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Damn Reincarnation – Capítulo 350

O Mar (3)

Não havia motivo para Eugene evitar um encontro com Gondor. Embora Eugene soubesse bem que os artefatos de Vermouth não necessariamente precisavam de manutenção, não havia mal em dar uma olhada.

No momento, Eugene possuía o Martelo da Aniquilação e a Lança Demoníaca entre o arsenal dos Reis Demônios. Nenhum desses armamentos abrigava os resquícios da essência dos Reis Demônios, como era a preocupação de Carmen. Qualquer poder residual havia sido completamente aniquilado durante o incidente com Eward, e os poderes atuais do Martelo da Aniquilação e da Lança Demoníaca eram agora manifestados pela mana própria de Eugene.

Inicialmente, Eugene não havia prestado muita atenção a tais assuntos. Mas depois de ouvir sobre Vermouth de Raizakia, era difícil não se sentir inquieto.

“A Espada do Luar”, os pensamentos de Eugene voltaram para essa arma.

Era uma lâmina cuja verdadeira natureza permanecia um mistério mesmo trezentos anos atrás. Mas agora ele conhecia sua identidade. A destruição causada pelo brilho da Espada do Luar era, na realidade, o Poder da Destruição. Assim, a Espada do Luar era, como a Lança Demoníaca e o Martelo da Aniquilação, uma ferramenta do Rei Demônio.

Para empunhar tais armas, era necessário ter o sangue de Vermouth, o sangue dos Lionheart. Embora nem tudo estivesse claro, isso era certo. A existência de Vermouth estava entrelaçada com a do Rei Demônio. Ironicamente, no entanto, Eugene ainda podia empunhar a Espada Sagrada. Ainda assim, o Deus da Luz não o impressionava particularmente como uma divindade benevolente.

— Ahah ah… — Gondor ficou sem palavras de empolgação.

Seus olhos tremiam de espanto ao contemplar a variedade de armas que Eugene sempre mantinha em seu manto.

— O que diabos é isso? — Gondor perguntou.

Entre as muitas armas, a Espada do Luar — uma lâmina quebrada no meio — realmente capturou o olhar de Gondor. Ele inclinou a cabeça enquanto examinava a Espada do Luar atentamente.

— Não poderia ter sido assim desde o início. — Comentou Gondor.

— Ela quebrou. — Eugene respondeu simplesmente.

— Quer que eu a conserte? — Perguntou Gondor.

— Não, não pode ser consertada. — Eugene disse com um encolher de ombros.

Tais palavras eram um ultraje ao orgulho de um anão, especialmente de uma linhagem de ferreiros. Com um resmungo, Gondor apontou para a Espada do Luar.

— Ela parece ser de fabricação única. Mas não há uma arma neste mundo que um anão não possa consertar.

— Eu disse que não pode ser consertada. — Repetiu Eugene.

— Não entendo por que você está tão certo. Vamos dar uma olhada mais de perto. — Gondor permaneceu teimoso e estendeu a mão para a Espada do Luar.

Por um momento, Eugene se perguntou se deveria simplesmente permitir que o anão a tocasse, mas no último segundo, Eugene mudou de ideia.

— Toque-a, e você morre. — Eugene disse, agarrando o ombro de Gondor como um aviso. Surpreendido por uma declaração tão extrema, Gondor olhou para Eugene com surpresa quando ele explicou ainda mais: — Não entenda errado. Não sou eu quem vai matar você. É a espada.

— O que você quer dizer…? — Perguntou Gondor, trêmulo.

— É uma lâmina amaldiçoada que ninguém além de mim pode empunhar. — A resposta de Eugene não deixou espaço para perguntas.

Embora pudesse haver um toque de exagero, não era inteiramente falso.

Segurar a Espada do Luar na mão contaminava a mente. Até mesmo Hamel e Moron enlouqueceram há três séculos, suas mentes oscilando apenas por segurar brevemente a Espada do Luar. Então, o que aconteceria se um anão, obviamente de menor resistência mental, a segurasse? Sua psique poderia se despedaçar completamente, tornando-o insensível. Um estado assim seria diferente da morte?

Um suspiro profundo escapou dos lábios de Eugene enquanto ele advertia novamente:

— Da mesma forma, nem pense em tocar nas outras armas dos Reis Demônios.

— Mas a Senhora Carmen pediu uma análise minuciosa das armas dos Reis Demônios. — Retrucou Gondor.

— Diga a ela o que ela quer ouvir. Não houve problemas, certo? — Respondeu Eugene.

Apesar de frequentemente incompreensível em todas as suas ações, Carmen era verdadeiramente uma alma nobre. Ela insistira em trazer Gondor por preocupação de que Eugene pudesse ser afetado adversamente pelos artefatos dos Reis Demônios.

Eugene sabia muito bem quão horripilantes e implacáveis eram os Reis Demônios. Eles eram entidades que, não importava o quão completamente fossem mortos, se recusavam a perecer verdadeiramente. A descida de Eward à loucura havia sido parcialmente devido aos resquícios dos Reis Demônios que permaneciam no Martelo da Aniquilação.

Gondor permaneceu em silêncio enquanto contemplava as palavras de Eugene.

Uma expressão sombria cruzou o rosto de Eugene ao lembrar daquele tempo. Os resquícios do Rei Demônio que controlava Eward estavam obsessivamente fixados no sangue da linhagem dos Lionheart. A partir disso, dava para inferir que a influência desse sangue era inegável.

Eugene estava perpetuamente em guarda contra isso. Ele permanecia atento e consciente de si mesmo. Além disso, buscava validação frequente de Kristina e Anise também. Mesmo depois de usar o Martelo da Aniquilação, a Lança Demoníaca e a Espada do Luar várias vezes, nada parecia errado. Eugene permanecia ileso.

Após uma breve pausa, Gondor disse:

— Hmm, não tenho o que fazer então. Posso estar curioso, mas não desejo a loucura. — Com uma expressão levemente desapontada, Gondor virou-se para Eugene. — Esse anel, parece antigo e único. É outro item amaldiçoado que apenas você pode manusear?

— Não. Apenas não vi motivo para exibi-lo, então o mantive. — Respondeu Eugene.

— Hmm, não parece tão atraente depois de perder o brilho. Dê aqui. Eu o farei brilhar para você. — Sugeriu Gondor.

Não havia motivo particular para recusar. Eugene retirou o Anel de Agaroth de seu dedo anelar esquerdo e o colocou ao lado das armas. No entanto, Gondor inicialmente ignorou o anel, em vez disso, pegando Winith primeiro.

— Espada da Tempestade Winith… Ah, é verdadeiramente uma obra-prima…! — Comentou Gondor.

[Hamel, esse anão realmente tem olho para a beleza,] observou Tempest com satisfação.

Eugene observou Gondor com um olhar cético. O anão usava um par espesso de óculos, ajustando várias lentes para inspecionar meticulosamente Winith.

— Há alguma necessidade de reparo? — Perguntou Eugene.

— Um pouco de polimento não faria mal… Minha ganância me chama para mexer aqui e ali, mas isso poderia ser desastroso. Tais relíquias podem se voltar contra quem mexer descuidadamente nelas. — Disse Gondor enquanto observava Winith de diferentes ângulos.

— Voltar-se contra quem mexer? — Eugene perguntou, surpreso.

— Para ser franco, pode-se perder as habilidades originalmente imbuídas nela. Você também é um mago, não é, sir Eugene? Objetos passados pela linhagem dos Lionheart… não, do Grande Vermouth, são excepcionalmente especiais. — Explicou Gondor.

Armas agraciadas com magia eram comumente conhecidas como artefatos. No entanto, o termo artefato originalmente se referia a itens não desta era, mas de civilizações antigas. Entre esses, o termo artefato se referia especialmente a relíquias dotadas de capacidades mágicas.

— Esses objetos são todos artefatos genuínos. Não podem ser reproduzidos com a magia e tecnologia desta era. Portanto, devem ser manuseados com o máximo cuidado. — Aconselhou Gondor.

— Hmm… — Ao ouvir as palavras de Gondor, Eugene ponderou sobre o assunto antes de falar com Tempest.

“Pensando bem, desde quando Winith existe?”

[Não sei,] a resposta de Tempest foi surpreendente.

“Você não sabe? Realmente não sabe?” Eugene estava genuinamente perplexo.

Tempest explicou em um tom calmo, [Hamel, os espíritos são seres quase imortais, mas não são verdadeiramente eternos. A morte chega a todas as existências, mais cedo ou mais tarde.]

“O que acontece quando um espírito morre? Eles desaparecem?” Eugene questionou.

[Nós não desaparecemos. Simplesmente voltamos ao ciclo. Se possuírem autoconsciência, até o maior Rei Espírito eventualmente verá a si mesmo se desgastar. E esse desgaste inevitavelmente leva à loucura.] Tempest pausou por um momento. [A essência de um espírito é pureza. Um espírito do vento é um vento puro, e um espírito da chama é uma chama pura. Para tais seres, a loucura é uma impureza. A morte de um espírito ocorre quando impurezas se infiltram. Eles destroem sua própria identidade para se purificar.]

“É como suicídio”, Eugene não pôde deixar de expressar esse pensamento.

Mas Tempest não ficou irritado. [Você não está errado. Todos os espíritos existem dessa maneira. Eu sou o atual Rei Espírito do Vento. No entanto, não sou o primeiro, e não sei quantos houveram antes de mim. O que é claro é que o Rei Espírito anterior foi pego no ciclo, e então eu me tornei o novo Rei Espírito. Do meu ponto de vista, minha conexão com Winith começou há trezentos anos.]

Eugene relembrou sua vida passada. Vermouth já possuía Winith quando ele conheceu Hamel pela primeira vez.

Tempest continuou, [Winith permanecia adormecida nas terras nevadas governadas pela Tribo Bayar. Por que estava lá? Eu não sei.]

“Você não saberia como aquele maldito do Vermouth a encontrou, não é mesmo?” Eugene perguntou.

[Claro que não,] Tempest afirmou com confiança.

Não era apenas Winith que deixava Eugene curioso. Em vez disso, todas as armas que pertenciam a Vermouth, os artefatos antigos, eram iguais.

—Que tipo de ruínas são essas?

—Ruínas antigas.

—Você acha que eu perguntei porque não sabia disso? Como você descobriu este lugar?

—A Espada Sagrada me revelou. O Deus da Luz decretou que a arma que aqui dormia ajudaria a salvar o mundo.

—Ah! O Deus da Luz não nos abandonou. Verdadeiramente, o Sir Vermouth é abençoado!

Era uma conversa que parecia trivial em sua vida passada. Mas pensando nisso agora, parecia estranhamente peculiar.

Eugene também empunhava habilmente a Espada Sagrada, mas nunca ouvira a voz do Deus da Luz vinda dela. No final, as revelações que ele recebeu foram influenciadas por Anise, que se tornara um anjo, e a mensagem que Kristina ouvira também foi transmitida por Anise.

—Eu apenas me tornei um mensageiro, mas a revelação não é falsa. O Deus da Luz pode não ser onipotente como você ou outros podem pensar, mas ele realmente existe. Ele simplesmente não pode interferir diretamente neste mundo. 

Anise disse essas palavras a Kristina enquanto explicava sua existência e a do Deus da Luz.

Eugene estava ciente da história que Anise compartilhara com Kristina. No entanto, o Deus da Luz realmente existia e tinha intenções para o mundo.

Talvez trezentos anos atrás, o Deus da Luz tivesse dado a Vermouth uma revelação, informando-o sobre a localização de armas que ajudariam na luta contra os Reis Demônios.

— Hmm

Enquanto Eugene estava perdido em pensamentos, Gondor havia inspecionado várias armas e depois pegou o anel. A olho nu, parecia um objeto sem valor, um antigo desgastado. No entanto, Gondor o examinou de perto antes de exclamar em admiração.

— Isto é um artefato antigo. Não posso ter certeza, mas parece ser de uma era semelhante às outras relíquias do Grande Vermouth. — Comentou Gondor.

— Dizem que possui o milagre de um deus de tempos antigos. — Disse Eugene.

— Hmm, então é um artefato divino, assim como a Espada Sagrada? — Perguntou Gondor.

— Mas não brilha como a Espada Sagrada. — Respondeu Eugene.

O poder dentro do Anel de Agaroth era cruel e direto em comparação à Espada Sagrada. Este anel drenava a vida de seu dono, roubando seu futuro. Ele poderia ressuscitar um corpo destinado à morte várias vezes para lutar.

— Você sabe de qual deus é o artefato divino? — Perguntou Gondor.

— Agaroth. — Eugene respondeu, sem muitas expectativas.

— O Deus da Guerra! — Gondor riu enquanto examinava o interior do anel.

— Como você sabia? — Eugene perguntou, surpreso.

— Sir Eugene, assim como a Senhorita Sienna, você também acha que os anões são uma raça ignorante, boa apenas para martelar? — Acusou Gondor.

— Bem… não exatamente. — Eugene não podia negar que ele pensava um pouco assim.

Gondor olhou para a expressão constrangida de Eugene.

— Pensar que até um humano teria tal opinião sobre nós…! Ouça, Sir Eugene. Os anões são uma raça refinada e intelectual. Possuímos vasto conhecimento, especialmente em línguas antigas e história. — Disse Gondor.

— É mesmo? — Eugene disse secamente.

— De fato! Os anões são artesãos que martelam metal, mineradores que balançam picaretas e escavadores. — Afirmou Gondor assertivamente enquanto sacudia o anel. — Em particular, nas ilhas do sul, onde fica a Ilha do Martelo, há várias lendas sobre Agaroth.

Eugene havia se beneficiado daquele anel gasto várias vezes, especialmente durante sua batalha com Raizakia. Sem o Anel de Agaroth, ele teria perecido há muito tempo.

Antes disso, ele havia recebido ajuda na… Fonte da Luz e também durante a batalha contra Gavid Lindman. Cada vez, foi quando invocou a Luz da Espada Sagrada. O Anel de Agaroth tinha se descontrolado e amplificado o poder sagrado de Eugene.

Ele havia recebido ajuda várias vezes, mas qualquer conhecimento sobre Agaroth, o suposto mestre do anel, permanecia evasivo. Foi Ariartel quem deu o anel a Eugene. Ela falara de tempos antigos, eras tão distantes que até mesmo os dragões, que viviam por éons, não conseguiam recordar. Ela falara de um tempo de lendas quando o Deus da Luz e outros realmente existiam.

Será que um deus dessa era ainda estaria vivo agora?

Era incerto se a morte poderia tocar até mesmo um deus, mas não havia nenhuma nação no continente atual que adorasse o Deus da Guerra Agaroth. Pelas histórias de Gondor, parecia que até mesmo as ilhas dos mares do sul não mantinham sua fé em Agaroth.

— Se apenas as ilhas mais distantes dos Mares do Sul se lembravam dele, eu me pergunto como ele obteve um título tão grandioso como ‘Deus da Guerra’? — Eugene zombou enquanto olhava para o Anel de Agaroth.

Ouvindo isso, Gondor olhou para Eugene com uma mistura de desdém e piedade, balançando a cabeça.

— Este lugar pode ser um mar agora, mas em tempos antigos, não era.

— Que absurdo é esse? — Eugene exclamou.

— Significa que com a passagem dos éons, o que não era um mar se tornou um. — Disse Gondor.

— Você está dizendo que este vasto mar uma vez foi terra, o que, centenas… não, milhares de anos atrás? De onde veio toda essa água então? — Questionou Eugene.

— Talvez uma grande inundação… — A sugestão de Gondor foi rude e interrompida.

— Ah, por favor… — Eugene decidiu que as palavras de Gondor não valiam a pena ouvir.

Ofendido, Gondor estremeceu e cuspiu. — Há histórias de um dilúvio dos Mares Distantes!

— O que é isso? — Eugene perguntou, irritado.

— O Fim do Mar do Sul! Você sabe que o mundo é redondo, não sabe? — Gondor perguntou.

— Claro que sei disso. — Eugene disse, irritado.

— Mas, veja bem, ninguém confirmou se as extremidades do norte e do sul realmente se conectam. — Continuou Gondor.

No Reino do Norte de Ruhr — em seu ponto mais ao norte estava Raguyaran, uma terra árida onde ninguém deveria se aventurar. Era conhecida como o Fim do Mundo.

—Suba Lehainjar.

—Olhe para Raguyaran.

—Guarde-se contra o que vem dali.

No meio da noite, o Nur surgia de Raguyaran. O Nur caminhava pela vastidão, cruzando Lehainjar. As crianças insones eram devoradas pelo Nur.

Moron ficava de guarda, garantindo que o Fim não se aproximasse.

— O fim do Mar do Sul, os Mares Distantes… ninguém sabe o que há lá. Ao longo da história, inúmeros exploradores se aventuraram além dos Mares do Sul para pisar nas terras congeladas do norte, mas nenhum deles teve sucesso. — Disse Gondor.

Três séculos atrás, uma pergunta foi feita a Moron: ele já tinha avistado Raguyaran?

—Era uma terra vasta. Um terreno onde os céus estavam em chamas de ira. Não havia sol, lua ou estrelas. O céu era uma sombra turva semelhante à neve pisoteada, e se estendia infinitamente. De pé no topo do pico mais alto de Lehainjar, eu podia vislumbrar o Mar Distante a partir da borda de Raguyaran — uma extensão congelada de oceano. Não havia Nur. Ninguém vivia lá, e ninguém poderia sobreviver.

Eugene, ao lado de Anise, Kristina e Moron, contemplara Raguyaran. Verdadeiramente, era uma terra desprovida de vida: terra cinza, céus cinza e ar cinza. Tudo era dessa tonalidade, vazio e estéril. Neste espaço estranho e ameaçador, a única presença eram os cadáveres dos muitos Nur, descartados por Moron.

Depois de matar Iris, Eugene iria ver Moron com Sienna. Eugene recordava-se do rosto sorridente de Moron ao vê-los partir.

— Uma história da antiguidade. — Interveio Gondor com uma tosse. — Uma era de mito, onde deuses eram considerados reais. Tais dias passados, não é verdade? O que aconteceu com as civilizações prósperas? Soterradas profundamente na terra ou submersas sob o mar. Apenas vestígios delas permanecem.

Eugene ficou pensativo, ouvindo as palavras de Gondor.

— Evidências sugerem que, há muito tempo, o Mar do Sul já foi terra. Enquanto o destino de outras civilizações permanece desconhecido, uma que existiu neste mar chegou ao fim ao ser submersa. — Disse Gondor.

— Você está dizendo que águas dos Mares Distantes inundaram para criar os Mares do Sul? — Perguntou Eugene.

Eugene balançou a cabeça enquanto considerava as muitas teorias apocalípticas relacionadas à era antiga. Mas não pôde deixar de achar as palavras de Gondor um tanto plausíveis quando as conectava à borda do mundo.

— Chega desses contos incertos. Você tem mais conhecimento sobre Agaroth? — Perguntou Eugene.

— Há uma lenda de um local sagrado de Agaroth em algum lugar do Mar do Sul — Respondeu Gondor.

— Abaixo do mar? — Eugene perguntou.

— Pode estar escondido em uma ilha não descoberta… — Gondor sugeriu vagamente.

— Então, nada certo? — Eugene soou desapontado.

— Assim são as lendas! — Gondor resmungou enquanto acenava com o Anel de Agaroth.

Eugene fez pouco caso antes de se sentar.

— Então, polir esse anel para que brilhe. Quer Agaroth esteja morto ou vivo, se você cuidar de seu tesouro, ele pode ficar satisfeito o suficiente para revelar o local sagrado. — Disse Eugene.

— O que você pensa que são os deuses, afinal? — Gondor questionou curiosamente.

— Seres cuja existência é incerta. Enquanto o mundo vai para o inferno, eles apenas assistem de seus assentos elevados como espectadores. — Retrucou Eugene.

— Palavras inadequadas para o Herói… — Um pouco surpreso, Gondor colocou sua bolsa no chão. Movimentos rápidos de seus robustos braços transformaram o espaço vazio em uma oficina respeitável. — Bem, vamos começar com o polimento.

— Vai demorar muito? — Eugene perguntou.

— Apenas tanto quanto afiar uma lâmina. Não deve demorar muito. — Comentou Gondor.

— Então, se apresse. Há outro favor que eu gostaria de pedir. — Disse Eugene.

— Favor? — Gondor olhou para cima, perplexo.

Em vez de explicar, Eugene decidiu mostrar ao anão. Ele puxou um item de debaixo de seu manto e o jogou diante de Gondor.

Os olhos de Gondor se arregalaram de espanto quando viu as escamas de dragão.


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