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Circle of Inevitability – Capítulo 670

Chegada repentina

Em meio à sensação vertiginosa que ameaçava separar seu espírito de seu corpo, Lumian viu árvores que pareciam dormir na escuridão e uma pedra escura como breu…

Por fim, ele tirou os óculos marrons do nariz e arqueou levemente as costas para aliviar o desconforto.

Nem mesmo um Asceta seria capaz de usar os Óculos do Espreitador de Mistérios por muito tempo.

Claro, isso garantiu sua segurança até certo ponto.

Por meio dessa “olhada”, Lumian confirmou duas coisas.

Primeiro, a área abaixo da casa de Hisoka era de fato incomum, mas parecia mais um símbolo ilusório do que uma entidade real. Isso indicava que esse lugar já havia sido corrompido ou influenciado, com a ocorrência mais grave ocorrendo no subsolo.

Em segundo lugar, essa influência estava ligada à pedra negra nas profundezas da floresta primitiva.

— Como foi? — perguntou Maslow, com o rosto pintado de branco.

Lumian guardou os Óculos do Espreitador de Mistérios de volta em sua Bolsa do Viajante e sorriu.

— A anormalidade que eu ‘vi’ aqui se origina de uma pedra preta nas profundezas da floresta primitiva. Você já viu ou ouviu falar dessa pedra preta?

Reaza e Maslow, de cabelos pretos caindo sobre os ombros, balançaram a cabeça em uníssono, indicando uma resposta negativa.

Lumian não estava com pressa para fazer a segunda coisa que havia planejado para a noite. Ele olhou para Reaza, que estava usando um terno fino formal e parecia ser uma mistura de nacionalidade Intisiana e Balam Oeste. Ele disse casualmente: — Eu pensei que com sua chegada, algumas pessoas em Tizamo iriam gradualmente embora e ficariam em Porto Pylos por um tempo.

— Como vocês sabem, o Festival dos Sonhos deve começar dentro de três dias.

Reaza respondeu calmamente: — Com base na minha experiência, exceto para aqueles que chegaram a Tizamo nas últimas duas semanas, é melhor não deixar este lugar e ir para outro lugar para evitar que qualquer anormalidade se espalhe.

— Isso só deve ser considerado depois que o Festival dos Sonhos terminar e a tribo primitiva lançar outro ataque.

“Processo muito padronizado… Achei que você consideraria as opiniões de Intis, Feynapotter e outros países do Continente Norte, permitindo que pessoas com nacionalidades correspondentes evacuassem com antecedência e os protegessem. Por exemplo, os donos das plantações fora da cidade e suas famílias… Sim, isso é provável porque o Festival dos Sonhos nunca mostrou dano direto. Ele apenas fez com que alguns moradores da cidade sofressem de histeria e atraiu um ataque da tribo primitiva da floresta. A primeira situação poderia ser resolvida por uma simples missa. O segundo problema poderia ser protegido e afastado…” Lumian entendeu aproximadamente a mentalidade do Almirante Querarill e dos líderes da equipe de patrulha.

Como não haveria grandes problemas, eles agiriam como se o Festival dos Sonhos não existisse, apenas aconselhando os Beyonders oficiais locais a ficarem vigilantes e se protegerem contra quaisquer contratempos, enquanto esperavam que a Igreja do Tolo pudesse resolver os perigos ocultos!

Se fizessem mais, poderiam desencadear algo e piorar a situação.

Após discutir o assunto, Lumian se recuperou do desconforto causado pelos Óculos do Espreitador de Mistérios. Ele tirou o único Olho da Verdade e o colocou na frente do rosto.

As pálpebras do relativamente bonito nativo do Continente Sul se contraíram ao ver a carne branca-pálida, o protetor auricular escuro semelhante a veias e a haste dos óculos, bem como as lentes cor de sangue entrelaçadas com tubos roxos transparentes.

“Quantos itens Louis Berry possui?”

“Além disso, cada um é um item místico!”

Depois de colocar o Olho da Verdade de lente única, Lumian examinou os arredores, buscando descobrir a verdade por trás da realidade.

Enquanto ele fazia isso, uma voz gradualmente soou em seus ouvidos, ficando mais alta e caótica.

Cada som e palavra pareciam se materializar, inundando a mente de Lumian.

Isso o fez sentir como se sua cabeça estivesse se expandindo rapidamente como um balão.

Se o balão continuasse a se expandir, só haveria um resultado: estourar com um estrondo retumbante!

Lumian levou a mão à orelha dele, pronto para remover o Olho da Verdade a qualquer momento. Ele aproveitou a oportunidade para examinar a casa de Hisoka.

Ele acreditava que era mais seguro correr o risco de bisbilhotar os segredos da casa antes do Festival dos Sonhos, enquanto não estivesse dentro do sonho especial. Era mais seguro do que usar o Olho da Verdade e os Óculos do Espreitador de Mistérios dentro do próprio sonho.

Através das lentes, Lumian não conseguia discernir muito da verdade. Tudo parecia similar ao que ele podia ver a olho nu, mas a noite parecia ainda mais escura.

Sem hesitar, seu olho se arregalou, e veias apareceram em seu corpo. Ele abruptamente removeu o Olho da Verdade, e uma explosão levemente aguda reverberou em seus ouvidos.

Fuuu, fuuu… Ofegante, a mente de Lumian estava em desordem, sobrecarregada por uma enxurrada de conhecimento estranho. Ele não conseguia pensar direito.

Naquele momento, mesmo que alguém o emboscasse, ele não seria capaz de reagir rapidamente.

Depois de mais de dez segundos, Lumian finalmente recuperou sua habilidade de pensar claramente. Ele instintivamente organizou o conhecimento que havia sido injetado à força em sua mente.

“A arte da sofística…”

“Como cultivar sementes de trigo superiores…”

“Técnicas de enlatamento…”

“Como assar carne de porco crocante por fora e macia por dentro…”

“Música para acalmar as emoções de uma porca…”

“A Revelação da Noite Eterna…”

“Posições favoritas das celebridades — Memórias dessas amantes”

“…”

“Que absurdo é esse? Não pode haver nenhum conhecimento útil? No passado, embora Aurore tenha sido atormentada pela instilação de conhecimento do Sábio Oculto, ela pelo menos tropeçou em valiosos conhecimentos místicos. Espere, ela também foi corrompida por tal conhecimento? É por isso que ela sempre retrata uma rica compreensão teórica em seus livros…” Lumian esfregou sua cabeça ainda latejante e disse a Reaza e Maslow: — Vou até a orla da floresta para dar uma olhada. Vocês querem vir comigo?

Reaza assentiu, mesquinho com suas palavras, enquanto Maslow deixou sua posição clara caminhando em direção às escadas.

“Se Camus estivesse aqui, ele sem dúvida sorriria ironicamente e diria: — Eu tenho escolha?” Lumian refletiu consigo mesmo. Ele deixou a casa de Hisoka e seguiu em direção à floresta primitiva perto da Cidade de Tizamo.

Após atravessar o cruzamento e chegar a outra rua, Lumian notou uma carruagem de quatro rodas e quatro lugares estacionada na entrada do Motel Brieu.

Um atendente e uma criada saíram da carruagem, carregando suas bagagens, e seguiram um homem e uma mulher em direção ao motel.

O homem estava vestido com um terno formal cinza-escuro e uma meia cartola. Sua pele lembrava a de alguém do Continente Norte, e seu perfil lateral era bem definido, com impressionantes olhos verde-escuros. A mulher usava uma cartola clara, vestido colorido que permitia facilidade de movimento e um chapéu de penas adornado com pérolas. Ela parecia estar em seus vinte e tantos anos, e sua pele era delicada e radiante. Alguém facilmente determinaria que ela era uma beldade apenas vislumbrando seu perfil lateral.

Lumian desviou o olhar e se virou para Reaza e Maslow.

— É fim de semana?

— Não — respondeu Maslow, entendendo a implicação por trás da pergunta de Louis Berry. — Cavalheiros e damas frequentemente encontram tempo para caçar em Tizamo, não apenas nos fins de semana.

Lumian se virou para Reaza e perguntou: — Você não isolou esta área?

— Isso só causaria pânico desnecessário — respondeu Reaza sucintamente.

Lumian não insistiu mais no assunto. Ele saiu da cidade pelo Motel Brieu e se aventurou na floresta primitiva.

Ele se aprofundou no caminho que havia conhecido no sonho.

Finalmente, ele chegou à zona caótica da realidade, onde vários fragmentos de sonho se entrelaçavam.

Era um lugar comum, indistinguível dos arredores.

Lumian encontrou uma palmeira e sentou-se. Ele se virou para Reaza e Maslow e disse: — Fiquem de olho nos meus arredores. Vou dormir aqui.

Ele queria ver o que aconteceria se ele adormecesse mais perto da fonte da anormalidade, se ele conseguiria entrar naquele sonho peculiar e em que estado.

Recebendo respostas afirmativas dos dois membros da equipe de patrulha, Lumian fechou os olhos e tentou a Cogitação.

Em algum momento, ele adormeceu.

Depois de um período desconhecido, ele acordou.

Ao avistar Reaza e Maslow, Lumian se levantou e assentiu pensativamente.

“Este lugar também não funciona… A casa de Hisoka é o único local eficaz?”

“Ou devo encontrar aquela pedra preta e dormir perto dela?”

Lumian olhou para a floresta escura, contemplando por alguns momentos antes de se virar para Reaza e Maslow.

— Vamos voltar.

O trio retornou rapidamente para Tizamo.

Já era tarde da noite, e as ruas estavam vazias de qualquer transeunte. Nenhuma luz ou som emanava das casas de ambos os lados. Ocasionalmente, os bufos do gado no andar térreo dos prédios podiam ser ouvidos, acentuando a escuridão e o silêncio que se espalhavam. A luz fraca da lua carmesim parecia enfatizar as profundezas da escuridão.

Nessa noite escura, Lumian andou por uma estrada lamacenta, indo em direção ao Motel Brieu situado bem no fundo da rua. Reaza e Maslow o seguiram silenciosamente.

De repente, a mente de Lumian girou e sua visão ficou momentaneamente turva antes de clarear.

“Isto é…” Suas pupilas dilataram enquanto ele instintivamente examinava os arredores, mas não encontrou nada de errado.

Naquele momento, em uma casa vazia no térreo, diagonalmente à frente, uma luz fraca de vela iluminava um cômodo no terceiro andar.

Imediatamente depois, janelas de vidro nesta rua e em toda a cidade de Tizamo foram iluminadas pela luz de velas acesas.

Rhea acordou e percebeu que a escuridão já havia caído, mas as velas em muitas casas continuavam acesas.

Isso indicava que não era tarde demais.

Sentindo-se preguiçosa, Rhea não tinha vontade de preparar sua própria comida. Carregando seu arco e flechas, ela saiu do quarto e saiu da sede da polícia pela lateral, indo em direção a cafeteria Bunia, ali perto.

As ruas estavam quase desertas, como acontecia todas as noites.

Rhea olhou para as mesas e cadeiras ainda espalhadas pela rua e se aproximou do balcão da cozinha. Em dutanês, ela disse ao ocupado dono da cafeteria e garçom, Bunia, que estava com a cabeça abaixada, — Um copo de Cosa e um burrito de carne.

Bunia parou enquanto lavava as xícaras e olhou para cima.

Seu cabelo preto naturalmente cacheado lhe dava uma aparência mestiça. Ele olhou para Rhea e revelou um sorriso óbvio e estranho que deixou Rhea inexplicavelmente desconfortável.

Rhea conhecia Bunia bem e sabia que ele era um homem tímido, gentil e adulto, que não era particularmente adepto de se comunicar com mulheres. Ele nunca havia sorrido assim antes.

Bunia fixou o olhar em Rhea e riu com uma voz profunda.

— Você tem peitos grandes.

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