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Damn Reincarnation – Capítulo 313

Sienna Merdein (9)

O clamor da folia das bêbadas no quarto ao lado não penetrou na paz do quarto de Eugene. O isolamento acústico daquele hotel exorbitantemente caro era notável, e Eugene conjurou um feitiço adicional para garantir um sono tranquilo.

Ele estava perdendo a camaradagem turbulenta? Não, ele não se incomodou nem um pouco. Afinal, ele havia compartilhado muitas bebidas na vida passada e sabia que haveria inúmeras oportunidades para fazê-lo no futuro. Além disso, ele estava bem ciente de que sua presença não ajudaria muito a melhorar as folias. Na verdade, ele não sabia que tipo de destino o aguardaria se tivesse se juntado à bebida.

Ele acordou em sua cama macia, descobrindo que eram cerca de quatro da manhã.

Ele sentiu uma presença persistente do lado de fora de sua porta firmemente fechada. Permaneceu imóvel e em silêncio enquanto abria os olhos.

Na suíte luxuosa daquele hotel sofisticado na capital de Aroth, o Pentágono, quem poderia estar andando do lado de fora de sua porta a esta hora ímpia?

Eugene reprimiu um suspiro crescente e forçou os olhos a fecharem, puxando o edredom para cima.

Como se fosse uma deixa, a porta se abriu, perfurando a barreira de seu feitiço de isolamento acústico. As gargalhadas estridentes das idiotas bêbadas destruíram a tranquilidade da madrugada de Eugene.

— Hameeeel, você está dormindo?

— Ei, ei! Você não está dormindo!

Eugene puxou o cobertor sobre a cabeça suplicante, mantendo o silêncio. Mas as bêbadas persistiram incansavelmente, com suas risadas misturadas com o fedor do álcool. Elas riram uma da outra, soluçando, parecendo achar toda a situação imensamente divertida.

— Ajuda…

— Misericórdia…

As vozes de Mer e Ramira, que serviam bebidas às duas até esta hora tardia, pareciam lamentavelmente desesperadas. Embora Eugene não pudesse vê-las debaixo do cobertor, sabia que seria uma visão miserável.

Seus rostos estavam marcados com rabiscos aleatórios e seus cabelos estavam penteados da maneira mais bizarra que se possa imaginar. O cabelo de Mer estava preso no topo da cabeça como um abacaxi, enquanto o cabelo preto de Ramira estava trançado em várias mechas.

As duas bêbadas se aproximaram da cama de Eugene, gemendo como mortas-vivas.

— Ei! — Sienna estendeu a mão e pegou o cobertor.

Eugene não queria entregar sua última linha de defesa. Ele segurou o cobertor com força, mas o punho de Anise atingiu as costelas de Eugene com um estalo.

— Ugh.

Foi um golpe inesperado. Eugene treinou seu corpo desde que mal conseguia andar, e era apoiado pela mana que cultivou através da Fórmula da Chama Branca. Seu corpo foi treinado para resistir a qualquer golpe comum, mas esse soco forte e poderoso foi mais do que se esperaria de uma bêbada.

Como resultado, seu aperto no edredom afrouxou e Sienna, com olhos de falcão, não perdeu a oportunidade e rapidamente puxou o cobertor.

— Por quê…? Por que você está fazendo isso comigo? — Eugene as questionou lamentavelmente enquanto segurava as costelas doloridas. Ele poderia se identificar com Edmond, que matou na floresta.

— Eu não fiz nada, então por que está me atormentando…?!

Sienna colocou o cobertor roubado sobre os ombros como uma capa, rindo maliciosamente. Anise aplaudiu enquanto se juntava à risada. Para Eugene, eles pareciam demônios que haviam subido do inferno. Atrás dos demônios bêbados, Ramira e Mer, vestidas com roupas completamente ridículas, estremeceram e se agarraram uma à outra.

— Deixa eu te contar… — Sienna soluçou, arrastando as palavras.

Perplexo com essa exibição, Eugene soltou um grito desesperado.

— Por que vocês estão bêbadas?!

Para uma pessoa comum, a intoxicação era a consequência esperada da ingestão de bebidas espirituosas. No entanto, ao atingir um certo nível de domínio, alguém poderia eliminar os efeitos da embriaguez à vontade, ou assim deveria ser.

Então, que tal livrar-se do álcool depois de ficar bêbado ao ponto do esquecimento? Era um cenário improvável para o indivíduo médio, mas era mais plausível para pessoas como Sienna e Anise.

Elas tinham salvaguardas implantadas em seu subconsciente para se livrarem da embriaguez e despertarem seus sentidos quando necessário.

No entanto, nenhum desses sinais era evidente no par agora. Eram como dois cães que se perderam inteiramente no álcool.

— Você bebe para ficar bêbado.

— É o nosso primeiro encontro em centenas de anos. É natural beber até ficarmos bêbadas.

Sienna e Anise raciocinaram em uníssono, seus rostos se encontrando em acessos de riso. Então, Sienna virou-se para Eugene, enxugando as lágrimas de tanto rir.

— Espera. Calma aí! Eu… Ainda não terminei. Eu estava… Falando… Sobre Kristina.

Sienna se aproximou de Eugene e começou a dar tapinhas em seu ombro.

— Quando conversamos pela primeira vez, pensei, que arrogante… Maldita! Mas… Mas quando conversamos novamente… Ela é ousada e arrogante! Sim, isso é certo! Mas não é ruim.

— Calma lá! — Anise latiu. Ela deu um tapa nos lábios, endireitou a postura e sentou-se na beira da cama. — Kristina Rogeris!

Ao ouvir seu nome em voz alta por Anise, o controle do corpo instantaneamente mudou para Kristina.

— Sim! — Kristina respondeu com entusiasmo, levantando a mão em reconhecimento. Eugene esperava que Kristina pudesse pôr fim a esta farsa, mas ao ver o rosto dela, ele sabia que suas esperanças foram frustradas. Ela parecia ainda mais bêbada que Anise.

— Então, todos nós tivemos uma boa conversa e… E isso é tão injusto com a Kristina! — Gritou Sienna.

— O quê…? Como assim? — Perguntou Eugene.

— Anise beijou você… Certo? E eu beijei você também! Mas Kristina, você não… Não o beijou. Certo?

— Sim! — Kristina assentiu com entusiasmo.

Eugene ficou pasmo, incapaz de pronunciar uma palavra, seus olhos piscando em confusão. Ele tentou argumentar com as mulheres:

— Pessoal… Vocês não estão um pouco bêbadas demais?

— É injusto e triste! — Gritou Sienna, ignorando as tentativas desesperadas de persuasão de Eugene.

— Sim! — Kristina concordou ainda mais fervorosamente.

— Então, conversamos muito sobre isso, certo? Se você a beijasse secretamente, eu ficaria furiosa. Então… — Sienna parou.

— Bem aqui! — Kristina ergueu as mãos no ar, gritando. — Faremos isso aqui mesmo, onde Sienna pode nos ver!

— Kyaaa! — Sienna bateu palmas enquanto um rugido jubiloso escapou de seus lábios.

Eugene rapidamente fechou a boca e hesitantemente recuou:

— Acho que todas vocês beberam demais. Como vai lidar com a situação quando a manhã chegar e os efeitos do álcool passarem…?

— Não fuja!

— Fique aqui!

Sienna gritou, e Kristina ergueu as mãos como se estivesse empunhando um machado e agarrou o ombro de Eugene.

Foi então que o medo agitou-se nos olhos de Eugene.

— Decidimos o que fazer! — Sienna declarou.

— Sim! — Os olhos azuis de Kristina fixaram-se em Eugene. — P-Pense nisso, Sir Eugene! Quando a Senhorita Anise roubou um beijo seu, eu estava inconsciente!

— O que isso importa…?

— Claro! Compartilhei a memória da Irmã depois de acordar, mas o toque e as emoções daquele momento pertenciam à Irmã, não a mim! — Kristina gritou para mostrar seu ponto de vista.

— Você se refere a Anise como Irmã? — Eugene já tinha ouvido isso algumas vezes antes, claramente um lapso de língua, mas quando ficava sóbria tentava esconder.

Claramente, Kristina estava longe de estar sóbria agora.

— Então, o que eu quero dizer é… Não é justo e é solitário! A Senhorita Anise e a Senhorita Sienna te beijaram, mas eu fiquei de fora! — Gritou Kristina.

— Beijo… — Eugene ficou perplexo.

— Sim, um beijo! Beijo, beijo!

O rosto de Kristina estava alarmantemente próximo agora.

— A irmã roubou um beijo, e a Senhorita Sienna teve o dela roubado, então é lógico… Que você e eu… Juntos… Devamos dar um beijo!

— Beije-o! — Os aplausos de Sienna enviaram ondas de coragem pela sala envolta em álcool. Kristina engoliu em seco e, com um lampejo de compreensão, virou a cabeça. — Haahhoohaa… — Ela bufou, exalando fortemente.

Durante horas elas beberam loucamente. Se entregaram ao álcool como se não houvesse amanhã. Agora estava preocupada que o cheiro de álcool fosse desagradável para Eugene. Não era tão ruim, mas também não era apropriado para este momento monumental.

Sem dizer uma palavra, Kristina rapidamente tirou uma pequena garrafa de vidro de sua posse.

Era o spray bucal que ela sempre carregava, pronto para usar a qualquer momento. Ela borrifou uma pequena quantidade dentro da boca, agitou algumas vezes e respirou mais algumas vezes para verificar o cheiro.

— Tem certeza que está bêbada? — Eugene perguntou timidamente.

— Beijo!

A investigação desesperada e apressada de Eugene foi interrompida pelo grito repentino de Sienna. Kristina também não tinha intenção de responder à pergunta de Eugene. Sua mente estava repleta da sinfonia dos gritos de Anise, dos gritos de ‘beijo, beijo’ de Sienna e das batidas de seu próprio coração.

Kristina fechou os lábios, depois franziu as sobrancelhas e caminhou lentamente em direção a Eugene. Eugene, porém, não ofereceu os lábios, apenas tremeu em resposta.

O que diabos estava acontecendo? Eugene pensou, cambaleando com as circunstâncias impossíveis e absurdas que se desenrolavam diante dele.

Ele deveria rejeitar firmemente o que estava acontecendo? Era permitido? Como isso se desenrolaria depois?

Amor? Não estava ausente. No entanto, o afeto que Eugene nutria por Kristina não era intenso o suficiente para justificar um beijo, e ele ainda possuía um coração humano lúcido.

—Vou tentar fazer você se apaixonar por nós.

Anise já havia declarado isso em Yuras. Na época, Eugene presumiu que ‘nós’ se referia a ela e Sienna, mas depois também passou a sentir as emoções de Kristina.

Anise e Kristina cumpriram sua palavra. Suas tentativas de conquistar o coração de Eugene foram diferentes; Anise escolheu uma abordagem mais astuta e assertiva enquanto Kristina o perseguia, transformando sua admiração em carinho e carinho em desejo.

E agora Kristina se aproximava de Eugene com um desejo intenso. Era… Tentador. Kristina e Anise aproveitaram a ausência de Sienna para se infiltrar cuidadosamente em seu coração e, eventualmente, conseguiram.

Assim, Eugene se viu incapaz de afastar Kristina com firmeza. Mas também foi incapaz de se inclinar para frente e oferecer os lábios como ela fez.

Kristina abriu ligeiramente os olhos, olhando para Eugene. Ela viu que o rosto dele, que estava perto o suficiente para que suas respirações se misturassem, estava coberto de suor. Ele tinha uma expressão estranha.

Suas expectativas estavam erradas. Embora ela tivesse corajosamente se arriscado, movida pelo álcool e pelo incentivo, considerava que as chances de sucesso eram mínimas.

Se Eugene a afastasse gentilmente, ela resolveria sorrir sem problemas. Estava preparada. Afinal, não havia pressa. Se não fosse agora, acreditava que poderia abrir lentamente o coração e aproximar-se dele mais tarde.

Mas, ao contrário de sua expectativa, Eugene não afastou Kristina. Ele estava claramente desconfortável, sem saber o que fazer, mas também não largou as mãos dela.

Agora era hora de prosseguir. Antes nebulosa, Kristina agora estava totalmente alerta.

Ela soltou os ombros de Eugene e suas mãos subiram sorrateiramente. As palmas das mãos dela pressionaram suavemente contra suas bochechas.

Eugene fez um leve barulho quando a pressão empurrou seus lábios para fora. Agora era a hora! Kristina aproveitou a oportunidade como um predador que arrebata sua presa, inclinando-se para iniciar um beijo.

Smooch.

Seus lábios se encontraram. Os olhos arregalados de Eugene tremeram de surpresa. Kristina manteve a pressão, segurando o beijo.

[Língua!!] Anise exclamou ao fundo, mas Kristina ignorou a sugestão. Ela não queria esse tipo de beijo ainda. Queria saborear a expectativa de progredir lentamente nessa direção mais tarde.

— Heuk… — Sienna engasgou. Embora ela estivesse torcendo com entusiasmo e agitando os braços, ainda ficou surpresa com a inesperada demonstração de afeto à sua frente. Ela mordeu o lábio, suas emoções se agitando em confusão. Essa sensação desconhecida era indescritível.

Afinal, era apenas um beijo. Esse foi seu pensamento inicial e, como estava bêbada, permitiu-o com segurança. Mas agora… Que sentimento era esse? Raiva? Aborrecimento? Não, era um pouco diferente… Era uma emoção que não era totalmente saudável. Uma emoção inclinada ao prazer culpado.

Por quê? Seu Hamel, Eugene, estava sendo beijado por outra mulher bem na sua frente.

Certamente havia ciúme pela perda, mas não foi totalmente desagradável. Em vez disso, fez seu coração bater forte. Qual era essa emoção peculiar? A raiz desses sentimentos complexos estava no fato de que esse beijo estava acontecendo com a permissão de Sienna.

Assim, Sienna foi incapaz de sentir pura raiva ou irritação diante do espetáculo. Em vez disso, sentiu outra coisa… Uma chama escura e viciante que ameaçava consumi-la. Este fogo negro fez seus sentidos girarem como se apenas observá-lo fosse inebriante. Se ela se aproximasse… Se ela se aventurasse mais perto, era como se ela fosse atraída para a dança com aquelas chamas…

— Haah….

Os lábios finalmente se separaram. Kristina respirou fundo, seu olhar fixo no rosto de Eugene. As mãos de Sienna estavam encharcadas de suor enquanto ela apertava a bainha do vestido com força enquanto engolia em seco.

Eugene sentiu como se sua mente estivesse entorpecida.

O que era isso… O que esse espetáculo deveria significar? Dignidade? Orgulho? Questões fundamentais e vergonha de si mesmo pintaram o rosto de Eugene de um vermelho profundo.

— Heh… Hehe… — Kristina soltou uma risada enquanto observava o estado de Eugene. Ela apertou suavemente as bochechas de Eugene uma vez antes de pular da cama, sentindo-se revigorada. — Vamos voltar para a cama.

— Hein…? O quê?

— Eu estou satisfeita. Sinto como se pudesse ascender ao céu agora mesmo.

Com uma expressão reverente, Kristina traçou o símbolo sagrado uma vez antes de se virar e ir embora sem qualquer hesitação. Sienna observou Kristina recuar atordoada e depois, engolindo em seco, levantou-se.

— Durma… Durma bem! — Embora Sienna estivesse fazendo o possível para não reconhecer a chama negra que ainda tremeluzia dentro dela, ela tinha medo de acabar ficando fascinada por ela. Mas agora não era o momento. Essa chama deveria apenas arder sobre sua ‘permissão’ e Sienna sempre permaneceria à frente dela.

Então, Sienna rapidamente seguiu Kristina.

— Uh…?

Eugene ficou sentado na cama, atordoado. A porta que havia sido deixada aberta fechou lentamente.

[Ahem….] Um resmungo baixo veio de dentro do manto. Era Winith. Não sabendo o que dizer a Eugene neste momento, Tempest simplesmente emitiu uma tosse seca.

— Sir Eugene…

— Benfeitor…

Ramira e Mer, que haviam sido descartadas em desordem, rastejaram lentamente até a cama de Eugene. Piscando os olhos atordoado, Eugene abraçou silenciosamente o par que se aproximava.

— Vocês passaram por dificuldades. — Disse ele.

Em algumas horas o sol nasceria. Eugene temia a chegada da manhã.


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Fã da Mer
Visitante
Fã da Mer
27 dias atrás

Kskskskskskskskskks coitado!

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