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Circle of Inevitability – Capítulo 669

Conivência

Lembrando-se do encontro de Franca com 007 esta noite para discutir como lidar com Moran Avigny, Lumian decidiu convocar o mensageiro de Jenna, Coelho Chasel, pois ele teria que retornar a Trier amanhã para discutir a divisão de trabalho e detalhes específicos.

Depois de anotar o pedido da Madame Mágica e dobrá-lo, Lumian criou um ritual, permitindo que o Coelho do Conhecimento especial emergisse das chamas da vela.

A primeira coisa que Lumian notou foi a cartola em miniatura confortavelmente colocada entre as orelhas do coelho. Em seguida, ele viu óculos de aro dourado e um sobretudo preto que combinava com o tamanho da criatura vagamente em forma de coelho. Finalmente, um revólver preto como ferro estava na palma da mão do coelho.

O revólver brilhava com um brilho metálico, seu cano era anormalmente grosso e seu cilindro anormalmente grande e texturizado. Ele contrastava fortemente com a aparência ilusória da cartola, do sobretudo e dos óculos de aro dourado.

Ao ver Coelho Chasel, Lumian ergueu as sobrancelhas.

— Essa é uma arma de verdade?

Escondidos atrás dos óculos de aro dourado, os olhos de Coelho Chasel ficaram mais aguçados.

— Sim.

— Jenna personalizou para você? — Lumian perguntou.

Coelho Chasel respondeu sucintamente: — É um pagamento.

“Que comportamento frio… Senhorita Celia Bello, você considerou as consequências do que fez? Não considerou! Porque eu também não sei as consequências a menos que consulte a Madame Mágica…” Lumian criticou internamente antes de entregar a carta dobrada para Coelho Chasel.

Ao ver a criatura com formato de coelho e aparência humana se preparando para se virar e caminhar em direção à chama da vela, Lumian, o Rei Brincalhão de Cordu, perguntou com interesse: — Você sabe atirar?

Coelho Chasel ficou em silêncio por um momento, como se estivesse envergonhado.

— Ainda não.

“Ah, você não é mais tão frio quanto Gehrman Sparrow…” Lumian riu e disse: — Jenna e eu somos amigos. Vou ajudá-la a pagar a taxa de postagem dessa vez.

— Você quer aprender a atirar? Envolve conhecimento e orientação.

Coelho Chasel, mais alto que um coelho comum, respondeu sem hesitar: — Claro.

O sorriso de Lumian se alargou.

Depois de encontrar um local isolado na orla da floresta primitiva e ensinar Coelho Chasel a atirar com afinco por um tempo considerável, Lumian voltou para Tizamo com as mãos nos bolsos, planejando visitar a única cafeteria para o chá da tarde.

A cafeteria recebeu o nome de “Bunia” em homenagem ao seu proprietário, um homem chamado Bunia.

Ele tinha menos de 30 anos. Tendo trabalhado como garçom e aprendiz em uma cafeteria em Porto Pylos, Bunia, lembrando da falta de uma cafeteria adequada na cidade de Tizamo, transformou o andar térreo de sua casa em uma cafeteria semiaberta.

Lumian, ziguezagueando entre as mesas e cadeiras na rua, chegou ao balcão da cozinha, oferecendo um sorriso ao proprietário e garçom, Bunia.

— Você tem café Fermo?

A pele morena de Bunia, não muito escura, e suas feições lembrando as de um mestiço, demonstravam sua herança de Tizamon.

O homem de quase trinta anos respondeu com um sorriso honesto em intisiano fluente.

— Monsieur, não há café Fermo.

Lumian, com a intenção de fazer uma pergunta brincalhona, casualmente trocou de ideia e pegou uma xícara de café Corsa da Matani.

Sorvendo o líquido amargo e doce em uma mesa, ele notou Camus, adornado com um colete, e Rhea, vestida com armadura de couro, entrando na cafeteria. Cada um pediu um café Intis e um bolo de milho com nozes imbuído do estilo Tizamo.

Ao avistar Rhea, o solitário Bunia ficou ainda mais tímido e ocupado, evitando contato visual.

Enquanto Camus e Rhea, munidos de café e bolinhos de milho, procuravam um lugar, Lumian levantou o braço em saudação.

Enquanto Camus e Rhea relutantemente se acomodavam em seus assentos em frente a ele, Lumian perguntou com um sorriso: — Por que você parece tão cansado?

Olhando para o aventureiro enérgico, Camus respirou fundo e expirou lentamente.

— Acabamos de terminar o trabalho. Finalmente podemos descansar.

Ontem, ele monitorou o Motel Brieu até tarde da noite!

— Tudo o que eu quero agora é uma boa noite de sono. — Depois de explorarem o sonho juntos na noite passada, Rhea não estava tão reticente quanto antes ao enfrentar Lumian.

— Então por que você ainda está bebendo café? — Lumian respondeu divertido.

Era evidente que Rhea e Camus não tinham a energia de um Sem Sono.

— Quero aguentar até o jantar antes de dormir — disse Camus com um suspiro.

Rhea balançou a cabeça.

— Café é inútil para mim.

Depois de uma breve conversa, Rhea terminou seu bolo de milho e café, então voltou para a sede da polícia próxima para descansar. Camus continuou a reclinar-se na poltrona, ocasionalmente tomando um gole de café.

— Reaza chegou? — Lumian perguntou com um sorriso.

Camus ficou em silêncio por um momento.

— Ele está aqui. Hoje à noite, um dos dois… Maslow ou Loban… estará seguindo você com ele.

Quanto a Kolobo, não havia necessidade de ele estar de plantão. Se ele nem ousava olhar, como ele poderia fazer qualquer monitoramento?

Enquanto conversavam, Lumian notou a Srta. Amandina do Feudo das Palmeiras conduzindo um cavalinho para fora da cafeteria Bunia, exalando alto astral.

A garota de olhos azuis estava vestida com um traje de caça branco-sujo hoje, seu cabelo preto preso em um coque de meia altura.

Depois de confiar o chicote e as rédeas ao criado de pele morena, ela caminhou até o balcão da cozinha com sua criada, que também tinha uma aparência intisiana.

Ao longo do caminho, ela cumprimentou alegremente os clientes no café e trocou gentilezas com os moradores locais enquanto tomavam um café barato.

Observando o olhar de Camus fixo na garota, Lumian provocou: — Você deseja lutar um duelo com o noivo dela?

— Não, eu não sou esse tipo de pessoa — Camus respondeu com uma expressão séria. — Admito que ela é realmente muito atraente para mim, mas ela já está noiva do Monsieur Robert. Isso é um sinal de que ela está começando uma família. Não posso me permitir destruir a família de outra pessoa.

“Vocês, Feynapotterianos…” Lumian não zombou dele, mas suspirou de emoção.

Tais valores representavam Feynapotter.

É claro que nem todo Feynapotteriano possuía tais valores.

Vendo a falta de resposta de Lumian, Camus disse seriamente: — Não tenha nenhuma ideia sobre ela.

Lumian olhou para o jovem de sobrenome Castiya com diversão, aguardando mais “explicações”.

Camus franziu ligeiramente a testa.

— Eu sei que vocês, Intisianos, não recuarão só porque a outra parte tem um noivo ou um marido. Vocês podem achar isso ainda mais excitante, mas vocês sempre buscam prazer momentâneo. Muito poucos estão dispostos a assumir responsabilidades. Vocês sempre se satisfazem. Quando estão felizes, vocês se viram e vão embora, deixando uma dama para enfrentar tudo o que foi destruído.

— Nem todo Intisiano é assim — Lumian balançou a cabeça com um sorriso.

“Mas a maioria dos Triernenses é assim… No entanto, nenhuma das partes é inocente em tais questões…” ele acrescentou interiormente.

A enérgica e brincalhona Amandina conduziu a criada passando pela mesa de Camus e Lumian.

Primeiro, ela cumprimentou Camus, depois avaliou Lumian e disse francamente: — Eu sou Amandina. E você?

— Louis Berry — Lumian respondeu com um sorriso.

Amandina assentiu e de repente riu.

— Você deve ter acabado de chegar de Trier. Você é diferente das pessoas daqui.

— Não, eu sou de um vilarejo no sul — Lumian mudou para Intisiano com sotaque Dariège.

Amandina não ficou desapontada. Ela perguntou alegremente sobre o folclore das províncias do sul da República de Intis antes de levar a criada para uma mesa no canto.

Camus observou os dois conversando. Ele abriu a boca, mas fechou-a novamente.

Trier, Quartier de la Cathédrale Comemorative.

Jenna estava encolhida no sofá, absorta nas novels que tinha acabado de comprar, todos com elementos de Bruxas. De repente, Coelho Chasel apareceu na frente dela e lhe entregou uma carta.

Observando a criatura bizarra, porém adorável, em forma de coelho, Jenna abriu a carta e examinou seu conteúdo antes de perguntar seriamente: — Você deseja selecionar seu pagamento ou devo escolher um livro aleatório para você?

— Lumian Lee já liquidou o pagamento em seu nome — disse Coelho Chasel com uma voz profunda, mas sincera.

A Bruxa Jenna de repente sentiu um pressentimento.

— Quanto ele pagou?

— Ele me transmitiu conhecimento relacionado ao tiro e me orientou no estágio inicial da minha prática — Coelho Chasel levantou o revólver especial em sua mão, apontou-o brevemente para a porta atrás de Jenna e então o abaixou rapidamente.

“O que…  Monsieur Lumian Lee, você considerou as consequências do que fez?” Jenna repreendeu, sentindo uma mistura de irritação e diversão.

No entanto, o feito estava consumado, e ela não tinha poder para revertê-lo.

Enquanto esses pensamentos passavam por sua mente, os lábios de Jenna se curvaram em um sorriso doce.

— O próximo pagamento será por um coldre genuíno para axila. E depois disso, balas personalizadas com efeitos especiais. O que você acha?

Por trás dos óculos de vidro, os olhos de Coelho Chasel brilhavam.

— Tudo bem!

Na cidade de Tizamo, a noite já havia caído e a escuridão cobria a área.

Lumian estava na casa de Hisoka, olhando para o severo vice-capitão da equipe de patrulha de Porto Pylos, Reaza, e o líder da equipe de patrulha local, Maslow, cujo rosto estava adornado com tinta branca. Como se estivesse instruindo Lugano, ele disse: — Cuidado com qualquer acidente.

Desta vez, ele falou em dutanês.

— Tudo bem. — Não era a primeira vez que Maslow acompanhava Louis Berry, o grande aventureiro, e ele já estava acostumado com seu estilo.

Vestido com um terno formal e elegante, Reaza permaneceu em silêncio, sinalizando que não havia problema.

Lumian pegou os Óculos do Espreitador de Mistérios marrons de sua Bolsa do Viajante.

Esta noite, sua primeira tarefa era usar este item mágico para observar a casa de Hisoka de vários ângulos, na esperança de descobrir a origem de sua anormalidade.

Após confirmar sua condição e os preparativos, Lumian colocou os óculos marrons com aros dourados na ponta do nariz.

Uma onda familiar de tontura tomou conta de Lumian, como se tudo ao seu redor tivesse sido desfeito e remontado.

Ele testemunhou insetos venenosos rastejando no “céu”, duas paredes que pareciam dançar em círculos e uma poça de água subterrânea no fundo do solo que parecia absorver toda a luz.

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