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Damn Reincarnation – Capítulo 303

Raizakia (9)

— Filho da puta, ficando todo sentimental e essas merdas só porque está morrendo. — Eugene resmungou, cuspindo sangue no chão. Raizakia estava morto. O Dragão Negro não era um morto-vivo como um lich ou um Cavaleiro da Morte com um recipiente vital separado, e Eugene cortou seu Coração de Dragão ao meio. Mesmo que Raizakia fosse o Dragão Demoníaco, ele nunca sobreviveria a tal golpe.

O coração de Eugene afundou ao pensar em ter negado o cobiçado prêmio do coração do Dragão Ancião? Não, não havia espaço para decepção dentro dele. O Coração de Dragão de Raizakia foi estragado e contaminado pelas forças sinistras do Poder Negro durante séculos. Embora tivesse um valor imenso para os magos negros e outros demônios, para Eugene, ele permaneceu um artefato inútil e venenoso, desprovido de qualquer valor.

Eugene desceu lentamente ao chão, estralando o seu pescoço rígido. O grande corpo sem cabeça do dragão estava lentamente se inclinando para o lado.

A Espada Sagrada era mais fácil de manusear e usar em comparação com a Espada do Luar quando se tratava de simplesmente cortar. Como tal, Eugene levantou a Espada Sagrada depois de observar a localização de seu alvo.

Ripppp!

A Espada Sagrada cortou o estômago do dragão. A Luz da espada cortou as escamas e a carne do dragão, bem como a grande barriga do dragão.

A única coisa que Raizakia consumiu durante centenas de anos foi Ramira, que engoliu inteira há pouco tempo. Eugene esperava um derramamento de suco gástrico, mas inesperadamente encontrou Ramira em um estado inesperadamente limpo. Ela estava inconsciente, enrolada como uma bola dentro do estômago do Dragão Negro.

Eugene a puxou para fora. Suas roupas estavam totalmente intactas e também não havia nenhum ferimento nela. No entanto, ela não parecia estar nas melhores condições, provavelmente devido aos suores frios e às lágrimas que derramou.

Eugene estalou a língua ao ver que apenas o branco dos olhos de Ramira era visível em seu estado de desmaio.

“Ela não deve dizer nada sobre eu ter matado o pai dela, já que ela foi engolida inteira e quase morta”, pensou Eugene.

Em primeiro lugar, Raizakia não poderia ser chamado de pai. Para começar, não havia amor paterno e piedade filial entre os dois. Eugene não se deu ao trabalho de acordar Ramira e explicar a situação para ela, então a colocou dentro de seu manto em estado de desmaio. Mer explicaria em seu lugar assim que ela recuperasse o juízo mais tarde.

Mer ficou encantada com a sobrevivência de Ramira, mas não se apressou em acordar o filhote. Neste momento, Sienna era mais importante para ela do que Ramira.

— Senhorita Sienna! — Mer gritou enquanto corria para fora do manto. Agora que Raizakia estava morto, ela finalmente queria compartilhar um momento de reencontro com Sienna.

No entanto, Mer parou imediatamente em vez de correr para Sienna. Porque o corpo dela estava se dispersando lentamente. Mer fungou com grande ansiedade.

— Por que você está chorando? — Perguntou Sienna com um sorriso travesso. Mer simplesmente engoliu as lágrimas sem ser capaz de responder. Sienna observou Mer com olhos amorosos, depois estalou a língua e mexeu o dedo. — Isso é uma coisa inevitável. Assim como foi um milagre impossível, mas inevitável, que me trouxe a este lugar.

— Senhorita Sienna… Você vai desaparecer, Senhorita Sienna? — Perguntou Mer.

— Hã? Bem, estou desaparecendo agora. — Respondeu Sienna.

Na verdade, Eugene também estava um pouco nervoso. Ele passou por tantos problemas para matar Raizakia. Mas… E se Sienna tivesse arriscado sua própria existência em troca do milagre que lhe permitiu salvar Eugene? E se ela tivesse se sacrificado por Eugene?

— Estou perguntando isso por precaução, mas você vai morrer? — Perguntou Eugene, sua voz tremendo de tristeza e ansiedade.

— Você está louco? — Retrucou Sienna com uma expressão incrédula. — Você quer que eu morra e desapareça assim?

— Não.

— Então por que está dizendo uma coisa tão maluca? Por que eu morreria?! — Gritou Sienna.

— É que… Bem… Eu pensei que você poderia estar preparada para morrer para me salvar… — Eugene parou.

— Eu estava preparada, mas não para morrer. — Disse Sienna.

— Preparada para quê? — Perguntou Eugene.

Preparada para te dar meus lábios sem resistir quando você foi dominado por suas emoções e correu em minha direção, seu desgraçado.

Sienna mal conseguiu impedir que as palavras saíssem de sua boca. Certo, hoje não era o único dia que lhe restava. Ela pensou consigo mesma enquanto observava sua mão desaparecer.

— Ehem, isso parece não ser da sua conta. Tudo acabou bem, não foi? — Disse Sienna.

— Sim. — Concordou Eugene.

— Você não precisa se preocupar comigo, Hamel. Eu me esforcei um pouco demais, mas bem, vou voltar ao meu corpo e… — Sienna fez uma pausa e depois olhou para Eugene. — Estou avisando com antecedência, mas não venha até a Árvore do Mundo para me ver sem motivo. Eu vou ficar muito brava.

— Por quê? — Perguntou Eugene. Ele não conseguia entender por que ela estava exigindo tal coisa.

Eles se encontraram e ela o ajudou. Mais importante ainda, o território da Árvore do Mundo não estava nem longe. Eugene levaria apenas um dia, ou meio dia, para chegar à Árvore do Mundo.

Então não era melhor ele encontrar Sienna lá? Não seria uma bela visão ele cumprimentar Sienna quando ela fosse libertada de seu selo e ressuscitada?

Eugene pensava sinceramente que sim, mas Sienna estava decidida.

— Não é não. Eu realmente vou matar você. — Disse Sienna secamente. Seu raciocínio era simples. O veneno que contaminou seu corpo teria sido purificado com a morte de Raizakia, para que ela pudesse regenerar seu corpo longe da proteção da Árvore do Mundo. Mas Sienna não queria mostrar o processo a Eugene.

Eugene já tinha visto Sienna com um buraco no peito antes, mas foi uma ocorrência inevitável e inesperada. Sienna ainda tinha que restaurar o buraco no peito, reconstruir seu corpo quebrado e se preparar para isso e aquilo. Ela não queria mostrar a Eugene o que não precisava.

— Então o que você quer que eu faça? — Perguntou Eugene.

— O que você quer dizer? Bem… Podemos apenas prometer que nos encontraremos em algum lugar. Certo, que tal daqui um mês? — Sugeriu Sienna.

— Onde? — Eugene perguntou com uma carranca.

Sienna respirou fundo.

Onde? Só havia um lugar em que ela conseguia pensar: um lugar onde ela passou a maior parte de sua vida, um lugar onde ela transcreveu suas memórias felizes e brilhantes para escapar da solidão. Era um lugar perto da floresta com bom ar, um lugar com céus altos e cor de safira e um lugar cheio de estrelas à noite. Era um lugar com riachos suaves em vez do mar salgado e ventoso.

— Minha casa. Deveria estar lá, certo? — Disse Sienna. Ela havia construído sua casa ideal, deixando uma casa independente para servir de escritório e uma grande lareira para iluminá-la. Ela até o mobiliou com cadeiras de balanço macias. — Encontro você lá.

No entanto, havia uma questão crucial. A mansão de Sienna estava localizada em tal lugar há três séculos, mas muito tempo se passou. Para ser mais preciso, o terreno ao redor de sua mansão passou por desenvolvimento. A floresta foi derrubada na Praça Merdein e os riachos ficaram cheios. Felizmente, a mansão permaneceu intacta, mas a casa que Sienna imaginava já havia desaparecido há trezentos anos.

É claro que Sienna permaneceu ignorante desse fato.

— Só consegui cumprir metade da minha promessa. Eu disse que chamaria você pelo seu nome atual em vez de Hamel na próxima vez que te visse. — Sienna riu enquanto esfregava os olhos com as costas da mão. — Você se lembra? Eu disse para você não vir atrás de mim. Eu lhe disse para esperar para que eu pudesse ir até você.

— Eu me lembro. — Respondeu Eugene.

— Estou feliz por não ter me atrasado. Estou feliz por poder encontrar você e salvá-lo. — Apesar de ter enxugado os olhos, as lágrimas ainda corriam por seu rosto.

Sienna se virou para Mer sem se preocupar em enxugar as lágrimas.

— Mer.

— S-Sim, Senhorita Sienna.

— Venha aqui. Estarei desaparecendo em breve, mas quero abraçar você enquanto ainda estiver aqui. — Continuou Sienna.

Mer correu para o abraço de Sienna com lágrimas escorrendo pelo rosto. Sienna sorriu enquanto pegava Mer nos braços e acariciava sua cabeça.

— Ouvi dizer que as coisas ficaram difíceis enquanto estive fora. — Disse Sienna.

— Eu estou… Estou bem. — Respondeu Mer.

— Mesmo que você esteja bem, eu não estou bem com isso. É engraçado para mim, dizer isso depois de ter desaparecido de forma tão irresponsável, mas… Você deve ter se sentido muito solitária. Deve ter sido muito difícil. — Disse Sienna.

As lágrimas continuaram a cair enquanto Mer permanecia em silêncio.

— Desculpe. Eu realmente sinto muito. Eu deveria ter lhe dado um motivo antes de partir. — Sienna se desculpou sinceramente.

— Eu… Ouvi falar disso por Sir Eugene. Senhorita Sienna, você não pôde voltar por causa de um acidente inesperado. Eu não culpo você. — Respondeu Mer. Ela estava sendo sincera. Só se preocupou com Sienna, mas nunca a culpou. Sentindo a sinceridade de Mer, Sienna a abraçou com mais força.

— Obrigada por ajudar Hamel em meu lugar. — Disse Sienna.

— Sniff….

— Estou muito orgulhosa de você, Mer Merdein.

Mer sentiu seu coração se encher de alegria com as palavras de Sienna. No entanto, ela não conseguia permanecer fixada em sua felicidade. Mer sussurrou no ouvido de Sienna, consciente de que Sienna estava desaparecendo.

— Você não deveria abraçar Sir Eugene também?

— Hã?

— Senhorita Sienna, se possível, gostaria que você e Sir Eugene se abraçassem, comigo no meio. — Disse Mer.

Foi um comentário inesperado. Sienna sentiu a cabeça ficar vazia e só conseguiu abrir e fechar a boca com uma expressão atordoada. Mer semicerrou os olhos quando ergueu os olhos e viu a expressão de Sienna.

“Tsc…”

Ela nunca esperou que Sienna ficasse tão envergonhada! Mer decidiu que precisava usar alguma terapia de choque.

— Você terá problemas se ficar envergonhada assim, Senhorita Sienna. — Disse Mer.

— O-O quê? O que você está falando? Eu, envergonhada? — Perguntou Sienna.

— Você tem que se preparar, Senhorita Sienna. Hoje em dia, as raposas estão circulando em torno de Sir Eugene… Não, seria mais apropriado chamá-las de lobos famintos. — Alertou Mer.

Lobos? Que lobos? Sienna balançou a cabeça com vergonha e confusão. Mer afastou-se de Sienna com um suspiro profundo.

— Bem, será mais rápido você ver pessoalmente do que ouvir de mim. — Disse Mer.

— Espere… Mer, espere, volte aqui. Fale para que eu possa entender! — Gritou Sienna, tentando pegar Mer. No entanto, ela não conseguia mover sua forma desaparecida com facilidade. Seu corpo já estava meio desaparecido e sua alma estava retornando para a Árvore do Mundo.

Eugene tinha ouvido a conversa entre os dois.

Não raposas, mas lobos famintos… Eugene lembrou-se do peso fofo, mas pesado, que repousava sobre sua cabeça pouco antes de entrar neste lugar. Ele se lembrou de como as duas o cortejaram com olhos marejados. Certamente, elas eram mais parecidas com lobos do que com raposas.

— Ehem… — Eugene só conseguiu pigarrear. Não houve tempo suficiente para explicar tudo para Sienna. Como tal, Eugene decidiu passar a tarefa catastrófica para o seu futuro eu.

— Então, daqui um mês, vamos nos encontrar na sua mansão em Aroth. — Disse Eugene.

— Defina a hora e a data exatas. Não quero esperar e também não quero que você espere. Daqui a trinta dias, meio-dia. Entendido? — Perguntou Sienna.

— Sim. — Respondeu Eugene com um sorriso, erguendo a mão em direção a Sienna.

— Até lá, Hamel. Não. — Disse Sienna, olhando para Eugene. Ela sentiu uma vibração que desceu até sua alma. Ao contrário de Hamel, seu cabelo era grisalho, sua pele limpa não tinha nenhuma cicatriz e ele tinha olhos dourados como um par de joias. Embora não houvesse absolutamente nenhuma semelhança, o homem à sua frente era Hamel, de quem Sienna sentia falta e amava.

— Eugene Lionheart. — Ela optou por usar seu nome atual. O nome que ele tinha em sua vida passada não era importante. O importante era que a alma que residia em seu corpo era o homem que Sienna amava, mesmo que seu corpo tivesse mudado completamente. Sienna riu timidamente de vergonha.

— Vamos nos encontrar em um—

Pouco antes dela desaparecer completamente, foi interrompida quando viu Eugene levantando a mão. Era a mão esquerda dele. Seu dedo anelar? O quê? Por quê? Um anel? Por quê? O quê? Os olhos de Sienna começaram a tremer e a luz que brilhava em seus olhos verdes se apagou. Lobos? Mortos de fome?

— Ei, seu—

O grito desesperado de Sienna foi interrompido.

Fwooosh!

Ela desapareceu, espalhando-se em partículas de luz.

Eugene inclinou a cabeça confuso enquanto observava a luz espalhada. Sienna se foi e apenas Akasha ficou flutuando no ar. Eugene resmungou enquanto pegava Akasha nas mãos:

— O que ela estava tentando dizer?

— Não sei. — Respondeu Mer.

— A expressão dela era incomum… — Murmurou Eugene.

— Não consegui ver bem, porque era muito claro e brilhante. Talvez ela estivesse triste por ter tido tão pouco tempo para se despedir de você, Sir Eugene? — Sugeriu Mer. Era verdade que Mer não tinha visto o rosto de Sienna no final. Ela só tinha visto o rosto de Sienna ficar vermelho e tímido como o de uma adolescente. Naturalmente, ela presumiu que Sienna poderia ter ficado emocionada antes de desaparecer.

— É mesmo…? — Eugene não estava completamente convencido, mas decidiu seguir em frente por enquanto.

Ele olhou para trás. Embora o Coração de Dragão de Raizakia tenha sido destruído, seu corpo permaneceu. Originalmente, os dragões não deixavam seus corpos para trás, a menos que desejassem. A maioria dos dragões optou por não deixar para trás seus restos mortais, mas devolver tudo o que tinham e eram ao mundo como mana antes de se tornarem cinzas.

Mas este era um lugar entre dimensões, e Raizakia era um Dragão Demoníaco caído. Mesmo que Raizakia desejasse, o mundo não tomaria seu corpo.

— Tenho um presente para levar para casa. — Disse Eugene. Embora o cadáver pertencesse ao Dragão Demoníaco, com o Coração de Dragão destruído, ele poderia ser usado como material se purificado adequadamente. Com todos os ossos, couro e escamas que restaram, um cadáver tão grande poderia ser usado para armar todos os cavaleiros Lionheart.

Com um sorriso, Eugene colocou a mão no corpo de Raizakia e abriu a porta dimensional com Akasha.

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Maluco do Discord
Visitante
Maluco do Discord
2 meses atrás

Gostaria de compartilhar uma teoria minha, o dragão negro fala sobre a espada lunar ser uma arma do rei demônio da destruição, porém eu acho q assim como o anel, a espada é uma arma do Deus da guerra

Deus Maligno
Membro
Deus Maligno
2 meses atrás
Resposta para  Maluco do Discord

Não tem nada haver uma coisa com a outra, tava na cara q a arma tinha relação com o rei demônio da destruição desde o início, sendo a destruição em forma de espada. Sem falar que foi dito que pra a arma de um ser ser poderosa ele precisa estar vivo, o deus da guerra já morreu a muito tempo.

Nanda
Visitante
Nanda
4 meses atrás

Imagino a cara de Sienna quando visualizar o que fizeram com a mansão dela e pior,a dinâmica entre Eugene e Anise kkkkk

Outsider
Visitante
Outsider
3 meses atrás
Resposta para  Nanda

Sim kkkkkkkkk

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