Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx
Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Damn Reincarnation – Capítulo 195

A Fonte de Luz (7)

— Hmm… Ehem… — Kristina recuou com uma tosse desajeitada. Seus olhos estavam inchados, e sua voz estava um pouco fora. Kristina olhou de soslaio para o peito de Eugene, que estava úmido enquanto se recompunha. — Uh… Como você conseguiu chegar aqui?

Embora a pergunta estivesse bastante atrasada, não era algo que ela pudesse evitar. Kristina ainda não tinha certeza de como tudo havia acontecido.

A Fonte de Luz era um lugar conhecido apenas por alguns sacerdotes selecionados do Império Sagrado. Na verdade, mesmo Kristina não sabia exatamente onde a Fonte de Luz estava localizada. Ela só sabia que um portal de dobra era usado para viajar para a fonte e que era guardado pelos capangas do cardeal Rogeris.

— Milagre. — Respondeu Eugene enquanto espanava o peito. O rosto de Kristina ficava com um tom mais brilhante de vermelho a cada golpe da mão de Eugene, e só então percebeu o quanto e por quanto tempo ela chorou em seu peito.

— M-Milagre… — Gaguejou Kristina. Mas… Milagre? Ela não pôde deixar de se perguntar.

Kristina não odiava a palavra ‘milagre’. O que ela experimentou como Candidata a Santa foi terrível, mas acreditava na existência de Deus. Na verdade, sua fé em Deus era a única coisa que lhe permitia resistir até agora. Para Kristina, um milagre era obra de Deus.

— Mas… Eu pensei, senhor Eugene, você não acreditava em coisas como milagres, certo? — Ela perguntou. Sabia muito bem que Eugene não acreditava em Deus e, depois do que ele havia acabado de experimentar, ela sabia que ele provavelmente nunca acreditaria pelo resto de sua vida. Como tal, se sentiu um tanto confusa e surpresa quando Eugene chamou isso de milagre.

— Posso acreditar em pequenos milagres. — Murmurou Eugene antes de se virar. Ele tentou dar um passo à frente, mas… Assim que ele moveu um pé, sentiu suas pernas cederem sob ele. Os efeitos da Ignição haviam chegado.

Kristina se apressou e ajudou Eugene. 

— V-Você está bem? — Ela perguntou.

— Não sei se chamaria isso de bem. Mais do que qualquer outra coisa, meu braço esquerdo dói. — Disse Eugene. Seu braço esquerdo foi varrido pela luz de Sergio. Os ossos foram torcidos e sua carne esmagada. Eugene não teve escolha a não ser pensar que era uma sorte que seu braço não tivesse sido completamente arrancado.

— Ah… D-Deixe-me tratar disso para você. — Disse Kristina antes de se preparar para rezar. No entanto, Eugene balançou a cabeça e cambaleou para a frente.

— Aonde você está indo? — Perguntou Kristina.

— A Fonte. — Respondeu Eugene. Sua resposta fez com que a expressão de Kristina endurecesse. Ela hesitou por um momento, respirou fundo e abriu a boca.

— A Fonte… O que você vai fazer a respeito? — Ela perguntou.

— Vou destruí-la. — Respondeu Eugene.

Ele não estava pensando em mais nada. Qualquer que fosse o valor que a Fonte tivesse para o Império Sagrado de Yuras, não era da conta de Eugene. Em primeiro lugar, ele havia matado centenas de paladinos e inquisidores depois de forçar sua entrada. Havia matado o cardeal Sergio Rogeris, que perdia apenas para o papa. Teria sido estranho se apenas agora ele começasse a se preocupar com seu relacionamento com Yuras e, acima de tudo, Eugene queria livrar este mundo daquela terrível Fonte.

Não, de fato, livrar-se da Fonte não era suficiente. Ele destruiria o que havia sob a Fonte, os canos e tudo relacionado a ela. Então responsabilizaria o Papa por tudo.

“Eu não sei o que é”, pensou Eugene enquanto olhava para a espada em sua mão. Parecia que ele não era o único que queria destruir a Fonte. Mesmo agora, a Espada Sagrada Altair puxou Eugene para mais perto da Fonte.

Tinha sido assim desde o início. A Espada Sagrada o guiou até a nascente da Fonte de Luz, e quando pegou a cabeça de Sergio no final, Eugene não desejou que a espada exalasse luz. Ela se iluminou por conta própria, cortou a cabeça de Sergio, depois devorou ​​e detonou seu corpo com luz.

Foi quase como… Retribuição divina.

“É o Deus da Luz? Ou…” Ponderou Eugene ao chegar em frente à Fonte. Ele podia sentir um minuto de tremor no corpo que o sustentava. Ele olhou para o rosto rígido de Kristina. 

— Se é muito difícil para você, por que não espera lá atrás?

— Não importa o quanto seja difícil para mim, posso me mover melhor do que você em sua condição, Sir Eugene. — Respondeu Kristina. Ela respirou fundo e olhou para ele. — E… Não há razão para eu recuar agora, não é? Sir Eugene… Quanto você acha que eu desejei destruir e eliminar esta Fonte? Por quanto tempo você acha que eu desejei isso?

Não era só isso também. Kristina sentiu um desejo particular surgindo do fundo de seu coração, mas não era um desejo de destruir a Fonte, em vez disso, era outra coisa. Era difícil explicar exatamente o que ela sentia e por que se sentia assim, mas Kristina sabia que não podia recuar agora.

Eugene lentamente empurrou a Espada Sagrada para frente. Havia muitas maneiras de destruir a Fonte. Não havia necessidade dele usar a Espada Vazia; tinha certeza de que poderia destruí-la simplesmente golpeando-a com a espada de força.

No entanto, Eugene não agiu sobre isso. Em vez disso, se concentrou na Espada Sagrada, que vibrava sutilmente. A espada conduziu Eugene para a frente como o havia conduzido enquanto vagava pela névoa. Ele olhou para ela por um breve momento, então avançou sob sua orientação.

Plop.

Ele entrou na Fonte de Luz, e o tremor da Espada Sagrada ficou mais intenso. Por outro lado, Kristina nunca imaginou que voltaria para a Fonte, então congelou no local quando viu Eugene entrar. No entanto, Eugene continuou a avançar para o centro da Fonte sem olhar para trás.

— Ugh! — Kristina apertou o peito trêmulo e soltou algumas respirações profundas. Então, esticou cuidadosamente a perna para seguir Eugene. No momento em que seu pé descalço tocou na Fonte, toda a dor que ela sentia na Fonte até agora pareceu voltar.

Não havia feridas em seu corpo, ela não havia se cortado com uma faca e também não havia sangue. No entanto, a mera existência da Fonte era um grande trauma para Kristina. O responsável por forçá-la a trilhar o caminho da Santa estava morto, mas muito de seu trauma ainda permanecia.

Kristina conhecia bem sua fraqueza e o medo. Mas em vez de continuar hesitando, ela deu um passo após o outro. Não era fraca de forma alguma. Sabia que se desmoronasse ou ficasse presa por suas terríveis memórias, tudo continuaria como antes. Ela tinha que enfrentar tudo diretamente.

Levantou a cabeça e olhou para a frente.

Eugene já estava no centro da Fonte, mas em vez de ir mais longe, ele estava olhando para trás, para Kristina. No momento em que Kristina encontrou seus calmos olhos dourados, ela agarrou a bainha de suas roupas.

Não queria que ele visse seu eu vergonhoso, mesmo sabendo que não importava se eles eram o Herói, a Santa ou quem quer que fosse. No entanto, mesmo sem o título de Herói, Eugene Lionheart era um homem brilhante.

Finalmente, seu coração parou de tremer e ela se aproximou de Eugene com um rosto plácido.

Eugene sentiu a luz da Espada Sagrada ficar mais forte. Deixando a luz guiar suas ações, Eugene virou a Espada Sagrada de cabeça para baixo e então golpeou o centro da Fonte. A superfície da água agitou-se muito e a Fonte começou a ferver. O poder divino dissolvido na água aumentou como se fosse atraído pela luz da Espada Sagrada.

Kristina fechou os olhos com força para evitar a luz repentina e ofuscante e, quando abriu os olhos, uma garotinha parou na frente de Eugene e Kristina. Ela deu um pulo para trás ao ver a aparência da garota.

— Eu? — Ela disse com espanto. Kristina estava muito familiarizada com o rosto da menina. Ela se parecia exatamente com ela quando era jovem.

— Anise — Exclamou Eugene. Ele não ficou muito surpreso. Em vez disso, um sorriso amargo adornou seu rosto quando chamou o nome dela.

Kristina se encolheu ao ouvir o nome e olhou para Eugene.

— Ah…

Então, ela se virou para a garotinha. Depois de ouvir o nome ‘Anise’, ela sentiu que o rosto da garotinha era ligeiramente diferente de seu próprio passado. No entanto, era apenas leve, a única diferença que ela podia ver estava na atmosfera ao redor da garota e em seus olhos.

Havia inúmeras estátuas e retratos da Fiel Anise, em Yuras. Naturalmente, Kristina via retratos dela desde criança. Como todo mundo, sabia muito bem que se parecia com Anise. No entanto, havia uma enorme diferença entre sentir uma semelhança comparando-se a uma pintura ou uma estátua e ver uma réplica viva e exata de si mesma bem na frente dela.

— Hmm… — Os lábios da garota se abriram. Ela deu um tapinha nas bochechas com um rosto inexpressivo, então olhou ao redor. Havia uma fonte brilhante, que observou, então olhou para Eugene e Kristina.

Ela imediatamente notou que eles estavam em níveis de olhos diferentes. Ela continuou a acariciar suas bochechas com um rosto inexpressivo, então sorriu. Mas quando Kristina viu a garotinha sorrir, sentiu arrepios nas costas. Porque o sorriso da garotinha era exatamente igual ao sorriso que Kristina praticava ao se olhar no espelho quando era jovem.

O sorriso ideal da Santa.

No entanto, Eugene não conseguiu responder da mesma forma com um sorriso.

— Você é uma mulher desagradável. — Disse Eugene.

A garotinha ainda estava sorrindo.

Plop!

Quando a garota deu um passo, a luz que envolvia a Fonte se entrelaçava em seu corpo. Sua aparência mudou, ou melhor, ela amadureceu. O resultado foi uma aparência com a qual Eugene estava bastante familiarizado.

— Ah… — Kristina ficou sem palavras. A aparência madura de Anise a fazia se sentir como se estivesse se olhando no espelho. Enquanto continuava olhando boquiaberta para Anise, o rosto de Kristina rapidamente empalideceu. Elas eram parecidas, muito parecidas… E não tinha como ser uma simples coincidência. Kristina sentiu suas pernas fraquejarem e cobriu a boca, sentindo náuseas. Imaginações indesejadas invadiram sua mente e perturbaram seus pensamentos.

— Por favor, não. — Disse Anise. Ela se aproximou de Kristina enquanto abria suas oito asas, então continuou. — Por favor, não se odeie.

Anise se abaixou e olhou nos olhos de Kristina. Embora ela achasse que não conseguiria chorar mais depois de derramar tantas lágrimas antes, seus olhos estavam mais uma vez cheios. Os pensamentos que permeavam sua mente eram verdadeiramente terríveis e repugnantes.

— Você não é fraca. — Sussurrou Anise enquanto abraçava Kristina. Ela não conseguiu encontrar palavras para dizer e, em vez disso, chorou mais uma vez. As oito asas desceram lentamente e envolveram o corpo de Kristina. Então, Anise fechou os olhos, encostando a testa na de Kristina.

— Ah… — Os olhos azul-oceano de Kristina estremeceram. Ela tentou entender as imagens claras que viu, mas era simplesmente impossível de aceitar. Seus olhos escureceram quando ela sentiu sua consciência se afastando.

Anise lentamente separou sua testa da de Kristina, então fechou os olhos da garota. Depois de colocar Kristina cuidadosamente na Fonte, ela se endireitou.

— Hamel. — Gritou ela com o mesmo sorriso. — Achei que essa expressão não combinasse com você, mas fica bem decente, talvez porque esteja com um rosto diferente de antes.

Eugene levantou as mãos e tocou seu rosto. Ele podia sentir vincos e sulcos, assim como suas bochechas se contorcendo. Ele tinha uma expressão distorcida.

Eugene forçou um sorriso e balançou a cabeça.

— O que você fez? — Ele perguntou.

— Eu a fiz entender. — Ela respondeu enquanto olhava para Kristina. — Essa… Pobre criança é igual a mim. — Continuou ela.

— Como assim? — Perguntou Eugene antes de dar um longo suspiro. Então olhou alternadamente para Anise e Kristina antes de continuar. — Eu… Vi a origem desta maldita Fonte. Você deve ter me levado até lá.

— Na verdade, eu não queria te mostrar. — Disse Anise, com um leve sorriso vacilante. — Hamel, você deve saber, já que viu, mas… Isso… Não é algo que as pessoas comuns possam entender facilmente.

— Mas vimos inúmeras coisas terríveis desde o passado. — Respondeu Eugene.

Tal tinha sido o mundo trezentos anos atrás. Os magos negros corriam soltos depois de vender suas almas a demônios, conduzindo todos os tipos de experimentos terríveis que jogavam completamente qualquer ideia de moral pela janela. Havia vários laboratórios pertencentes a magos negros perto de Helmuth, e a maioria deles conduzia experimentos humanos em escravos capturados.

Eugene tinha visto muitos desses lugares em sua vida passada. Naturalmente, os eliminou tão completamente que eles nunca mais seriam vistos neste mundo. Era apenas uma questão de disciplina, e Anise tinha feito o mesmo. Ela libertou os escravos e curou suas feridas. Ela queimou os magos negros com magia divina e esmagou suas cabeças com sua maça.

Mas sempre houve aqueles que não puderam ser salvos, aqueles que foram levados longe demais em experimentos. Os magos negros sempre se preocuparam em criar criaturas mágicas ou armas para serem usadas na guerra, e tais experimentos roubaram os humanos de seus eus humanos. Alguns sujeitos foram transformados em quimeras combinando-os com monstros, demônios e outras criaturas. Alguns foram usados como sacrifícios para aumentar o poder dos magos negros. Alguns foram usados para criar e testar novas magias.

Anise sempre se encarregava de embelezar sua passagem. Ela envolvia com luz aqueles que estavam quebrados e moribundos, bem como aqueles que não eram mais humanos, e os sacrificava. Cada vez, ela recitava a mesma oração com uma expressão sombria: Eu rezo para que você veja o céu depois de deixar este mundo de sofrimento.

— A nascente da Fonte. — Disse Eugene com um longo suspiro. — Era muito mais terrível do que os laboratórios dos magos negros. Não era algo… Que os sacerdotes do Deus da Luz deveriam estar fazendo.

O filtro conectado aos canos continha inúmeras relíquias. Mas, embora fossem pomposamente chamadas de ‘relíquias sagradas’, eram simplesmente os ossos das antigas santas. A água da Fonte era filtrada através dos restos mortais e forçosamente imbuída de poder divino, então viajava através do tubo central para a Fonte real.

— Era uma necessidade. — Respondeu Anise com voz sombria. — É assim que o ser chamado Santa é criado, afinal. Assim como esta criança, e todas as candidatas antes dela, e… Até eu. Foi o mesmo com muitas Santas antes de mim.

— Mas você e Kristina pareciam especiais. — Comentou Eugene. Ele relembrou a visão que teve na nascente da Fonte. Havia inúmeras garotas, garotas com… Rostos indistinguíveis. A presença delas era fraca em sua visão, mas ele viu Anise e Kristina com clareza.

O mesmo era verdade até agora. Anise definitivamente existia dentro desse milagre. Ela ficou diante de seus olhos do mesmo jeito que havia descido da Árvore do Mundo, e suas oito asas estavam realmente abertas.

— Sim. — Anise assentiu. — Essa criança e eu somos especiais. Nascemos com aptidão, harmonia e completude que poderiam ser consideradas esmagadoramente superiores a qualquer uma das candidatas anteriores.

Aptidão, harmonia e completude. Eugene não queria aceitar tais palavras.

— Você é gentil, Hamel. — Disse Anise com um leve sorriso enquanto olhava para ele. — E eu sei que você não é burro. Tenho certeza de que já tem uma vaga ideia do que nós duas realmente somos. No entanto, você fica em silêncio, porque quer ser atencioso, não querendo me ofender caso adivinhe errado.

— Só não quero apanhar. — Respondeu Eugene, evitando o olhar dela. — Para falar a verdade… Eu também não quero saber. Não quero confirmar nada. O que quer que a Santa realmente seja, não importa para mim. Você é simplesmente Anise e ela é simplesmente Kristina. O que mais é importante?

— Hamel! — Gritou Anise enquanto se aproximava de Eugene. — Você não precisa fechar os olhos. Sei que você entende nós duas sem ter que ouvir toda a verdade, mas não quero esse tipo de simpatia de você. Quero que você seja você mesmo, que me entenda pelo que sou. Tenho certeza de que a criança pensa da mesma forma.

Simpatia? Eugene sorriu amargamente. Foi uma observação inegável.

— O que é você? — Então ele perguntou. Assim como Anise queria, ele perguntou diretamente. — Você e Kristina. Não, a Santa… O que é exatamente? Por que tais coisas aconteciam nesta Fonte?

Anise ficou na frente de Eugene com um leve sorriso. Ela explicou:

— Há muito tempo, o Deus da Luz desceu pela primeira vez nesta terra. Ele criou a Espada Sagrada Altair com seu próprio sangue e carne e iluminou o mundo. Então criou uma religião e fundou Yuras.

Foi o mito fundador de Yuras, a história do Imperador Sagrado responsável pela criação do império.

Anise continuou.

— A antiga Encarnação reinou em Yuras por um longo tempo e funcionou como um farol na era caótica. Com ele na vanguarda, a fé foi transmitida ao mundo, e vários deuses nasceram e desapareceram… O Imperador Sagrado governou por muito tempo e protegeu Yuras e seus súditos, mas não viveu para sempre. Como havia descido ao mundo como uma encarnação, deveria retornar ao céu um dia. — Anise olhou nos olhos trêmulos de Eugene. — Depois que o Imperador Sagrado se foi, muitos membros da igreja sentiram medo. Eles temiam que o mundo mais uma vez afundasse na escuridão na ausência da luz. Eles esperavam que a luz enviasse outra encarnação, mas tal coisa nunca aconteceu.

Eles desejavam luz.

— Eles desejavam um novo objeto de adoração. Embora a luz estivesse sempre presente… Era muito abstrata para servir. Eles precisavam de um objeto de adoração mais definido e tangível. Eles precisavam de uma Encarnação de Luz.

— …

— A antiga Yuras precisava de muitos objetos e símbolos de adoração, não apenas do Papa. Símbolos para alimentar o fanatismo. O estigma nos corpos do Papa e dos Cardeais retrata como a luz estava cuidando do mundo. Isso mostra que a luz está escolhendo diretamente seus substitutos. Muitos membros passaram a adorar o Papa e os Cardeais como deuses.

— E a Santa…?

— Um símbolo de adoração, assim como o Papa e os Cardeais. — Disse Anise com um sorriso torto. Ela continuou. — A primeira Santa foi uma imitação artificial da Encarnação da Luz criada usando os restos mortais do Imperador Sagrado.

— …

— Uma arma sagrada capaz de realizar milagres, criada pela incorporação dos restos mortais do Imperador Sagrado no corpo de uma jovem, um ídolo feito para adoração.

E assim, os antigos fanáticos vieram fazer uma nova Luz à sua própria imagem.


Comentários

5 2 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Luyarif
Visitante
Luyarif
2 meses atrás

Nojo ao fanatismo de toda e qualquer religião.

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar