúdo oculto nele inscrito não puderam ser extraídos.

— Tudo bem. — Lumian retirou a mão, sua decepção mínima.

Ele abordou Ludwig com a intenção de que não faria mal perguntar.

Não encontrando mais nada de interessante, ele se acomodou na poltrona, mergulhando na luz quente do sol. Folheando o antigo caderno cheio de lendas demoníacas.

Lumian encontrou-o composto inteiramente em escocês. Flores, tendo frequentado apenas o ensino fundamental, não o teria compreendido de outra forma.

Lendo com entusiasmo, como se estivesse absorto em um romance envolvente, Lumian descobriu que certas lendas superavam até mesmo a emoção das histórias de terror contemporâneas, causando arrepios em sua espinha.

Ocasionalmente, encantamentos surgiam, alguns fabricados por ignorantes e sujeitos a inúmeras alterações. Outros carregavam uma sutil malevolência, tendo uma semelhança com Naboredisley. Lumian se absteve de pronunciá-los em voz alta, recitando-os silenciosamente em vez disso.

O primeiro dia da viagem dos Berries transcorreu em tranquila serenidade.

Tarde da noite, Lumian sonhava com cenas encantadoras, tecendo histórias que faziam corar e intensificavam suas emoções.

De repente, Lumian acordou. A luz do sol filtrava-se através das cortinas da janela, lançando um brilho tênue.

Eram 6 da manhã

Deitado na cama, Lumian experimentou uma sensação de perda.

Faltava-lhe a resistência de um asceta nos sonhos, o que fazia com que certas cenas fossem extraordinariamente pungentes.

Fuuu… Lumian exalou, emitindo uma risada autodepreciativa. “Quase esqueci, isso não é uma bênção; é uma maldição.”

Retornar ao estado físico em que Termiboros era selado todas as manhãs, às 6h, trazia benefícios como ausência de medo de ferimentos graves, não se importar com o consumo de energia e cura automática.

Embora pensamentos sobre a catástrofe de Cordu e sua irmã Aurore o assombrassem a cada reinicialização, a dor inicial gradualmente diminuiu, tornando-se uma dormência suportável após seu tratamento psiquiátrico. Ocasionalmente, ele sentia uma dor surda e um vazio.

Lumian levantou-se da cama e abriu as cortinas, revelando duas cenas contrastantes do mar azul.

À direita, um sol carmesim tinha acabado de surgir no horizonte. À esquerda, a neblina permanecia, e as ondas surgiam, encobrindo tudo a 100 metros de distância.

Ao sair do quarto principal, Lumian percebeu que Lugano já estava acordado, cativado pela paisagem marinha.

— Você está de bom humor — Lumian provocou.

Lugano sorriu timidamente e respondeu: — É minha primeira vez no Mar Berserk. Estou um pouco animado e acordei cedo.

Ele acrescentou: — Além disso, se eu quiser ser seu intérprete, tenho que dominar o dutanês o mais rápido possível.

Na mesa de centro da sala havia vários livros de dutanês comprados recentemente por Lumian em Porto Colla. Sendo um porto comercial primário para o Continente Sul, os cidadãos de Porto Colla tinham uma necessidade prática de aprender dutanês, resultando em uma tendência. Lumian adquiriu facilmente dois conjuntos de materiais didáticos cobrindo níveis elementar, intermediário e avançado, junto com materiais de prática, graças a vários materiais didáticos e instrutores de dutanês. Isso era um contraste gritante com Porto Santa, onde obter alguns livros quase inutilizáveis ​​exigia um esforço considerável.

Lumian aplaudiu gentilmente.

— Nada mal.

Lugano apontou para o mar enevoado e explicou: — Ontem à noite, ouvi de um marinheiro no navio que muitas embarcações tentaram explorar o mar naquela direção, mas nunca retornaram. Ocasionalmente, as pessoas avistavam um desses navios passando silenciosamente à noite, sem luzes ou ninguém no convés.

— Dizem que é o Mar Berserk. Fique na rota marítima segura; tentar rotas desconhecidas geralmente leva a perigos desconhecidos e irresistíveis.

— Veja, o sol está nascendo ali, certo? O mar parece calmo, mas se nos aventurarmos além da rota segura, podemos enfrentar um furacão repentino, uma tempestade de raios ou até mesmo ser derretidos pelo sol e evaporados. Essas são histórias de marinheiros; não tenho certeza se são verdadeiras.

Lumian assentiu e sugeriu: — Dê uma olhada em mais rumores semelhantes.

Com a aprovação de seu empregador, a expressão de Lugano se iluminou, encontrando um propósito em seu trabalho.

A viagem pelo Mar Berserk provou ser relativamente tranquila. Lumian, Ludwig e Lugano conseguiram evitar causar qualquer interrupção.

Ocasionalmente, eles testemunharam tempestades capazes de destruir toda uma cidade ou relâmpagos obliterando florestas. Às vezes, eles notaram a ausência de peixes por todo o mar, criando um silêncio assustador semelhante ao lendário Submundo.

Guiados pelo experiente capitão, imediato e marinheiros, Berries navegou por essas regiões ao longo da rota marítima segura.

Depois de alguns dias, o navio a vapor que se aventurava no oceano chegou à Ilha Hanth, o porto de trânsito. A tripulação reabasteceu carvão e água, conduziu a manutenção das máquinas, reabasteceu cerveja e vários suprimentos de comida ao longo de dois dias.

— Não parece haver nenhuma especialidade nesta ilha — Lugano comentou, consultando o guia de viagem de Porto Colla. — Mas devido à sua localização geográfica estratégica e porto natural de águas profundas, é um dos principais portos de trânsito controlados pelo Reino Feynapotter.

“Especialidades? Isso inclui Demônios?” Lumian criticou silenciosamente, pegando dois risots dourados e girando-os em sua mão.

— Vou experimentar o vinho local.

Ele foi até o maior bar do porto e pediu uma taça de vinho tinto local, encorpado e cor de romã, o Paha.

Lumian puxou conversa com alguns clientes perto do balcão do bar, abordando deliberadamente um deles com sotaque local.

— Conheci uma garota legal, — ele disse com uma piscadela maliciosa e um sorriso ambíguo. — Vamos sair em um encontro mais tarde… em uma noite tranquila. Você pode compartilhar algumas histórias de terror locais? Elas não precisam ser bem conhecidas, apenas assustadoras o suficiente, de preferência com um local específico. Por exemplo, se há uma história horripilante sobre uma casa vazia em uma certa rua, heh heh, eu planejo levá-la lá para o nosso encontro.

O morador, com a barba umedecida em cerveja, pousou sua caneca de carvalho e riu.

— Que tortuoso, mas eu gosto de você! É uma batalha de inteligência entre homens e mulheres. Para a vitória, vale tudo!

Após uma breve pausa, o local sugeriu: — Você pode levá-la para um encontro na orla da floresta, fora da cidade. Você sabe, uma floresta à noite é sempre assustadora. Além disso, pode haver mais de um Demônio espreitando na floresta na Ilha Hanth.

— Desde que me lembro, os padres têm alertado a todos contra se aventurar profundamente na floresta ou mesmo pensar em cortar madeira no meio da ilha. Há muitos perigos ocultos.

— Que tipo de perigos, você pergunta? Os padres nunca especificam, mas alguém sempre me conta sobre alguma pessoa aleatória que encontrou um Demônio com chifres de bode e um cheiro sulfúrico desagradável na floresta.

— Quanto àqueles que afirmam ter visto o Demônio com seus próprios olhos, diz-se que todos eles encontraram a morte… por alguma razão desconhecida.

— Que tal isso? Nenhuma mulher não tem medo de um Demônio. Bem, exceto minha esposa. Ela é ainda mais assustadora que um Demônio!

“As histórias de demônios na Ilha Hanth evoluíram a tal ponto? Elas lembram a lenda do fantasma de Montsouris, mas encontrar um fantasma de Montsouris resulta na morte de uma família inteira. A Ilha Hanth não tem uma característica tão óbvia…’ Lumian levantou sua taça de vinho tinto, brindando ao homem antes de dizer: — Embora eu seja bem charmoso, duvido que qualquer garota estaria disposta a me seguir até a orla da floresta fora da cidade em nosso primeiro encontro, especialmente à noite. Mesmo que ela não tenha medo de que eu faça mal, ela pode se preocupar que eu seja um criminoso com uma propensão a machucar garotas jovens. Que tal isso: Existe uma lenda de um assassino em série? Idealmente, um que assombra a cidade.

Com base nos cadernos de Aurore e nas informações coletadas nos últimos meses, Lumian percebeu que a Sequência 9 do caminho do Demônio1 era Criminoso, a Sequência 8 era Sangue Frio2 e a Sequência 7 era Assassino em Série.

O nome da Sequência 7, Assassino em Série, indicava que os Beyonders, independentemente de seu conhecimento do método de atuação, se envolveriam ativa ou passivamente em assassinatos em série.

Embora o Demônio na Ilha Hanth tivesse claramente ultrapassado a Sequência 7 e evoluído além do estágio de Assassino em Série, Lumian se perguntou se, como um indivíduo de alto escalão que havia progredido na hierarquia, ele mantinha certas preferências adquiridas durante sua fase de Assassino em Série.

Seres inteligentes, sejam humanos ou uma determinada criatura, tendem a manter certos desejos se não forem deliberadamente restringidos ou controlados.

Assim como os humanos podem ocasionalmente beber, os demônios podem ocasionalmente se envolver em assassinatos em série.

Além disso, se a comissão de Naboredisley não foi inventada apenas por um acordo verbal, o Demônio da Ilha Hanth ou seus descendentes deveriam estar escondidos entre os humanos.

O barbudo local ponderou por um momento antes de responder: — Não houve nenhum assassino em série. Em um lugar pequeno como o nosso, se assassinatos em série estivessem acontecendo, todos na cidade saberiam.

Ele fez uma pausa e então acrescentou: — Mas e se alguém desaparecesse na floresta fora da cidade todo ano? Isso contaria?

Em Trier, Franca, Jenna e Anthony conseguiram reunir informações suficientes sobre Moran Avigny, o atual Ministro da Indústria.

Essas informações incluíam uma fotografia colorida.

Na foto, Moran Avigny exibia uma semelhança impressionante com um intisiano. Apesar da idade, ele exalava um ar de elegância.

No final dos seus sessenta anos, seu cabelo antes preto havia se transformado em um distinto cinza. Traços faciais refinados e olhos cinza-escuros acrescentavam à sua presença geral, com as rugas em seu rosto destacando a passagem do tempo.

— Olhos cinza escuros são raros em Intis… — Franca suspirou.

No meio da frase, ela parou abruptamente.

Outro indivíduo com olhos cinza-escuros em Intis passou pela sua mente — a Demônia de Preto Clarice.


Notas:

[1] em alguns lugares: Diabo, uma hora é devil, outra é demon.

[2] esse é o nome antigo, o atual é Anjo sem Asa.

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