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Damn Reincarnation – Capítulo 395

Um Sonho (1)

Ouvir Noir ir tão longe a ponto de dar a ele um aviso tão sombrio deixou Eugene mais curioso do que irritado. Então, sem mais delongas, Eugene concordou com um aceno.

[Sir Eugene, isso não é extremamente perigoso?]

[B-Benfeitor, é verdade que eu sou um dragão incrível, mas eu não tenho confiança se tiver que enfrentar a Rainha dos Demônios da Noite…]

De dentro do manto de Eugene, Mer e Ramira se manifestaram com preocupação em suas vozes.

Inicialmente, as duas planejavam se divertir na festa como crianças normais, independentemente de suas idades reais, e desfrutar das várias iguarias dispostas no salão de banquetes, mas agora isso não era mais possível.

“Está tudo bem.” Eugene as tranquilizou.

As duas tinham preocupações válidas. Daqui para frente, Noir usaria seu Olho Demoníaco da Fantasia em Eugene, e Eugene não seria capaz de resistir se quisesse ver o ‘sonho’ que ela havia oferecido para mostrar a ele.

Em outras palavras, isso significava que Eugene estava virtualmente colocando sua vida nas mãos de Noir. Enquanto Eugene estivesse preso dentro do sonho, seria de extrema simplicidade para Noir molestá-lo da maneira que quisesse. Elas não sabiam quanta resistência Eugene seria capaz de oferecer uma vez preso no sonho, mas se a resistência fosse impossível, então… se não tivessem cuidado, Eugene poderia se perder no sonho para sempre, incapaz de retornar à realidade. O sonho poderia até levar sua mente ao colapso.

No entanto, Eugene não estava muito preocupado com essa possibilidade. Embora ele ficasse infeliz em admitir tal sentimento até para si mesmo, Eugene confiava em Noir.

Essa vadia louca não iria querer conquistar Eugene usando esse método. Embora a festa atual pudesse estar luxuosamente decorada, o objetivo deste banquete era celebrar a conquista de Eugene. Não era um banquete dedicado apenas a Noir e Eugene. Então, em um lugar como este, para Noir usar sua lábia para tentá-lo astutamente a cair em um de seus sonhos… tudo para que ela pudesse facilmente colocar as mãos nele.

“Não há como ela fazer isso,” Eugene estava certo disso.

Noir Giabella nunca faria algo assim. Noir Giabella absolutamente não usaria esse método nele. Eugene não tinha a menor dúvida sobre esse fato.

[Por que diabos você acredita nisso?] Mer perguntou, incapaz de entender a estranha fé que Eugene tinha em Noir.

Mesmo que ela fosse alguém que Eugene odiava e realmente desejava matar, como diabos ele poderia confiar nela assim?

Mesmo enquanto ouvia Mer resmungar dentro de sua cabeça, Eugene apenas encolheu os ombros e se sentou em uma das cadeiras no terraço.

Noir sentiu uma onda de calor subindo dentro dela ao ver Eugene se sentar sem fazer mais perguntas. Pressionando firmemente seu peito pulsante, Noir se sentou em frente a Eugene.

Ela também sentiu a confiança de Eugene nela. Sentindo uma mistura intoxicante de doçura e alegria, Noir soltou involuntariamente um sorriso brilhante. Em todo o mundo, esse tipo de confiança era algo que apenas esses dois, Noir e Eugene, poderiam sentir, e também servia como prova de que cada um via o outro como uma existência única e especial. Enquanto se entregava a uma experiência tão fresca pela primeira vez em sua vida, Noir encarou diretamente os olhos de Eugene.

Naquele momento, Noir estava olhando apenas para Eugene, e Eugene também estava olhando para Noir… Ela soltou involuntariamente um suspiro superficial. Essa troca de olhares seria melhor compartilhada enquanto deitados juntos na mesma cama em vez de sentados em cadeiras como agora.

— Devíamos levar isso para uma cama? — Noir propôs.

— Cale essa porra dessa boca e vá direto ao ponto de uma vez. — Eugene respondeu em um tom afiado.

Isso foi muito o tipo de reação que ela esperava, e como ela não tinha alimentado esperanças desde o início, não ficou magoada com o que Eugene disse. No entanto, Noir ainda sentiu um pouco de decepção e arrependimento, então começou a fazer bico perceptivelmente.

De repente, Noir sorriu de maneira sedutora.

— Hm, falando em porra, se me der uma chance, estou confiante de que posso fazer você se sentir muito bem com a boca.

Sua resposta estava além da imaginação. A boca de Eugene se abriu. Mer, que estava ouvindo de dentro de seu manto, também teve uma reação idêntica de boca aberta. Apenas Ramira ficou inclinada, confusa, incapaz de entender a resposta de Noir.

Eugene exclamou:

— Sua louca, o que diabos você acha que está dizendo—?! 

— Estou apenas sendo honesta sobre meus desejos. — Noir insistiu. Só para mudar rapidamente de atitude quando Eugene estava prestes a sair com nojo e implorar para que ele ficasse. — Tudo bem, tudo bem, sinto muito, Hamel, foi meu erro. Então, por favor, não vá a lugar nenhum e apenas sente-se. 

No final, Eugene voltou a se sentar na frente de Noir, com os lábios selados e um brilho ardente nos olhos.

— Eu vou começar agora. — Noir informou.

Noir não continuou provocando e, em vez disso, olhou fixamente nos olhos dele com uma expressão séria raramente vista em seu rosto. Várias cores apareceram em seus olhos roxos e começaram a girar.

Ela não fez Eugene fechar os olhos e dormir. Não havia necessidade para isso.

No momento em que o Olho Demoníaco da Fantasia ativou, Eugene não pôde resistir à sua capacidade. No momento exato da ativação, a consciência de Eugene foi puxada para fora da realidade e guiada para o sonho que Noir havia criado.

— Bem-vindo à minha memória. — O som da voz de Noir permaneceu nos ouvidos de Eugene enquanto a realidade desmoronava ao seu redor.

* * *

Nos trezentos anos desde o fim da guerra, Helmuth se desenvolveu a uma velocidade incrível. Para Noir, que havia vivido muito mais do que trezentos anos, o desenvolvimento de Helmuth parecia estranho e desconhecido.

Esse exemplo brilhante de civilização foi alcançado exclusivamente pelo Rei Demônio do Encarceramento. Se o Rei Demônio do Encarceramento tivesse apenas a vontade de fazer isso, Helmuth teria alcançado seu atual nível de civilização centenas de anos atrás. Antes da guerra, o Rei Demônio do Encarceramento nunca buscou desenvolver seu território apesar de ter tal habilidade.

“Não, na verdade, ele praticamente ignorou isso,” pensou Noir.

Até onde Noir conseguia se lembrar, o Rei Demônio do Encarceramento não tinha sido inicialmente tão ativo em assuntos políticos. O Rei Demônio do Encarceramento governava seus vassalos com sua força avassaladora, assim como os outros Reis Demônios, e também reinava sobre seu território com uma força bruta igualmente sem mente. Todos os outros assuntos menores de governança eram tratados por seu Escudo, Cajado e Lâmina, em vez do próprio Rei Demônio do Encarceramento.

No entanto, após a guerra, o Rei Demônio do Encarceramento mudou. A primeira coisa que ele fez foi declarar Babel e o resto de seu feudo, toda Pandemonium, como a ‘cidade capital’ de Helmuth. Ele então incentivou o desenvolvimento da civilização de Helmuth por tantos métodos diferentes que era difícil imaginar como ele poderia ter concebido todos eles…

A Helmuth atual possuía um nível tão elevado de civilização que nenhum outro país no continente podia comparar. Enquanto Aroth, conhecido como o Reino da Magia, ainda estava desenvolvendo meios de transporte combinando magia com engenharia mecânica, Helmuth já havia comercializado seus veículos movidos a poder negro enterrando cabos de poder negro por todo o território e construindo as torres negras que transmitiam a poder negro do Rei Demônio do Encarceramento por todo o país. Além disso, os peixes voadores, que concediam ao Rei Demônio total vigilância sobre Pandemonium, era uma tecnologia de ponta que não podia ser imitada por nenhum outro país.

Tudo isso só poderia funcionar graças à existência do Rei Demônio do Encarceramento. Se o Rei Demônio do Encarceramento interrompesse imediatamente o fornecimento de poder negro de Babel, toda Helmuth literalmente pararia. Nesse sentido, o Rei Demônio do Encarceramento era o único e absoluto governante de Helmuth.

No entanto…

Mesmo em Helmuth, havia lugares fora do alcance do Rei Demônio do Encarceramento. Esses eram os lugares onde a luz ardente da civilização de Helmuth se recusava a brilhar.

No extremo norte do território de Helmuth, através de um mar silencioso e cinza, havia uma única ilha que existia sozinha.

O nome desta ilha era Ravesta.

“O Feudo da Destruição,” Noir pensou enquanto olhava para o mar cinza.

Ao contrário de outros mares, este mar não era uma sombra de azul. Criaturas comuns como peixes não conseguiam sobreviver neste mar também.

Era um mar da morte onde algo como vitalidade simplesmente não existia. Embora o vasto império de Helmuth fosse governado pelo Rei Demônio do Encarceramento, este mar cinza e sua única ilha de Ravesta eram territórios governados pelo Rei Demônio da Destruição.

Embora… realmente pudesse ser descrito como governar? Noir quase soltou uma risada.

A ilha era bárbara e primitiva. Enquanto os demônios de Helmuth podiam desfrutar das conveniências esmagadoramente superiores fornecidas pelo Rei Demônio do Encarceramento, os demônios de Ravesta haviam permanecido congelados no tempo de trezentos anos atrás até agora.

— É um lixão. — Noir resmungou para si mesma enquanto olhava para o mar cinza.

Ravesta era praticamente a lixeira de Helmuth.

Para onde foram todas as inúmeras bestas demoníacas que Helmuth mobilizou em sua guerra contra o continente quando a guerra terminou há trezentos anos?

Aquelas bestas demoníacas que não tinham livre arbítrio e só podiam executar comandos simples eram piores do que animais. Após o Juramento de Paz, o Rei Demônio do Encarceramento havia usado aquelas inúmeras bestas demoníacas como fonte de mão de obra. Mas depois que cumpriram seus propósitos, as bestas demoníacas que não eram mais necessárias foram todas jogadas em Ravesta. Mesmo agora, as hordas de bestas demoníacas daquela época ainda estavam dormindo sob a terra ou sob o mar ao redor de Ravesta.

— Não é um lugar que eu realmente quis visitar. — Noir reclamou.

Não havia navios de passageiros que fossem tão longe quanto Ravesta. A ilha era ainda mais isolada do que a Fortaleza do Dragão Demoníaco. Todos os demônios que haviam vivido em Ravesta desde trezentos anos atrás eram vassalos da Destruição, e eles bloqueavam ativamente todos os outros demônios de sequer se aproximarem de Ravesta.

Noir também estava ciente desse fato, mas… ela realmente não se importava com isso. E daí se não houvesse nenhum navio indo para lá, ou mesmo nenhum portal de teletransporte? Soltando um resmungo, Noir abriu suas asas amplamente.

Enquanto atravessava o mar, um demônio apareceu diante dela e a cumprimentou.

— Duquesa Giabella. 

Ele estava vestido de forma impecável, com uma pele alva, um homem tão cheio de sedução envolvente que era fácil pensar que ele poderia ser um íncubo.

Reconhecendo-o, Noir soltou outro resmungo e devolveu a saudação.

— Já se passaram cerca de trezentos anos, não é? 

Embora Demônios da Noite e Vampiros fossem fundamentalmente diferentes em sua essência, não havia muita diferença em seu comportamento regular.

Um Demônio da Noite podia absorver a força vital de sua vítima por meio de um sonho ou relação sexual, enquanto um vampiro beberia o sangue de sua presa para absorver sua força vital. Se fosse alguém mais fraco do que eles, ambos derrubariam sua presa usando a força, mas ao caçar alguém mais forte, precisariam recorrer a vários outros meios, incluindo seduzir seus oponentes.

Só porque eram semelhantes não significava que houvesse camaradagem entre eles. Quando as presas se sobrepunham, a existência de uma espécie de predador concorrente só se tornaria um obstáculo. Como tal, Noir costumava odiar vampiros há muito tempo.

No entanto, em algum momento, ela parou de desgostar tanto deles. Mesmo trezentos anos atrás, já existia uma lacuna entre ela e a raça de vampiros em declínio, e agora, mesmo depois de examinar toda a história da raça de vampiros, não havia ninguém que pudesse superar a Noir atual. Portanto, Noir foi capaz de cumprimentar o homem com um sorriso brilhante.

— Faz muito tempo. — O homem inclinou a cabeça para ela com um sorriso amargo.

Seu nome era Alphiero Lasat. Durante a era da guerra, ele havia sido o líder de um grande clã de vampiros.

Sein, que liderava um clã de tamanho semelhante ao de Alphiero, tinha sido adotado como filho do Rei Demônio da Fúria e expandiu ainda mais os números de seu clã, mas aquele grande clã pereceu junto com a morte do Rei Demônio da Fúria.

Alphiero, que até então não havia se submetido a um Rei Demônio, se subordinou ao Rei Demônio da Destruição para garantir a sobrevivência de seu clã durante a guerra.

No entanto, uma vez que a guerra terminou em vão, Alphiero e seu clã de vampiros, junto com os outros demônios que se submeteram ao Rei Demônio da Destruição, seguiram o Rei Demônio a quem haviam jurado lealdade para se isolar nesta remota ilha de Ravesta.

— Já que passou tanto tempo, pensei que você poderia ter morrido. — Noir confessou rude.

Alphiero riu.

— Haha…. Para pessoas como nós, trezentos anos não são tempo suficiente para esgotar nossa vida. 

— Até onde eu sabia, Ravesta não deveria ter nenhum humano. — Noir apontou enquanto encarava Alphiero com olhos brilhantes. — Um vampiro realmente pode viver por trezentos anos sem beber uma única gota de sangue? Hm, se for um vampiro do seu nível, então pode ser possível, mas… deveria ser impossível para os vampiros que servem a você, não? 

— O número deles diminuiu consideravelmente. — Alphiero admitiu.

— Pode ser que você até tenha praticado canibalismo? — Noir perguntou com um sorriso travesso.

Ela achava que era ao mesmo tempo divertido e repugnante imaginar um vampiro afundando suas presas no pescoço de outro vampiro e bebendo seu sangue.

— De jeito nenhum. — Alphiero discordou com um balanço de cabeça. — Depois de chegarmos a Ravesta, os vampiros do nosso clã pararam de beber sangue. Nosso lorde nos concedeu algo ainda mais denso e rico, e, portanto, muito mais doce, do que o sangue carregado de energia vital de um humano. 

Dentro da curva de seus olhos brilhantemente sorridentes, um sinistro e perturbador poder negro começou a se contorcer.

Noir apenas riu e cruzou os braços.

— Parece que seu Rei Demônio realmente tem alguma afeição por seus vassalos? 

Alphiero esclareceu:

— Não é afeto. Ele está apenas concedendo sua graça a nós, porque pedimos. 

— Então, por que seus números estão diminuindo? — Noir estreitou os olhos. — Será que eles escaparam porque não aguentavam a vida sufocante do isolamento? 

— Haha… Onde você encontraria um clã que permitiria que qualquer um de seus membros partisse só porque queriam sair? Todos os membros do clã que queriam sair morreram e se tornaram sacrifícios para nosso lorde. Na verdade, a maioria de nossas perdas não vem desses sacrifícios, mas daqueles que morreram porque não conseguiram suportar a pressão. — Alphiero respondeu com um sorriso irônico.

Incapaz de suportar a pressão… Noir não sentiu a necessidade de fazer mais perguntas sobre a afirmação dele. Estava claro que Alphiero se referia aos vampiros que não tinham as qualificações necessárias para absorver o poder negro do Rei Demônio da Destruição.

— Mas tenho certeza de que você não veio aqui apenas para perguntar sobre mim e meu clã. — Alphiero mudou de assunto, ainda com um sorriso calmo no rosto.

No entanto, o fluxo desagradável e perturbador de poder negro que escapava dele gradualmente se tornou mais forte.

— Duquesa Giabella, como você já deve saber… Ravesta é um local especial, mesmo para Helmuth. Não seria incorreto chamá-lo de território independente. Ravesta não é governada por Helmuth, e as leis de Helmuth não se aplicam aqui. — Alphiero lembrou a ela.

— Mhm, eu também estou bem ciente disso. — Noir respondeu com um sorriso.

Sem perder o sorriso nos olhos, Alphiero continuou falando.

— A razão pela qual vim aqui não é dar as boas-vindas à Duquesa Giabella à nossa ilha. Meu propósito para encontrá-la assim é pedir que você retorne. Mesmo que seja você, Duquesa Giabella—

Booooom!

Alphiero não conseguiu terminar sua frase. Seus olhos sorridentes se abriram de repente enquanto olhava para o lado. Algo como um redemoinho negro havia disparado e parado bem ao lado da orelha dele.

— A lei de Helmuth da qual você está falando é a lei do império, certo? — Noir perguntou alegremente.

Alphiero permaneceu em silêncio.

Noir continuou a informá-lo:

— Eu sou um demônio que pode viver muito feliz sem leis. Na verdade, eu até me saio muito, muito melhor sem leis. Sabe o que isso significa? Significa que nunca confiei na lei para me proteger. 

Isso era verdade. Noir nunca havia se beneficiado de forma alguma das leis de Helmuth. Essas malditas leis eram na verdade muito rigorosas e irritantes para Noir. Tanto que, se ela pensasse em todas as multas que foi forçada a pagar até agora, às vezes desejava que pudessem voltar para trezentos anos atrás, quando todas essas multas não existiam.

— Então, se as leis de Helmuth não se aplicam em Ravesta, então, até onde posso me lembrar… como demônios, se não há leis, tudo é resolvido pela força, certo? Nesse caso, Alphiero… você realmente planeja fazer eu voltar à força? — Os olhos sorridentes de Noir começaram a se abrir lentamente. — Como exatamente você planeja fazer isso? 

Em vez de responder, Alphiero apenas encarou Noir. Após alguns momentos de silêncio, Alphiero soltou um suspiro profundo e moveu seu corpo ligeiramente para o lado.

— Não foi por isso que eu disse desse jeito. — Alphiero reclamou. — Saí para pedir que você retornasse. 

— Se era só isso que você queria fazer, por que tentar me pressionar aumentando lentamente seu fluxo de poder negro? E todas aquelas palavras que você anexou ao início do seu pedido também foram bastante provocativas. — Noir imitou Alphiero. — “Mesmo que seja você, Duquesa Giabella”, o que exatamente você estava planejando dizer em seguida? 

— Os demônios de Ravesta não vão receber sua visita de bom grado, Duquesa Giabella. — Alphiero a alertou. — Talvez todos eles até decidam atacá-la—— 

Noir o interrompeu mais uma vez. — Ahahaha, você realmente está preocupado comigo? No entanto, sua preocupação é inútil. 

— Então você realmente não tem intenção de voltar? — Alphiero perguntou, resignado.

— Mhm, nem um pouco. — Noir confirmou.

— Por que diabos é que você quer em Ravesta? — Alphiero perguntou com uma expressão de completa incompreensão.

Noir inclinou a cabeça para o lado e acenou com os dedos para Ravesta.

— Aquela ilha, posso dizer o quão sombria deve ser só de olhar para ela, então não acha que ela precisa de um pouco de entretenimento? 

Alphiero não sabia como responder.

— Estou falando de algo divertido, algo excitante. Que tal eu construir alguns estabelecimentos de entretenimento de graça para vocês? — Noir propôs.

Alphiero rejeitou imediatamente.

— Não há necessidade disso. 

— Isso não é algo que você pode decidir, Alphiero. — Noir o corrigiu, os olhos iluminados com uma luz cintilante. — Eu sou Noir Giabella. Não há muitos seres neste mundo que podem me fazer mudar de ideia. Então, que direito você, que nem é um Rei Demônio, tem de se opor à minha vontade? 

Alphiero fez uma última tentativa de afastá-la. — Você não tem medo do Rei Demônio da Destruição, Duquesa Giabella? 

— Se o Rei Demônio da Destruição achar que meu comportamento atual é rude, certamente permitirei que eu seja responsabilizada. Isso é, se ele realmente quiser me repreender. — Noir disse com uma risadinha enquanto voava para longe de Alphiero.

Alphiero soltou outro suspiro e virou a cabeça.

— Qual é a verdadeira razão pela qual você deseja entrar em Ravesta? Por favor, não repita a mesma piada que me contou agora há pouco. 

— Minha verdadeira razão, hm…. — Noir pausou. — Não é nada muito surpreendente. Eu só queria vir aqui e dar uma olhada, então é por isso que estou aqui. Essa não é toda a razão que eu preciso? 

Ela estava realmente ali pelas coisas que não conseguiu ouvir do Rei Demônio do Encarceramento. As coisas que ele se recusou a falar mesmo quando ela perguntou, como o motivo da Espada do Luar ter saído de controle.

E o poder negro de destruição perturbador e sinistro que ela desencadeou.

O Rei Demônio do Encarceramento não havia pedido a Noir que renunciasse à sua liberdade para investigar esse assunto. Noir também não tinha oferecido essa liberdade ao Rei Demônio do Encarceramento. Foi por isso que Noir estava atualmente livre para fazer isso. Ela não conseguiu as respostas que queria em sua entrevista com o Rei Demônio do Encarceramento. Como ainda tinha algumas dúvidas vagas sobre esse assunto, Noir sentiu que deveria aproveitar a chance para buscar as respostas que desejava.

— Porque eu tenho a liberdade para fazer isso. — Noir murmurou para si mesma com um sorriso.

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