Passaram-se dois dias desde que Eugene deixou o Vaticano.
Embora o Papa Aeuryus e o Cardeal Beshara tenham implorado para que ele ficasse no Vaticano, Eugene não tinha intenção ou desejo de fazê-lo.
Como tal, Eugene havia reservado um quarto em uma pousada de luxo perto da Praça do Sol.
Nesta temporada, com o aniversário de Anise se aproximando, não importava quanto dinheiro alguém tivesse ou quão alto fosse o status de sua família, era difícil encontrar um quarto vago. No entanto, se a Santa Sé solicitasse pessoalmente um quarto, era natural que o proprietário das acomodações estivesse disposto a oferecê-lo a eles.
Eugene havia se trancado em seus luxuosos aposentos nos últimos dois dias. Em todo caso, ele não tinha nada que o obrigasse a sair, nem queria fazê-lo. Mer secretamente desejava fazer um tour pela cidade, mas assim que entraram em seus aposentos, ela viu Eugene sentado no meio da sala de estar como se fosse a coisa mais natural para ele fazer, então desistiu de suas fracas expectativas.
Nos últimos dois dias, Eugene operou a Fórmula da Chama Branca do clã Lionheart e observou o número de estrelas aumentar para seis. A cada circulação da Fórmula da Chama Branca, as seis Estrelas lentamente giravam em torno de seu coração.
Quando havia apenas cinco estrelas, elas não exibiam nenhum sinal de rotação ao redor do Núcleo. Então, os métodos operacionais da Fórmula da Chama Branca mudaram apenas por causa da adição de mais um Núcleo? Isso foi o que Eugene suspeitou a princípio, mas como resultado de ter observado a rotação em torno de seu Núcleo nos últimos dias, Eugene teve mais algumas suposições.
“Será que mudou por conta própria para me atender melhor?”
Embora a ideia parecesse absurda, Eugene não conseguia pensar em outro motivo além desse. Atualmente, as seis estrelas de Eugene estavam girando como se ele tivesse lançado a Fórmula do Anel de Chamas, embora não tivesse começado a operá-la ainda. Dito isso, não significava que Eugene não seria capaz de usar a Fórmula do Anel de Chamas se fosse necessário.
No momento em que Eugene se concentrou nisso, a lenta rotação de seus núcleos tornou-se mais rápida e violenta. A Fórmula do Anel de Chamas que foi ativada instantaneamente quando isso aconteceu gerou uma produção muito maior de mana que não poderia ser comparada à quando ele tinha apenas cinco estrelas. A Chama Relâmpago também foi perfeitamente fundida nessa torrente de mana, e mesmo que não tenha sido fácil de lidar quando ele tinha apenas cinco Estrelas, a Chama Relâmpago agora podia ser manuseada tão suavemente como se fosse apenas mana comum.
“O fato de não haver necessidade de mudar da Fórmula da Chama Branca para a Fórmula do Anel de Chamas… Significava que o processo de aquecimento desapareceu. Como resultado, a produção e os limites dos Núcleos também aumentaram.”
Se ele tivesse que simplificar, as Seis Estrelas da Fórmula da Chama Branca tinham Núcleos que continuavam girando mesmo que Eugene não se preocupasse em operar a fórmula, então Eugene seria capaz de emitir uma alta produção de mana no momento em que desejasse. Além disso, graças à sua rotação contínua, sua capacidade de mana crescia constantemente. E o que significava esse crescimento em sua mana? Isso significava que sua produção básica também estava aumentando constantemente.
A alta produção de mana, não importava o quanto fosse usada para fortalecer o corpo, inevitavelmente o sobrecarregaria. Para aguentar este fardo, Eugene não podia negligenciar o treino do seu corpo. Os efeitos colaterais do uso da Ignição era o corpo quebrando, porque não podia suportar a produção elevada de mana; mesmo que não fosse tanto quanto a Ignição, desde que alguém levasse sua mana ao limite, seu corpo seria danificado por ela.
No entanto, existia um ‘limite’ no qual o corpo não seria mais danificado por sua própria força. No momento em que o corpo estava completamente unido à sua mana, ele poderia ser reconstruído usando mana mesmo sem o uso de magia. Em vez de um simples rejuvenescimento, isso estava mais próximo da metamorfose, e o corpo reconstruído se tornaria forte o suficiente para não ser danificado por sua própria produção de mana. Exceto em casos como a Ignição, claro.
“Embora eu nunca tenha pensado que seria capaz de alcançar esse limite tão rapidamente”, Eugene pensou enquanto fechava e abria o punho.
Este corpo de vinte anos estava em perfeitas condições e não precisava de nenhuma reconstrução. No entanto, foi uma surpresa gratificante e agradável ser capaz de suportar o fardo de sua maior produção de mana.
“Dito isso, ainda não consigo suportar o recuo da Ignição, mas… Eu realmente não esperava, de qualquer maneira. Se eu usar uma Ignição de Seis Estrelas, com a Espada Vazia em cima disso…” Eugene parou de falar, pensativo, enquanto imaginava o que poderia fazer em seu limite máximo atual.
Quando ele havia anteriormente empilhado duas camadas da Espada Vazia em cima de sua Quinta Estrelada Fórmula da Chama Branca, a produção máxima que ele conseguiu realizar momentaneamente mal se aproximava do que Hamel havia alcançado em seu auge durante sua vida anterior.
Quando Eugene matou Sergio, ele usou a Ignição com Seis Estrelas da Fórmula da Chama Branca e conseguiu fazer três camada da Espada Vazia. O corte que ele produziu naquele momento era quase o mesmo de quando usava a Ignição durante o auge de sua vida anterior.
“A ignição com as Seis Estrelas da Fórmula da Chama Branca é ainda mais forte do que na minha vida anterior. Se eu puder empilhar a Espada Vazia em seu limite máximo, ela também deve ser semelhante em força ao meu pico da Ignição. Como esperado, o problema ainda está na resistência”, Eugene pensou com pesar.
A ignição vinha com muito peso. Além disso, mesmo que fosse Eugene, seu limite atual com a Espada Vazia era de três camadas, e era quase impossível para ele ser capaz de sustentar essas camadas por um longo tempo.
Eugene lembrou a si mesmo: “Eu realmente não preciso usar a Espada Vazia. Já que eu também tenho a Espada do Luar, se eu usar a Ignição para suportar a drenagem da Espada do Luar…”
Ele seria capaz de derrotar o Rei Demônio do Encarceramento?
Não, nem mesmo Eugene era tão arrogante. Pelo contrário, ele era realista e pessimista o suficiente para ser capaz de fazer uma boa análise crítica de si mesmo quando se tratava de assuntos como esse.
Mesmo que Eugene usasse tudo o que tinha disponível para ele e se esforçasse ao máximo, era provável que o Rei Demônio do Encarceramento ainda fosse capaz de fazê-lo desaparecer com um mero movimento de seu dedo…
Ele nunca lutou pessoalmente com o Rei Demônio do Encarceramento, então era difícil imaginar como o conflito deles poderia se desenrolar, mas esse era o resultado provável.
“Eu também não conseguiria me igualar à Noir Giabella ou Gavid Lindman. Ainda assim, eu deveria ser capaz de enfrentar Iris de alguma forma, certo? Se eu usasse a Espada do Luar desde o começo…”, Eugene considerou por um momento antes de balançar a cabeça. “Não, isso não vai funcionar. Assim como eu, a Espada do Luar também não está em perfeitas condições, então sua luz pode se apagar no meio de uma batalha. Em vez disso, seria melhor para mim, mantê-la escondido durante a batalha, então no momento crítico…”
[Sir Eugene,] uma voz o chamou.
Ignorando a interrupção, Eugene continuou pensando: “O que está acontecendo com a Fórmula da Chama Branca? Geralmente se transforma assim quando você alcança a Sexta Estrela?”
Mas não parecia que subir para a Sexta Estrela deveria ter algo a ver com os Núcleos começando a girar. E se, como Eugene já havia adivinhado, a Fórmula da Chama Branca realmente tivesse se modificado para se adequar melhor a ele?
Eugene lembrou todos aqueles no clã Lionheart que alcançaram a Sexta Estrela da Fórmula da Chama Branca. Com Doynes Lionheart morto… Havia atualmente apenas três pessoas no clã Lionheart que superaram o obstáculo para a Sexta Estrela da Fórmula da Chama Branca.
O Patriarca Gilead…
O capitão da Quinta Divisão dos Cavaleiros Leão Negro, Gion…
E a Capitã da Terceira Divisão dos Cavaleiros Leão Negro, Carmen.
Entre esses três, a Fórmula da Chama Branca de Carmen havia alcançado a Sétima Estrela, tornando-se uma das poucas na história do clã Lionheart a conseguir pular esse obstáculo infame e diabólico.
Eugene acrescentou outro lembrete: “Quando eu voltar para o clã Lionheart desta vez, tenho que me certificar de perguntar…”
Uma voz gritou:
— Sir Eugene!
Os pensamentos de Eugene pararam. Mer saltou de seu manto e agarrou Eugene pelo colarinho. Eugene piscou os olhos, atordoado por sua súbita explosão de fogo.
— Sabe quantas vezes eu te chamei? — Mer exigiu.
— Quase pensei que você fosse Sienna… — Eugene murmurou para si mesmo enquanto balançava a cabeça e se livrava do aperto de Mer em seu colarinho.
Eugene ficou muito perdido em seus pensamentos. Um momento atrás, quando Mer, que se parecia com Sienna, enfiou o rosto no dele e agarrou seu colarinho como ela sempre fazia, os pensamentos de Eugene congelaram por um momento.
— Hehehem. — Mer sorriu com orgulho e cutucou o peito de Eugene algumas vezes com o cotovelo ao ouvir o murmúrio de Eugene. — Eu ia ficar com raiva de você, mas vou te perdoar por enquanto. Sir Eugene, parece que você estava tão ocupado pensando na Senhorita Sienna que ficou confuso quando me viu, certo?
— Não… Bem… Isso mesmo. — Eugene cedeu.
— Mesmo assim, Sir Eugene, por favor, lembre-se de que não sou a Senhorita Sienna. No final, sou a filha dela… — Mer se conteve. — Não, espera, quis dizer familiar.
Eugene assentiu.
— Tudo bem…
— No entanto! Mesmo que eu não fique com raiva de você, ainda tenho que dizer algo. Você sabe por quê? O motivo da minha gritaria não é que você tenha ignorado minhas chamadas! É porque você está agindo como um mimado, Sir Eugene. — Reclamou Mer.
Essas palavras só deixaram Eugene ainda mais confuso com sua interrupção. Ela realmente acabou de dizer que ele estava agindo como um mimado? Que tipo de besteira sem sentido era essa?
Mer protestou.
— Você realmente precisa lavar o cabelo e tomar um banho antes de ir para lá?
Eugene argumentou de volta:
— E daí, não devo me lavar se vou sair?
— Mas você até escovou os dentes.
— Se você não escovar os dentes, vai ficar com mau hálito.
— O que importa? Você só precisa garantir que o rosto dela não chegue perto o suficiente para ela sentir o cheiro do seu mau hálito. De jeito nenhum, Sir Eugene, você realmente escovou os dentes para o caso de seus lábios se aproximarem dos dela? — Mer exigiu.
Eugene suspirou.
— O que diabos você está dizendo…?
— Você também trocou de roupa. — Apontou Mer. — Por que você teve que se trocar? Poderia ter usado apenas as roupas que usava no dia anterior. Ou então, poderia usar as roupas que escolhi para você!
— Você parece ter confundido meu gênero quando as escolheu. — Reclamou Eugene.
— Quando eu fiz isso? Claro, Sir Eugene, você é um homem. Como eu poderia estar enganada sobre algo assim? — Mer respondeu enquanto inclinava a cabeça para o lado.
Em resposta, Eugene apenas franziu as sobrancelhas e deu um tapinha na testa de Mer com a ponta dos dedos.
Eugene voltou as perguntas para Mer.
— Então por que diabos você escolheu uma saia para mim, especialmente uma saia que é um vermelho tão berrante? Hein? E de onde você tirou essas meias arrastão pegajosas?
— Esses foram um presente de Melkith. — Explicou Mer. — Ela me disse que talvez eu queira usá-las algum dia, quando me tornar uma dama impressionante.
— Devo simplesmente matá-la? — Eugene murmurou.
Tempest concordou imediatamente, [acho que pode ser necessário.]
— Isso não é importante. O que é realmente importante é que, Sir Eugene, você se fantasiou todo para o seu encontro com aquela santa de dupla personalidade. — Mer acusou.
Eugene suspirou mais uma vez.
— Por que você fica dizendo essas bobagens… Quem diabos disse que era um encontro?
— Você não está falando sério, está? — Mer perguntou com ceticismo.
— Tudo bem, é um encontro. — Concedeu Eugene. — Eu admito. No entanto, eu particularmente não tentei me vestir para isso. Eu apenas me lavei desde que estava saindo e me certifiquei de trocar de roupa enquanto estava lá. Parece que coloquei algo no cabelo ou borrifei algum perfume? Ou então, estou usando algo chique ou caro?
— Sir Eugene, você tem boas proporções, então, junto com esse rosto, você fica ótimo, não importa o que vista. — Mer fez beicinho.
Eugene hesitou envergonhado.
— Uh… Hum… Obrigado pelo elogio, mas, de qualquer forma, não me vesti especialmente para—
— Por isso é ainda mais problemático. Mesmo que você não tenha feito nada de especial para se vestir, parece que fez. O que devemos fazer se aquela Santa pervertida formar um estranho mal-entendido depois de ver sua aparência atual? Senhorita Sienna, Senhorita Sienna, o que devo fazer? — Mer gritou em pânico.
— De que mal-entendido você está falando?
Felizmente, Eugene não precisou continuar respondendo aos lamentos de Mer. A voz que vinha de trás pareceu uma salvação para ele. Com um suspiro agradecido, ele se virou para olhar para trás.
Ele viu Kristina parada ali vestindo uma túnica branca. Era o manto de Anise que eles haviam recuperado do Cofre de Relíquias Especiais do Vaticano. Kristina puxou o capuz de seu manto sobre o rosto enquanto olhava para Eugene e Mer.
— Ugh… — Mer não pôde deixar de se sentir um pouco intimidada pela aparência de Kristina.
—Por favor, feche os olhos.
Mer ainda conseguia se lembrar claramente daquela voz e de seus olhos azuis.
— Deixei você esperando por muito tempo?
— Não, na verdade não.
Era quase meio-dia na Praça do Sol.
Bem quando eles prometeram se encontrar depois de se separarem alguns dias atrás. Ainda faltava um pouco de tempo antes do meio-dia, mas o sol que já estava alto no céu estava quente e brilhante. Sob o sol vibrante, a estátua de Anise parecia estar voando com suas asas abertas.
Aquele dia era treze de abril, aniversário de Anise. A lista de santos, santas e aniversariantes de Yuras era tão longa quanto sua história. Ainda assim, o festival do aniversário de Anise era celebrado tão grandiosamente quanto o aniversário da fundação do Império ou qualquer um dos outros festivais dedicados a coisas como a colheita que eram celebradas em Yuras.
Embora as comemorações do festival estivessem ocorrendo em todo Império de Yuras, o local mais movimentado era a capital, Yurasia. Durante o festival de uma semana que começava a partir daquele dia, o Trem Ensolarado de Anise seria gratuito até tarde da noite, e quaisquer taxas de transporte da cidade, bem como os preços dos restaurantes e da maioria das lojas da cidade, estariam livres de impostos e dízimos. Além disso, um desfile começaria pelas ruas da cidade e fogos de artifício seriam lançados à noite.
O centro da festa era ali mesmo, na Praça do Sol. Mesmo agora, a praça estava cheia de pessoas acenando com as mãos para a estátua de Anise que flutuava no céu oferecendo suas orações.
No entanto, embora houvesse tantas pessoas, o espaço ao redor de Eugene estava bastante vazio. Além disso, ninguém mais na Praça parecia ousar se aproximar de Eugene. Isso era por causa da mana que Eugene intencionalmente permitia vazar, bem como um complexo feitiço de sugestão. Como tal, embora a maioria das pessoas reconhecesse Eugene, nenhuma delas tentava abordá-lo.
— Ahem. — Kristina pigarreou silenciosamente e levantou a cabeça.
O Ícone de Anise simbolizava a Praça do Sol. Foi considerado um dos melhores entre as várias estátuas, ruínas e iconografia religiosa que podiam ser encontradas em Yuras. No passado, sempre que via a estátua, Kristina também sentia suas emoções se mexerem profundamente em seu coração e sentia vontade de fazer uma oração.
[Eles estragaram sua pesquisa histórica. Não há como minhas asas estarem tão surradas. Além disso, eles tornaram o rosto da minha estátua muito benevolente e carinhoso, como uma mãe que deu à luz um filho, mas meu rosto real tinha uma sensação um pouco mais nítida.]
De agora em diante, Kristina não seria capaz de sentir as mesmas emoções intensas que sentia no passado. Enquanto ignorava os resmungos de Anise dentro de sua cabeça, Kristina enfiou a mão em seu manto. Seus olhos estavam focados em Mer, que estava agarrada ao peito de Eugene como uma cigarra.
— Senhorita Mer. — Kristina a chamou.
Mer gaguejou.
— O-O-O que… Foi?
Enquanto respondia, Mer ficou tão nervosa que não pôde deixar de baixar o olhar. Que humilhante…!
Ao se lembrar de Sienna, que Mer vira pela última vez há muito tempo, os cantos de sua boca caíram. Mer nunca sentiu tanta falta de Sienna, sua mestra e criadora, como agora…
Kristina continuou em tom amigável.
— Você sabe? Esta praça é enorme.
— Acho que sim. — Mer relutantemente murmurou.
— Uma vez que você sai desta praça, as praças e ruas ao redor são todas chamadas de Ruas Gourmet. — Kristina a informou.
Os olhos de Mer tremeram.
— Conseguindo sobreviver à gestão rigorosa e a toda a concorrência, as iguarias encontradas nas Ruas Gourmet são tão deliciosas que é difícil acreditar que sejam apenas barracas de comida… Especialmente durante um festival como este, quando empresas locais e estrangeiras podem abrir barracas, desde que solicitem uma autorização com antecedência. Você entende o que estou tentando dizer? — Kristina perguntou.
— Eu… Não sei — Mer balançou a cabeça resolutamente.
— Esta é uma chance de desfrutar dos sabores de todo o continente. — Explicou Kristina enquanto tirava do bolso um rosário de madeira que podia ser usado no pulso. — Este rosário é emitido apenas para sacerdotes de alto escalão acima do posto de bispo. Em um lugar como Yuras, o bem-estar mostrado a eles é bastante excepcional. Especialmente em Yurasia, onde você pode receber o melhor serviço prestado em qualquer loja apenas usando esta pulseira no pulso.
Mer silenciosamente olhou para o rosário.
— Isso vale para as barracas também. — Acrescentou Kristina. — Não importa o tamanho das filas, se você mostrar a eles esta pulseira, poderá fazer o próximo pedido imediatamente sem ter que fazer fila. E claro, com esta pulseira, você não precisará pagar.
Os olhos de Mer vacilaram em tentação.
Kristina continuou a tentá-la.
— Não são apenas as barracas. Você pode usar esta pulseira em qualquer um dos restaurantes ou lojas. Enquanto as pessoas comuns teriam dificuldade em entrar em apenas dez das lojas durante todo este festival de uma semana, com esta pulseira… Se você usá-la, poderá participar de todas as barracas e lojas em apenas meio dia, supondo que seu estômago permita.
Desde que o estômago dela permita? Mer nem tinha estômago para pedir sua permissão. Essas barracas de rua do festival, elas poderiam realmente ser tão emocionantes quanto Kristina estava fazendo parecer?
— No entanto, é uma pena. — Suspirou Kristina. — Mesmo que eu fique na praça o dia todo, por não ter apetite, não poderei visitar nenhuma das barracas de rua ou restaurantes.
Mer gaguejou em indignação.
— I-Isso é…!
Kristina a puxou.
— Mas Senhorita Mer, se você realmente quiser, posso lhe emprestar este rosário só por hoje, mas…
Com essas palavras, Mer não pôde deixar de cair em um longo silêncio enquanto ponderava sobre sua escolha. Mesmo enquanto Mer mantinha a boca fechada, ela podia sentir que o tempo continuava a passar.
Dong, dong, dong…
De uma torre de relógio próxima, Mer ouviu o som de um sino ao meio-dia.
— Eeeeeeh!
Suspiros irromperam da multidão quando um truque que foi construído na estátua de Anise e revelado apenas ao meio-dia nos feriados foi ativado. Um dispositivo mecânico sofisticado que emprestava o poder da magia tecnológica entrou em movimento e mudou a postura da estátua.
A estátua de Anise, que estava voando no céu enquanto olhava para o chão, ajoelhou-se enquanto ainda flutuava no ar e assumiu uma postura de oração. Depois disso, suas asas abertas bateram uma vez, e penas de luz foram espalhadas no céu.
Mer silenciosamente olhou para esta cena. A luz do sol atingiu as asas da estátua no momento certo, criando uma deslumbrante variedade de belas cores.
Diante dessa visão, Mer juntou as mãos e fez uma oração: “Me desculpe, Senhorita Sienna.”
Não deveria estar tudo bem se fosse apenas um dia ou mais? Já que este também era o aniversário de sua companheira de trezentos anos atrás, e se era para comemorar…
De forma alguma Mer estava sendo cegada pelo fascínio das barracas do festival.
Pensando bem, ela havia prometido a Ancilla e Gerhard que compraria lembranças para eles antes de voltar de Yuras. Como havia recebido tanto amor e carinho deles até agora, Mer sentiu que deveria pelo menos comprar alguns souvenires para eles.
Mer pensou consigo mesma: “Não há como Sir Eugene perder tempo comprando lembranças. Então, além de hoje, não haverá melhor oportunidade para eu comprar alguns.”
Como tal, Mer decidiu que não tinha jeito mesmo.
“A Senhorita Sienna me disse que se alguém me fizesse um favor, eu sempre deveria retribuir”, Mer se convenceu.
Em outras palavras, não era Mer sucumbindo à tentação da comida, mas apenas praticando os ensinamentos de sua mestra. Ela poderia conseguir algo para comer se ficasse com fome no caminho, mas seu objetivo principal hoje era comprar lembranças. Mer calmamente soltou o peito de Eugene e saiu do manto.
Nenhuma outra conversa foi necessária. Kristina amarrou a pulseira do rosário no pulso de Mer com um sorriso benevolente. Uma vez que ela recebeu esta pulseira, Mer lentamente se virou para sair.
Mer lançou um olhar para Eugene.
Ela deu um passo à frente, então parou e olhou para trás.
— Posso só te perguntar uma coisa? — Mer pediu.
Kristina concordou.
— Sim, o que você quiser.
— Agora, você é a… Senhorita Kristina ou a Senhorita Anise? — Mer perguntou hesitante.
Com essas palavras, Kristina apenas sorriu e inclinou a cabeça para o lado.
— Qual será? — Kristina brincou.
Mer realmente não queria pensar em uma resposta para essa pergunta. No entanto, se possível, ela esperava que fosse atualmente Anise. Se fosse esse o caso, isso significava que realmente não poderia ser evitado.
Depois que Mer abaixou a cabeça, se virou mais uma vez.
Eugene finalmente falou:
— Tenha cuidado. Não siga estranhos, e mesmo que eles digam que vão te dar um doce, apenas ignore…
Em vez de responder, Mer apenas levantou o punho com o rosário pendurado para lembrar Eugene.
— Vamos também. — Disse Kristina enquanto se aproximava, puxando o capuz sobre o rosto com um pouco mais de segurança.
A praça naquele dia estava a mais lotada do ano, e a estátua de Anise estava bem acima deles. Como tal, Kristina não se atreveu a revelar seu rosto, que se parecia tanto com o de Anise.
— Mas para onde vamos? — Eugene perguntou.
— Ainda não decidi isso, mas… Já que finalmente tenho a oportunidade de sair assim, não seria divertido apenas passear pelo festival juntos? — Kristina respondeu enquanto assumia a liderança e avançava alguns passos. Então de repente se lembrou de algo e se virou para olhar para Eugene. — Hamel, você reconhece quem eu sou?
Eugene bufou.
— Você decidiu que vai me chamar de Hamel também?
Kristina apenas piscou por alguns momentos com essa pergunta antes de abrir um sorriso.
— Achei que minha atuação foi muito boa, mas parece que falhei em agir como a Senhorita Anise. — Disse Kristina com certo alívio.
— Você realmente precisa continuar atuando? — Eugene murmurou enquanto levantava um dedo.
Ele sabia por que Kristina estava usando um capuz. Ele também podia entender as razões dela para fazer isso.
No entanto, Eugene realmente não gostava do fato de que ela estava o usando.
Uma brisa suave soprou o capuz de Kristina para trás. Kristina se assustou e tentou agarrar seu capuz, mas a brisa atrevida continuou forçando seu capuz para trás, mesmo quando seu cabelo voou.
— Kristina Rogeris. — Eugene se dirigiu a ela pelo nome completo. — Já que você não é culpada de nenhum crime, por que fica escondendo o rosto?
— Mas… Alguém pode me reconhecer… — Kristina protestou fracamente.
— E daí? Você acha que algo problemático ocorrerá se alguém a reconhecer? Pode ser. Mas você ainda não deve esconder seu rosto. Você é você, e a Anise é a Anise. Se alguém vir seu rosto e tentar agir de forma insistente, direi a eles para dar o fora. — Eugene resmungou em promessa enquanto passava por Kristina. — É quase meio-dia e estou com fome, então gostaria de comer alguma coisa. Mas isso ainda é possível? Afinal, você deu sua pulseira para Mer.
— Haha. — Kristina, que estava parada lá sem expressão, soltou uma risada curta e caminhou até Eugene. — Eu tenho mais de um rosário, então, por favor, não se preocupe com isso.
Ter o rosto exposto parecia estranho para ela por algum motivo. Kristina esfregou desnecessariamente suas próprias bochechas enquanto seguia atrás de Eugene.
[Kristina…] Anise chamou por ela.
“Sim, irmã”, Kristina respondeu humildemente.
[Você entende meus sentimentos agora?] Anise sussurrou com carinho. [Eu realmente gostava de como Hamel era tão indiferente e atencioso.]
E se essas palavras de alguma forma vazassem de sua própria boca?
Com medo e envergonhada pela mera possibilidade, Kristina levou as mãos aos lábios.
Um rosto intimidador, aura de bruto, bom em conversar e personalidade atraente mesmo que no fundo fosse tão denso quanto um protagonista shounem. É o Hamas ne vida.
é o pica de mel
n tem jeito
Ahahahahahahahahhahahahahhaha eu não aguento mais aaaaaaaaaaaaaaa
É o homem uma máquina de sedução o próprio giga chad o mais belo e bruto o mais intimidante e atencioso hamel/eugene vai ser foder vermouth